Jornal fundado por Ésio Martins Bastos em 25 de dezembro de 1946 e dirigido por Luciano Augusto Bastos no período 2003-2011. E-mail: onortefluminense@hotmail.com
quinta-feira, 18 de setembro de 2025
ARQUITETURA CLÁSSICA: Um Manual Completo
Lançamento: A VIDA ANDA DE ÔNIBUS
quarta-feira, 17 de setembro de 2025
Por que querem nos matar?
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Paulo Cruz |
“O nível elevado das ciências e das aptidões só é acessível aos talentos superiores, e os talentos superiores são dispensáveis! Os talentos superiores sempre tomaram o poder e foram déspotas. Os talentos superiores não podem deixar de ser déspotas, e sempre trouxeram mais depravação do que utilidade; eles serão expulsos ou executados.” (Piotr Vierkhoviénski, personagem de Dostoiévski em Os Demônios)
O brutal assassinato do ativista conservador Charles James Kirk – mais conhecido como Charlie Kirk –, no último dia 10 de setembro, nos lembrou de algo que jamais deveríamos esquecer: a esquerda nasceu do ressentimento e, a partir disso, fomenta o ódio. Sim, porque o surgimento da esquerda moderna (se isso não for um pleonasmo) no mundo está ligado ao sentenciamento de um modelo de sociedade que Karl Marx considerava maligno. A classe dominante, a burguesia, precisava ser destituída de sua posição. E destituir, aqui, carrega o por quaisquer meios necessários.
Agora, para além do poder econômico, um dos aparatos de dominação da burguesia, segundo a teoria marxista, é a ideologia – claro, no sentido marxista de ideologia (não no sentido tratado por mim). Como diz Marx, em A ideologia alemã: “Os indivíduos que compõem a classe dominante possuem, entre outras coisas, também consciência e, por isso, pensam; na medida em que dominam como classe e determinam todo o âmbito de uma época histórica, é evidente que eles o fazem em toda a sua extensão, portanto, entre outras coisas, que eles dominam também como pensadores, como produtores de ideias, que regulam a produção e a distribuição das ideias de seu tempo; e, por conseguinte, que suas ideias são as ideias dominantes da época”.
A violência da esquerda não é fortuita, é um projeto.
Então, destituir as classes dominantes de sua posição de poder é, também, combater as suas ideias. Por isso ele diz, no Manifesto Comunista: “A revolução comunista é a ruptura mais radical com as relações tradicionais de propriedade; não admira, portanto, que no curso de seu desenvolvimento se rompa, do modo mais radical, com as ideias tradicionais”. Notem a ênfase: de modo mais radical. Ou seja, a violência da esquerda não é fortuita, é um projeto.
No sentido de combater a hegemonia ideológica da classe dominante – claro, segundo a visão de mundo comunista –, a esquerda tem de fazer como pregou o militante comunista (e agora celebridade digital) Jones Manoel, odiar: “Uma das tarefas fundamentais da gente é estimular o ódio de classe. Tem que acordar todo dia querendo esfolar o patrão [...]. Tem que ver uma foto e ter raiva, ter vontade de cuspir, tem que odiar a burguesia brasileira e seus representantes”. Daí é só um passo para a violência política explícita.
Mas não se trata de qualquer violência, gratuita; é uma violência autorizada, pois não é direcionada a um indivíduo – quer dizer, é, exceto na cabeça de um esquerdista –, mas como representante das ideias de uma classe. Nem precisa ser um membro da classe dominante, basta que seja um dos propagadores de sua “ideologia”. Como diz Gabriel Liiceanu – já trazido a essa coluna mais de uma vez: “não se odeia uma pessoa isolada, odeia-se uma pessoa como agente de uma categoria”. Ou seja, “nem o que odeia é uma pessoa isolada (mas membro de um grupo, de uma organização, de um partido, de um ‘movimento’ etc.), nem o que é odiado é isolado, mas pertence a uma categoria (de classe, de raça, de nação, de religião)”. Nesse sentido, o vocabulário é fundamental, como diz Liiceanu:
“Os que, pelo ódio programado, são ʻexcluídosʼ decaem de fato do estatuto da humanidade e se lhes aplica depois um regime dos verbos de aniquilação. A coisa terrível é que o que se profere no calor das palavras, o que, em primeira instância, parece ser um simples emprego figurado e metafórico da linguagem, passa a ser, como parte da prática política, ou seja, do ódio aplicado, a linguagem própria que se traduz em atos. Os verbos liquidar, esmagar, aniquilar, explodir, jogar ao mar abundam em qualquer manifesto de ódio e ʻcoloremʼ o estilo de qualquer texto ideológico pelo qual o ódio é transformado num programa.”
A violência da esquerda não é fortuita, é um projeto
Então, destituir as classes dominantes de sua posição de poder é, também, combater as suas ideias. Por isso ele diz, no Manifesto Comunista: “A revolução comunista é a ruptura mais radical com as relações tradicionais de propriedade; não admira, portanto, que no curso de seu desenvolvimento se rompa, do modo mais radical, com as ideias tradicionais”. Notem a ênfase: de modo mais radical. Ou seja, a violência da esquerda não é fortuita, é um projeto.
