sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Rua 21 de Abril: A Rua da Música que Acolhe as Escolas de Música JEMAJ e MusicArt

 



A partir de hoje, a Rua 21 de Abril passa a carregar um novo nome, não no papel, não nas placas burocráticas, mas na boca do povo e no coração de quem a percorre: Rua da Música. Os músicos já a chamavam assim há tempos, como quem pressente uma verdade antiga. Faltava apenas o gesto solene, o rito simples e necessário para que toda a comunidade percebesse o que já estava gravado no ar: aquela rua palpita em compasso.

A festa não cabe em um único dia, precisa de dois, 21 e 22 de novembro, como se a música necessitasse de mais uma batida para completar o ritmo da celebração. O dia 22 é a moldura perfeita, pois nele se homenageiam os músicos do Brasil e do mundo, sob o olhar amoroso de Santa Cecília, padroeira da música. É como se ela, sorrindo de longe, afinasse as cordas do destino.

A Rua 21 de Abril abriga duas casas de formação musical, a Escola de Música JEMAJ, de Anízia Maria, e a MusicArt, de Thadeu Almeida. Mas abriga também histórias que se movem como melodias: os acordes de Marisa Valinho; a memória serena do violinista Amílcar Gonçalves; a lembrança intensa de André Megre, musicista de alma inteira. E ecoa, ainda, nos cantos da rua, o pensamento de Vera Maria Viana Borges, vizinha musicista que costumava dizer:
“A música, paixão que supera obstáculos, colore a vida com sua vibrante força.” Naquela rua, cada esquina parece guardar sua própria canção, algumas inteiras, outras apenas sussurradas pelo vento.

Dos sons que ecoaram hoje com os alunos e mestres da JEMAJ, sobre os paralelepípedos antigos, quando as casas se inclinavam discretamente para ouvir melhor, até os acordes que brotaram da sede da Escola MusicArt, com seus alunos e mestres, onde o pequeno Mozart bonjesuense, Josué, encantou a todos com seu talento precoce, fica evidente uma certeza: não temos apenas uma rua da música; temos uma aldeia inteira que respira música.

Em Bom Jesus do Itabapoana, a cultura cresce como raiz discreta: não faz barulho, não pede holofotes digitais, mas floresce onde mais importa, no interior das pessoas, especialmente das crianças e dos jovens, que descobrem ali seu primeiro instrumento e talvez sua primeira possibilidade de mundo.

Somos herdeiros de um legado luminoso. Nossos antepassados foram faróis, e os faróis de hoje, muitos e diversos, continuam a acender caminhos. É motivo de festa ver a música espalhar-se como perfume, não apenas na Rua 21 de Abril, mas em todas as vias onde palpita um coração disposto a elevar-se em nome da arte e do desenvolvimento humano.

E, como sempre, a TV Alcance, de Isac Nascimento, testemunha atenta dos passos culturais da cidade, levará em breve aos lares os acordes mágicos desse momento. Um registro que não é apenas memória, é futuro, é semente, é a certeza de que, em Bom Jesus do Itabapoana, a música encontrou morada definitiva.

















Apresentação na Escola de Música MusicArt


Josué, o Mozart bonjesuense, e o Mestre Thadeu Almeida 


Nenhum comentário:

Postar um comentário