Jornal fundado por Ésio Martins Bastos em 25 de dezembro de 1946 e dirigido por Luciano Augusto Bastos no período 2003-2011. E-mail: onortefluminense@hotmail.com
quarta-feira, 29 de junho de 2016
segunda-feira, 27 de junho de 2016
ORGULHO BONJESUENSE
Quando eu disse certa vez
Que Bom Jesus era terra
De homens desbravadores
Com toda empolgação!
E que deu dois governadores
Falava com muita base,
Hoje uma lutadora
Desse seio varonil
Mostra a sua garra
Em defesa do Brasil
Ministrando o BNDES
Empresa de grande porte
Essa filha valente
Vai usar um pulso forte
Para o Brasil ir para frente
Orgulho de sua gente...
WilmaMTC
26/06/2016
Simplesmente Ismélia
SIMPLESMENTE ISMÉLIA
Autor: Gino Martins Borges Bastos
Veio de lá
Das montanhas libanesas de Remhala
Para os cafezais do Vale do Itabapoana
Merhige Hanna Saad
Prosperou e disse:
"O que ganho em Bom Jesus invisto em Bom Jesus"
Foi Alzira
Sua razão de viver
Vieram
José, Pico, Mariam, Maria Cristina
E simplesmente Ismélia
Desejo de amor
Um mundo de sonhos
Um mundo feliz
Em uma carta
Roberto lhe diz:
"Só mesmo uma tragédia insuperável seria capaz de nos afastar"
Vieram Jorge Roberto
Dora e Márcia,
O mundo a conquistar
De repente
Despetala-se a flor
Ismélia sente
Os sorrisos e sonhos
Dão lugar às lágrimas
O vaticínio se realizou
Uma dor assim
Uma saudade sem fim
"Só mesmo uma tragédia insuperável seria capaz de nos afastar"
FESTA JUNINA SUPERA EXPECTATIVAS EM SACRAMENTO (MANHUAÇU/MG)
A Escola de São Sebastião de Sacramento, distrito de Manhuaçu (MG), realizou uma marcante festa junina no dia 25 de junho.
O que distingue a escola, de modo muito peculiar, é que a mesma não possui nenhum tipo de parceria institucional ou continuada com empresas ou instituições. A maior parceira desta escola é a própria comunidade de Sacramento, que tem se mostrado presente e participativa, sempre que solicitada, envolvendo-se em diversos eventos e campanhas. Além disso, a escola possui um quadro de pessoal diversificado, com todos os seus professores habilitados.
A diretora Elizete Maria da Silva implementou importantes práticas pedagógicas na Escola |
domingo, 26 de junho de 2016
CAXAMBU. MEMORIAL
André Luis de Oliveira, um dos organizadores do 6º Circuito Cultural Arte Entre Povos |
Decoração da mesa foi elaborada por Lucília Stanzani |
Almoço foi concorrido |
Maria Laura Chicayban, da Secretaria Estadual de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, e Fátima Marotta Henriques, diretora da Casa de Oliveira Viana, de Niterói |
Paula Aparecida Martins Borges Bastos, pró-Reitora do IFF e diretora do ECLB, e o artista plástico Francisco Rivero, idealizador do logotipo do Memorial |
Cintia Nunes idealizou a exposição de produtos da região |
Adilson Figueiredo marcou presença no Sítio Rio Preto |
Igor dos Santos trouxe café de Arraial Novo |
A expositora Gisele Magalhães (direita), observada por Leonídia dos Santos, dirigente do Memorial: sucesso nas vendas |
Cesar Ridolphi e a demonstração da fabricação de paçoca
|
Paçoca Ridolphi foi bastante elogiada |
A
organização no Sítio Rio Preto teve a participação decisiva da diretora
Cintia Nunes, de seu marido Alessandro Santos Nunes, da presidenta Georgina de Oliveira Santos, do 2º
vice-presidente, Eraldo Salutto Rezende, e dos dirigentes Ciléia Abreu
dos Santos, André Luiz de Oliveira, Luiz Dias
Ridolphi, Sônia dos Santos Bartholazzi, Sônia dos Santos Bartholazzi,
Edesio Machado de Souza e José Alves Moreira. O Grupo de Apoio foi
formado por Enedir Ferreira Moreira, Vanessa de Jesus Florenço, Maria
Tereza de Jesus, Natália Martins e Maria Tereza de Jesus. Lucília
Stanzani, Kelsen Machado Ribeiro e Sâmia Gomes, do Mercado Barão, de
Calheiros, foram outros importantes apoiadores.
2a. Cavalgada Governadores Roberto e Badger Silveira
Nesta data comemorativa ocorreu, também, a 2ª Cavalgada Governadores Roberto e Badger Silveira.
