O Colégio Rio Branco foi fundado em 25 de maio de 1920 |
Fundado em 25 de maio de 1920, o Colégio Rio Branco realizou sua comemoração de 90 anos, em 2010, tendo à frente o diretor Luciano Augusto Bastos, ao qual dedicou sua vida, até o seu passamento no início em 2011. Neste mesmo ano, sob a direcão das filhas Cláudia e Paula, com o apoio dos outros irmãos, Francia e Gino, foi inaugurado o Espaço Cultural Luciano Bastos (ECLB), preservando o prédio, com recursos próprios, todo o acervo do educandário, e promovendo a cultura em suas várias dimensões.
Há, portanto, 100 anos foi fundada
esta autêntica Casa do Saber, com muitos motivos para se comemorar.
A história do Colégio Rio Branco
Colégio Rio Branco Festeja 60 anos de fundação o tradicional educandário bonjesuense — Idealismo e grandeza Programações durante o ano
O querido e tradicional Colégio Rio Branco, glória e orgulho de nossa torra, completa este ano cem anos de fundação. Foi em 1920, o inicio da jornada maravilhosa. A história do Rio Branco se confunde por vozes com a própria história da nossa cidade eis que sempre esteve presente aos grandes acontecimentos bonjesuenses. Em suas salas passaram gerações o gerações de honjesuenses e, como no passado, ai está hoje o Colégio e,agora Espaço Cultural Luciano Bastos, fomentando com muito idealismo a cultura na região.
FUNDADO EM 1920
Foi em 25 do maio de 1920 que o Profº José Costa Junior, fundou o Rio Branco. Bom Jesus era na época distrito do município de Itaperuna. Havia terminada a 1ª Grande Guerra Mundial recentemente e a vila era próspera. José Costa Jr. era novato na localidade mas teve o lampejo de orlar uma escolinha primária que nasceu tímida e pequenina na hoje Rua Aristides Figueiredo, onde existiu mais tarde o Instituto Euclides da Cunha e que hoje é residência do Prof. Orlando Azeredo. Pouco depois chegava o Prof º Mário Bittencourt, cunhado do Profº José Costa Jr. que ao mesmo se aliou, organizando a firma Costa & Bittencourt. O nome Rio Branco foi uma homenagem ao Barão do mesmo nome que era na época a figura mais popular do Brasil.
Foram sendo organizadas bancas examinadoras que estiveram assim formadas: Professores Mário Bittencout, Acacio Azevedo, José Vieira Serodio, D. Nair Oliveira Borges, Da Amelia Ferolla e Da. Isaura Mendes, que constataram excelentes resultados dos alunos em todas as matérias do curso primário e do complementar. Nesse ano de 1924, pela primeira vez prestaram exames preparatórios no Rio de Janeiro então Capital da República no famoso Colégio Pedro II, os alunos riobranquenses: João Poubel da Silveira, José Gomes do Carmo, Leonel Silva Pinto, Milton Baptista de Oliveira, Pedro Teixeira de Resende, Teophilo Chaves Tiradentes e Walter Castro Figueiredo. Todos os alunos foram aprovados, demonstrando a excelente formação do educandário bonjesuense.
Continua a crescer
O colégio se desenvolvia e havia grande entusiasmo. Em 1925, já possui Internato e Externato e um semi-internato. Havia um uniforme de gala, todo branco, em estilo militar. O Colégio funciona em um prédio com seis amplas Janelas e à entrada ao alto havia uma artística tabuleta com o nome do Colégio e abaixo os dizeres (Internato e Externato).
Os exames parciais de 1925
Em 1925, pregava-se a emancipação política do município. E nesse ano o fato importante foi a inauguração do Hospital São Vicente de Paula, ocorrido no dia 06 de janeiro, com a presença do Monsenhor Henrique Mourão. Padre Mello era o guia espiritual e atuava pela imprensa e tinha incontestável liderança comunitária. Octacílio de Aquino brilhava na imprensa e nos saraus e seus versos eram apreciadíssimos. “Havia na cidade o Grupo Teatral «Pedro Gonçalves da Silva», a Lyra Futurista e dois cinemas disputavam a preferência: Cinema Iris e Cine Theatro Bom Jesus». Olympico e Ordem e Progresso já “brigavam”. Nesse ambiente de animação e entusiasmo o Colégio Rio Branco já tinha papel importante na formação dos jovens bonjesuenses, preparando-os futuros líderes. No dia 15 de junho de 1925, foram realizados os Exames Parciais, envolvendo as matérias Caligrafia, Ditado, Aritmética, Leitura, Gramática. Prestaram esses exames os seguintes alunos: 1ª Série: Francisco Brambila, 2ª Série: Amelio Medina, Josslivo do Carmo, Elson Faria, Hilda. Liderando a educação foi criada a Companhia Militar do Colégio Rio Branco sendo uma vitoria das mais expressivas no Interesse da nossa juventude. Nessa época, em 1925 o comando da Cia. Militar estava entregue ao sargento do Exército Alceu Soares, O jornal “A Cidade” que aqui circulou em 1925 e que tinha como Diretor, José Ferreira Rabelo e Pedro Flores ,na edição de 14 de Maio, assim registrava: “A gloriosa data 3 de Maio foi condignamente comemorada pela Cia Militar do Colégio Rio Branco, desta localidade. Os alunos em ordem militar, corretamente uniformizados de branco, partiram da sede do colégio às 10 horas percorrendo as principais ruas de Bom Jesus sob o comando do hábil sargento do exército Alceu Soares. Este passeio militar que provou mais uma vez a acertada orientação dos que dirigem esse estabelecimento de ensino deixou no coração dos bonjesuenses uma duradoura e agradável impressão causando em todos grande entusiasmo.
