terça-feira, 19 de março de 2013


Da Série Entrevistas de O Norte Fluminense
  JOÃOZINHO BORGES, UMA VIDA DE HONESTIDADE E LEALDADE


Joãozinho Borges: história viva e compromentimento social

Filho de José de Oliveira Borges e Maria Ferreira Borges, João Batista Ferreira Borges, o popular Joãozinho Borges, nasceu em 09 de junho de 1933. Seu pai, o famoso Zezé Borges, foi o primeiro prefeito de Bom Jesus do Itabapoana, nomeado através do Decreto nº. 633 de 14 de dezembro de 1938, assinado pelo Interventor Amaral Peixoto.

Nascido na rua Aristides Figueiredo, nº. 109, fez o curso primário no tradicional Colégio Zélia Gisner, e, posteriormente, cursou o ginásio no Liceu de Niterói. É formado em Administração de Empresas pela Faculdade Cândido Mendes, do Rio de Janeiro.

Aos 18 anos de idade foi gerente da firma de construção civil de propriedade de seu irmão José Ferreira Borges, João Valinho e Deusdete Tinoco de Resende. Posteriormente, integrou a sociedade, chegando a fundar uma empresa do mesmo ramo em Itaperuna (RJ).

Casou-se em 1º. de dezembro de 1957 com Dulce Tardin Borges, tendo 3 filhos: Gustavo, Jaqueline e Mônica.

Foi comerciante na área de material de construção por cerca de 37 anos. Foi ele quem construiu o primeiro prédio de 4 andares de Bom Jesus: o edifício Ferreira Borges, na Praça Governador Portela, e quem construiu a primeira casa do bairro Lia Márcia.


Joãozinho Borges


Joãozinho Borges dedicou quase toda sua vida às atividades comunitárias, integrando a maioria das entidades beneficentes do município, às quais doava parte de seus rendimentos. Em 1979, recebeu a Medalha de Honra ao Mérito pelos relevantes serviços prestados.

Foi membro do Centro Popular Pró-Melhoramentos de Bom Jesus, membro do Conselho Municipal de Idoso, sócio-fundador do Lions Club, fundador e presidente da Sociedade de Apoio ao Menor Luizinho Teixeira, por 18 anos, até o dia de hoje, participou da fundação da APAE, da Associação Comercial, do Tênis Clube, do Aero Clube, do Olympico e do Ordem e Progresso. Foi eleito membro do atual Conselho Deliberativo do Centro Popular Pró-Melhoramentos, sendo um dos responsáveis pelas mudanças que estão ocorrendo no Hospital São Vicente de Paulo.

Fez importantes doações para entidades. Em 1976 doou 60% do terreno para a construção da sede da Associação Comercial. Em 1978 doou um terreno na Av. Fassbender para o Hospital. Em 1980, doou um terreno para o Conservatório de Música. Em 1985, doou um telefone para a APAE. Em 1988, promoveu uma rifa para a compra de 3 terrenos para a construção do Ginásio Poliesportivo da APAE, que recebeu o seu nome.

Residência de Zezé Borges, antes de ser vendida e demolida


Organizou o primeiro Tele-Curso 1º. e 2º. graus de Bom Jesus e conseguiu financiamento para a construção de 100 casas para pessoas de baixa renda.

Ao lado de sua querida esposa Dulce, companheira dedicada, Joãozinho Borges continua residindo em Bom Jesus do Itabapoana, onde recebe diuturnamente o carinho e o reconhecimneto de toda a comunidade.

Em junho próximo, Joãozinho Borges completará 80 anos de idade, mas mantém atividade social intensa, com verdadeiro ardor juvenil. Pode-se dizer, assim, que Joãozinho Borges segue a missão de seu pai : resgatar os tempos de plena esperança que se iniciaram com a 2a. emancipação de Bom Jesus, no ano de 1939.


