sábado, 13 de dezembro de 2025

Mariana Almeida Moreno: o Som da Vitória; Estudante de Bom Jesus do Norte Conquista Destaque Estadual na Educação

 


Com cadernos abertos e sonhos que cabem no coração de uma criança, Mariana Almeida Moreno, de apenas 11 anos, escreveu um capítulo de orgulho para a educação de Bom Jesus do Norte. Aluna do 5º ano A da E.M.E.I.F. Minervina da Silva Araújo, ela conquistou o primeiro lugar no Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo, destacando-se entre tantos estudantes do estado.

Filha de Cristiane Almeida da Silva e Thiago Moreno Ribeiro, Mariana carrega no olhar atento e na dedicação diária a prova de que o aprendizado floresce quando há incentivo, cuidado e esperança. Sua conquista ecoa além dos muros da escola, alcançando professores, colegas e toda a comunidade que acredita no poder transformador da educação.

Como reconhecimento, recebeu uma caixa de som portátil, prêmio simples, mas simbólico, capaz de embalar músicas, risos e novos sonhos. Afinal, o verdadeiro som que se espalha é o da vitória, da persistência e de um futuro que começa a ganhar forma desde cedo.



Quando mi Abbraci

 



"Bom Dia Vida!", por Rogério Loureiro Xavier

 


Olá 🖐 pessoa amiga e do bem. 


*" Bom Dia Vida ! Velho é quem não tem mais espírito de jovem..."*


Um dia me disseram que eu estava velho demais, para me divertir. 


E, eu muito serenamente, respondi: 


Ninguém é velho quando se tem espírito de jovem.  Pois a velhice está na mente e não no corpo... A vida não termina com o passar dos anos, ela termina quando os sonhos morrem dentro da gente. Porque aquele que não têm sonhos, não têm mais vida pra viver...aí, sim. É o fim...


*"Não sou velho... sou um semi-novo com garantia estendida."*


*" ✍️ ... Rogerio Loureiro Xavier"*

sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

PARA TUDO HÁ SOLUÇÃO


Aparecido Raimundo de Souza

OS DOIS HOMENS, o senhor Alceu e o senhor Moacir, conversam na porta do galpão. O galpão é de propriedade do senhor Alceu, que aparentemente parece furioso.  

Senhor Alceu:  

— Só me responda uma pergunta, senhor Moacir  

Senhor Moacir:  

— Se estiver ao meu alcance...  

Senhor Alceu:  

— Estará, com certeza. O velho Euclides, me deu a cunha. Seu Assis passou nos cobres o machado, seu Jânio, foi na feira de domingo e trocou os quadros por batatas, cenouras, melancias e bananas. Aquele baixotinho... Diabo, como era mesmo o nome dele?  

Senhor Moacir:  

— O Pero Vaz?  

Senhor Alceu:  

— Esse mesmo. Nome mais desgraçado!  

Senhor Moacir:  

— O que tem o senhor Pero Vaz?  

Senhor Alceu:  

— Vendeu a caminha onde dormia para meu filho Bisoião  

Senhor Moacir:  

— E lhe deu o dinheiro, certamente?  

Senhor Alceu:  

— Não. Botou no bolso e deu linha à pipa. O Silvio, que parecia ser o mais responsável, fugiu pra Santos. O Fernando, sabino que só ele, anoiteceu e não amanheceu, o Paulo, outro sem vergonha, me deixou um coelho. Nem sei o que vou fazer com o pobre bichinho. E o Guimarães, quase bati nele. Deu uma rosa para minha esposa. Carinha safada, esse um... afinal, nessa confusão toda, seu Moacir, quem me pagará o aluguel aqui do galpão que eu liberei pra vocês?  

Senhor Moacir:  

— Seu Cristóvão.  

Senhor Alceu:  

— E posso saber com quê?  

Senhor Moacir:  

— Claro Senhor Alceu:  

— Então diga ai...  

Senhor Moacir:

— Co lombo.

"Pirapetinga celebra um Natal cantado entre museu, praça e memória", por Adalto Boechat Júnior


Noite de Cantata começa no coreto da praça e transforma Pirapetinga em canção

Ontem, em Pirapetinga de Bom Jesus, o Natal chegou antes da meia-noite. Chegou andando devagar pela praça, espalhando luz pelos galhos das árvores, subindo as escadarias do coreto e tomando assento no coração de cada morador. A Cantata de Natal, este ano vestida com o tema “Um conto de Natal na terra da agropecuária”, transformou a vila numa história viva, dessas que não precisam de livro, porque já moram na memória de quem esteve lá.