Banca Examinadora de 1926 – Presidida pelo Cel. Christiano Dias Lopes
Já fixamos a fase inicial do Colégio, publicando inclusive uma relação de alunos que prestaram exames em 1925. No ano seguinte, conforme ata existente nos arquivos, foram efetuados os exames finais do dia 1º a 174 de dezembro de 1926, com as seguintes Bancas Examinadoras: PORTUGUÊS, Presidente Cel. Christiano Dias Lopes, Examinadores: Dr. José de Oliveira Cunha e José Mendes Ribeiro. GEOGRAFIA: Presidente Profª Amélia Ferolla, Examinadores: Maria da Gloria Mello e Prof. Alencar Teixeira da Silva; MORAL E CÍVICA: Presidente, Dr. Jary Henriques da Silva; examinadoras: Prof. Mário Bitencourt e José Mendes Ribeiro. Os citados professores revezaram-se nas bancas de GEOMETRIA, de “CIENCIAS PHISICAS NATURAIS” ARITMETICA E HISTORIA.
A ata registra o número de 89 alunos, havendo faltado aos exames 14 alunos e havido duas reprovações.
Festa de Encerramento
Transcrevemos a seguir o final da Ata que registrou o encerramento dos exames.
Após a distribuição das notas, diplomas da datilografia e as cadernetas de reservistas, o Sr. Presidente Cel. Christiano Dias Lopes, deu a palavra ao prof. Dr. Jary Henriques da Silva, que falou como paraninfo da turma “dactylographos”, em seguida usou da palavra o reverendíssimo Padre Mello que falou sobre a origem das máquinas. O 1º Sargento José Joaquim Sabach, que agradeceu e despediu-se dos recém reservistas e o prof Mário Bitencourt que em ligeiras palavras agradeceu ao povo de Bom Jesus o bom acolhimento que tem recebido da parte de todos. Nada mais tendo a tratar foi encerrada sessão sob estrondosa salva de palmas do seleto auditório que assistia a esta prova final nesta localidade, aos 15 dias do mês de dezembro de 1926.
A referida ata foi lavrada pelo Secretário Alencar Teixeira da Silva.
Com as comemorações do dia do Professor se aproximando, desejamos trazer a memória e a história da formação de professores do antigo Ginásio Rio Branco, como homenagem aos dedicados mestres de ontem e de hoje.
No dia 24 de fevereiro de 1951, o jornal A Voz do Povo traz o anúncio da criação da Escola Normal, por ato do governador Edmundo Soares publicado em 26 de janeiro no Diário Oficial.
Por ato ainda do governo do cel. Edmundo de Macedo Soares e Silva, publicado no Diário Oficial do Estado em 26 de janeiro do corrente ano, foi criado junto ao Ginásio Rio Branco, desta cidade, um curso de professoras, que deverá reger-se pelas legislações federal e estadual aplicáveis à espécie.
Foi, sem dúvida alguma, mais uma vitória alcançada pelo sr. Olívio Bastos, proprietário de nosso Ginásio, que terá assim ampliado o seu campo de ação em benefício do ensino em nossa terra.
Como se sabe, a criação dessa Escola Normal era de há muito um dos maiores desejos do sr. Olívio Bastos, não só por possibilitar às formandas do educandário o ensejo de frequentar mesmo em Bom Jesus o curso de professoras, como também em virtude do consequente barateamento dos estudos. Conseguindo, portando, o seu intento, merece aquele cidadão os aplausos dos bonjesuenses, que terão de ora em diante um Ginásio muito melhor aparelhado a seu serviço.
Bom Jesus, a cada dia que passa, cresce no conceito das outras cidades como uma comuna altamente civilizada, onde o amor pelo estudo e pelas coisas do espírito é a característica principal dos habitantes.
Por isso, um curso de professoras será para nós um melhoramento inestimável, conseguido, aliás, graças ao temperamento empreendedor do sr. Olívio Bastos.