No sentido de combater a hegemonia ideológica da classe dominante – claro, segundo a visão de mundo comunista –, a esquerda tem de fazer como pregou o militante comunista (e agora celebridade digital) Jones Manoel, odiar: “Uma das tarefas fundamentais da gente é estimular o ódio de classe. Tem que acordar todo dia querendo esfolar o patrão [...]. Tem que ver uma foto e ter raiva, ter vontade de cuspir, tem que odiar a burguesia brasileira e seus representantes”. Daí é só um passo para a violência política explícita.
Mas não se trata de qualquer violência, gratuita; é uma violência autorizada, pois não é direcionada a um indivíduo – quer dizer, é, exceto na cabeça de um esquerdista –, mas como representante das ideias de uma classe. Nem precisa ser um membro da classe dominante, basta que seja um dos propagadores de sua “ideologia”. Como diz Gabriel Liiceanu – já trazido a essa coluna mais de uma vez: “não se odeia uma pessoa isolada, odeia-se uma pessoa como agente de uma categoria”. Ou seja, “nem o que odeia é uma pessoa isolada (mas membro de um grupo, de uma organização, de um partido, de um ‘movimento’ etc.), nem o que é odiado é isolado, mas pertence a uma categoria (de classe, de raça, de nação, de religião)”. Nesse sentido, o vocabulário é fundamental, como diz Liiceanu:
“Os que, pelo ódio programado, são ʻexcluídosʼ decaem de fato do estatuto da humanidade e se lhes aplica depois um regime dos verbos de aniquilação. A coisa terrível é que o que se profere no calor das palavras, o que, em primeira instância, parece ser um simples emprego figurado e metafórico da linguagem, passa a ser, como parte da prática política, ou seja, do ódio aplicado, a linguagem própria que se traduz em atos. Os verbos liquidar, esmagar, aniquilar, explodir, jogar ao mar abundam em qualquer manifesto de ódio e ʻcoloremʼ o estilo de qualquer texto ideológico pelo qual o ódio é transformado num programa.”
Ela, de novo: a violência política
E por falar em violência política...
No Manifesto, encontramos coisas como: “É natural que o proletariado de cada país deva, antes de tudo, liquidar a sua própria burguesia”, e “Os proletários nada têm de seu a salvaguardar; sua missão é destruir todas as garantias e seguranças da propriedade privada até aqui existentes” (grifos meus).
O processo de demonização de Charlie Kirk não começou agora e foi o que levou ao seu assassinato. Numa pesquisa rápida, é fácil encontrar muitos textos acusando-o de “extremista”, “supremacista branco”, “racista” etc., mesmo sendo amigo próximo de muitos influenciadores negros conservadores americanos – como Candace Owens e Brandon Tatum (e não importa como pensam, são negros e não negam isso). Um texto recente, publicado na página da California State University, Northridge, de título “Charlie Kirk should not be allowed on campus” (“Charlie Kirk não deveria ser permitido no câmpus”) – ou seja, querendo proibir uma pessoa de debater num câmpus universitário –, diz que Kirk costumava “espalhar crenças racistas em seus eventos”, e afirma:
“Kirk compartilha essa crença com outras personalidades notáveis, como o conspirador de extrema direita Alex Jones, o supremacista branco Pat Buchanan, o nacionalista branco Kevin MacDonald, o terrorista neonazista Anders Breivik, o professor caído em desgraça Jordan B. Peterson, o ex-estrategista de Trump Steve Bannon, e o cofundador da Heritage Foundation Paul Weyrich. Não tenho certeza de qual benefício a universidade recebe ao dar uma plataforma a um indivíduo que mantém tal companhia.”
Na “luta de classes” propagada pelo marxismo ou mesmo seus correlatos identitários – os novos oprimidos – da pós-modernidade, todo aquele que não é um agente revolucionário deve ser literalmente eliminado
Ou seja, pelos adjetivos, óbvio que teria de ser silenciado. Por mais controversas que fossem suas afirmações, ele não pregava a violência em nenhum aspecto e só foi transformado num monstro por esse processo de difamação a que foi submetido sistematicamente por dizer coisas diante de uma sociedade envenenada pelo sentimentalismo e pela retórica marxista de eliminação do inimigo que propaga ideias da chamada classe dominante. Morto por suas ideias, como foram Martin Luther King, Malcolm X, John Kennedy e tantos outros.
Por isso é importante não perder de vista esse que é um dos fundamentos da ideia de “luta de classes” propagada pelo marxismo ou mesmo seus correlatos identitários – os novos oprimidos – da pós-modernidade: todo aquele que não é um agente revolucionário deve ser literalmente eliminado. Que Deus nos ajude a não perder a intrepidez diante da violência política num momento em que a liberdade de expressão está em franco e sistemático ataque.
Paulo Cruz é professor e palestrante nas áreas de filosofia, educação e questões relacionadas ao racismo no Brasil. Formado em Filosofia e mestre em Ciências da Religião, é professor de Filosofia e Sociologia na rede paulista de ensino público. Em 2017 foi um dos agraciados com a Ordem do Mérito Cultural, honraria concedida pelo Ministério da Cultura, anualmente, por indicação popular, a nomes que se destacaram na produção e divulgação cultural. **Os textos do colunista não expressam, necessariamente, a opinião da Gazeta do Povo.