A música não ficou parada no coreto. Fez-se caminho: tocou o museu, atravessou a fazenda, circulou a praça e ainda acompanhou o cortejo da serenata que descia do conjunto habitacional como um rio de vozes. A vila parecia respirar música.

E, entre tantas alegrias, duas cintilaram mais forte: dona Neuza, nossa anciã querida, que havia passado por dias difíceis e hoje chegou sorrindo; e Felipe, a nossa “criança grande”, que não deixou por nada de seguir a serenata com o entusiasmo de quem sabe que a vida é mais bonita quando se caminha cantando.

No presépio, ergueram-se vozes em agradecimento ao Menino Jesus: pelas colheitas fartas, pela chuva que alimentou o gado, por mais um ano do nosso Museu da Imagem, guardião das histórias de um povo que ri, chora e permanece de pé. O museu, aniversariante da noite, ganhou bolo, parabéns e a emoção de quem sabe que preservar memória é também um ato de fé.

Vieram de Bom Jesus os jovens músicos da Escola JEMAJ, de Anízia Maria Pimentel, abrilhantando o encontro. E chegaram também, com seus versos que atravessam cidades, os consagrados trovadores da União Brasileira de Trovadores, Seção Itaperuna: Antônio Rosélio Nunes Pacheco (Gogó Pacheco), Jane Moreira Bauer e Maria Lúcia Spadarotto. Uma grande honra para a nossa vila.

Os jovens músicos de Bom Jesus e os consagrados trovadores de Itaperuna fizeram da pequena Pirapetinga um ponto luminoso no mapa da cultura, privilégio raro, desses que só os lugares com alma conseguem receber.

Os seresteiros que cantaram pelas ruas foram até os acamados da Vilazinha do Pirapetinga. A cantata foi até eles.

A Vilazinha do Pirapitinga é a minha cidade-poesia, essa cidade que mora no diminutivo, mas sonha no superlativo. Ontem, estava especialmente bela. Vestiu-se de festa para acolher seus filhos: os que ficaram, os que partiram, os que vivem longe, mas deixaram o coração escondido em alguma esquina de terra batida.

Nada ali foi obra de uma só mão. Cada detalhe, cada canto, cada sorriso foi tecido por muitas pessoas, como uma colcha comunitária feita de boa vontade. Até a minha casa virou cenário de Casa do Papai Noel, e, naquele instante, não era apenas um lar, era parte da história.

O céu, cúmplice, acendeu fogos que coloriram a noite, encantando adultos e crianças. E, enquanto a festa acontecia, lembrei-me do menino que já fui, que sonhava em ser Papai Noel, mas achava que não daria conta de estar em tantos lugares à meia-noite. “Sou lerdo”, pensava. Mal sabia eu que a verdadeira magia não está na velocidade, mas na capacidade de tocar vidas, coisa que hoje se faz, letra por letra.

Dizem por aí que “antigamente os natais eram melhores”. Mas será? Ou será que deixamos de fazer o que tornava aqueles natais tão especiais? Talvez o segredo esteja justamente nisso: na coragem de reunir a vila, de cantar pelas ruas, de levar música aos acamados, de transformar noites comuns em noites inesquecíveis.

Se um dia o Papai Noel resolver voltar a Pirapetinga, não virá de trenó. Chegará montado num cavalo ou num carro de boi, porque aqui os caminhos pedem passo manso, pedem poeira levantada, pedem tempo de contemplar.

E quando tudo terminou, ainda havia espaço para as “saideiras”: os seresteiros sentados, cantando baixinho, como quem fecha o livro de um dia perfeito com páginas cheias de alegria.

Foi uma noite gostosa, dessas que não se repetem, mas que se revivem sempre, quando alguém as transforma em poesia.

E ontem, Pirapetinga virou canção.


Adalto Boechat Júnior é pirapetinguense
































"Homenagem aos Aposentados", por Rogério Loureiro Xavier

 


Olá 🖐 pessoa amiga e do bem.


