quarta-feira, 24 de julho de 2019

BANDEIRA NACIONAL



Por alturas da independência de Portugal, Afonso Henriques teria sobreposto à cruz azul do seu escudo os besantes (ou dinheiros), indicando assim que o dono desse escudo de armas poderia cunhar dinheiro — direito que era reservado aos reis, num sinal de clara afirmação de autonomia face a Afonso VII de Leão e Castela.

Apesar de verossímil, porque consistente com outros gestos de afirmação de independência e realeza de Afonso Henriques, esta teoria carece de comprovação histórica.

Não obstante, um motivo complementar pode ser considerado: os besantes, como pregos de aço que, podiam oferecer melhor fixação para as tiras de couro tingido a azul que constituíam a cruz, emprestando ao mesmo tempo maior solidez ao escudo de guerra de Afonso Henriques.

De acordo com a versão tradicional, esta inclusão dos dinheiros estaria relacionada com o milagre de Ourique, segundo o qual Jesus Cristo teria aparecido ao rei, dando-lhe a vitória.

Assim, Afonso Henriques teria colocado no seu escudo de armas os trinta dinheiros pelos quais Jesus foi vendido (ou segundo outra leitura, as suas cinco chagas).

Enviado por Antonio Soares Borges

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