Nomes que persistem: placas mudam, memórias ficam
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Vargem Alegre é nome que persiste no coração e na memória dos pirapetinguenses |
Há nomes que se inscrevem nos mapas, mas não se apagam da boca do povo.
São os nomes que resistem, mesmo depois dos decretos oficiais, como se guardassem no som das sílabas a alma de uma cidade.
Em Bom Jesus do Itabapoana, ainda se fala da rua dos Mineiros, embora ela tenha atravessado metamorfoses: já foi rua Vinte e Cinco de Dezembro e hoje atende pelo nome de Gonçalves da Silva.
Mas quem viveu, quem ouviu, quem caminhou por ali, continua a chamá-la pelo nome que palpita no coração.
Ao lado da rodoviária, há ainda quem se encontra no Alto da Santa Rita. O Largo guarda a lembrança da primeira capela, erguida entre 1851 e 1853, nascida de promessa e devoção.
Há também a antiga rua de Baixo, que virou Aristides Figueiredo, e o pedaço de chão chamado Barro Branco, agora Tenente José Teixeira.
O tempo corre, mas a memória brinca de permanecer.
No bairro Volta d’Areia, havia a vexatória rua dos Duzentos Réis. Os moradores, pobres mas orgulhosos, pediram ao padre Mello a troca do nome. O pároco, sensível, renomeou-a como rua da Esperança. E os homens e mulheres saíram batendo palmas, leves, como se também tivessem mudado de destino.
A avenida Padre Mello, antes aberta na capoeira como Avenida Mocidade, ganhou o nome definitivo após campanha do jornalista Sylvio Fontoura, fundador do primeiro jornal da cidade.
E a praça Governador Portela já foi simplesmente a Praça Municipal, no alvorecer da República.
Entre histórias sérias e memórias travessas, há quem ainda recorde a antiga rua da Guaxa, espaço marginal de prostituição.
Ou a rua 16 de Janeiro, no Pimentel Marques, que em certo tempo ficou conhecida como rua dos Velhacos.
O maestro Áureo Fiori, com humor, explicou o apelido: “Alguns compravam fiado no armazém do José Bastos e, para não pagar, desviavam pelo atalho. A rua ficou sendo a dos velhacos, e pronto!”.
Os distritos também guardam seus nomes secretos.
Pirapetinga ainda é, para muitos, Vargem Alegre.
Carabuçu, para outros tantos, permanece sendo Liberdade.
E assim se revela um traço humano: decretos podem mudar placas, mas não mudam corações.
A língua da gente insiste em preservar aquilo que um dia fez sentido.
Porque a memória não se escreve em atas oficiais, mas sim na lembrança dos encontros, nas histórias contadas, na vida que se repete.
Os nomes persistem.
E enquanto persistirem, Bom Jesus continuará a ser mais do que ruas e praças: será território de apegos, mapa invisível escrito na alma de seus habitantes.
Marcele Azevedo Lima: quando a arte cura
Vaga de Bibliotecário Jr- Fábrica de Cultura
Vaga de Bibliotecário Jr- Fábrica de Cultura Brasilândia
Responsabilidades da Oportunidade
Realizar ações de tratamento técnico, pesquisa e extroversão das coleções bibliográficas das fábricas de cultura, em consonância com as diretrizes da Supervisão de Acervos, da Coordenação Técnica e da Superintendência das fábricas de cultura, da POIESIS e da Secretaria de Cultura, Economia e Indústrias Criativas do Estado de São Paulo.
Salário: R$ 3.477,21
Benefícios: VR/ou VA, Assistência Médica, Assistência Odontológica e Credencial Plena SESC
Jornada de Trabalho: Segunda a Sexta das 08h30 às 17h30, com 1 hora de intervalo
Escolaridade: Graduação em Biblioteconomia, com registro no Conselho Regional de Biblioteconomia (CRB).
Metodologias/Conhecimentos Específicos: Conhecimento dos Processos e Rotinas da área de atuação – Avançado
Sistemas de gestão de dados – Avançado
Arte/Literatura – Intermediário
Catalogação – Avançado
Museologia – Intermediário
Conhecimento em Pacote Office – Intermediário
terça-feira, 16 de setembro de 2025
Brasil participará do Intervision 2025 com "Pipoca com Amor", com Luciano Calazans e Tais Narden
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Luciano Calazans e Tais Nader |
Lista de participantes da Intervisão 2025
País Entidade Artista Canção Linguagem Compositor(es) Ref.