LIVRO RARO TRAZ DADOS RELEVANTES SOBRE A NOSSA REGIÃO
LIVRO RARO TRAZ DADOS RELEVANTES SOBRE A NOSSA REGIÃO
Carlos Alberto Ginaid da Silva, o Beto, e sua esposa, Maria José Bertonceli da Silva, possuem o original da obra rara "A HISTÓRIA DO ANTIGO MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DO ITABAPOANA" |
O casal Carlos Alberto Ginaid da Silva, o Beto, e sua esposa, Maria José Bertonceli da Silva, de São Pedro do Itabapoana, distrito de Mimoso do Sul, pertence a duas das mais tradicionais famílias do município do sul capixaba.
Beto, que foi vereador por quatro mandatos, e é ativista na luta pelo Sítio Histórico de São Pedro, possui os originais de uma obra rara: "HISTÓRIA DO ANTIGO MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DO ITABAPOANA", escrito por Grinalson Francisco Medina, um ilustre escritor e jornalista são pedrense. Graças a Grinalson, pudemos ter acesso a informações relevantes não só para São Pedro, mas para toda a região.
"História do Antigo Município de São Pedro do Itabapoana" |
Na página 6 dessa obra, a bonjesuense Claudia Martins Borges Bastos do Carmo localizou ilustração de seu tio-avô, Claudinier Martins, realizada em 1931. Claudinier foi destacado artista plástico em Campos dos Goytacazes (RJ), e é tio de Esio Bastos, fundador de O Norte Fluminense.
Claudinier Matins realizou ilustração para a obra de Grinalson, em 1931 |
Claudinier Martins sempre teve ligação com Bom Jesus do Itabapoana e realizou caricatura de Olívio Bastos, pai de Esio Bastos.
Claudinier Martins realizou caricatura de Olívio Bastos, pai de Esio Bastos, fundador de O Norte Fluminense, em 1943 |
Além disso, criou os personagens dona Miquelina e "seu" Pancrácio, que ilustraram, por anos, as edições de O Norte Fluminense, com críticas políticas e sociais.
Claudinier Martins criou os personagens dona Miquelina e "seu" Pancrácio, que fizeram críticas políticas e sociais, por vários anos, nas páginas de O Norte Fluminense |
Busto em homenagem a Grinalson Francisco Medina, em São Pedro do Itabapoana |
"São Pedro do Itabapoana / Meu berço querido / E dos meus filhos / Cantá-lo é meu prazer/ Servi-lo é meu dever" Grinalson Francisco Medina (11/9/1883 - 11/9/1983) |
O busto de Grinalson Francisco Medina está localizado no jardim em frente à casa onde residiu |
A PRIMEIRA PROPRIEDADE DE BOANERGES BORGES DA SILVEIRA
Joaquim Teixeira de Siqueira era primo de Joaquim Teixeira de Siqueira Reis, genro de Boanerges Borges da Silveira |
Boanerges Borges da Silveira, pai dos governadores Roberto e Badger Silveira, foi proprietário, em sua vida, de três propriedades rurais, todas em Calheiros, Bom Jesus do Itabapoana: a primeira foi a Fazenda do Meio, resultado de herança de sua esposa Maria do Carmo Silveira, a Biluca, tendo em vista o falecimento de seu pai, Joaquim Teixeira de Siqueira Reis, primo de Joaquim Teixeira de Siqueira. A segunda, foi o Sítio Rio Preto, adquirida com recursos oriundos da venda da Fazenda do Meio. A terceira foi a Fazenda São Tomé, resultado da venda do Sítio Rio Preto e de empréstimo.
A PRIMEIRA PROPRIEDADE DE BOANERGES BORGES DA SILVEIRA
(Do livro ROBERTO SILVEIRA, A PEDRA E O FOGO, de José Sérgio Rocha, Casa Jorge, pág. 71, com inserções)
O fazendeiro Joaquim Teixeira de Siqueira Reis casou-se com Felicíssima Teixeira, a Ciça, quando esta tinha 13 anos. Foram dois os filhos: Maria do Carmo Teixeira, conhecida como Biluca, e João Teixeira de Siqueira, o Tote.
Após cinco anos de casamento, contudo, Joaquim faleceu, deixando uma fazenda de herança para os dois filhos. Uma fazendola que foi dividida ao meio. [Metade pertencia a Tote, metade à irmã.