Deste modo, registrando nestas linhas tão auspiciosas notícias para os bonjesuenses, valemo-nos do ensejo para apresentar ao sr. Olívio Bastos os nossos parabéns, augurando ao Ginásio Rio Branco e todo o seu corpo docente muitas vitórias e alegrias nos dias futuros.
Segue texto do blog do Espaço Cultural Luciano Bastos, de 2016.
Consta, nos arquivos do Rio Branco, uma concisa biografia, que aqui trazemos para que se possa conhecer um pouco mais sobre ela.
A seguir, três ex-alunos do Rio Branco, o desembargador Ademir Paulo Pimentel, a Professora Therezinha Chalhoub de Oliveira e o desembargador Nivaldo Xavier Valinho, relembram a educadora.
Dr. Ademir Paulo Pimentel
Segue texto de Claudia Martins Borges Bastos, do Espaço Cultural Luciano Bastos, de 2019
Escola de Professores do Ginásio Rio Branco
Com as comemorações do dia do Professor se aproximando, desejamos trazer a memória e a história da formação de professores do antigo Ginásio Rio Branco, como homenagem aos dedicados mestres de ontem e de hoje.
O ano de 1951 foi um marco importante na história de Bom Jesus, pela ampliação do seu setor educacional. Por ato do então Governador do Estado do Rio de Janeiro, Edmundo Soares e do Secretário de Estado da Educação, José de Moura e Silva, foi criada a Escola de Professores anexa ao Ginásio Rio Branco.
Em 17.02.1949, o sr. Olívio Bastos, diretor do Colégio Rio Branco, já anunciava que em breve Bom Jesus teria a tão almejada Escola de Professores. "Já estava se fazendo sentir a falta, nesta cidade, de uma escola de professores, a fim de que, aqui mesmo, se formassem os futuros mestres e mestras de nossa mocidade."
Em 17.02.1949, o sr. Olívio Bastos, diretor do Colégio Rio Branco, já anunciava que em breve Bom Jesus teria a tão almejada Escola de Professores. "Já estava se fazendo sentir a falta, nesta cidade, de uma escola de professores, a fim de que, aqui mesmo, se formassem os futuros mestres e mestras de nossa mocidade."
Jornal O Norte Fluminense, 17.02.1949
Jornal A Voz do Povo, 24.02.1951
Escola Normal em Bom Jesus
Funcionará junto ao Ginásio Rio Branco um curso de professoras – Mais uma vitória do sr. Olívio Bastos
Foi, sem dúvida alguma, mais uma vitória alcançada pelo sr. Olívio Bastos, proprietário de nosso Ginásio, que terá assim ampliado o seu campo de ação em benefício do ensino em nossa terra.
Como se sabe, a criação dessa Escola Normal era de há muito um dos maiores desejos do sr. Olívio Bastos, não só por possibilitar às formandas do educandário o ensejo de frequentar mesmo em Bom Jesus o curso de professoras, como também em virtude do consequente barateamento dos estudos. Conseguindo, portando, o seu intento, merece aquele cidadão os aplausos dos bonjesuenses, que terão de ora em diante um Ginásio muito melhor aparelhado a seu serviço.
Bom Jesus, a cada dia que passa, cresce no conceito das outras cidades como uma comuna altamente civilizada, onde o amor pelo estudo e pelas coisas do espírito é a característica principal dos habitantes.
Por isso, um curso de professoras será para nós um melhoramento inestimável, conseguido, aliás, graças ao temperamento empreendedor do sr. Olívio Bastos.
Deste modo, registrando nestas linhas tão auspiciosas notícias para os bonjesuenses, valemo-nos do ensejo para apresentar ao sr. Olívio Bastos os nossos parabéns, augurando ao Ginásio Rio Branco e todo o seu corpo docente muitas vitórias e alegrias nos dias futuros.
Quadro de Honra do Ginásio Rio Branco: as irmãs Maria Apparecida Gonçalves Dutra e Lucia Gonçalves Dutra: primeiro e segundo lugar do recém criado Curso Normal.
Jornal A Voz do Estudante, outubro de 1951.
Jornal A Voz do Estudante, outubro de 1951.
Admissão ao Curso Normal
O Ginásio Rio Branco organiza presentemente um curso preparatório para os exames de Admissão à Escola de Professores. As aulas iniciar-se-ão a 20 de Novembro próximo. Urge que os interessados façam de imediato as suas inscrições, para melhores esclarecimentos.
As professoras formandas da primeira turma de 1953 ao lado da Diretora da Escola, Prof. Maria do Carmo Baptista de Oliveira:
Therezinha Mansur, Maria Apparecida Gonçalves Dutra, Maria Stella de Oliveira Silva, Maria José Borges, Celia Carvalho Machado, Neuza Tinoco de Siqueira, Leysa Serodio de Mello, Dulce Pedrosa Leandro, Aryete Aguiar Talyuli, Maria Ferreira Ferolla, Juracy Aquino de Aguiar, Laura Silveira, Amélia Sallim, Lucia Gonçalves Dutra, Therezinha Namen Chalhoub, Aline Borges Campos, Maria da Penha de Freitas, Octalia Junia Fiori Boechat e Shirley da Conceição Loureiro.