Joãozinho Borges prepara o lançamento de dois livros para este ano





 ZEZÉ BORGES POR SEU FILHO JOÃOZINHO BORGES


"Com muito orgulho e felicidade relato uma passagem do livro Bom Jesus, Resgatando o Passado, na qual conto um pouco da história do sr. José de Oliveira Borges, quando este dá início a sua esplendorosa carreira pública, se tornando vereador em 1922, então com 27 anos de idade, ocupando a vice-presidência da Câmara Municipal de Itaperuna (RJ).

Devido à emancipação do município de Bom Jesus do Itabapoana, foi nomeado pelo Decreto no. 633, de 14 de dezembro de 1938, prefeito municipal, onde permaneceu até o ano de 1946. Elegendo-se depuado estadual no ano seguinte, atuou até 1951, quando retornou a ser vere ador, agora na cidade de Bom Jesus do Itabapoana.

Durante essa caminhada política, teve o prazer de fazer amizades importantes e muito gratificantes, se tornando amigo fiel de Ernani do Amaral Peixoto, ex-governador do Estado e senador da República, como também hospedou em sua casa o filho do então presidsente da República, dr. Getúlio Vargas Filho.

Fico exultante em traçar esses comentários e ressaltar que o mesmo, de uma maneira diversa, se encontra narrado no belo trabalho realizado na confecção do livro Bom Jesus, Resgatando o Passado, que conta a história de várias famílias bonjesuenses que foram e são muito importantes para o desenvolvimento histórico e cultural do nosso município, incluindo antigas e recentes do nosso querido e admirado Bom Jesus do Itabapoana.


Em pé: Chico Borges, João Borges, Geraldo, Paulinho, Toninho, Luis Borges, José Borges. Sentados: Mariazinha, Zezé Borges, Marisa e Terezinha. Foto da "Panificadora Família Borges"


Fica o meu pesar de não ter sido incluído na sessão de fotos de antigos prefeitos, o período de 1939 a 1946, ao qual o sr. José de Oliveira Borges foi prefeito nomeado de Bom Jesus do Itabapoana. Acredito que por ser um fato de suma importância histórica para o município, não poderia deixar de ser apresentado aos leitores tal apontamento" (extraído da introdução do "Livro de Provérbios).

Para falar de seu pai, Joãozinho Borges iniciou lembrando de três irmãos: José Campos, Aloísio e Severino:"Órfãos de pai e mãe, eles foram morar na casa de meu pai, sob os cuidados de meus avós, Francisco Borges Sobrinho e Maria Severina Borges, oriundos da Barra do Pirapetinga. José Campos foi, posteriormente, estudar no Rio de Janeiro, e dividiu o quarto com Ernâni do Amaral Peixoto, que acabou se formando como Comandante da Marinha. Este, por sua vez, acabou apresentando-o a Getúlio Vargas, que teve dois filhos: Getulinho e Alzira, que se casou com Amaral Peixoto. Getulinho esteve em Bom Jesus, na casa de Zezé Borges, por cerca de 6 dias. Depois, quando retornou ao Rio de Janeiro, acabou falecendo", esclareceu.

Continua Joãozinho Borges: "O fato é que, por ocasião da emancipação de Bom Jesus, políticos de Itaperuna (RJ) queriam nomear o 1o. prefeito de noss município. Ocorre que José Campos era Ministro de Getúlio e disse a Amaral Peixoto: 'Você vai nomear o meu irmão de criação: José de Oliveira Borges'. Marcada a data de assinatura do decreto de emancipação de Bom Jesus, os políticos itaperunenses esperavam, com festa, a nomeação de seu candidato. Para surpresa deles, contudo, viram a nomeação de José de Oliveira Borges como o primeiro prefeito de Bom Jesus".

