quinta-feira, 2 de maio de 2019

Festa Portuguesa: Bom Jesus resgata suas origens




Quando o mineiro Antônio José da Silva Neném, de Rio Novo, veio desbravar nossa região, em 1842, trouxe consigo o português Manoel Gomes Alves, que estabeleceu uma residência na região conhecida como Alto da Santa Rita, região onde ocorreu, no dia 27 de abril,  a 2a. Festa Portuguesa com Certeza.

Portugal está, portanto, presente em nossa história, desde o seu início. Sintomático, também, que devemos a outro ilustre português a narrativa de nossa história: o açoriano Padre Mello, que chegou em Bom Jesus do Itabapoana em 1899, e, através de pesquisas, colheu os depoimentos que permitiram que tomássemos conhecimento do início de nossa história. 

A Festa ´Portuguesa constitui, portanto, um importante resgate de nossa história e de nossa cultura. O evento desse ano foi também organizado pelo Centro de Estudos Portugueses Manoel Ignácio da Silveira, ligado ao Memorial Governadores Roberto e Badger Silveira, por ocasião das comemorações dos 156 anos da data natalícia de Padre Mello.

Na ocasião, esteve em Bom Jesus outro insigne açoriano: Francisco Gonçalves, músico oriundo do Arquipélago dos Açores, mesma região de onde veio Padre Mello para nosso município.

No dia 27 de abril, às 6h, ocorreu a Alvorada com uma bela exibição da Lira Operária Bonjesuense, conhecida como Furiosa, liderada por Nilo de Souza. 

Às 9h, ocorreu uma Oferenda Floral no busto do Padre Mello, com a presença do Tiro de Guerra e da Escolinha de Futebol Rio Branco, do Bairro Santa Terezinha, dirigida por Gildo Dinho.

Ao meio-dia, foi realizado o Almoço para Padres e Freiras, no Espaço Cultural Luciano Bastos, onde estiveram presentes a Madre Virgínia Alves, Ir. Lucimar Maria Soares, Pe. João Motta Neto, Pe. Domingos Sávio, Padre Vicente, Padre Rodrigo Mello,
o magistrado dr. Luiz Alberto, a dirigente do ECLB, Claudia Martins Borges Bastos do Carmo, o cenógrafo Raul Travassos, o pesquisador Adilson Figueiredo, Júlio Cesar de Paulo Ribeiro do Centro Cultural São Josemaria, o ex-vereador de Bom Jesus do Norte, Toninho Gualhano, e uma representação do Tiro de Guerra. Estiveram presentes, ainda, Cilea Abreu dos Santos, dirigente do Memorial Governadores Roberto e Badger Silveira, sua neta Beatriz de Fátima Magalhães Dias, o comerciante Francisco de Assis Borges, Ercília Borges do Carmo,Thaís Borges. e os membros do Centro de Estudos Portugueses Antonio Soares Borges, Cristina Borges, André Luiz de Oliveira e Gino Martins Borges Bastos.

A parte musical ficou a cargo do pianista Luiz Otávio Barreto, do açoriano Francisco Gonçalves e da Escola de Música JEMAJ, dirigida pela profa. Anízia Maria Pimentel, através do violinista Herbert Cock e do tecladista Allan Lara. 

Às 16h, ocorreu a abertura da Festa Portuguesa com a apresentação do grupo de Danças do Centro Educacional Rosa de Souza Pereira, comandado pela Madre Virgínia Alves Lima. Exposições  sobre Padre Mello, móveis portugueses, da família Figueiredo, das famílias Borges, Silveira e Bastos, encantaram o público presente.
A culinária portuguesa ficou a cargo do Bistrô Histórico, de Marília Almeida.

Às 19h, ocorreu a Santa Missa de agradecimento pela vida de Padre Mello, onde foi cantado, pela primeira vez, pelo Coral Santa Rita de Cássia, o Hino do Seminário Episcopal de Angra, cuja letra foi escrita por Padre Mello, quando era padre nos Açores.

Após a Santa Missa, a Festa Portuguesa prosseguiu na Praça Amaral Peixoto, com apresentação do Grupo Musical Amantes da Arte, que contagiou a todos com seu repertório de músicas portuguesas, além de apresentar o maestro Fernando Moreira, que passou a integrar a agremiação.

Apresentaram-se, ainda, com grande brilho, o violinista Herbert Cock, o tecladista Allan Lara e o açoriano Francisco Gonçalves.

Deve-se registrar que, na oportunidade, o CCMB (Centro Cultural Maria Beatriz), de Laje do Muriaé (RJ), outorgou ao Secretário de Cultura, Turismo e Urbanismo, Bob Flávio, um Diploma de Reconhecimento pela atuação "revolucionária" do gestor, o que o torna "exemplo para os gestores do país". Com efeito, a referida Secretaria foi uma das apoiadoras da Festa Portuguesa, juntamente com o ECLB e o jornal O Norte Fluminense.

O fado, que ecoou com os primeiros raios de sol da manhã do dia 27, na Praça Amaral Peixoto, assim como as canções açorianas interpretadas por Francisco Gonçalves, ao se encerrar a noite festiva, indicam que algo novo surgiu em nosso município: a consciência de que estão, nos valores que fizeram surgir nosso povo, as esperanças do nosso amanhã.

Vejam como foi o dia histórico.

















































ALVORADA COM A LIRA OPERÁRIA BONJESUENSE















OFERENDA FLORAL NO BUSTO DE PADRE MELLO




















ALMOÇO PARA PADRES E FREIRAS






















































SANTA MISSA PELA VIDA DE PADRE MELLO











Padre Rodrigo Mello e os batizados por Padre Mello

FESTA PORTUGUESA, À NOITE
























































































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