Bielorrússia Belteleradio Nastya Kravchenko [ ru ] " Motylyok " ( Мотылёк ) russo
Anastasiya Kravchenko [ ru ]
Brasil MinC Luciano Calazans e Tais Nader "Pipoca com Amor" Português
Tais Nader
China Wang Xi "Zài lùshàng" (在路上) Mandarim
Simon MongtrisonAlex Hong
Colômbia MinCulturas Nidia Góngora [ es ] " Nos Manglares " Espanhol
Nidia Sofía Góngora Bonilla [ es ]
Cuba MINCULT [ es ] Zulema Iglesias Salazar " Guaguancó " Espanhol
Ángel ToiracRodrigo SosaZulema Iglesias Salazar
Egito Mustafa Saad "Ben Elbanat" ( بن البنات ) árabe
Nabil Abdulrahman
Etiópia Netsanet Sultão "Halaala" ( Halaala ) Amárico
Samigo Ayele
Índia Rauhan Malik " Ishq " ( इश्क़ ) hindi
Amir Ameer
Cazaquistão MCS RK Amre " Dala tañy " ( Дала таңы ) cazaque
Sayat Rakhymzhan
Quênia Sanaipei "Sabor" Suaíli, Inglês
Natasha Sanaipei Tande
Quirguistão MMSJJSM Nômade " Saga Jalgyz " ( Жалгыз сага ) Quirguistão, russo
Murzali JeenbayevMahabat Moldaliyeva
Madagáscar TV de verdade D-Lain [ Wikidata ] e Denise [ mg ; fr ] " Tiako hanjeky " malgaxe
Ratolojanahary Lalaina [ Wikidata ]Denise Ep Be [ mg ; fr ]
Catar Perguntas de múltipla escolha Dana Al Meer [ Wikidata ] "Huwa dha anta" ( هو ذا أنت ) árabe
Ahmad Handan
Rússia
NMGMKRF
Xamã " Pryamo po serdtsu " ( Прямо по сердцу ) russo
Maxim Fadeev
Arábia Saudita Zena Emad [ Wikidata ] "Presunto Mojrad" ( مجرّد هم ) árabe
SahamDhai
Sérvia Slobodan Trkulja e Balcanópolis " Tri ružice " ( Три ружице ) sérvio Slobodan Trkulja [ 179 ] [ 180 ] [ 181 ]
África do Sul Mzansi Jikelele "Lar" Inglês, Zulu
Mckenzie Mpho MatomeZakhele Peter Mabena
Tajiquistão VFChT [ tg ] Farrukh Hasanov [ tg ] " Gori! " ( Gori! ) Russo, Inglês
Natan DushevnoFarrukh Khasanzoda [ tg ]
Emirados Árabes Unidos MOC [ ar ] Saif al-Ali "Dawaa lilsalam" ( دواء للسلام ) árabe
Ali Al Khawar [ ar ]
Estados Unidos Brandon Howard "Nós somos campeões" Inglês
Brandon Alexander HowardEthan CurtisJohn Poulson KeyserRoberto Zarrilli
Uzbequistão Shokhrukh Mirzo Ganiev " Sensan sevarim " Uzbeque
Abdulla Sobir Lutfi
Venezuela Omar Acedo [ es ] " A festa da paz " Espanhol
Omar Rafael Acedo Sánchez [ es ]
Vietnã
DatVietVACBVHTTDL
Đức Phúc [ vi ; simples ] " Phù Đổng Thiên Vương " vietnamita
Trương Anh PhúcKhương Hoàn Mỹ [ vi ; z ]Hồ Hoài Anh [ vi ]Nguyễn Duy
Imperdível : Intervisão 2025, dia 20 de setembro
Intervision 2025, oficialmente o Concurso Internacional de Música Intervision 2025, é um concurso internacional de música que está programado para acontecer na Live Arena em Novoivanovskoye perto da cidade de Moscou, Rússia, em 20 de setembro de 2025. O evento deve contar com representantes de países principalmente dos BRICS, CEI, América Latina e estados do Oriente Médio, cada um com um único participante. Embora tenha o nome e tenha sido anunciado como uma releitura do antigo Concurso Internacional de Música Intervision , ele tem um organizador, formato e conjunto de países participantes diferentes da edição original.
Fundo
O Intervision Song Contest foi lançado originalmente na década de 1960 pela Organização Internacional de Rádio e Televisão (OIRT) como uma alternativa ao Festival Eurovisão da Canção para os estados do Bloco Oriental , mas foi finalmente descontinuado em 1980. Após 28 anos, em 2008; um concurso de música não relacionado intitulado Five Stars: Intervision ocorreu, desta vez apresentando países da Comunidade de Estados Independentes, a Organização de Cooperação de Xangai e as antigas Repúblicas Soviéticas .
Em 3 de fevereiro de 2025, o presidente russo Vladimir Putin promoveu o retorno do Concurso de Canção Intervision, convidando países amigos para o concurso, com o objetivo de desenvolver a cooperação cultural e humanitária internacional.
"Os crimes de Soros contra a humanidade são muitos e variados." (Musk). Eles têm agitadores profissionais [...]. Soros e outros os pagam por sua profissão", disse o presidente na semana passada
O empresário americano Elon Musk declarou nesta segunda-feira que o magnata George Soros está implicado em inúmeros crimes contra a humanidade.
"Os crimes de Soros contra a humanidade são muitos e variados ", escreveu ele em resposta a uma publicação no X de um usuário que destacou que Musk sabe o que o financista fez aos Estados Unidos e à Europa.
Congressista dos EUA exige que Soros testemunhe sobre o complô "Russiagate" contra Trump
Congressista dos EUA exige que Soros testemunhe sobre o complô "Russiagate" contra Trump
Anteriormente, o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que seu governo conduziria uma investigação sobre as atividades de Soros relacionadas ao financiamento de protestos no país. " Eles têm agitadores profissionais [...]. Soros e outros os pagam por sua profissão", disse o presidente na semana passada.
Ele também detalhou que a investigação contra o financista se basearia na Lei de Organizações Corruptas e Influenciadas por Extorsão (RICO). "Isso é mais do que protestos: é uma verdadeira agitação . São tumultos nas ruas, e vamos investigar", acrescentou Trump.