Segundo Joãozinho Borges, após concluir o mandato de prefeito, ele foi eleito deputado estadual para o período entre 1946 e 1951. Retornou, depois a Bom Jesus e se elegeu vereador. Em 1955, foi eleito novamente prefeito, cargo que exerceu até o ano de 1958. Em 1962, elegeu-se vereador. Em 1970, com 75 anos de idade, lançou-se candidato a prefeito, tendo como vice-prefeito Esio Martins Bastos, mas perdeu a eleição para Jorge Assis de Oliveira".




Finaliza ele: "Meu pai nasceu na Barra do Pirapetinga no dia 13 de novembro de 1895. Quando ele faleceu, aos 82 anos, seu corpo foi velado em sua residência, e os trinta e dois netos levaram o caixão sustentando-o nas pontas dos dedos até o cemitério. Ele deixou, na época, 74 bisnetos. No dia 13 de novembro de 1995, quando da comemoração do centenário de nascimento de Zezé Borges, foi inaugurado um busto em sua homenagem. Amaral Peixoto, que tinha sido embaixador nos Estados Unidos, se fez presente e disse: 'quando estive na América do Norte, vi a estátua da Liberdade. Hoje, vejo a estátua da Honestidade e da Lealdade".

Joãozinho Borges, seguindo os passos do pai, é exemplo vivo de Honestidade e de Lealdade.

























sábado, 16 de março de 2013


ESPERANÇA É A PALAVRA DE ORDEM NO NOVO HOSPITAL



Tradicional entrada social, da rua Tenente José Teixeira, foi reaberta ao público



Quem adentrou nas dependências do Hospital São Vicente de Paulo no dia 1o. de março passado, dia em que restou reaberta a portaria social do São Vicente, localizada na rua Tenente José Teixeira, e destinada às visitas e às informações ao público, constatou o novo espírito que domina os funcionários e os populares.

Marlene Fitaroni Boechat com os funcionários Esio, Giubertina e Edmar Schuab: "encantada" 

Marlene Fitaroni Boechat foi uma das pessoas que estiveram presentes no dia da reabertura da portaria social: " todos precisam do Hospital. Antes, tudo estava muito triste. Hoje, estou feliz com o jeito que o hospital está caminhando. Estou encantada" assinalou.

João Paulo, da portaria social: "percebe-se que a comunidade e funcionários estão acreditando e apoiando a nova administração"

Maria da Penha Brasil, cuja mãe, Haydê Rita da Silva,  ficou internada no hospital, era outra que estava irradiante: "Estou muito feliz com o novo rumo do hospital. Espero que ele volte a ser o que foi antes", exclamou.



Olívia Rita, Haydê, Maria da Penha e João Batista Gonçalves: felizes com o novo rumo do hospital


Próximo à entrada do hospital, pode-se ver um comunicado fixado pela Prefeitura Muncipal anunciando um convênio no valor de R$1.380.000,00 (um milhão trezentos e oitenta mil reais) válido por 6 meses, e prorrogáveis por outro tanto. Isso significa um repasse mensal de R$230.000,00 (duzentos e trinta mil reais), o que constitui, segundo fonte do hospital, em um aumento em relação ao repasse anterior, que era de R$148.000,00 (cento e quarenta e oito mil reais). Ocorre que, segundo esta mesma fonte, o hospital necessitava que a Prefeitura repassasse a quantia de R$400.000,00 (quatrocentos mil reais) mensais, ou seja, R$2.400.000,00 em seis meses.



Prefeitura anunciou convênio de R$ 1.380.000,00 em 6 meses, mas a direção do hospital solicitou R$2.400.000,00


Por outro lado, a FEMERJ (Federação das Misericórdias e Entidades Filantrópicas e Beneficentes do Estado do Rio de Janeiro), comunicou à presidenta do Centro Popular Pró-Melhoramentos, Ivana Gomes, "a aprovação das despesas para repasse de recursos para essa entidade referente ao PAHI-R", que é o Programa de Apoio aos Hospitais do Interior. Com esta decisão, o hospital está apto a receber, periodicamente, valores que podem oscilar entre R$120.000,00 e R$180.000,00, para promover reparos na estrutura física do prédio.

