segunda-feira, 3 de novembro de 2025

O ALMO SOL BRASILEIRO — O POETA QUE ILUMINA O TEMPO, por Anderson Miranda



Adson do Amaral 



Por Anderson Miranda — Especial para o Tribuna do Brasil

Brasília — Aos 92 anos, o poeta Adison do Amaral continua a surpreender com sua lucidez, vigor e domínio da palavra. Nesta nova composição intitulada “O Almo Sol Brasileiro”, o escritor, filósofo e humanista dá forma àquilo que poucos conseguem expressar: a comunhão entre a fé, a pátria e o divino.

O poema, de estrutura clássica e versos decassílabos heroicos e sáficos — inspirados na tradição de Tomás Antônio Gonzaga e Olavo Bilac — percorre os espaços do cosmos e do coração humano, exaltando o sol como símbolo da vida, da criação e do espírito imortal do Brasil.

O Poeta e o Tempo

Adison do Amaral é daqueles autores que não envelhecem — apenas amadurecem em claridade. Mesmo enfrentando as limitações próprias da idade, ele mantém a chama criativa acesa, escrevendo com a mesma intensidade de quem observa o mundo pela primeira vez.

Sua trajetória, marcada pela fé e pela profunda ligação com as letras, é também um tributo à cultura nacional. Com olhar lírico e patriótico, o poeta se coloca ao lado de gigantes da literatura, sem perder a humildade dos que sabem que a arte é um serviço à alma coletiva.

“Os poetas são imortais porque escrevem o que o tempo não apaga. Adison é um desses raros luminares.”—Anderson Miranda

O Brilho do “Almo Sol”

O poema nasce como um cântico ao Criador e à terra brasileira. Nele, o sol é símbolo da energia divina que vivifica

o mundo, e o Brasil, cenário sagrado dessa manifestação. O autor mistura mitologia egípcia, referências bíblicas e nomes da história nacional em uma sinfonia de imagens que atravessam eras e crenças.

“Deus disse: Haja luz, e houve luz —

E o almo sol abre nossos olhos para

Contemplar o grande país que ainda

Não foi descoberto afetivamente...”

O texto exalta o Brasil como promessa divina, pátria das riquezas naturais e da esperança espiritual do planeta. Ao evocar figuras como Tiradentes,Dom Pedro II, Caxias e Olavo Bilac, o poeta faz um chamamento à consciência nacional — como se a poesia fosse também um ato cívico.

Um Tributo à Língua e à Cultura

Além do fervor patriótico,“O Almo Sol Brasileiro” é uma defesa da pureza da língua portuguesa, tema recorrente nas obras de Adison. O poeta lamenta a invasão de termos estrangeiros e enaltece os grandes mestres da literatura, de Machado de Assis a Euclides da Cunha,Castro Alves, Rui Barbosa e Guimarães Rosa.

Entre as homenagens, o autor dedica versos ao jornalista Anderson Miranda, reconhecendo sua atuação nas letras contemporâneas e seu compromisso com a valorização da cultura brasileira — gesto que emociona e eterniza o vínculo de amizade entre dois homens que compartilham o amor pela palavra e pelo Brasil.

O Alvorecer da Eternidade

No desfecho do poema, o “almo sol” — palavra que significa nutridor, benigno, vital — torna-se metáfora da própria existência humana. Assim como o sol, o poeta alimenta e ilumina os que o cercam. Mesmo diante dabfragilidade física, sua obra é vigor, sua fé é luz e sua vida é poesia.

Adison do Amaral é o testemunho de que a alma brasileira ainda pulsa no coração dos que creem na beleza, na justiça e na esperança. E, enquanto houver poetas como ele, o sol jamais deixará de brilhar sobre o Brasil.

A verdadeira obra

O ALMO SOL BRASILEIRO

Poema em versos decassílabos heroicos e sáficos — metrificado e sem rima

(Inspirado na tradição clássica de Tomás Antônio Gonzaga em “Cartas Chilenas”, 1786.)

“Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!”

—Olavo Bilac, em “A Pátria”


O SOL ALMO que a vida impulsiona

Em longínquas regiões insinua-se,

Vencendo trevas abissais das fossas

Do infinito entre pedaços de imagens

Geométricas, rútilas ou soturnas,

Que rolam entre colossos siderais

Arcada celeste além aos milhões,

Em pelágicos fossos do mar sem

Fim, negror do espaço/tempo... infinitos,

Evocando os guerreiros do deus Rá

Contra Apófis a serpente monstruosa

Preservando a barca dos milhões de anos

Do seu esplendor a incolumidade,

Que a vida gera, alimenta e governa,

Dada ao povo na fé do Antigo Egito

Em época faraônica prístina.