*"Homenagem aos Aposentados."*

“Hoje eu dedico o dia para agradecer a quem, com trabalho contribuiu para um presente mais digno, deixando o legado da ética, da competência e da garra. A vocês, queridos aposentados, meu muito obrigado pelos ensinamentos.”

Após uma vida inteira de lutas e superações, nada melhor para um idoso do que se aposentar e ter a tranquilidade de saber que todo mês você terá em sua conta um valor garantido para seu sustento.

Algumas pessoas se deprimem porque é a finalização de uma etapa; há uma despedida, queiramos ou não, de algo que teve uma importância, profissional ou mais que isso, pessoal, e é claro que também, financeira. Há um adeus e todo adeus é dolorido.

É HORA DE CONTEMPLAR. De ver, que tudo não foi em vão, que as sementes lançadas ao vento, produziram alimentos para o corpo, e para o espírito. É hora de se orgulhar, e de refletir... A sua contribuição, dia após dia, foi registrada no tempo, e nem mesmo o vento, poderá apaga-la. Peças encaixadas com maestria, no grande quebra-cabeça da vida, exposto a todos aqueles, que em algum dia também irão dizer: EU VENCI!!!”

“Amigo aposentado aproveite com muita alegria sua aposentadoria.”

Devemos continuar jovens e renovar a cada dia o sonho de um Brasil melhor e mais justo. Não percamos nunca nossa juventude. 

*"Parabéns aos aposentados do Brasil!"*

*" ✍️ ... Rogerio Loureiro Xavier"*

O Forno que Nasce das Lições do Mestre Artesão Daniel de Lima

A um artesão não basta a habilidade de moldar a figura no barro. Não basta o gesto paciente que afaga a argila e lhe empresta contornos de vida. Não. Para que a obra exista por completo, é preciso atravessar o fogo, o rito que amadurece a matéria e sela a vontade humana em forma duradoura.

A queima das figuras de barro, etapa decisiva no processo cerâmico, é o momento em que o frágil deixa de ser refém do acaso. Antes do forno, a peça ainda é barro: vulnerável, desmancha-se ao toque da água, parte-se com facilidade. No calor intenso, porém, reações químicas silenciosas transformam a argila em cerâmica, resistente e estável, capaz de atravessar décadas, às vezes séculos, como tantas peças arqueológicas que sobreviveram justamente porque conheceram o fogo.

É nesse instante que a forma se fixa, que o artista sela seu gesto. A chama também colore, textura e ilumina: cada temperatura, cada atmosfera de queima molda um destino visual, mais claro, mais escuro, vitrificado ou poroso. Por isso se diz que queimar é uma arte dentro da arte.

No Sítio El Shaday, em Casimiro de Abreu, essa ciência ancestral ganha novos contornos com Dona Ivanilda, uma das mais dedicadas alunas do Mestre Artesão Daniel de Lima. Ao lado do marido, ela ergue o forno com orientação do Mestre Daniel, que integrará seu futuro ateliê. Não é apenas uma estrutura de tijolos; é a porta simbólica de sua autonomia artística. Quando o fogo começar a trabalhar, suas peças poderão nascer completas, e, com elas, virão os visitantes, os curiosos, os turistas atraídos pela força discreta da cerâmica artesanal.

O apoio do marido torna-se alicerce, assim como as oficinas do Mestre Daniel de Lima, que têm reacendido vocações e alimentado sonhos. Ali, vários ateliês começam a despontar, ainda embrionários, mas firmes, como sementes lançadas na terra fértil da Fazenda Viscondi. Crescem no tempo do coração, no ritmo lento e preciso de quem cultiva tanto o solo quanto a própria expressão.

É uma revolução silenciosa: agricultores que também são artistas, artistas que não deixam de ser agricultores. No encontro entre a terra e o fogo, surge o grande legado do Mestre Daniel, um chamado para que o mundo volte a aprender com o simples, com o artesanal, com aquilo que nasce das mãos e da paciência.