Therezinha Mansur, Maria Apparecida Gonçalves Dutra, Maria Stella de Oliveira Silva, Maria José Borges, Celia Carvalho Machado, Neuza Tinoco de Siqueira, Leysa Serodio de Mello, Dulce Pedrosa Leandro, Aryete Aguiar Talyuli, Maria Ferreira Ferolla, Juracy Aquino de Aguiar, Laura Silveira, Amélia Sallim, Lucia Gonçalves Dutra, Therezinha Namen Chalhoub, Aline Borges Campos, Maria da Penha de Freitas, Octalia Junia Fiori Boechat e Shirley da Conceição Loureiro.
"Imponentes as solenidades de formatura no Ginásio Rio Branco
A festa de encerramento das atividades letivas deste ano com a entrega de diplomas à primeira turma de professoras formada em Bom Jesus e a entrega de certificados a inúmeros concludentes do curso ginasial, foi um espetáculo deslumbrante para não dizer consagrador, aos esforços daqueles que, no recesso de seus gabinetes e no respeitável exercício da cátedra, inoculam o saber nos cérebros ávidos de conhecimento, dos homens e mulheres que amanhã farão a grandeza do Brasil. A presença de tanta gente, das altas autoridades civis, militares, do clero, prestigiando as solenidades do "Rio Branco" foi um justo e merecidíssimo prêmio a todos que mourejam naquele exemplar estabelecimento de ensino."
Jornal O Norte Fluminense, 27.12.1953
Segue texto do blog do Espaço Cultural Luciano Bastos, de 2016.
D. Carmita, aluna, professora e diretora do Colégio Rio Branco
MARIA DO CARMO BAPTISTA DE OLIVEIRA – a D. CARMITA, um dos nomes mais importantes de Bom Jesus do Itabapoana na área da educação no século XX, iniciou os estudos no Colégio Rio Branco desde a sua fundação, em 1920, ali permanecendo até sua aposentadoria, em 1979, deixando um grande legado em nossa terra.
Na semana em que comemoramos o Dia do Professor, nossa homenagem e todo o nosso reconhecimento a uma vida dedicada ao ensino e ao Colégio Rio Branco.
Na semana em que comemoramos o Dia do Professor, nossa homenagem e todo o nosso reconhecimento a uma vida dedicada ao ensino e ao Colégio Rio Branco.
Consta, nos arquivos do Rio Branco, uma concisa biografia, que aqui trazemos para que se possa conhecer um pouco mais sobre ela.
PROFª. MARIA DO CARMO BAPTISTA DE OLIVEIRA
D. CARMITA
Nasce em 12/12/1908, no município de João Pessoa (ES).
Augusto Teixeira de Oliveira e esposa, em fotografia pertencente à família
Seus pais: Augusto Teixeira de Oliveira e Maria da Conceição Baptista de Oliveira, de tradicional família bonjesuense.
Fundado o Colégio Rio Branco em 1920 pelo Prof. José Costa Jr., ela foi uma das primeiras alunas ali matriculadas. Em 1928, no mesmo Colégio, começou a lecionar ministrando aulas de História Geral e do Brasil.
Em 1939, convidada pelo sr. Olívio Bastos, Diretor Comercial do Rio Branco, assumiu a Direção Técnica do tradicional educandário, desenvolvendo uma atuação brilhantíssima que marcou época na história educacional bonjesuense.
D. Carmita – como era mais conhecida – fazia parte de uma família excepcional de educadores, todos, como ela, com seus estudos iniciados em 1920 no Colégio Rio Branco, como: Dr. Francisco Baptista de Oliveira (Dr. Chiquinho), Profª. Clarice Baptista de Oliveira Jesus, Profª. Maria José Baptista de Oliveira, Profª. Zilda Baptista de Oliveira Teixeira, Profª. Geny Baptista de Oliveira Silva.
Ao se afastar da Direção do Colégio Rio Branco, face sua aposentadoria, na década de 70, D. Carmita ainda dedicou alguns anos de sua preciosa existência ao Ensino oficial no Estado do Rio de Janeiro, lecionando no C.E. Padre Mello, quando era Secretário de Educação e Cultura do Estado o Prof. Dr. Delton de Mattos, seu ex-aluno.
Faleceu nesta cidade, no dia 23/10/1980.
Biografia realizada pelas alunas do 2º ano do Curso de Formação de Professores do Colégio Rio Branco, sob coordenação das Prof. Walesca Araújo Coelho e Keli Cristina Tardin dos Santos. 1992
***
A seguir, três ex-alunos do Rio Branco, o desembargador Ademir Paulo Pimentel, a Professora Therezinha Chalhoub de Oliveira e o desembargador Nivaldo Xavier Valinho, relembram a educadora.
