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No dia 24 de dezembro de 1890, o governador Francisco Portela elevou-nos à condição de município pela primeira vez. No dia seguinte, 25 de dezembro, foi instaurado o novel município, com grande júbilo da população.
Ocorre que, no dia 2 de maio de 1892, o governador José Thomaz Porciúncula extinguiu nossa autonomia, nos anexando a Itaperuna. Irresignadas com a decisão do governador, lideranças bonjesuenses se reuniram no dia 20 de junho de 1892 em uma das salas da antiga Intendência (situada no atual prédio do Big Hotel), e decidiram proclamar, por conta própria, novamente, a nossa condição de município, nomeando prefeito e vereadores. Designaram, então, os novos intendentes (vereadores), que foram os seguintes: João de Souza Rodrigues, José Boechat, João Pedro Lengruber, Carlos de Aquino Xavier, Severino Teixeira de Oliveira, Luís Vieira de Rezende e Antonio Simplício de Salles. João de Souza Rodrigues, por ser o presidente do Conselho da Intendência, tinha poderes equivalentes ao do atual prefeito. Por outro lado, como Luís Vieira de Rezende não assinou a ata, e não participou das reuniões posteriores, conclui-se que o mesmo não esteve presente por ocasião da proclamação do restabelecimento de nossa autonomia. |
Carlos de Aquino Xavier (1839-1932) foi um dos rebeldes de Bom Jesus do Itabapoana contra a extinção do município
A destacada artista plástica mineira de Rio Novo, mesmo município de onde veio Antônio José da Silva Neném para desbravar Bom Jesus em 1842, pintou um belo quadro retratando esse momento histórico. Na tela, encontra-se, sentado à mesa, Carlos de Aquino Xavier, a grande liderança do movimento. Na parede, se encontram as fotos dos ex-prefeitos neste curto período de autonomia: Pedro Gonçalves da Silva Jr e Cel. Luiz Vieira de Rezende, assim como do ex-governador Francisco Portela.
Segundo assinalou Luciano Augusto Bastos, em seu livro "DE MUNICÍPIO A DISTRITO", que resgatou a história de nossa primeira emancipação,
"foram as seguintes as pessoas que assinaram a Ata, após os Intendentes e secretário [Antonio Antunes de Siqueira]: Joaquim Sérgio Bastos, Francisco Boechat, Herculano Rodrigues de Souza, Manoel Cândido Fragoso, Pedro Rodrigues de Siqueira, Valeriano Alves Barbosa, Henrique José Boechat, Galiano Chevraud, Laurindo Antonio Nunes, José Boechat Filho, Jacinto Plácido de Lima, João Emílio Boechat, Albino Gonçalves Maia e José Luiz de Carvalho".
Na reunião do dia 21 de junho de 1892, ocorreram nomeações administrativas. Olegário Valladão foi indicado para Secretário do Município, enquanto José Joaquim Bastos foi nomeado Procurador.
A última reunião do Conselho ocorreu no dia 1º de julho de 1892. Na oportunidade, o intendente Salles propôs a designação de uma comissão de três membros para se dirigir ao governador do estado, solicitando a sanção do Ato de 20 de junho.
No dia 15 de julho de 1893, foi lavrado o seguinte termo no livro de Atas:
"Aos quinze dias do mês de julho de 1893, presentes os cidadãos João de Souza Rodrigues, José Maria Boechat e Carlos de Aquino Xavier, Presidente e demais Intendentes, declarou o sr. Presidente não haver sessão, por não haver comparecido os demais intendentes e declarou que estava designado o dia 29 de julho corrente para a 3ª reunião". Este termo foi assinado pelo secretário Olegário Valadão, José Maria Boechat e Carlos de Aquino Xavier.
Segundo a obra de Luciano Bastos, após essa data,
"não houve mais reuniões, é o que se deduz, eis que nada mais foi registrado após a Ata e o Termo. Fica a indagação: 'A comissão designada chegou a visitar o Governador Thomaz Porciúncula? O Governador não atendeu a pretensão? Ou a comissão não chegou a viajar? O que teria havido? Fato é que ficou o silêncio e nada registrado nos anais. É possível que se possa desvendar essa omissão e reconstituir o epílogo, pesquisando junto a noticiários oficiais do Governo Estadual, da época. Se houver. A impressão que ficou é de que a comissão não conseguiu o seu intento, sendo sepultada a nossa emancipação, que só foi restaurada 40 anos depois".