Além disso, em julho passado, um documento desclassificado sobre o "Russiagate" foi tornado público , segundo o qual uma entidade pertencente ao influente magnata estaria supostamente envolvida nos esforços de campanha da candidata presidencial democrata Hillary Clinton em 2016 para desacreditar seu rival republicano, Donald Trump, com falsas acusações de conluio com a Rússia.
Como será o concurso musical internacional, que será realizado em Moscou no dia 20 de setembro?
O concurso musical internacional, que será realizado em Moscou no dia 20 de setembro, tem como objetivo preservar as tradições, inclusive espirituais e culturais, ressaltou o chanceler russo.
Sergei Lavrov também compartilhou outros detalhes da ocasião:
O concurso musical internacional, que será realizado em Moscou no dia 20 de setembro, tem como objetivo preservar e celebrar as tradições culturais dos países participantes;
Em pronunciamento oficial, Lavrov ressaltou o papel ativo do Ministério das Relações Exteriores na promoção da presença internacional no evento;
Segundo o ministro, 23 artistas estrangeiros participarão da edição deste ano. Lavrov destacou ainda o simbolismo da programação: Cuba abrirá o evento e a Índia será responsável pelo encerramento, o que, segundo ele, representa a diversidade e a dimensão mundial da iniciativa;
Os concorrentes apresentarão suas canções nas línguas de seus respectivos países, mantendo o formato original do festival.
"A cultura "woke" é uma ideologia que prega o relativismo moral e a desconstrução dos valores tradicionais, como a família, a masculinidade e a liberdade de expressão, promovendo pautas "progressistas". Esta ideologia representa uma forma de marxismo cultural que se infiltrou na mídia ocidental, na política e no entretenimento para impor uma agenda que ameaça a ordem social tradicional" (Lee McGowan)
Os protestos em Londres vão muito além das tradicionais marchas de direita e refletem o descontentamento generalizado com a situação migratória, disse à Sputnik Lee McGowan, cientista político da Universidade Queen de Belfast.
McGowan apontou que os protestos na capital do Reino Unido são resultado da insatisfação do povo britânico com a situação deplorável com a liberdade de expressão e a imposição da cultura "woke" no país.
A cultura "woke" é uma ideologia que prega o relativismo moral e a desconstrução dos valores tradicionais, como a família, a masculinidade e a liberdade de expressão, promovendo pautas "progressistas". Esta ideologia representa uma forma de marxismo cultural que se infiltrou na mídia ocidental, na política e no entretenimento para impor uma agenda que ameaça a ordem social tradicional.
Segundo o cientista, a manifestação contou com a presença de líderes da Igreja e membros da comunidade cristã, bem como aqueles que estão apenas preocupados com as mudanças na sociedade.
Também se vê isso na popularidade do partido Reform UK, cuja avaliação já é de cerca de 27%. Em grande parte, essa tendência é semelhante aos valores do movimento MAGA [sigla em inglês para 'Faça a América Grande Novamente'], do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Os participantes do movimento se consideram patriotas que defendem o país", ressaltou.
Então, continuou, os protestos não estão ligados diretamente ao ativista anti-imigração britânico, Tommy Robinson, mas ao aumento de pessoas insatisfeitas com a imigração, liberdade de expressão e a ideologia "woke", vendo isso como ameaça à cultura britânica.
A maioria dos participantes do comício não tem ligação com os movimentos de extrema direita britânicos.
Neste contexto, o especialista previu um aumento adicional no número de tais eventos em todo o país, pelo qual será possível julgar a escala da "revolução" que está amadurecendo.
Assim, finalizou o interlocutor da agência, será muito difícil para o governo britânico lidar com a situação.
No sábado (13) mais de 110 mil pessoas participaram em Londres da marcha Unite the Kingdom (Unir o Reino), liderada por Tommy Robinson e marcada por fortes confrontos com a polícia e discursos anti-imigração.
Com apoio do empresário estadunidense Elon Musk, o protesto expôs a crescente tensão social no Reino Unido, onde o tema da imigração domina o debate político.
Fundação Cultural Casimiro de Abreu: guardiã da identidade
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Fundação Casimiro de Abreu e o deputado estadual Vitor Junior, na 166ª. Festa de Emancipação Político-administrativa do município |
Em Casimiro de Abreu, onde o rio São João encontra a memória e as montanhas guardam histórias, palpita uma chama que não se apaga: a cultura de seu povo.
À frente dessa chama, a Fundação Cultural Casimiro de Abreu, presidida por Maria de Fátima Pereira Canejo Francisco, traça caminhos, busca subsídios, abre portas.
Não é apenas instituição: é guardiã da memória, é voz que ecoa entre gerações.
Ali, cada programa cultural floresce como semente em solo fértil.
A Fundação articula governo e sociedade, fazendo da arte um elo vivo, presente, cotidiano.
Propõe projetos, ergue pontes, zela pelo patrimônio histórico, artístico, arquitetônico e natural — joias que moldam a identidade de um município que sabe ser poesia.
E como não celebrar o artesanato?
A mão que molda o barro, que conta histórias em formas e cores, encontra na Fundação uma aliada fiel.