Dr. Ademir Paulo Pimentel
(04.10.1980, durante as comemorações do 60º aniversário de fundação do educandário)
"... e pude então voltar ao passado e me lembrar aquele dia em que meu pai levou-me ao 'Rio Branco' e disse: 'dona Carmita, de agora em diante o Ademir está entregue à senhora!'. Confesso que não me recordo a verdadeira reação, porque tomado daquele medo característico do adolescente, que de forma errada e distorcida, via em dona Carmita, ao contrário do que realmente era, a encarnação da violência. Se naquela época a olhava sob o clima de terror, hoje a reverencio como símbolo do amor, eis que a Deus, aos meus pais e a ela, devo o que sou, não desconhecendo outros que, em escala menor, constituiram-se em elementos construtores do meu caráter. Posso ter uma orelha um pouco mais esticada do que possuía antes de ingressar no 'Rio Branco'; posso não ter compreendido em tempo útil os castigos, as repreensões, os retornos à tarde para o estudo e até mesmo aqueles dias em que fiz dos gabinetes o 'refeitório' da não muito suculenta e agradável refeição. Mas uma coisa eu posso afirmar: sou homem, embora com as limitações naturais oriundas de minhas fraquezas humanas, porque fui criado com disciplina. E eu me recordo que naqueles tradicionais 'castigos', de uma frase não me esqueci: (também pudera! Eram mil vezes, quando não era possível o incômodo uso dos três ou dois lápis que facilitavam o serviço) 'a disciplina é o fator do progresso'. Alguns já levavam copiado de casa!
Nos sessenta anos do 'Rio Branco', não poderia, dona Carmita, silenciar-me. Quanto lhe devo! E quantos lhe devem um tributo imperecível de gratidão e que eu virtude das lutas da vida, nem sempre podemos demonstrar em atitudes o nosso sentimento! (...)
Nos sessenta anos do 'Rio Branco', não poderia, dona Carmita, silenciar-me. Quanto lhe devo! E quantos lhe devem um tributo imperecível de gratidão e que eu virtude das lutas da vida, nem sempre podemos demonstrar em atitudes o nosso sentimento! (...)
Portanto, dona Carmita, nos sessenta anos do 'Rio Branco', receba o nosso reconhecimento e nossa gratidão. Em meu nome e de milhares de outros, que espalhados pelo nosso Brasil, tiveram o seu caráter moldado pelo respeito, pela disciplina.
Obrigado, dona Carmita!"
Profª. Therezinha Chalhoub de Oliveira
(13.11.1987, na inauguração de seu retrato como patrono do CIEP D. CARMITA)
"Sinto-me deveras honrada e feliz por ter sido aluna de D. Carmita. Com que gosto e entusiasmo discorria sobre fatos e datas de nossa História; sobre as notáveis e grandes civilizações narradas e descritas à luz da História geral; sobre a organização política e social do Brasil. Nas lições punha ordem e objetividade para nos ver logo adiante alcançar o domínio da matéria; era exigente quanto ao comportamento em salas de aula ou no pátio, certa de que o domínio das boas maneiras fortalece e purifica o temperamento."
Dr. Nivaldo Xavier Valinho
(17.11.1995, nas comemorações do 75º aniversário de fundação do educandário)
"Nesta noite, meus amigos é preciso que voltemos no tempo 75 anos atrás; imaginemos uma Bom Jesus daquela época: um punhado de casas; um pequeno grupo populacional; uma pequena comunidade sequiosa de independência, de maioridade e, convenhamos, só o talento e a coragem de uns poucos visionários, poderiam ensejar à nossa terra tão grande incentivo à cultura, às letras e à educação; a fundação de uma Escola que viria marcar indelevelmente as gerações futuras de Bom Jesus.(...)
Mas, a História do Colégio Rio Branco não se dissocia da História de Bom Jesus: os mesmos momentos de ousadia; iguais tormentos de crises, mas sem esmorecimentos porque amparados um e outro no que esta terra possui de mais singular, ante os demais rincões brasileiros: a força de sua comunidade. Bom Jesus possui esta virtude ímpar, que atravessa os tempos; seu povo sempre soube quando unir-se sob uma mesma bandeira, quando mais alto se descortina o interesse de todos.
Deparando intransponíveis exigências do MEC nas altas taxas para os educandários reconhecidos, o Rio Branco soçobrava, perdendo sua oficialização, mas logo encontrou amparo na sobrevida quando uma JUNTA INTERVENTORA, constituída pelos valorosos homens da comunidade, OLIVIO BASTOS, JOSÉ DE OLIVEIRA BORGES (então Prefeito) e JOSÉ MANSUR, passou a administrá-lo, restabelecendo sua oficialização e garantindo sua continuidade, sempre mantida a qualidade de seu ensino.