Essa, talvez, seja a lição que ecoa para além das fronteiras de Casimiro de Abreu: a arte pode ser chama, pode ser barro, mas sempre será transformação.









quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

La Canzone Che Ti Nascondevo

 



Os 92 anos de Antônia Abreu da Fonseca

 Dona Antônia: 92 Anos de Vida, Tradição e Serviço à Comunidade

ona 

No dia 20 de outubro, a vida acendeu mais uma vela no coração da história: Dona Antônia Abreu da Fonseca celebrou 92 anos. Nascida em 20 de outubro de 1933, na comunidade do Jaspe, em São José do Calçado, ela é a nona filha do casal Bento Guedes de Abreu e Maria das Dores Teixeira, raízes que a moldaram com simplicidade, fé e perseverança.

Ao longo da existência, uniu-se em matrimônio a Sebastião Pedro Rezende da Fonseca (in memoriam), com quem construiu uma família marcada por afeto e dedicação. São quatro filhas, Auxiliadora, Carla, Aparecida e Luciana, além de oito netos e seis bisnetos, que hoje carregam consigo fragmentos da ternura e dos ensinamentos que ela espalhou pelo caminho.

Figura ativa e generosa, Dona Antônia sempre dedicou suas mãos e seu tempo às causas sociais, especialmente junto às crianças da Pastoral da Criança. No grupo de artesanato, suas linhas e agulhas não apenas criaram bordados: teceram autoestima, oportunidade e esperança. Ensinou mães e membros da comunidade a transformar tecido em sustento, incentivando a exposição e a venda dessas peças em feiras locais.

Guardadora das tradições, cultiva com devoção a centenária receita das famosas broinhas, preparada exatamente como aprendeu com a avó materna, um ritual afetivo que atravessa gerações e preserva o sabor da memória.

Aos 92 anos, Dona Antônia segue como exemplo de doação, simplicidade e vida plena, inspirando todos que têm o privilégio de cruzar seu caminho.

O jornal O Norte Fluminense parabeniza Dona Antônia Abreu da Fonseca, desejando-lhe muitos anos de vida, saúde e alegria.


Dona Antônia ao lado da filha, Luciana. Ao fundo, o quadro que retrata a casa onde ela nasceu



R$15 milhōes para a Preservação e Restauração do Patrimônio Material

 


A Cemig, maior incentivadora cultural de Minas Gerais, lança o Chamamento Público 003/2025 para seleção de projetos aprovados pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura, com foco na preservação e restauração do patrimônio material mineiro. O objetivo é apoiar iniciativas que mantenham viva a memória, as tradições e a identidade do povo mineiro, valorizando obras de arte, monumentos, conjuntos arquitetônicos, festas populares e saberes tradicionais.

Objetivo da Seleção

Serão patrocinados projetos cujo escopo seja a preservação e restauração do patrimônio material, incluindo bens arquitetônicos, paisagísticos e arqueológicos reconhecidos oficialmente pelo IPHAN ou órgãos estaduais. Também serão aceitos projetos de acervos memoriais tombados ou registrados em nível nacional ou mundial, como os contemplados pelo programa Memória do Mundo da UNESCO ou listados no Catálogo do Patrimônio Bibliográfico Nacional.

Investimento

A Cemig destinará até R$ 15 milhões para os projetos selecionados. Cada proposta deve ter valor entre R$ 200 mil e R$ 950 mil. A Companhia poderá aprovar valores parciais, exigindo ajustes no escopo do projeto conforme o montante aprovado. Os recursos são provenientes exclusivamente da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

Requisitos para Participação

- Projetos executados em Minas Gerais.

- Proponentes sem pendências com a Cemig.

- Patrimônio histórico material reconhecido por órgãos competentes.

- Acervos memoriais com tombamento ou registro oficial.

Conteúdo das Propostas

As ações devem incluir restauro, recuperação, catalogação, higienização, acondicionamento, instalação de sistemas de segurança, melhoria da infraestrutura, visitação pública e estruturação de redes de acervo. É obrigatório que, ao final, o patrimônio esteja aberto ao público. As propostas devem apresentar projeto executivo, orçamento detalhado e plano de comunicação com medição de visibilidade.

Execução e Contrapartidas

Os projetos devem iniciar em 2026 e ter prazo de até 12 meses, prorrogáveis por mais 6 meses. A chancela Cemig Apresenta deve constar em todos os materiais de divulgação, seguindo as diretrizes da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Relatórios trimestrais com fotos e comprovação do andamento deverão ser enviados à Cemig.

Processo de Seleção

A análise será feita em três etapas:

- Verificação documental.

