Uma carta de Foral (do latim forum), ou simplesmente Foral, era emitida, inicialmente, para estabelecer normas, como impostos e serviço militar, em uma região. Cambra é a terra dos antepassados maternos do historiador bonjesuense Antonio Soares Borges
Da página "Vale de Cambra - História e Patrimônio"
FORAL DA TERRA DE CAMBRA
O foral de Cambra foi concedido pelo rei D. Manuel I, em Lisboa, a 10 de Fevereiro de 1514, pelo que hoje se comemora os seus 504 anos de existência. Como os demais forais manuelinos, este foral foi redigido sob a vigilância e superior responsabilidade de Fernão de Pina, cavaleiro da Casa Real e Comendador dos Mosteiros de Tibães e Vimeiro. Outorgado numa altura em que a reforma dos forais do reino já se encontrava bem avançada, faz parte dos Forais da Comarca da Estremadura, pelo que foi entregue ao concelho por Brás de Ferreira, escrivão da alfândega e almoxarifado de Aveiro que, por regimento real, tinha a incumbência de lançar os forais na referida comarca, à qual pertencia, à época, o concelho.
Como era prática comum, do foral foram feitos três exemplares, como refere o próprio texto foraleiro: "(…) do qual mandamos fazer três huuum deles pera a camara da dita terra e outro pera o senhorio dos ditos direitos e outro pera a nossa Torre do Tombo pera em todo o tempo se poder tirar qual quer duvida que sobre isso possa sobrevir (…)".
Daa carta foraleira existentes chegaram até nós os três exemplares que dela foram feitos. Conhece-se o texto original entregue à câmara, bem como o original do texto que foi enviado ao senhorio da terra de Cambra, o Conde da Feira, na altura D. Manuel Pereira. Subsiste, ainda, o registo que ficou no arquivo régio, a Torre do Tombo, exarado na época, que se guarda, ainda hoje, no Arquivo Nacional / Torre do Tombo, em Lisboa. Como era corrente, é muito resumido relativamente ao texto original, porque condensado apenas ao essencial do concelho e está anotado no "Livro dos foraes novos da comarqua da Estremadura", na folha 205 verso a 207 verso.
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