Informe do quadro de avisos: aprovação de contas permitirá a libereação de novos recursos para reparos no hospital


Segundo outra fonte do hospital, este pretende arrecadar R$200.000,00 (duzentos mil reais) com a rifa de 10 bezerros, que ocorrerá no dia 24 de março e R$260.000,00 (duzentos e sessenta mil reais) com o bingo de um carro, uma motocicleta e uma geladeira, no dia 4 de abril: serão 8 mil cartelas a R$30,00 cada uma. Além disso, há uma previsão de arrecadação de R$20.000,00 com as barracas de comidas e bebidas.

Por outro lado, estariam sendo emitidos carnês com 10 parcelas mensais, relativo a doações de R$20,00, R$50,00, R$100,00, R$500,00 e R$1.000,00, prevendo-se a arrecadação de R$500.000,00.  Oito pessoas já teriam assumido carnês de R$1.000,00. 





Rifa de 10 bezerros, no dia 24 de março, ajudará a pagar o salário do mês de fevereiro dos funcionários


De acordo, ainda, com esta fonte, a direção do hospital está envidando esforços para deixar em dia os salários do início de 2013. Em relação ao atraso de 5 meses relativo ao ano passado, os diretores pretendem ir armotizando os débitos aos poucos, o que foi confirmado por funcionários.


Os funcionários do Posto de Urgência, Jane Maria, Lídia dos Santos e Daniel Soares afirmaram que o clima de trabalho "está muito mais agradável"

Além da sociedade dar mostras de confiança nos dirigentes do Centro Popular Pró-Melhoramentos, a mesma aguarda a apuração de todos os dados relativos ao hospital e ao Instituto de Menores Roberto Silveira.
























sexta-feira, 15 de março de 2013


 


 


MULHER BONJESUENSE INSPIROU ARTISTA CONSAGRADO


A contadora de histórias cachoeirense Maria Elvira: luta pelo reconhecimento de Sérgio Sampaio








Sérgio Moraes Sampaio, ou Sérgio Sampaio, nasceu em Cachoeiro de Itapemirim (ES) no dia 13 de abril de 1947.

Raul Seixas foi quem o descobriu no Rio de Janeiro, chegando a lançar um cd com ele,  Edy Star e Mirian Batucada, no ano de 1971.

Seu grande sucesso ocorreu em 1972, com a composição "Eu quero é botar meu bloco na rua". Suas músicas foram gravadas por grandes nomes da música brasileira.

Seu valor como um dos grandes compositores brasileiros está sendo reconhecido ultimamente,  e uma das pessoas que tem lutado por esse reconhecimento é sua conterrânea, a contadora de histórias Maria Elvira Tavares Costa.
 
Na música Em Nome de Deus, Sérgio Sampaio fala sobre a amada bonjesuense:

Agora que estou à mercê de sua luz
Em nome das águas lá de Bom Jesus



Sérgio Sampaio faleceu no Rio de Janeiro, em 15 de maio de 1994, mas sua obra é para sempre.




Em Nome De Deus

 Sérgio Sampaio

Eu nunca pensei que pudesse querer
Alguma mulher como quero você
Se o mago soubesse
Juntasse o meu nome em S
Ao seu nome em C
Nas cartas de todo tarot que houver
Em todo o I-Ching eu podia não crer
Mas tudo é tão verde em seus olhos
Não dá pra não ver

Mas tudo é tão verde em seus olhos
Você que se esconda, que eu vou procurar
Você nem se iluda, que eu vou lhe encontrar
Você pode ir e sair e sumir por aí
Que não vai se ocultar
Eu vejo seu rastro onde ninguém mais vê
Eu pego carona até na Challenger
E vou nos anéis de Saturno buscar por você

