quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Ciranda cirandinha


Joel Boechat

 Cantinho das Mágoas...Na casa de
           repouso


            Meus olhos... são poças
            d'água ao despedir-me
            de ti ...

Covarde,  o tempo é covarde
É triste a realidade
Estou esquecido aqui
É triste  sentir saudade
Saudades que sinto de ti

Às vezes, fico absorto em
pensamentos
O estou fazendo aqui?
Já tive fortuna e sorte
Tomara que a sorte me dê
boa morte
Só assim saio daqui

Estava ficando chato
Velho, fora da realidade
Às vezes, pelos parentes
Esquecido.
É dolorosa a verdade
Tenho o meu Coração
partido.

Meu pranto de tristeza...
Tenho chorado demais
Festas, reunião de Natal
Brincadeiras,  folguedos
nos dias de carnaval

Já fui muito querido
Agora, tiro a privacidade
Dos que estão em tenra
É por isso que estou aqui

Ciranda cirandinha
Estás falando besteira
Ninguém curte o teu
barato
Estás ficando muito chato

Levava os filhos à escola
Roda pião, pula pula,
cirandinha esconde esconde
Com eles jogava bola
Sempre arranjava um
Tempinho.
A bola  agora está furada
Quem chegar em último lugar
Não ganha a fruta de conde

Sofro e escondo todo
Esse sofrimento...
Ninguém escuta o meu
pranto
Têm o Mundo em sua mão

Vamos todos cirandar
Vamos dar meia volta
Nas cirandas da vida
volta inteira vamos dar
A nossa vida, bem vivida
Vale a pena recordar?

Tome  o Elixir da Vida
A vida tem um jargão
Seria o prelúdio da morte
Se não  batesse tão forte
Não seria um ancião

Meus queridos,
Troquemos  um abraço
forte
Deus que vos dê boa sorte
Me despeço por aqui!

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