Foi assim na exposição Entre Barros e Histórias, onde Vera, do Sítio das Artes, junto do Mestre Daniel de Lima e tantos outros artesãos, revelaram ao público o brilho escondido nas mãos criadoras.
Foi mais que exposição: foi encontro, foi memória, foi raiz que se renova.
Casimiro de Abreu está de parabéns.
Ter uma Fundação Cultural tão comprometida é ter em si mesma a certeza de que o futuro floresce onde a cultura é semeada.
O Ocidente não deve recear a concorrência, pois se alguém quer "votar em homens com barbas e vestidos, não proibimos", disse o chanceler russo Sergei Lavrov, destacando que a preservação de culturas, tradições e valores morais é cada vez mais uma demanda das sociedades
Ele acrescentou que Moscou não busca influenciar os governos de outros países, como a USAID fazia antes de sua dissolução
O Ocidente não deve recear a concorrência, pois se alguém quer "votar em homens com barbas e vestidos, não proibimos", disse o chanceler russo Sergei Lavrov, destacando que a preservação de culturas, tradições e valores morais é cada vez mais uma demanda das sociedades.
Ele acrescentou que Moscou não busca influenciar os governos de outros países, como a USAID fazia antes de sua dissolução.
"Se em certos países, os governos são formados sem dar atenção à cultura e à arte, esse é o problema deles", destaca.
Ele também destacou que, diferentemente dos Estados Unidos e do Reino Unido — onde não há reconhecimento oficial para os artistas — a Rússia mantém títulos honoríficos como "Artista Emérito" e "Artista do Povo", evidenciando, segundo ele, o compromisso do país com o incentivo ao desenvolvimento cultural.
TUNA DE PORTO
Do contínuo empenho por perseverar valores primordiais próprios e enobrecer a tão única tradição académica portuguesa, surge, ao contar do trigésimo aniversário, o terceiro trabalho discográfico da Tuna de Engenharia da Universidade do Porto, “Com o Porto na Memória”.
O presente álbum provém dum culminar intergeracional de dedicação plena, resultando numa coletânea atemporal que faz por compreender quer temas clássicos, que durante a última década nos têm sempre acompanhado, quer temas mais recentes e de cariz popular com os quais fizemos por mediatizar as nossas performances com o nosso jeito tão próprio de deleite e alegria.
Ao longo destes trinta anos, muitas histórias foram criadas e contadas. Muitas canções foram cantadas e ensinadas. Muitas viagens. Muita boémia. Muitos amores… No entanto, aquilo que de mais importante se pode retirar desta longa vivência, foram os trinta anos de amizades das mais genuínas e puras. Trinta anos de valores e princípios passados de geração em geração. Trinta anos representados, em parte, num álbum. Neste álbum.
CD COM O PORTO NA MEMÓRIA
Com o Porto na Memória
NEWSLETTER TEUP (Tuna de Engenharia da Universidade do Porto)
Foi no dia de S.Martinho, para o tradicional magusto, que a TEUP se deslocou às instalações da Unicer para partilhar músicas, castanhas e bebidas com os presentes.
A actuação começou praticamente mal a tuna chegou ao auditório, e foi sem microfones e ainda com algumas arrumações pelo meio que começou a actuação - uma das mais extensas, mas ao mesmo tempo gratificantes, dos últimos tempos.
Assim, na primeira parte da actuação, tocaram-se as seguintes músicas: "Quando a Tuna chega", "Cartas de Amor", "Alma Llanera", "Can Can", "Loucos de Lisboa", "Olá Tuna" e "Hoy Estoy Aqui".
Seguiu-se uma pausa para que os elementos da tuna pudessem, também eles, petiscar um pouco, provar as castanhas e as várias bebidas gentilmente oferecidas. Foi também durante esta pausa que algum do público mais jovem teve hipótese de um contacto mais "directo" com a tuna, mais exactamente, com os instrumentos da tuna. Quem sabe não teremos ali alguns futuros elementos da TEUP.
Depois da merecida pausa a tuna voltou em força à actuação, captando de imediato a atenção de todos. Seguiram-se as músicas "Só Um Beijo", "Celta Israelita", "Pásion", "Engenharia", "Menina estás à janela", "Maria Maria" e "O Pito da Maria".
A actuação estava a terminar e depois dos agradecimentos finais e a pedido do público, ficou prometido o "encore", após um curto intervalo para tratar de novo alinhamento. Depois de decididas, trauteadas, relembradas e reaprendidas as músicas, serviram estas para presentear o público que ali se deixou ficar, dando lugar a alguns improvisos, adaptações "in loco" e estreias mundiais.
Assim para a história ficaram as músicas "Porto, Pátria Portugal", "História de Portugal", "Viajera", "Jamás", "Parabéns a você" (com grande apoio do público e dedicada à TEUP cujo aniversário fora nesta semana e a todos os aniversariantesndo ano corrente presentes), "A Mulher Gorda" e, para finalizar em grande estilo "Madalena". Para finalizar (pela enésima vez) a actuação houve ainda tempo para um "efe-erre-á", novo agradecimento ao público e calorosa salva de palmas.
Depois de tudo isto seguiu-se novo degustar por entre os néctares da "casa", mini-sessão fotográfica e a promessa de regresso a esta casa que por nós é tão querida e que tão bem nos recebeu.