E vou nos anéis de Saturno
Sem ser João Batista, você batizou
Meu corpo na crista das ondas do mar
E aí me abriu feito ostra
E colheu minha pérola pra Yemanjá
Agora que estou à mercê de sua luz
Em nome das águas lá de Bom Jesus
Em nome de Deus, me carregue
Me pregue em sua cruz

Em nome de Deus, me carregue

quinta-feira, 14 de março de 2013



Justiça determina que prefeitura de Bom Jesus  interrompa o lançamento de esgoto não tratado no rio Itabapoana

Segundo procurador da República, o município agiu de forma omissa por permitir o lançamento de esgoto sem o devido tratamento nas águas do rio, o que causou danos ambientais


 Danos ambientais irreversíveis foram ocasionados ao rio Itabapoana, diz Procuradoria

Após pedido do Ministério Público Federal (MPF) em Itaperuna (RJ), a Justiça determinou que o município de Bom Jesus do Itabapoana, no Noroeste Fluminense, realize um mapeamento capaz de identificar de forma detalhada todos os pontos de lançamento de esgoto no curso do rio Itabapoana, no prazo de 90 dias, sob pena de multa diária de R$ 1 mil. A sentença determina ainda que o município tome providências para interromper todo lançamento de esgoto sem tratamento no rio Itabapoana. (Processo nº 0000082-77.2010.4.02.5112)

De acordo com a ação, movida pelo procurador da República Cláudio Chequer, o município agiu de forma omissa por permitir o lançamento de esgoto sem o devido tratamento nas águas do rio, o que ocasionou danos ambientais. Conforme consta no laudo do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), o índice de coliformes fecais e fósforo estão acima do recomendado. Foi constatado pelo MPF que, ao longo do rio, na parte que corta o município de Bom Jesus de Itabapoana, há vários pontos clandestinos de lançamentos de efluentes sem qualquer tratamento prévio, causando sérios danos ambientais e, inclusive, danos à saúde da população.

A 1ª Vara Federal de Itaperuna determinou ainda que a prefeitura identifique os pontos de ligação clandestina situados nos locais servidos pela rede de coleta de esgoto da cidade. Além disso, município e a União deverão divulgar em jornal de grande circulação e em canal de televisão local os índices de poluição a serem apresentados pelo Inea.

Conforme pedido do MPF, o Ibama deverá apresentar um relatório técnico detalhado capaz de demonstrar a quantidade de esgoto doméstico e industrial lançado diretamente no rio Itabapoana, no prazo de 90 dias. Cabe ao Ibama ainda apresentar sugestões técnicas de curto, médio e longo prazo para solução do problema. Já a prefeitura e a União foram condenadas a ressarcir em espécie pelos danos ambientais irreversíveis, e o valor, ainda a ser mensurado, será revertido em favor de obras de proteção dos recursos hídricos da região, a serem definidas pelo Inea.

"Neste caso, o MPF enfrentou um tema difícil, que é o saneamento básico, havendo confirmação, no Judiciário, no sentido de que o tema não se insere no poder discricionário do município, tratando-se, sim, de dever do ente federativo apresentar progressos neste tipo de matéria, uma vez que o saneamento básico e o meio ambiente estão entre as prioridades na Constituição" - disse o procurador.


Assessoria de Comunicação Social
Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro


domingo, 10 de março de 2013


TEMPERO VERDE BONJESUENSE
 
Luis Magalhães: o mais antigo vendedor da feira de Bom Jesus

Nascido na Barra do Pirapetinga, Luís Magalhães é o mais antigo vendedor da feira de Bom Jesus do Itabapoana, segundo informou ao O Norte Fluminense. Teve a ideia de fabricar e vender tempero verde há cerca de 15 anos. O sucesso foi imediato e, hoje, é fornecedor para vários estabelecimentos comerciais.