Mas, a História do Colégio Rio Branco não se dissocia da História de Bom Jesus: os mesmos momentos de ousadia; iguais tormentos de crises, mas sem esmorecimentos porque amparados um e outro no que esta terra possui de mais singular, ante os demais rincões brasileiros: a força de sua comunidade. Bom Jesus possui esta virtude ímpar, que atravessa os tempos; seu povo sempre soube quando unir-se sob uma mesma bandeira, quando mais alto se descortina o interesse de todos.
Deparando intransponíveis exigências do MEC nas altas taxas para os educandários reconhecidos, o Rio Branco soçobrava, perdendo sua oficialização, mas logo encontrou amparo na sobrevida quando uma JUNTA INTERVENTORA, constituída pelos valorosos homens da comunidade, OLIVIO BASTOS, JOSÉ DE OLIVEIRA BORGES (então Prefeito) e JOSÉ MANSUR, passou a administrá-lo, restabelecendo sua oficialização e garantindo sua continuidade, sempre mantida a qualidade de seu ensino.
Iniciou-se aí uma administração duradoura, comandada por OLIVIO BASTOS, e a era de uma Diretora que marcou a vida estudantil de gerações de bonjesuenses: MARIA DO CARMO BAPTISTA DE OLIVEIRA – a D. CARMITA. Tinham tudo para fracassar numa convivência profissional: ele, quase um lord; um inglês por formação, dada sua convivência com os construtores da estrada de ferro: discreto, paciente, mas indomável; D. CARMITA, toda ímpeto, dedicação integral e diuturna ao Colégio; disciplinadora inflexível.
Essa convivência, entretanto, varou décadas. “Seu Olívio” passou à história como o proprietário compreensivo e de grande visão administrativa. D. Carmita soube adequar sua missão às diretrizes de Olívio Bastos, sem abdicar de sua forte personalidade e do temperamento dominador, que entretanto, visavam o progresso do Rio Branco e o futuro de seus alunos.
Essa convivência, entretanto, varou décadas. “Seu Olívio” passou à história como o proprietário compreensivo e de grande visão administrativa. D. Carmita soube adequar sua missão às diretrizes de Olívio Bastos, sem abdicar de sua forte personalidade e do temperamento dominador, que entretanto, visavam o progresso do Rio Branco e o futuro de seus alunos.
Certo, porém, quanto a ela, que nenhum de nós, ex-alunos da geração D. CARMITA, não consegue permanecer silente em qualquer sala daquela Casa sem perceber seus passos firmes ao longo dos corredores; ainda hoje, esta sensação ocorreu-me, na sentimental visita feita à antiga Escola.
Reverenciamos a figura de D. CARMITA pelo tanto que dedicou ao Colégio Rio Branco e ao nosso aprimoramento educacional. Sem a visão de futuro que ela inegavelmente possuía, quantas e quantas vezes me rebelei a cada “indicação voluntária” que me era feita para declamações, teatros, grupos de canto, monólogos, etc. etc. nas festivas reuniões do “Grêmio Humberto de Campos”, atividades que mais tarde me valeriam – e muito – na vida profissional a que a vocação me conduziu. Assim comigo, igual a tantos e tantos outros colegas.
Possuía D. CARMITA o dom de descobrir em cada qual uma virtude às vezes oculta, que, trabalhada, se transformava numa qualidade desconhecida do próprio aluno."
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Abaixo, trecho do artigo do jornalista Sílvio Fontoura no jornal A Notícia, de Campos dos Goitacazes, em 16/12/1943, noticiando a comemoração, no Colégio Rio Branco, do aniversário da educadora.
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Abaixo, trecho do artigo do jornalista Sílvio Fontoura no jornal A Notícia, de Campos dos Goitacazes, em 16/12/1943, noticiando a comemoração, no Colégio Rio Branco, do aniversário da educadora.
A seguir, texto do jornal O Norte Fluminense sobre Olívio Bastos, que assumiu o Colégio Rio Branco em 1939
OLÍVIO BASTOS E SUA ATUAÇÃO PELO DESENVOLVIMENTO DE BOM JESUS
Olívio Bastos, 3º da esquerda para a direita, pai de Esio Bastos (último à direita), foi administrador da Cia Ferroviária Itabapoana em Bom Jesus do Norte (ES) |
Olívio Bastos nasceu em Campos dos Goytacazes (RJ) aos 19 de outubro de 1889. Em 1933, veio com sua família para Bom Jesus, assumindo o cargo de Administrador da Cia. Ferroviária. Naquela época, a Estrada de Ferro, que ligava Bom Jesus do Norte ao distrito mimosense de Itabapoana, passava por grave crise econômica e financeira e o seu proprietário, João Soares, a entregou à Leopoldina Railway Ltda. para comandá-la. Esta, por sua vez, enviou Olívio Bastos para administrá-la.