E o formoso ancípite almo sol na alva

Brancacenta aos poucos delineando-se

Vai do céu na abóbada meio escura

Matinal a anunciar o astro rei.

De repente o disco surge radioso

E explode em luz com todo seu fulgor...

Fende e incendeia nuvens no horizonte,

Que se esbraseiam e escorem quais líquidos

Rubis sobre a verdejante esmeralda

Amazonense, e sua grandiosidade...

Fulge com seu esplendor inefável,

De clarões cobre montes e campinas

E a natureza acorda e abre-se em festa ...

Sobre o Amazonas, que é pulmão do mundo,

E o carro de Apolo aurifulgente

Extasiado pára enamorado;

E sorri em um sorriso de luz

Ao ver as lindas terras brasileiras,

Tinge a maior floresta do planeta

De áureo -verde, amarelo branco, anil

Nas folhas, flores, frutos e perfumes.

É um soneto lírico formoso,

E épico, ambos de prima grandeza.

O ALMO SOL refulgente e glorioso

Inunda penedias escarpadas,

vastas sombrias regiões do mundo,

Campos, montanhas, lagos, oceanos,

De Chevreuil co´ as mil tonalidades;

E de Lineau no “Systema Nature”

Deslumbrado com o poder divino

Das excelsas obras de Suas mãos ...

É DEUS vivificando a natureza.

E O ALMO SOL nos esplendores fecundos

Vida animando na bela natura,

Da casta formosura da mãe terra;

É canto cheio de encantos sinfônicos:

Homens viris e mulheres esbeltas...

Revela tudo o que existe sob o céu,

Que aos nossos olhos brilha e toma forma.

Ó gloriosa visão! Que beldade!

Diante de nós põe o belo BRASIL!

Pois que é maravilha das maravilhas,

De terras ricas, sem igual, ubérrimas.

Como sonhou Dom Bosco do Planalto

“Quando escavarem as minas escondidas [...]”.

Cayce, paranormal americano,

Disse: o Brasil é porvir radioso

Da fé e da paz a grande esperança

Do mundo, depois da grã transição

Atroz da era prevista há dois milênios

No Apocalipse de São João,

Ou que mais de um terço dos habitantes

Maus hão de deixar a face da terra,

A transformá-la no Reino de Deus,

Segundo Chico inda neste século.

Gente!... como é linda a luz divinal

Que arranca as coisas dos véus da noite

Escura, expondo aos olhos da manhã

Os ares que a luz do dia perfuma

E penetram pulmões de nossas vidas;

Clarões em cores por ondas magnéticas

Revelam as belezas do orbe ao cérebro

E o encanto da vida que em toda parte

Surge; o Genesis diz que o próprio ”Deus

Disse: Haja Luz e houve luz e Deus viu

Que a luz [além de formosa] era boa”.

E o almo sol abre nossos olhos para

Contemplar nosso grande país que ainda

Não foi descoberto afetivamente

Pela grã maioria dos brasileiros,

De outras longínquas terras de olhos fixos,

Desmemoriados que aqui nasceram,

Não por acaso, e compromissos têm

Com estas terras tão férteis de vida

E de riquezas incomensuráveis.

Deus meu! ... Esta nação tão desamada

É o grandiosíssimo Brasil! ...

E o Brasil interroga: – Brasileiro,

Sabeis vós que eu sou vossa grande terra,

A “natura” mãe que cria e agasalha,

Alimenta e governa, por Deus criada;

Sem o horror dos vulcões e dos tornados

Das nevascas que assolam outros países.

Com terras ricas, fecundas (três safras!)

Minérios de valor que movem naves

Que sulcam o espaço interestelar;

Eu alimento grande parte do mundo,

Nações amigas de plagas distantes.

Como disse Tiradentes: “Se todos

Quisermos, fazer poderemos deste

Grande País uma grande nação.

Eu Jurei morrer pela independência

Do Brasil, [e] cumpro a minha palavra”.

E em Itororó qual Caxias disse:

“Sigam-me os que forem brasileiros”,

Ato histórico em selo registrando

A bravura de um Chefe, Comandante

De tropas brasileiras posta em alvo,

De uma ponte estreita, à mira inimiga...

Soldado de tal grandeza hoje existe?!

E meus heróis D. Pedro, Deodoro,

Gonçalves Ledo, José Bonifácio,

Imperatriz consorte Leopoldina,

A Redentora Princesa Isabel,

E os heróis particulares, que os tenho,

Posto que são milhares cito alguns

São os meus diletos Apejotistas:

Adalberto Eing, Salles e irmão Backes,

Murilo, Ademir, Leo, Aminadab...

Entre escritores? Machado de Assis

Poeta fundador da Academia

Brasileira de Letras, literária

Coroa Imortal de ilustres patrícios.