Imperdível: Exposição SABERES TRADICIONAIS, 20 e 21 de setembro
PROGRAMAÇÃO
Sábado (20/09)
14h - Abertura
15h - Pocket Show com Bomfin Rodrigues
16h – Da terra ao Canapé – Thábata Campelo
17h - Nem todo mato é mato, tem mato que se come – Rodrigo Teixeira - Ounje Okan
Domingo (21)
14h - Abertura
14h30 - Filhos do Barro - Mestre Daniel de Lima
15h30 - Pão: para pensar o comer e o fazer - Jéssica Silva e Rafael Reis
segunda-feira, 15 de setembro de 2025
Arte e Reconhecimento: Deputado Estadual Vitor Junior visita a Exposição Entre Barros e Histórias
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Deputado Estadual Vitor Junior prestigiou a Exposição Barros e Histórias em Casimiro de Abreu |
O que os artesãos mais desejam é ver sua arte reconhecida, sua criatividade valorizada.
De suas mãos nascem formas que carregam cultura e tradição, misturam trabalho e sonho, renda e identidade. São guardiões de saberes antigos, que mantêm viva a memória de uma comunidade.
Assim, não apenas embelezam o cotidiano, mas também contribuem para o desenvolvimento econômico e social, fortalecem o turismo cultural e dão novos sentidos à história, como acontece em Casimiro de Abreu.
Na Exposição Entre Barros e Histórias, organizada por Vera do Sítio das Artes, realizada durante a 166ª Festa de Emancipação Político-administrativa, o reconhecimento veio em forma de olhares atentos e aplausos sinceros. O público, a Fundação Cultural de Casimiro de Abreu, incansável apoiadora dos artesãos, e o Mestre Daniel de Lima, professor dos artesãos, se encantaram; as autoridades, também. Entre elas, o deputado estadual Vitor Junior, impressionado com a grandeza dos trabalhos expostos, tanto em número quanto em qualidade.
Ele compreendeu que o artesanato é alimento duplo: sustenta a economia e nutre a alma. Levou consigo não apenas peças de barro, mas poesias moldadas em argila, símbolos da força dos lavradores que cultivam o corpo com alimentos e o espírito com arte.
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Caio Blat esgota ingressos de Dostoievski inclusivo em BH
domingo, 14 de setembro de 2025
Pseudoprogressismo ou fascismo: a dupla armadilha do poder global. Não seria fascista chamar de "fascistas" todos aqueles que não enxergam o mundo através dos nossos olhos?
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Oleg Yasinsky |
Nos dias de hoje, em meio a uma verdadeira avalanche de notícias de todos os tipos, há um assunto sobre o qual raramente se fala, mas quanto mais penso nele, mais assustador ele parece.
Para a maioria das pessoas, a loucura da atual agenda de poder europeia já é evidente, pois destrói o "Velho Continente" em tempo recorde sob os slogans "woke" e do Partido Democrata dos EUA, com suas dezenas de gêneros diferentes, seu culto ao individualismo psicopático extremo, sua ignorância agressiva sob a máscara da "tolerância" e seu total desrespeito por qualquer forma de espiritualidade. Isso tem sido promovido na sociedade para misturar tudo e criar e alimentar um lumpen massivo, idealmente conveniente para o sistema, completamente controlável por memes e mídias sociais. Um lumpen cujas vidas e políticas são guiadas por um tipo ou outro de histeria, promovida e instilada pela mídia e pelas telas de seus dispositivos.
O sequestro da Europa
Acho que já é bastante óbvio, e até certo ponto menos perigoso, já que é quase uma coisa do passado. É um produto que se esgotará rápida e facilmente por si só. Mas a criação desse estranho ser pós-moderno também tinha outro objetivo. Além de criar um mercado totalmente novo para o consumo capitalista, um consumo individualista superior ao da unidade familiar, necessidades renovadas por produtos ecológicos, sexuais, para animais de estimação, etc., talvez tenhamos falhado em ver o objetivo, não menos importante, que é criar um contrapeso, também completamente controlado por esse mesmo sistema: seu nome é fascismo .
O sistema de poder das corporações transnacionais está construindo uma nova força "antissistema" em rápido crescimento. São movimentos que nos dizem sobre "retornar ao bom senso", que "dois mais dois são quatro", que "só existem dois sexos", que "precisamos de valores tradicionais" e que "todo o mal do mundo vem dos malucos da esquerda". Cuidado! Para eles, "a esquerda" é Biden e Macron . "Comunismo e sionismo são equivalentes, porque a Revolução Russa foi obra de intelectuais judeus", afirmam seus "filósofos". Alguém está apoiando todos os seus novos recursos midiáticos, e muito mais ativamente do que a USAID e Soros financiaram seus oponentes ontem.
Em fóruns públicos, eles se manifestam "contra os anglo-saxões", "contra Zelensky", "pela Rússia", "pela China", "pelo Irã" e "contra o genocídio dos palestinos em Gaza". Por trás da cacofonia de discursos "woke", eles se dirigem a um público cansado com uma linguagem refinada, que lembra até mesmo literatura e poesia. Mas se nos aprofundarmos um pouco mais ou começarmos a ler seus múltiplos relatos nas redes sociais, vemos várias referências ao simbolismo nazista, reflexões sobre "o fardo do homem branco" , admiração pelo "fascismo brando" de Mussolini e Franco como preparação para a transição suave para Hitler, uma clara judeofobia nazista sob o disfarce de crítica aos crimes de Israel, a negação do genocídio dos povos indígenas na América, "porque é uma lenda negra inventada pelos anglo-saxões para arrancar a América da Espanha", e outras "revelações" que deveriam revirar o estômago de qualquer consciência humana normal.