Na Cia. Ferroviária Itabapoana, Olívio Bastos imprimiu uma grande administração, colocando as estações bem aparelhadas e reparando o leito da linha férrea. Além disso, repuxou locomotivas, remodelou o carro de passageiros e estabeleceu o tráfego mútuo com a Leopoldina, tendo criado a Caixa de Aposentadorias e Pensões para os empregados.
Imprimiu administração moderna para a época com venda de passagens diretas para o Rio, Vitória e Niterói, instalando linha telegráfica em tráfego mútuo com a Leopoldina para o transporte de café de Bom Jesus para a estação destinatária. Para se ter uma ideia, já em setembro de 1933 foram transportadas 32.936 sacas de café.
Olívio Bastos assumiu também a Empresa Luz e Força ltabapoana, empreendendo ali uma radical transformação administrativa. Essa empresa, também sediada em Bom Jesus do Norte, passou a receber melhoramentos refletindo no benefício dos seus funcionários e da população, estendendo seus fios até Santo Eduardo, distrito de Campos dos Goytacazes (RJ).
Foi um dos fundadores do Centro Popular Pró Melhoramentos de Bom Jesus e fez parte da sua primeira diretoria, na qualidade de tesoureiro, sendo, depois, seu Presidente. Com extraordinário tino administrativo, promoveu ampla reforma no Hospital São Vicente de Paulo, que estava fechado, advindo daí o crescente desenvolvimento dessa grande instituição. Também o Colégio Rio Branco recebeu de Olívio Bastos os benefícios de sua visão administrativa. Assumindo a direção em momento difícil para o educandário, coube a ele introduzir grande transformação no tradicional Colégio, ampliando e construindo salas novas, laboratório, e a quadra de esportes.
Olívio Bastos foi um dos fundadores do Rotary Clube de Bom Jesus e um dos fundadores do Aero Clube de Bom Jesus em 1942, tendo presidido esta sociedade. Participou ativamente das atividades em Bom Jesus, colaborando para o progresso da terra bonjesuense e de sua gente.
Casado com a professora Vivaldina Martins Bastos, de tradicional família campista, desse enlace nasceram os seus filhos Esio Martins Bastos, jornalista, comerciante e fundador do jornal "O Norte Fluminense", Luciano Augusto Bastos, advogado, educador e diretor do Colégio Rio Branco, por vários anos, e Maria Ruth Bastos Guerra, viúva de José Sebastião de Vasconcelos Guerra, funcionário aposentado do Banco do Brasil.
Olívio Bastos faleceu nesta cidade no dia 29 de novembro de 1957, aos 68 anos de idade. A vida de Olívio Bastos é um hino de trabalho e dedicação em prol desta terra. Trazendo o conhecimento administrativo que ele recebeu dos ingleses da Leopoldina Railway, empregou em Bom Jesus todo o seu vasto cabedal administrativo, sendo mesmo um pioneiro, à época em que éramos ainda distrito de Itaperuna. Era um administrador enérgico, porém justo e humano, além de pautar seus atos com dignidade e honradez.
Sua vida de grande administrador será sempre um espelho para a juventude bonjesuense.
Segue texto do blog do Espaço Cultural Luciano Bastos sobre o último diretor do Colégio Rio Branco.
Luciano Bastos: uma vida em prol de Bom Jesus
Há 84 anos nascia Luciano Augusto Bastos, mais precisamente no dia 21 de janeiro de 1928, em Carangola, MG, filho de Olívio Alves Bastos e Vivaldina Martins Bastos.
O pequeno Luciano veio com 5 anos para Bom Jesus do Itabapoana
Seu pai, funcionário graduado da Leopoldina Railway Cia. Ltda. - pertencente aos ingleses - veio para Bom Jesus com a missão de administrar a Cia. Ferroviária Itabapoana em Bom Jesus do Norte, ES, trazendo a família, da qual Luciano era o caçula.
Uma vez no Vale do Itabapoana, Luciano Bastos assumiu essa terra como sua, sentindo-se tão bonjesuense quanto os que aqui nasceram.
Estudou o primário, o antigo Ginasial e o curso de Contabilidade no Colégio Rio Branco local.
Mais tarde ingressou na Faculdade de Direito de Campos (turma pioneira), formando-se em dezembro de 1964.
Mais tarde ingressou na Faculdade de Direito de Campos (turma pioneira), formando-se em dezembro de 1964.
Formatura em Direito, na cidade de Campos dos Goytacases, dezembro de 1964
Como advogado, marcou época em quase 40 anos de profissão. Foi representante da OAB em Bom Jesus do Itabapoana, tendo conseguido, junto com seus colegas, a criação da Subseção da Ordem dos Advogados no município.
Arquibancada do Olímpico Futebol Clube: um dos melhoramentos promovidos por Luciano Bastos como presidente do Olímpico F.C.