Essa propriedade passou a ser conhecida, por esse motivo, como Fazenda do Meio. Outra corrente diz que o nome da Fazenda se deu pelo fato dela estar situada entre Barra do Pirapetinga e Calheiros]
O sogro de Ciça, João Teixeira de Siqueira, aconselhou-a a arranjar marido, escolhendo, então, para a nora, o administrador de sua fazenda, o mineiro Duarte Vieira Fraga, que era proprietário de uma olaria e fabricava um fumo de rolo grosso, só vendido na região.
O tempo passou e Boanerges Borges da Silveira, filho de Antônio Ignácio da Silveira e Maria Borges da Silveira, passou a gostar de Biluca.
Ocorre que Duarte não permitia o relacionamento, porque o mineirão detestava almofadinhas.
Boanerges Borges da Silveira |
Boanerges acabou indo para o Rio de Janeiro e ingressou na faculdade de engenharia, mas largou os estudos e foi trabalhar numa tipografia e, posteriormente, em uma gráfica. Arranjou emprego público e retornou a Calheiros, maior de idade, disposto a pedir a mão da enteada do homem que não suportava mãos sem calos.
Após muita insistência, contudo, Duarte acabou cedendo e autorizando o matrimônio entre ambos.
Por ocasião do casamento de Biluca com Boanerges, para mostrar a todos que ela não era uma órfã desprotegida, Duarte organizou a maior festa de casamento já vista em Bom Jesus. Foi a partir desse gesto generoso que Biluca passou a chamá-lo de pai.
Duarte guardava uma carta na manga. Já que ia pagar a conta do casório, escolheu o local da festança. Foi num sítio em Barra de Pirapetinga, justamente o pedaço de terra destinado a Biluca na partilha de bens feita muitos anos atrás, quando da viuvez de Ciça Teixeira.
No dia seguinte, Duarte viu Boanerges se aprontando para voltar para Bom Jesus e, de lá, para o Rio de Janeiro, onde pretendia morar com a mulher. Chamou-o num canto: - Tomei conta das coisas da sua mulher até hoje. Agora a terra não é mais só dela. É sua também. Eu não quis o casamento. E, sendo agora sua propriedade, não tomo mais conta dela. Você não vai para o Rio. Vai é ao Banco Hipotecário, em Campos, porque lá está todo o dinheiro do sítio.
A FAZENDA DO MEIO
Tulha da época dos escravos ainda permanece de pé, na Fazenda do Meio |
A respeito da Fazenda do Meio, Atalibia Boechat, nascida em 24/11/1945, filha de Amélia Boechat Borges e Antônio José Borges, da Barra do Pirapetinga, lembra que seu avô Marciano Domingues adquiriu-a de Boanerges. Conta ela:
"Meu avô, Marciano Domingues, era companheiro de Boanerges em negócios envolvendo café. Ele era chamado de Pai Eta. O apelido se deu pelo fato de vovô morar na Fazenda do Leite, próximo a Mirindiba. Como nós, quando crianças, não sabíamos pronunciar a palavra 'leite' corretamente, acabávamos dizendo 'eta'. Assim, passamos a chamar nosso avô de Pai Eta e nossa avó, Atalibia Boechat Domingues, de Mãe Eta" .
Atalíbia Boechat: resgate da história da Fazenda do Meio |
Atalíbia diz que sua mãe Amélia gostava de contar histórias para ela e sua irmã Ana. "Mamãe contava que meu avô Marciano comprou a Fazenda do Meio, que ficava entre Barra do Pirapetinga e Calheiros, e que pertenceu a Boanerges Borges da Silveira, pais dos governadores Roberto e Badger Silveira. A compra foi feita 'com porteira fechada,' o que significa dizer que tudo o que estava dentro da fazenda foi adquirida".
Prossegue ela: " No primeiro dia em que minha mãe foi dormir na Fazenda do Meio com os doze irmãozinhos, juntamente com os avós, todos ficaram muito contentes, pois cada um passou a ter seu quarto. Por volta das duas horas da madrugada, contudo, alguns irmãos disseram que viram assombração. Foi uma gritaria geral na Fazenda e todos acabaram indo dormir no quarto dos meus avós.
Assim que a Fazenda do Meio foi vendida para meu avô Domingues, minha madrinha Carolina Domingues Boechat, que era minha tia, acabou ficando com alguns móveis que pertenciam a Boanerges e Biluca. Posteriormente, os móveis foram transmitidos para meus pais Antônio José Borges e Amélia Boechat Borges. Esse guarda-roupa que, com satisfação, permutei com a Associação dos Amigos do Memorial Governadores Roberto e Badger Silveira é um deles", finaliza Atalíbia.
Guarda-roupas que pertenceu a Joaquim Teixeira de Siqueira Reis, na década de 1890, e a Boanerges Borges da Silveira |
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