segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Lábios que eu beijei


                             Joel Boechat


  Cantinho de minhas poesias e devaneios

                                                        Junho... é fria a noite
                                                        O inverno em meu corpo
                                                        Bate forte como um açoite
                                                        Ninguém para abraçar
                                                        Ninguém para beijar...               

Na volúpia de intensos desejos
Queria encher aquela boca de beijos
Doces, ardentes,  sensuais
So encontrava lábios insípidos e frios
De bocas tão desiguais...

Daqueles beijos, então já farto
Retornava tristonho ao meu quarto
Recordando os teus, tāo sensuais
Reclamando de mim,
que fossem beijos iguais

Ansiava aconchegá-la em meu peito
Nesses devaneios e anseios
Sentir o suave roçar de seus seios
Sonhando tê- la em meu leito...

Aos poucos, tudo desfeito...

Nas poucas noites de nosso amor
Durante intervalos  de sonhos
Festival de dois lábios risonhos
No côrso de antigos carnavais

Beijos que eu te dei
No bloco da saudade e,
No bloco das Ilusões,
Teus lábios de suavidade, eram
Como os lábios, só de emoções

Ansiosos... trêmulos, nervosos
Como as luzes de anúncios luminosos
Me deixavam num dilema...

Se se separassem meus lábios dos teus
Pelas nossas origens e raízes
Ficariam a Cicatrizes
Nos labios teus e nos meus...?

Acabaram-se as festas
Dos salões, as grande orquestras
Dos Carnavais e de nossas farras

Ficaram...
Nos lábios e no meu semblante
Rachaduras e muitas estrias
Não mais Carnaval e fantasias
Meus lábios sem o teu mel
Lembram códigos de barras
Gravada num vidro de fel...


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