No Esporte, foi um dos fundadores da Liga Bonjesuense de Desportos, que presidiu. Presidente do Olímpico F.C., construiu em sua gestão a Arquibancada coberta, que foi a primeira do noroeste fluminense (1961-1962). Tendo sido presidente em duas gestões, atuou promovendo a construção de diversas instalações e benfeitorias, recebendo posteriormente do Clube o título de Benemérito do Olympico FC.
Homenagem prestada pelo Olímpico F.C. a Luciano Bastos. Ao seu lado o craque Braz Roberto Viceconti.
Foi um dos fundadores do Bom Jesus Tênis Clube e seu dirigente, além de ter participado ativamente no Aero Clube.
Foi criador dos Jogos Estudantis e do Campeonato Rural de Futebol em Bom Jesus do Itabapoana.
Confira aqui o artigo "Luciano Bastos, atleta", sobre sua vida esportiva.
Na Educação, iniciou como Diretor do Colégio Rio Branco em 1958, quando sucedeu seu pai. Ocupou o cargo por mais de 50 anos, até seu falecimento, em 2011.
Foi Secretário Municipal de Educação em 1989 no Governo Carlos Garcia e em 2001 no Governo Miguel Motta, com destacadas atuações.
Ocupou a presidência da FAESP (Fundação de Apoio ao Ensino Superior), cargo não remunerado, tendo sido um dos grandes batalhadores pela implantação de cursos superiores em Bom Jesus.
Na Cultura, foi membro da Academia Bonjesuense de Letras, tendo sido também seu presidente, e membro do Instituto de Letras e Artes Dr. José Ronaldo do Canto Cyrillo (ILA).
Sua ação na preservação da História Bonjesuense pode ser avaliada por seu valioso acervo documental e fotográfico sobre fatos históricos da região, e os artigos que publicava no jornal O Norte Fluminense.
Participou do Rotary Club de Bom Jesus, tendo sido seu presidente.
Foi presidente do Centro Popular Pró-Melhoramentos por vários mandatos, e por vários anos membro do Conselho Deliberativo desse órgão.
Os irmãos Esio e Luciano Bastos, companheiros de uma vida inteira.
Na Imprensa, foi colaborador de O Norte Fluminense desde sua fundação, passando a Diretor do periódico após o falecimento de seu irmão, Ésio Bastos.
Foi um dos fundadores da Associação Comercial de Bom Jesus.
Na Política, Luciano Bastos teve destacada atuação, sendo um dos fundadores do MDB (Movimento Democrático Brasileiro) em 1966 mantendo-se posteriormente no PMDB.
Faleceu no dia 08 de fevereiro de 2011.
Confira abaixo a biografia completa de Luciano Augusto Bastos publicada no livro de sua autoria "De Município a Distrito: Primeira Emancipação de Bom Jesus do Itabapoana (1890-1892), v. 1. Ed. O Norte Fluminense, 2008.
José Carlos de Campos construiu a casa que originou o prédio do Colégio Rio Branco, em meados do século XIX. Na foto, com sua esposa Maria Carlota de Oliveira Campos |
Em 1939, o interventor do estado do Rio de Janeiro, Amaral Peixoto, visitou as instalações do Colégio Rio Branco |
Olívio Bastos, Diretor Administrativo e Comercial do Colégio Rio Branco a partir de 1939 |
Maria do Carmo Baptista de Oliveira, Diretora Técnica do Colégio Rio Branco, a partir de 1939 |
Carlos Brambila, ex-diretor do Colégio Rio Branco |
Em 12 de agosto de 2011, o Colégio Rio Branco passou a ser o Espaço Cultural Luciano Bastos |
Máquina francesa Alauzet, do séc. XIX, e que imprimiu o jornal O Norte Fluminense, por vários anos, constitui uma das várias raridades que compõem o rico acervo do ECLB, no Museu da Imprensa |
Originais do jornal A Voz do Povo, de 1930, considerados extintos, foram doados ao Espaço Cultural Luciano Bastos por Élcio Xavier |
Élcio Xavier relançou os livros O Véu da Manhã e Rosaquarium no Espaço Cultural Luciano Bastos |
Beto Travassos lançou o livro Alma e Poesia, no ECLB |
Onofre Nunes da Silva lançou o livro Flores do Perdão, no ECLB |
Adilson Figueiredo lançou o livro Dois Pontos: Pontuando o Viver/ Pontuando a Mim Mesmo, no ECLB |
Inauguração do Espaço Cultural Luciano Bastos, em 12 de agosto de 2011, contou com a apresentação do Grupo Musical Amantes da Arte |
Parabéns pelo Centenário! E aos filhos pela dedicação .
ResponderExcluirQue proposta linda, um trabalho gratificante, um resultado dignificante e, hoje, toda essa memória preservada, dando continuidade e cumprindo o mesmo papel da proposta inicial!!!
ResponderExcluirFantástico!!!🙌🙌🙌👏👏👏👏💐💐💐💐💐💐
Parabéns como é lindo ver a nossa história.
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