Saiba a respeito da vida de Pedro Gonçalves da Silva Jr., o primeiro prefeito de Bom Jesus do Itabapoana, no período da nossa primeira emancipação, no link que segue.
http://onortefluminense.blogspot.com/2016/04/pedro-goncalves-da-silva-alma.html
OBS.: A artista plástica Fania Ramos já nos havia brindado, anteriormente, outra preciosa obra relativa à nossa história, tendo Padre Mello como tema.
Segundo assinalou Luciano Augusto Bastos, em seu livro "DE MUNICÍPIO A DISTRITO", que resgatou a história de nossa primeira emancipação,
"foram as seguintes as pessoas que assinaram a Ata, após os Intendentes e secretário [Antonio Antunes de Siqueira]: Joaquim Sérgio Bastos, Francisco Boechat, Herculano Rodrigues de Souza, Manoel Cândido Fragoso, Pedro Rodrigues de Siqueira, Valeriano Alves Barbosa, Henrique José Boechat, Galiano Chevraud, Laurindo Antonio Nunes, José Boechat Filho, Jacinto Plácido de Lima, João Emílio Boechat, Albino Gonçalves Maia e José Luiz de Carvalho".
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| "De Município a Distrito", livro de Luciano Bastos publicado pela Editora O Norte Fluminense, contou a história da nossa primeira emancipação, que ocorreu entre 25/12/1890 a 2/5/1892 |
| Luciano Bastos resgatou a história de nossa primeira emancipação |
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| Pedro Gonçalves da Silva Jr., o primeiro prefeito de Bom Jesus, no período de nossa primeira emancipação, fez cópia das atas do século XIX, que permitiu que Luciano Bastos escrevesse o livro |
Na reunião do dia 21 de junho de 1892, ocorreram nomeações administrativas. Olegário Valladão foi indicado para Secretário do Município, enquanto José Joaquim Bastos foi nomeado Procurador.
A última reunião do Conselho ocorreu no dia 1º de julho de 1892. Na oportunidade, o intendente Salles propôs a designação de uma comissão de três membros para se dirigir ao governador do estado, solicitando a sanção do Ato de 20 de junho.
No dia 15 de julho de 1893, foi lavrado o seguinte termo no livro de Atas:
"Aos quinze dias do mês de julho de 1893, presentes os cidadãos João de Souza Rodrigues, José Maria Boechat e Carlos de Aquino Xavier, Presidente e demais Intendentes, declarou o sr. Presidente não haver sessão, por não haver comparecido os demais intendentes e declarou que estava designado o dia 29 de julho corrente para a 3ª reunião". Este termo foi assinado pelo secretário Olegário Valadão, José Maria Boechat e Carlos de Aquino Xavier.
Segundo a obra de Luciano Bastos, após essa data,
"não houve mais reuniões, é o que se deduz, eis que nada mais foi registrado após a Ata e o Termo. Fica a indagação: 'A comissão designada chegou a visitar o Governador Thomaz Porciúncula? O Governador não atendeu a pretensão? Ou a comissão não chegou a viajar? O que teria havido? Fato é que ficou o silêncio e nada registrado nos anais. É possível que se possa desvendar essa omissão e reconstituir o epílogo, pesquisando junto a noticiários oficiais do Governo Estadual, da época. Se houver. A impressão que ficou é de que a comissão não conseguiu o seu intento, sendo sepultada a nossa emancipação, que só foi restaurada 40 anos depois".
Saiba a respeito da vida de Pedro Gonçalves da Silva Jr., o primeiro prefeito de Bom Jesus do Itabapoana, no período da nossa primeira emancipação, no link que segue.
http://onortefluminense.blogspot.com/2016/04/pedro-goncalves-da-silva-alma.html
O prédio do Big Hotel foi sede da prefeitura, pela primeira vez, entre 25/12/1890 a 2/5/1892. Foi sede, também, do movimento rebelde, no dia 20 de junho de 1892. No dia 1º de janeiro de 1939, voltou a ser sede do município, por ocasião de nossa segunda e definitiva emancipação
OBS.: A artista plástica Fania Ramos já nos havia brindado, anteriormente, outra preciosa obra relativa à nossa história, tendo Padre Mello como tema.
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| Primeira tela da artista plástica mineira Fânia Ramos teve como tema Bom Jesus e Padre Mello (Acervo do ECLB) |
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