sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Sábios conselhos de um Avô


                             Joel Boechat


  Cantinho das minhas poesias e devaneios


Um dia,  o meu querido Avô
Sentou-se no sofá, ao meu lado,
E, no brilho de seus olhos,
notei um deles molhado...

E, como existe  entre nós,
Muito amor e amizade ,
Me disse em doces palavras
Com toda sinceridade

Você, meu querido netinho,
Ja está se tornando um rapaz
E é, nessa fase da nossa  vida,
Que muita bobagem se faz

Disse ele a mim então...
No meu tampo não havia
Internet, wi-fi, celular
Computador, tablet
E a magia  da  televisão

Quando chegava a hora
De uma paixão despertar
Saiba escolher muito bem
A quem voce vai amar

Antigamente, o fortuito encontro
De um jovem casal numa festa,
Num festival de seresta

Ou no coreto da Praça
Sonhos e quimeras...
Assistindo a banda tocar ...

Um suspiro,  um sorriso
Uma troca de olhar
Meu Deus!... que felicidade
Cheiro de Amor no ar

E, depois,  embaixo de sua janela
Numa seresta para ela
Ele se punha a cantar
Saindo de seus lábios
Os tempos do verbo amar

Fazia-se muita seresta
Mas era só dedicada a ela,
a serenata...
Com o ardor da paixão
Começavam as trocas se olhar
Sob a  argêntea luz de prata
De uma noite de luar...

Um grande amor,  no meu tempo
Nao era compartilhado
A Ela, somente a Ela
O meu  terno beijo era dado

E somente a uma se amando
É que você será amado...

Aí, chegou a minha vez
De, ao meu avô falar também,
Quero te contar Vovô
Com toda sinceridade

Peço guardar segredo
Não guardei a "virgindade"
No frenesi dos desejos
Não conheci só um alguém

Porque pode acontecer, vovô
Que, nas brincadeiras da vida,
Que a vida, só de brincadeira,
Faça de nossas vidas
Uma vida de brinquedos
Ser brinquedo de outro  alguém

Se o meu Amor for de sublime União
Para muitas semanas, dias e meses
Se curto,  só por por um ano,
Ou por tods eternidade
Um sempre disse ao outro
Te amo,  Te amo,  Te amo!

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