Joel Boechat
Cantinho de Recordações
Ela, de família rica
Ele, de família pobre
Dentro de cada um
pulsava um coração
Nobre ....
Desde menina, tinha um
Segredo... uma paixão
Ele não havia percebido
o sentimento escondido
Naquela doce coração
Filha única...
Menina, moça, mulher
Sonho de amor por dois
anos, nos arabescos de
sua emoção...
Ele jamais fora um impetuoso
E, nem para um flert, atrevido
Seus sentimentos também escondidos
Tímido, descendia de
família pobre
Ela também não descendia
de família nobre
Mas era de família rica
Paixão não necessita
Mordomia, de escravos e
Librés...Coroas
Nem de carpideira para
Prantear um eventual revés
Seu corpo, progesterona e estradiol
Não sabemos se são de deuses ou demônios
O calor que esperta desejos
de sexo e prazeres,
esses hormônios...
Família dela
atendendo seus apelos...
A filha única, o que
ela deseja e quer ...
Comvidou-o para ser seu
Par no baile de formatura
Aí, começa outra história...
Preparativos para o traje a
rigor
Baile nos grandiosos salões
do Hotel Glória
Sonhos de um grande salão
de festas
Tons orientais, jarros de
rosas de Istambul, em
vasos do Japão
Grande Coral e Orquestra
No rodar da carruagem, a
Caminho
Fervorosos planos
Entrelaçar de mãos, abraços,
carinho
Sabor de um beijo roubado
Daquele Ser apaixonado
No intervalo, a Soberana da noite jorrava através das
entre abertas cortinas de veludo.
Chuvas de prata sobre o
casal
Pelas artérias de um Destino
amargor cruel.
Confessou a ela...
Sem beijos, sem aperto de
mãos e abraços apertados,
ansiosamente anelado
Sua sina, seu fardo.
Confessou a ela
Por questão de família, honra
de seus pais, resgate
através de um ato bandido,
um compromisso anterior,
fora assumido
Volta para casa abatida
Não dançaram a Valsa
Não houve o aconchego do abraço
O calor de um toque
O desejo de praticarem... um pecado ...
No primeiro beijo roubado...
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