sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Os 89 anos de A Voz do Povo


Osório Carneiro fundou A Voz do Povo, em sua primeira fase, no dia 6 de setembro de 1930. Originais foram doados ao ECLB pelo poeta bonjesuense Elcio Xavier


Completou 89 anos, no dia 6 de setembro, o jornal A VOZ DO POVO, fundado por Osório Carneiro, em sua primeira fase, em 1930.

Osório Carneiro era, na época, figura das mais expressivas da sociedade bonjesuense. No dia 16 de outubro de 1930, foi nomeado "autoridade de fato" pelas Forças Expedicionárias Revoltosas da Revolução de 1930, investido "dos mais amplos poderes, prestando-lhe as forças revoltosas inteiro apoio e auxílio material em qualquer emergência".


José Tarouquela anunciou o trabalho da Tipografia Almeida em página do primeiro  exemplar de A Voz do Povo, de 06 de setembro de 1930 (acervo do Museu da Imprensa do ECLB)

Após curta duração, Osório Carneiro restabeleceu A Voz do Povo no dia 5 de agosto de 1933, que se mantém em atividade até os dias de hoje.


Osório Carneiro voltou a imprimir A Voz do Povo, na segunda fase, em 5 de agosto de 1933. Originais foram doados por Marcus Werneck ao ECLB



A VOZ DO POVO exerceu papel relevante na luta pela 2a. emancipação de Bom Jesus do Itabapoana, que veio a se concretizar no dia 1o. de janeiro de 1939. 

As páginas do jornal, na década de 1930, constituem verdadeiras preciosidades relativas a este período histórico.  

O brilhantismo das páginas de A VOZ DO POVO se mantêm ao longo do tempo e, hoje, o diretor Michel Saad e a redatora dra. Nísia Campos perseveram com o mesmo vigor dos seus fundadores, no ideal de luta por uma Bom Jesus do Itabapoana próspera e culturalmente desenvolvida.

O jornal 'A Voz do Povo' atravesssou por duas fases. Fundado em 06/09/1930 por Osório Carneiro, durou um ano. Posteriormente, editou, com José Tarouquela, o jornal 'Bom Jesus', que teve curta duração. No dia 05/08/1933, Osório decidiu reabrir o 'A Voz do Povo', que está em atividade ininterrupta até os dias atuais.

Em 29/03/1965, com a saúde abalada, Osório Carneiro  procurou pessoas que pudessem adquirir o jornal. José Ferreira Borges, proprietário do Cartório de Bom Jesus, chegou a afirmar que passara mal ao ver Osório sendo obrigado a desfazer do tão querido jornal. Michel Saad e José Antonio Saad adquiriram a publicação. No dia 15/09/1969, José Antônio Borges vendeu sua parte para Carlos Borges Garcia que, por sua vez, no dia 25/06/1980, vendeu sua meação para o dr. Salim Darwich Tannus, que permaneceu no jornal até o seu falecimento, no dia 15/11/1989.

Dr. Salim, ao assumir A Voz do Povo, criou sua equipe, convidando para a mesma a dra Nísia Campos, que se mantém como redatora brilhante e idealista até a presente data.


O NORTE FLUMINENSE, fundado por Esio Bastos em 25 de dezembro de 1946, saúda A VOZ DO POVO, por mais esta data natalícia!

Michel Saad, ex-deputado estadual, é diretor de A Voz do Povo

Dra Nísia Campos, redatora, e Regina Lúcia: vidas dedicadas à A Voz do Povo




OS 121 ANOS DE OSÓRIO CARNEIRO



Gino Martins Borges Bastos

Osório Carneiro, fundador de A Voz do Povo, faleceu no dia 03 de novembro de 1975

Osório Carneiro nasceu no dia 12 de julho de 1898 em Laje do Muriaé, então distrito de Itaperuna (RJ). Foi, contudo, em Bom Jesus do Itabapoana, que fez história. Aqui chegou no dia 20 de novembro de 1927, oriundo de Morro Alto, localidade de Palma (MG). Chegava com o diploma da Academia de Comércio de Juiz de Fora e na reserva da Polícia Militar de Minas Gerais.

Em sua residência, ministrou aulas de contabilidade, chegando a lecionar para Badger Silveira, o futuro governador do estado do Rio de Janeiro.

Em 1928, fundou o jornal BOM JESUS JORNAL, juntamente com José Tarouquella de Almeida. Após curta duração, a dupla fundou A VOZ DO POVO em 1930. que igualmente não conseguiu manter-se. Fundaram, então o MOMENTO que, igualmente, não teve como susbsistir.

Em 1930, foi indicado para ser o Delegado da Revolução comandada por Getúlio Vargas, na região. Posteriormente, foi designado Subdelegado em Bom Jesus do Itabapoana, então 10º distrito de Itaperuna, cargo que exerceu até 1933.

Em 5 de agosto de 1933, lançou novamente A VOZ DO POVO, que mantém-se até a presente data.

Osório Carneiro teve atuação destacada na fundação do Centro Popular Pró-Melhoramentos  de Bom Jesus, entidade mantenedora do Hospital São Vicente de Paulo, do Instituto de Menores Roberto Silveira e da Casa das Meninas, assim como na fundação da Lira Operária Bonjesuense.

Teve, também, atuação relevante na luta pela 2ª emancipação de Bom Jesus do Itabapoana, que veio a lume no dia 1º de janeiro de 1939.

Casou-se com Maria Salma Jorge Carneiro, com quem teve as filhas Lindalva Carneiro Silva e Cibele Carneiro Ribeiro. Do seu segundo casamento, com Fernanda Helena Caraneiro, teve os seguintes filhos: Fernando Osório Carneiro, Maria Helena Carneiro dos Santos e Carlos Roberto Carneiro.

Aposentou-se como jornalista em 1959.

Em 29 de março de 1965, por motivo de doença, foi obrigado a vender o seu amado A Voz do Povo.


Nos anos de 1969 e 1970, Osório Carneiro escreveu uma série de 14 artigos exclusivos para o jornal O Norte Fluminense, intitulada "Recordando o meu tempo de autoridade".


São artigos preciosos em que Osório Carneiro relata sobre suas atividades durante o período em que foi Delegado Revolucionário, em 1930, e como Subdelegado de Polícia. Os textos permitem ainda uma visão relevante de nossa sociedade naquela época.

Faleceu no dia 3 de novembro de 1975, em Cachoeiro de Itapemirim (ES) e foi sepultado em Bom Jesus do Itabapoana, como era seu desejo, ocasião em que meu tio Esio Martins Bastos, fundador de O Norte Fluminense, discursou em nome da família do Capitão da Imprensa Fluminense.

Meu pai, Luciano Bastos, era amigo de Osório Carneiro e mantinha uma pasta com documentos sobre o mestre, além de duas correspondências do mesmo endereçadas a ele. Meu pai chegou a iniciar um manuscrito objetivando a comemoração dos cem anos de seu nascimento 

Por ocasião de sepultamento de Osório Carneiro, Esio Bastos realizou o discurso de despedida do mestre.

Osório Carneiro: ícone do jornalismo bonjesuense


3 comentários:

  1. Excelente matéria! Parabéns aos redatores do 'Norte Fluminense'.

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  2. preciso saber se vocês tem uma reportagem da morte do meu tio André de souza dutra que ocorreu em 1984 assassinado na antiga calçada da mug.

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