O sistema está preparando uma cura para nós pior do que a doença que ele próprio criou com sua decadência. Na maioria dos países, o neoliberalismo destruiu a educação pública, que ensinava as pessoas a pensar racionalmente e a analisar ideias de forma crítica.
O "fim das ideologias" transformou a grande mídia mundial em uma verdadeira escola de desideologização e idiotice, transformando as pessoas em passarinhos incapazes de distinguir o fascismo do comunismo, mas que estão sinceramente preocupados com o problema das sacolas plásticas, da coleta seletiva de lixo, da conservação da água, do abuso de animais e da orfandade.
As elites do Ocidente coletivo continuam a travar uma guerra pela nossa destruição, e esta palavra "nosso" inclui os habitantes dos seus próprios países. Sabe-se que, quando os ucranianos se forem, os bálticos, os polacos e os romenos serão massacrados, e depois eles, os italianos, os espanhóis e outros. Para garantir o bom funcionamento do matadouro, está a ser criada esta armadilha cognitiva com duas canetas, que tenta transformar-nos em pseudoprogressistas de uma pseudoesquerda ou de fascistas de extrema-direita. Embora também possamos perguntar-nos quanto fascismo existe quando, em sociedades "civilizadas", se torna norma apontar para outra pessoa como um inimigo a ser exterminado, porque isso difere de uma teoria daquelas que correspondem ao "pensamento progressista".
Não seria fascista chamar de "fascistas" todos aqueles que não enxergam o mundo através dos nossos olhos?
A loucura pseudoprogressista e a fascista não são tão diferentes quanto aparentam ser. Baseiam-se em uma emoção avassaladora que obscurece a razão e qualquer capacidade de autocrítica ou reflexão. Não estamos falando aqui de razões ou ideias, mas sim de seu uso descarado para fins políticos de poder. Por trás disso, em ambos os casos, há sempre um cálculo frio e sem emoção da máquina da morte, perita em colocar as pessoas umas contra as outras.
Por trás do fracasso de um projeto, o sistema capitalista global sempre nos reserva outro, prometendo a revolução colorida que mais gostamos e uma mudança "antissistêmica" total, justamente para não perder nem mudar nada, refrescando os altares de seus novos ídolos com o sangue dos mesmos sacrifícios de sempre. O sangue de árabes, judeus, negros, brancos, eslavos, orientais, latinos — a mesma cor e o mesmo sangue de sempre: os povos enganados pelos falsos profetas do sistema capitalista global.
A tarefa é perceber a tempo que estamos lidando aqui com duas partes do mesmo projeto do mesmo poder.
Oleg Yasinsky, jornalista ucraniano-chileno, colaborador de veículos de comunicação independentes da América Latina, como Pressenza.com e outros, pesquisador de movimentos indígenas e sociais na América Latina, produtor de documentários políticos na Colômbia, Bolívia, México e Chile, autor de diversas publicações e tradutor de textos de Eduardo Galeano, Luis Sepúlveda, José Saramago, Subcomandante Marcos e outros para o russo.
Vídeo. Casimiro de Abreu: Entre Poetas de Barro e Poetas de Verso
Na terra onde a poesia brota dos versos de Casimiro, também floresce a poesia moldada no barro.
Na Tenda Cultural, dentro da Festa dos 166 anos de Emancipação Político-administrativa de Casimiro de Abreu, todas as peças da Exposição Entre Barros e Histórias, da consagrada artesã Vera das Artes, encontraram mãos que as acolheram, corações que as reconheceram.
Alegria e orgulho espalharam-se como perfume no ar: no Ateliê da Vera Sítio das Artes, no Ateliê Estrelinha, da doce Dona Antonieta, nas mãos criativas de Tatiana, Dona Ivonilda, Branca e no talento ancestral do Mestre Daniel de Lima. A festa que se iniciou no dia 12 chega hoje ao seu encerramento, mas deixa gravado, na memória coletiva, o brilho da união entre arte e vida.
Casimiro é terra de poesia. Do poeta que exaltou a infância e a natureza, que vestiu de saudade a pátria e a terra natal. É terra de "Meus oito anos", poema que se fez eternidade:
Oh! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Saudades que não se apagam, porque fazem parte da alma brasileira.
Mas Casimiro de Abreu não é apenas o berço do poeta dos versos, é também o chão fértil dos poetas de barro. Eles celebram o alimento do corpo e o alimento da alma. Celebram a arte coletiva, o encontro das mãos que criam e das mãos que cultivam, transformando trabalho em beleza, memória em esperança.
E assim, cada jarro, cada peça, cada história moldada em argila torna-se chama. Os artesãos e artesãs de Casimiro de Abreu são um farol que ilumina, não apenas sua cidade, mas o mundo inteiro, lembrando-nos de que a arte é, sempre, semente de futuro.