segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Diário dos Açores comemora 146 anos


O Diário dos Açores faz hoje 146 anos. É o nosso mais velho jornal diário, uma referência histórica e cultural única por onde perpassa praticamente século e meio de vida diária destas ilhas, do país e do mundo. A par de "A Crença" que meu pai já assinava quando nasci em 1948, habituei-me a ler o Diário dos Açores na loja do Tio Francisco Feitor, na Ribeira das Tainhas, era eu bem pequeno. Os meus professores, Edmundo Bicudo e Maria Leonor Garoupa também o assinavam.
Eu próprio, logo que vim para Ponta Delgada, fui seu assinante e ainda hoje anda por aí e me saúda o então rapaz que todos os dias mo trazia.
Depois... Depois entrei para o Correio dos Açores. Era 1973. O Diário era um concorrente (só mais tarde, por volta de 1978, o Açoriano Oriental, onde também estive dois anos, passou a sair todos os dias). Mas, apesar de concorrente, o Diário tinha um peso respeitável e um leque de colaboradores notável.
Habituei-me a estimar e respeitar o jornal, essencialmente com Silva Júnior, com Manuel Jorge (inesquecível jornalista e amigo) e mais tarde com Eduardo de Medeiros, infatigável director executivo.
Com grandes dificuldades, quase a sossobrar, o título manteve-se. Foi adquirido pela Gráfica Açoriana, porque para Américo Viveiros era muito doloroso ver morrer esta referência da nossa história. E sei os sacrifícios empresariais e pessoais que esta decisão custou.
Mas aí está o Diário. Vivo, fresco e renovado. Com Manuel Moniz e a sua irreverência, o jornal conheceu momentos de renovação, já sob  direcção de Paulo Hugo Viveiros.
Mais recentemente e com a saída de Manuel Moniz, Américo Viveiros e Paulo Viveiros entregam o jornal a um profissional da comunicação que conhecia bem os "cantos à casa", pois que já foi director e director adjunto do Correio dos Açores, em tempos idos. Falo de Osvaldo Cabral, ex-director da RTP/Açores, um comunicador nato que possui uma escrita interventiva e acutilante, num contínuo inconformismo e vontade de ver a Região progredir.
Com uma pequenina equipa, de que me permito destacar a Alexandra Narciso (minha sobrinha) e a Olivéria Santos, entrada há pouco, depois da saída de Sílvia Aguiar, o Diário dos Açores surge renovado, sintético, mas plural, objectivo e cativante no seu leque de grandes e bons colaboradores.
Por tudo isto, mas acima de tudo porque é um "cantinho de afectos" para mim, na pessoa do seu Administrador, Américo Viveiros, dos seus directores, Paulo e Osvaldo, deixo aqui o meu abraço de parabéns com votos de que muitos açorianos saibam apreciar, lendo, assinando e publicitando nesta relíquia do nosso jornalismo, sempre adaptada aos novos tempos. Um abraço!
Santos Narciso

Enviado por Antonio Soares Borges

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