Lídima defensora da linguística

As expressões prescrevem genuínas,

A isentar de influências estrangeiras

Que maculam a língua portuguesa

Com expressões estranhas para o povo;

Como, entre algumas, as expressões dúbias:

Com significados deprimentes.

Sim, podemos estudar quaisquer línguas,

Mas não as misturar ao português,

Pois muitos autores a embelezaram.

A Academia é glória da nação:

Euclides, Rui Barbosa, Castro Alves

Bilac, Humberto, Alberto de Oliveira,

Alencar, Humberto, Guimarães Rosa,

— Os meus diletos irmãos escritores:

Viegas, Fagundes, Felipe, Osmar,

Salles. Das belas letras que me encantam:

O jornalista Anderson Miranda,

E outros muitos de penas encantadas.

BRASIL!... Pátria gentil que abriga os povos

Do Mundo, os “brasis “, que nos enriquecem.

Brasil, terras de Cristo Redentor

Com estradas cheias de luz, de sonhos,

Também de esperança e de muito amor!

Nação operosa que crescer quer

Em paz, no amor e na sabedoria,

Na justa fidelidade ao Brasil;

Nossa casa é, devemos receber

Amigo; amizade implica respeito.

Quem assim não age amigo não é,

Quer nos enganar, subtrair bens:

Nossa magna floresta amazônica

De subido valor, — e a juventude,

O bem mais precioso da nação.

O ALMO SOL BRASILEIRO nos revela:

Brasil é o melhor país do mundo

E o maior em riqueza natural.

Disse Olavo Braz Martins Bilac:

“Quem com o seu suor a fecunda e umedece,

Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece,

Criança! Não verás nenhum pais como este,

"IMITA NA GRANDEZA A TERRA EM QUE NASCESTE!”

Nota Final

O poema “O Almo Sol Brasileiro” é um hino de amor à pátria e à criação divina, em que Adison do Amaral, com a lucidez e vigor de seus 92 anos, demonstra que os verdadeiros poetas não envelhecem — apenas amadurecem em sabedoria e luz. Sua pena, mesmo trêmula, escreve com o coração aceso pela fé, pela arte e pelo Brasil.

Palavras de Anderson Miranda:

“Momentos como este nos lembram que a história não se faz apenas com grandes feitos, mas também com gestos simples, com olhares sinceros e com o reconhecimento entre almas que compartilham o mesmo amor pela verdade, pela justiça e pelo Brasil. O poeta Adison do Amaral, com seus 92 anos de lucidez e luz, é prova viva de que a inspiração é uma dádiva que não envelhece. E é com o coração cheio de gratidão e respeito que registro este instante — não como um repórter diante de uma pauta, mas como um brasileiro diante de um símbolo. Porque o verdadeiro sol que ilumina a nossa nação é aquele que nasce dentro de cada um de nós.”






Um livro que devolve Bom Jesus à sua própria história

 



Uma obra relevante para a identidade cultural e literária do município


Há livros que nascem para entreter, outros para ensinar, e há aqueles que cumprem uma missão mais profunda: preservar a memória de um lugar e o sentimento de pertencimento de um povo.

É exatamente isso que representa o lançamento de Aventuras na Terra Interiorana: Contos em Bom Jesus do Itabapoana, de Alessandra Abreu, um marco para a literatura local e um presente para a cidade.

A obra não apenas reúne histórias ambientadas em Bom Jesus do Itabapoana; ela reconhece a cidade como cenário de emoções, lembranças e sonhos. Cada conto é um espelho onde o leitor bonjesuense se vê, nas ruas, nas praças, nas paisagens e nos gestos cotidianos de sua gente. Alessandra transforma o que poderia ser apenas um cenário em personagem viva, palpitante, carregada de afetos e significados.

O lançamento do livro, que ocorre no dia 15 de novembro, durante a Expo Comics 2025, no Cinemais, das 9h às 18h, representa mais do que a divulgação de uma obra literária. É um ato simbólico de valorização cultural, pois reafirma a força criadora que emana de Bom Jesus e a importância de ver o próprio município retratado na arte.

Alessandra Abreu, escritora, editora e incansável promotora da cultura local, tem contribuído de forma decisiva para o fortalecimento do cenário literário da região. Ao fundar a Editora Revidreams, publicar autores de diferentes estados e organizar eventos como a FLICbonjê, Feira Literária e Cultural de Bom Jesus do Itabapoana, e a I Arte e Cultura de Bom Jesus, ela constrói conexão entre vozes, gerações e territórios.

Mas com Aventuras na Terra Interiorana, Alessandra faz mais: ela eterniza Bom Jesus nas páginas de um livro, oferecendo às novas gerações o orgulho de ver sua cidade reconhecida como fonte de inspiração e espaço de criação.