- Avaliação de conteúdo por comissão externa, considerando objetivo, exequibilidade e experiência da equipe técnica.

- Análise final pela comissão interna da Cemig, com foco na aderência aos objetivos estratégicos e sociais da Companhia.

Inscrições e Prazos

- Período: 02/12/2025 a 12/03/2026, até 23h59.

Divulgação do resultado: 22/04/2026.

Inscrição gratuita pelo site cemig.com.br.

Documentos obrigatórios incluem CNPJ ativo, RG e CPF do responsável legal, estatuto social, certidão de regularidade no FGTS, ata de eleição da diretoria, comprovante de conta bancária exclusiva para o projeto e declaração de inexistência de vínculo com empregados da Cemig.

Desclassificação

Serão desclassificados projetos com início após 2026, cunho discriminatório ou político-partidário, ou que beneficiem pessoas vinculadas à Cemig. Também não serão aceitos projetos não aprovados na Lei Estadual de Incentivo à Cultura ou não aptos à captação em 2026.

Confidencialidade e Dados Pessoais

Todas as informações fornecidas serão tratadas com confidencialidade. Ao se inscrever, o proponente autoriza o processamento dos dados pela Cemig para análise e avaliação do projeto.

Formalização e Prestação de Contas

A contratação será feita via portais eletrônicos indicados pela Cemig, após análise de risco de integridade. Relatórios de execução e prestação de contas deverão ser entregues conforme contrato.

Grupo Amantes da Arte Realiza Retorno Apoteótico com Musical de Natal

 


Arquivo

Cantata que ecoa a alma de Bom Jesus do Itabapoana

Há onze anos, o Grupo Musical Amantes da Arte, fundado em 16 de junho de 1990 e já reconhecido como a verdadeira Alma Bonjesuense, oferece à cidade um presente que se renova a cada dezembro: sua magnífica Cantata de Natal, que ilumina ruas, memórias e corações.

Na época, o grupo instalava sua voz no antigo prédio da Panificadora Borges, erguido em 1922. O imóvel histórico repousa entre duas narrativas essenciais da cidade: de um lado, a Avenida Tenente José Teixeira, militar que no século XIX ergueu o edifício onde hoje funciona o Big Hotel; do outro, a Rua Expedicionário Paulo Moreira, que perpetua o nome do herói bonjesuense tombado em combate na Itália, durante a 2ª Guerra Mundial. Hoje, o espaço mantém sua tradição de acolhimento por meio do atual Café Bistrô, herdeiro da mesma qualidade e calor da antiga panificadora.

E foi justamente ali, no dia 9 de novembro, que o Grupo Amantes da Arte voltou a transformar o centro da cidade em palco celestial. Em frente ao Café Bistrô, sob a proteção silenciosa das fachadas históricas, apresentou um Musical de Natal que marcou o retorno apoteótico do grupo às ruas que lhes servem de lar.

As cadeiras dispostas sobre os paralelepípedos tornaram-se arquibancadas da memória. Do público, olhares viajavam pelas paredes centenárias enquanto o coro erguia suas vozes em harmonias que pareciam despertar histórias adormecidas nas pedras da cidade.

No meio de aplausos e emoção, o prefeito Paulo Sérgio Cyrillo prestigiou o evento, num gesto que sintetizou a força da arte e da família. Um instante breve, mas luminoso, como a própria cantata que, ano após ano, reafirma a Bonjesuense vocação para transformar tradição em poesia viva.





Nova era na CAES: Casa dos Açores do Espírito Santo elege nova diretoria para o próximo mandato


Em pé: Marcelo Gomes Pimentel (2⁰ Procurador); André Luiz de Oliveira (2⁰ Diretor Artístico); José Carlos Borges de Abreu (membro do CD - Conselho Deliberativo); Ana Maria Borges de Abreu (membro da Comissão Fiscal); Nino Moreira Seródio (Presidente); Samira Vitório Menezes Seródio (2ªDiretora Social); José Antonio Borges Alvarenga (1⁰ Vice-Presidente); Aloisio Borges Alvarenga (membro do CD); Eraldo Salutto de Rezende (1⁰ Tesoureiro) e Pedro Poubel Guizzi (1⁰ Diretor Artístico).