Segundo Magalhães, ele obtém cerca de "R$1.000,00 (mil reais) líquidos, por mês, que é um reforço para minha aposentadoria". Elaborado com produtos obtidos na própria feira, o tempero verde de Magalhães tem especial procura aos sábados, e é como se ele devolvesse à feira o que dela veio.




Temperos de Luis Magalhães conquistaram o público



BOM JARDIM

Praça de Bom Jardim


José Carlos Tardin nasceu em Valão Dantas e, há 45 anos, reside em Bom Jardim, zona rural de Bom Jesus do Itabapoana. Filho de Braz Caradoso e Delvira Tardin, tem como avô paterno o mineiro Antônio Cardoso e como avós maternos Ernesto Tardin e Maria Pontes, ambos oriundos da Serra do Tardin, próximo dali. José Carlos desconhece que seu sobrenome Tardin tenha origem suíça: "nada sei a respeito", diz ele.

José Carlos Tardin: uma vida tranquila em Bom Jardim


Segundo José Carlos, em Bom Jardim "praticamente tudo é pasto, ninguém planta, porque não compensa mais. Há proprietário de 30 alqueires de terra e que não planta nada", lamenta. Casado com Dulcineia de Freitas Tardin, possui 5 filhos: Dulcilane, José Augusto, Ângela, Carlos José e Lucinéia. Os últimos quatro residem com ele. Possui, ainda, dois irmãos: Maria Elza Tardin e Jacy, falecido. Não obstante a situação assinalada, ele diz: "gosto de viver em Bom Jardim, pois vivo uma vida tranquila", finaliza José Carlos.

Sebastião Saboia e o prédio histórico: legado do seu pai



Sebastião Sabóia é nascido e criado em Bom Jardim. Funcionário do SAAE, é filho de Manoel Francisco Sabóia e  Magnólia Sabóia. Casado com dona Penha, possui três filhos: Fábio, 24, Beatriz, 19, e Mateus, 12. Seu pai construiu um prédio, na década de 1930, que é o único que preserva os traços originais, uma vez que todos os demais de Bom Jardim foram demolidos. As toras encaixadas e a parte superior da parede externa feita com estuque dão conotação histórica ao prédio.



Cléber da Silva Aguiar e sua mercearia: procurada por moradores da região


Cléber da Silva Aguiar, por sua vez, é o proprietário de uma bem equipada mercearia em Bom Jardim. Com 33 anos de idade, ele diz que "pessoas da região, como Córrego Seco, Sesmaria, Cachoeira e Serra do Tardin, compram aqui. Comecei vendendo ração para animal, mas a cada mês vou ampliando a oferta de produtos, de acordo com a necessidade dos moradores que totalizam cerca de 800 (oitocentas) na região".

Filho de Élbio Teixeira e Luzia Aguiar, tem como avós paternos Sebastião Doca e Amélia Teixeira. José Bonfim é o bisavô paterno. Os avós maternos são Valter Ludgero e Florisbela Dias, conhecida como dona Vela. Segundo Cléber, seu avô Valter Ludgero foi compadre de Luciano Bastos e seu tio Jorge Dias foi afilhado do mesmo. Cleber possui duas irmãs: Claudinéia e Cleunice. No próximo dia 28 de março ele comemora um ano como microempreendedor e faz planos de desenvolvimento do seu comércio.

Igreja de Bom Jardim

PONTE CEDEU APÓS A PASSAGEM DA REPORTAGEM DE O NORTE FLUMINENSE


Pouco depois da passagem do veículo da reportagem de O Norte Fluminense, a ponte que dá acesso a Bom Jardim cedeu, o que deve prejudicar consideravelmente os moradores da localidade por bastante tempo, e é um alerta ao poder público municipal para que passe a fiscalizar as pontes do município.


