sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

A HISTÓRIA DA IMPRENSA EM BOM JESUS DO ITABAPOANA


A HISTÓRIA DA IMPRENSA EM BOM JESUS







Nossa tradição jornalística é centenária. O primeiro jornal, "Itabapoana", foi editado por Sylvio Fontoura no dia 1º/08/1906, tendo como secretário Pedro Gonçalves da Silva Jr., e Francisco Teixeira de Oliveira, como gerente. O nome do jornal aludia à nossa primeira emancipação, que fora perdida em 8 de maio de 1892. Desde então, várias publicações de realce se despontaram em nosso rincão. No dia 15/7/1911, Menezes Wanderley lançou "Itabapoana", em sua segunda fase, tendo como diretor-gerente Lauro Wanderley. No dia 15/11/1916, o dr.  Jeronymo Tavares passou a publicar o "Correio Popular", tendo como secretário Pedro Gonçalves da Silva Jr., diretor o Cel. Francisco Teixeira de Oliveira, e gerente Pompeu Tostes. A terceira fase de "Itabapoana" ocorreu a partir de 12/05/1918, com Renato Wanderley. "Nossa Terra" foi editado em 21/12/1924, por Antonio da Costa Freitas. 



"A Cidade" surgiu em 1º/01/1925, sob a direção de José Ferreira Rabelo, tendo como diretor gerente Pedro Flores. O jornal "A Paróquia" é lançado no dia 23/05/1925 por Padre Mello. "O Liberal" é editado em 1926 por Antonio da Costa Freitas, tendo como redatores Octacílio Ramalho e Cesar Ferolla. 



"O Norte", por sua vez, passa a circular no dia 19/03/1928, através de Padre Mello, tendo como secretário o dr. Oliveiro Cunha. "Bom Jesus Jornal", de 29/03/1928, foi fundado por José Tarouqella de Almeida, tendo como gerente Preserpino Filho e os seguintes redatores: Renato Wanderley, Willes Cunha e Osório Carneiro. Na data de 06/09/1930, Osório Carneiro e José Tarouquella de Almeida lançam "A Voz do Povo", em sua primeira fase. No dia 30/01/1932, Osório Carneiro lança "O Momento", tendo como Padre Mello como diretor interino. Osório Carneiro restabelece, então, " A Voz do Povo" no dia 05/08/1933, que, em sua segunda fase vigora até os dias de hoje. "O Boletim", órgão da Prefeitura Municipal, foi editado a partir do dia 3/10/1939, enquanto o famoso "Meu Campinho" foi publicado por Padre Mello em 1940, numa referência ao primeiro nome de Bom Jesus: Campo Alegre.

Nosso município viveu, em sua trajetória, dois momentos de muita prosperidade: as épocas áureas do café e da cana-de-açúcar. Os sinais desta opulência podem ser verificados nos prédios e também no legado na área cultural e jornalística. Grandes escritores se destacaram, entre os quais podemos mencionar, entre muitos, Padre Mello, Octacílio de Aquino, Romeu Couto, Delton de Mattos, Athos Fernandes, Ayrthon Borges Seródio e Elcio Xavier, cuja obra "O Véu da Manhã" foi reconhecida pela Academia Brasileira de Letras.

O legado desta riqueza cultural do município e região pode ser observada, ainda, pela força dos atuais articulistas que escrevem em nosso jornal, que possuem o reconhecimento da crítica literária nacional.

O Norte Fluminense constitui um exemplo de que um pequeno município como o nosso é capaz de ser insubmisso às forças culturais alienantes que tentam se impor no mundo, e, em contrapartida, ser agente da história e produtor de uma cultura que - ousamos dizer - é de melhor qualificação da que veiculada por muitos grandes veículos de comunicação.

Já disse um leitor: "quem lê jornal sabe mais, quem lê O Norte Fluminense sabe muito mais". 

É com o sentimento de crença na capacidade do interiorano em construir caminhos próprios para si e para o mundo, que levamos adiante nossa missão consubstanciada na luta pela continuidade dos ideais dos que nos antecederam na lida jornalística secular do município, assim como dos irmãos Esio e Luciano Augusto Bastos.

Agradecemos, na oportunidade, aos articulistas, assinantes, anunciantes, leitores e apoiadores do jornal, desejando a toda(o)s e suas respectivas famílias um Natal de muita Paz e um Ano Novo de redobradas esperanças em dias melhores.


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