Sentadas: Antonia Aparecida Batista de Abreu (2ª Secretária); Maria Dolores Pimentel de Rezende (2⁰ Vice-Presidente); Maria Regina Borges de Abreu (membro do CD); Carmozina Teixeira Borges (membro do CD); Maria Cristina Borges (1ª Secretária); Daniele de Alvarenga Ferreira (1⁰ Diretora Social) e Claudia Martins Borges Bastos do Carmo (1⁰ Diretora Cultural)


A Casa dos Açores do Espírito Santo abriu novamente suas portas ao tempo e ao futuro.

Fundada em 25 de julho de 2021, ali no distrito de José Carlos (Iuru), no km 8,1 da Rodovia ES-297, a CAES, Casa dos Açores do Espírito Santo, tornou-se, desde então, um pequeno farol de cultura açoriana nas margens tranquilas de Apiacá. No último 10 de dezembro, esse farol brilhou mais forte: a comunidade reuniu-se para a eleição e posse da nova diretoria, para a escolha dos conselhos Fiscal e Deliberativo, para a aprovação das contas e, sobretudo, para celebrar, porque nenhuma assembleia é completa sem o sabor de um jantar que reúne memórias e afetos.

A noite começou sob a condução serena da presidente da Mesa Diretora, Maria Dolores Pimentel Rezende, que abriu os trabalhos com palavras que pareciam bordar, no ar, a promessa de um ciclo renovado. Maria Cristina Borges atuou como primeira secretária, enquanto Antonia Aparecida Batista de Abreu, em igual dedicação, serviu como segunda secretária.

Assim se formou a nova diretoria:
Presidente: Dr. Nino Moreira Seródio
Vice-presidente: José Antonio Borges Alvarenga
2º vice-presidente: Maria Dolores Pimentel de Rezende
1ª secretária: Maria Cristina Borges
2ª secretária: Antonia Aparecida Batista de Abreu
1º tesoureiro: Eraldo Salutto de Rezende
2º tesoureiro: Regina Márcia Xavier Moreira
1º procurador: Silvestre de Almeida Teixeira
2º procurador: Marcelo Gomes Pimentel

1° Diretor Social: Daniele de Alvarenga Ferreira;

2° Diretor Social: Samira Vitório Menezes Seródio; 

1º Diretor Cultural: Claudia Martins Borges Bastos do Carmo; 

2º Diretor Cultural: Thadeu de Moraes Almeida; 

1º Diretor Artistico: Pedro Poubel Guizzi; 

2º Diretor Artistico: André Luiz de Oliveira; 

1° Diretor de Esportes: Francisco Amaro Borba Gonçalves; 

2° Diretor de Esportes: Magno Seródio Silva Araújo; 

1° Diretor de Relações Públicas: Gino Martins Borges Bastos, 

2º Diretor de Relações Públicas: Daniel Evangelho Gonçalves; 

1º Diretor do Departamento Feminino: Terezinha Xavier Moreira das Neves; 

2º Diretor do Departamento Feminino: Gisele Santos Magalhães 

Conselho Fiscal: Rogério Seródio Silva Araújo, Ana Maria Borges de Abreu e Pedro Renato Teixeira Baptista.

E como já se tornou tradição, José Antonio Borges Alvarenga encantou os presentes, oferecendo seu espetáculo singular, sempre com uma taça de vinho português que parecia brindar, ao mesmo tempo, a terra e o mar, a raiz e a travessia.

O evento ganhou brilho com a presença do prefeito Márcio Chierici, que fez questão de prestigiar a solenidade, juntamente com o vice-prefeito Ricardo Figueiredo de Mello e outras autoridades de Apiacá.

E a emoção alcançou seu ponto alto quando o associado André Luiz de Oliveira entregou oficialmente os manuscritos de Padre Mello, doados pelo pesquisador Dr. Marcio Pacheco, do Rio Grande do Norte, documentos que chegam como resgate e como dádiva.

O que dominou a assembleia foi mais que entusiasmo: foi a sensação de movimento, de que cada passo honra os que vieram antes e abre caminhos para os que virão. Resgatar a história, celebrar nossos heróis, transformar o presente e construir o futuro, este foi o espírito que percorreu a noite.

E ecoou, quase como benção, a frase luminosa do Dr. José Andrade, Diretor Regional das Comunidades do Governo dos Açores:
“O passado tem futuro.”



















Casa dos Açores do Espírito Santo