Ponte cedeu, repetentinamente: alerta para o poder público municipal



 Notícia de Varre-Sai (RJ)

CHOCOLATES DE DAR ÁGUA NA BOCA





Há 4 (quatro) anos, as jovens Vilaine Oliveira Dutra e Sheyla Rodolphi Alonso resolveram associar-se na tarefa de produzir ovos de páscoa, doces, trufas e pirulitos de chocolate personalizados.



Criaram então a VSChocolates, que passou a receber várias encomendas.





A procura de seus produtos foi tão grande, que estimulou-as a diversificar a produção.
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Hoje, a VS Chocolates oferece também cestas de café da manhã.





Segundo Sheyla, "atualmente, nossos produtos têm sido bastante procurados, inclusive por outros municípios".





Sheyla salientou, ainda, que  "preparamos doces para todos os tipos de festas como aniversários e casamentos. Nossas trufas são feitas com sabores variados e o preço varia conforme o interesse do cliente".






A VS Chocolates está localizada na rua Otávio Moneratto, no. 44, com telefone 22-48433328 e almeja, no futuro, abrir representações em outros municípios.








Vilaine e Sheyla: criatividade e empreendorismo da juventude varre-saiense 




terça-feira, 5 de março de 2013


DIA INTERNACIONAL DA MULHER




Do blog www.espacoculturallucianobastos.blogspot.com

Domingo, 3 de março de 2013


D. Amélia Gomes de Azevedo: uma escritora no Monte Himalaia

Na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, é justo fazer homenagem a uma escritora de nossa região, praticamente desconhecida por muitos. Sobre esse tema já mencionava o Sr. Antonio de Souza Dutra, no jornal A Voz do Povo, de 23/04/1966:
 .
D. Amelia Azevedo

A. Sousa Dutra
Escritora e romancista Campista, injustamente esquecida entre nós, onde residiu por muitos anos, D. Amelia Gomes de Azevedo, filha do fazendeiro Jacintho Antonio de Azevedo e esposa do também fazendeiro João Lucas da Costa, nasceu a 15 de Abril de 1886 na fazenda do Monte Himalaia, distrito de Limeira, 15 º do município de Campos a que pertencia todo o território do nosso e do de Itaperuna.
Fez seus estudos na Côrte, como, então, era chamado o Rio de janeiro, iniciando-os aos 9 anos, como interna em um dos melhores colégios ali existentes.
Para se chegar ao Rio a viagem era feita a cavalo de "Monte Himalaia" até Campos e dali até São João da Barra, onde se tomava um vapor para lá destinado.
Foi assídua colaboradora do "Jornal do Comércio" em 1891 e do "Monitor Campista" em 1892, onde estampou a quase totalidade de seus trabalhos em português.
Escrevendo em francês tomou parte em concursos disputadíssimos da revista "Les Causeries Familières" de Paris, tendo obtido o primeiro prêmio (Medalha de Ouro) no primeiro e no seguinte o segundo, causando grande admiração em um dos redatores o ter recebido de "um paiz tão longínquo páginas escritas em francês tão correto".
Em 1894 publicou seu livro "Rumorejos do Himalaia" no qual enfeixou seus principais trabalhos em português e em francêz, e em 1896 seu romance "Mercedes", cuja ação se desenrola em uma praia campista que ela descreve com muita arte e minudência.
A ilustre escritora que, como se vê, muito contribuiu para a difusão de nossa literatura no maior centro cultural do mundo que era, então, Paris, faleceu em 24 de setembro de 1929 aos 63 anos na fazenda de "São João", vizinha do "Monte Himalaia", então propriedade de seu esposo João Lucas da Costa.
De seu talento disse Silvio Fontoura, que não foi pródigo em elogios:
"D. Amelia é um dos mais radiosos talentos femininos no Brasil, o que há manifestado exuberantemente no "Mercedes", trabalho de um estilo leve e harmonioso em que transparece também sua alma feita de lírios olorando as outras almas submissas dos escravisados de outrora".
  

Acervo: Espaço Cultural Luciano Bastos
Dedicatória de D. Amelia Gomes de Azevedo a seu pai,no livro "Rumorejos do Himalaia"
 
  "Rumorejos do Himalaia" faz parte do acervo do Espaço Cultural Luciano Bastos. Neste livro estão reunidos escritos publicados pela autora no Monitor Campista e na Gazeta Itaperunense, além dos premiados textos escritos em francês para a Revista Les Causeries Familières.
  A apresentação do livro foi realizada por Affonso Celso, um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, em que aponta sobre a autora:
"basta dizer-vos que, solteira, em plena mocidade, privada de seu pae, administra com admiravel tino e energia um importantissimo estabelecimento agricola que d'elle herdou; conhece tão superiormente, como o proprio, varios idiomas estrangeiros; serve-se da palheta com verdadeira perfeição artística, escreve deliciosas composições, em que a correcção da fórma só é ultrapassada pela elevação do pensamento..."
 
  Sobre temas universais (guerra, exílio, as navegações), a autora construiu personagens masculinos que apontam para o reconhecimento da dignidade do universo familiar. À mulher reivindica-se sua importância histórica, como no escrito de 12 de outubro de 1892, em que não por acaso, ao final de "Christovão Colombo", lemos:
   
   Chistovão Colombo, o heróe por tanto tempo desconhecido e hoje acclamado, venceu, porque o coração generoso e magnanimo de uma mulher não repudiou suas aspirações, e, confiante como elle, estendeu-lhe mão protetora, murmurando-lhe também: - "Vai, confia!"
      Essa mulher chamou-se Isabel 
   O que impressiona em seus escritos é a maturidade com que abraçou o estilo romântico, tão em voga em seu tempo. 
 
  É nos escritos em francês, participando de concursos literários, que a especificidade regional e brasileira desponta, com as construções dignas de nosso romantismo: a natureza é exaltada em sua grandiosidade e até um velho índio sobrevivente vem contar sua história de fuga e extermínio. Não por acaso encontramos também Gonçalves Dias cantando o sabiá de nossas terras.
   Para os que buscam na literatura um pouco de história e crônica social, D. Amélia nos brinda com "Três dias no Himalaia". Escrito em francês em 1893, recebeu o primeiro prêmio no concurso literário Causeries Familières em Paris.
  Abaixo segue um trecho em transcrição livre, onde a personagem  descreve uma visita à fazenda produtora de café no Monte Himalaia. Após passarem pelas instalações onde estão as máquinas para o trabalho industrial onde se prepara o café para venda, visitam as casas dos colonos:
   Essas casas são bastante grandes, divididas em quatro ou seis partes, de acordo com o comprimento; e cada família, de acordo com o número de pessoas que possua, ocupa de 4 a 6 quartos, vivendo independente de seus vizinhos. Esses colonos são portugueses, e como era domingo e estávamos sendo esperados, suas casas estavam adequadamente arrumadas. Na sala, onde em geral são recebidas as visitas, se encontra sobre uma mesa encostada à parede a imagem de uma santa de sua devoção, cercada de vários objetos que as crianças gostam de colocar para enfeitar a mesa, tendo ao lado duas longas folhas de palmito, palmeira natural da terra.
   [...]
  Nas maiorias das fazendas, esse é o sistema adotado pelos proprietários rurais: as famílias que trabalham e que, ao fim do ano, dão ao proprietário a metade do que conseguem com a venda do café. A colonização europeia está em todo lugar; ela substituiu a escravidão subitamente interrompida por um ato do governo. Ainda que possa parecer que os proprietários rurais possam estar descontentes com a mudança, isso não ocorre, pois eles têm mais tranquilidade e liberdade que no tempo da escravidão, quando suas vidas estavam geralmente nas mãos dos escravos (...).

sexta-feira, 1 de março de 2013

O ANOITECER EM AIRITUBA







O anoitecer em Airituba, distrito de São José do Calçado (ES)