O impacto cultural desse gesto é profundo. Quando a literatura se volta para a própria terra, ela não apenas narra, ela afirma identidade. E, em tempos em que tantas pequenas cidades se veem apagadas pelo ritmo apressado do mundo, é comovente perceber Bom Jesus do Itabapoana ressurgindo nas letras, nas vozes e nas histórias de quem nunca deixou de amá-la.

Assim, o livro de Alessandra Abreu é mais do que uma publicação: é um testemunho de amor e pertencimento.

Um convite para que cada leitor bonjesuense olhe ao redor e reconheça, na simplicidade do cotidiano, a grandeza de sua própria terra.

Alessandra Ribeiro: orgulho de Bom Jesus do Itabapoana 


FELIZ DIA 🌹🕊💖, por Rogério Loureiro Xavier

 


Olá 👋 pessoa amiga e do bem. 


*"FELIZ DIA 🌹🕊💖"*

Sabe aquele dia lindo, cheio de coisas boas? 

Pois é... É este que vim te desejar. 

Que Deus nos abençoe nesse dia, e nos faça vencê-lo com força, fé, coragem e gratidão. 

Que nada nos falte, que nada nos atrapalhe, que nada nos desvie daquilo que é pra ser em nossa vida. 

Que a gente saiba ser Paz em meio as batalhas da Vida. 

*"Se tudo na vida fosse só alegria, as pessoas não dariam valor a felicidade. Ás vezes é preciso chorar para sabermos o quanto é bom sorrir, é preciso sentir saudade para saber o quanto gostamos de alguém, quando temos tudo nada parece ter valor. A vida é um antes, um durante e um depois. Por isso, viva hoje, esqueça o ontem e deixe Deus decidir o amanhã!!!"*

*"✍ ... Rogerio Loureiro Xavier"*

"O JOGO DE XADREZ É AQUELE QUE NUNCA PODE FALTAR EM CASA", por Rogério Loureiro Xavier

 


Olá 🖐 pessoa amiga e do bem. 


*"XADREZ"*

Mais do que um jogo, o xadrez é treino para a mente:

• Desenvolve estratégia e raciocínio lógico

• Estimula a concentração e a paciência

• Promove diversão saudável em família ou com amigos

Ter um #xadrez em casa é garantir momentos de desafio, aprendizado e boas risadas. Seja para iniciantes ou mestres, sempre há uma partida esperando!

*"✍️ ... Rogerio Loureiro Xavier"*

Rogério Loureiro Xavier 


Turismo de Aventura, Natureza, Cultura, História e Fé: um novo horizonte para o desenvolvimento de Bom Jesus



Segundo o ministro do Turismo, Celso Sabino, a prioridade do governo federal é impulsionar o turismo de aventura, segmento que vem ganhando força no Brasil e se mostrando um poderoso motor de desenvolvimento. A proposta é clara: gerar empregos, movimentar a economia e fortalecer as comunidades locais, valorizando o que o país tem de mais precioso, sua natureza exuberante, sua cultura viva e sua fé.

O Ministério do Turismo destaca que o turismo de aventura integra o Plano Nacional de Turismo 2024–2027, em sintonia com o programa Conheça o Brasil: Cidades e Natureza. A iniciativa busca diversificar a oferta turística nacional, promovendo experiências sustentáveis que conectem os visitantes à riqueza ambiental, cultural e espiritual das regiões brasileiras.

Nesse contexto, o turismo de aventura e natureza figura como um dos pilares da política nacional de desenvolvimento turístico, ao lado dos segmentos religioso, cultural e histórico, que também têm papel essencial na construção de uma identidade turística ampla e integrada. Juntos, esses segmentos abrem caminhos para experiências autênticas, geração de renda e fortalecimento das economias locais.

Atualmente, o turismo de aventura representa 13% das preferências nacionais em viagens, um número expressivo que reflete o crescente desejo dos brasileiros por experiências ao ar livre, conectadas à natureza e à emoção.

Em nosso município, essa tendência encontra solo fértil. No distrito de Calheiros, a empresa JoCa Aventuras se consolida desde 2021 como referência regional. Especializada em turismo de aventura, oferece atividades como rafting, escalada, trilhas, acampamentos e colônias de férias, experiências que unem adrenalina, convivência e respeito ambiental.

No mesmo distrito, o Instituto Rio Life desponta como um polo de turismo de natureza. Seu entorno abriga a Cachoeira da Fumaça, um espetáculo natural que encanta visitantes e simboliza o potencial turístico da região. O local oferece hospedagem qualificada e um restaurante de cardápio internacional, consolidando-se como ponto de encontro para turistas de diversas partes do estado.

Por outro lado, segundo os dados informados pelo governo federal, o turismo religioso ou espiritual possui 18% de interessados da preferência nacional, enquanto o turismo cultural ou histórico está fixado em 14%. Além das aventuras e paisagens, nosso município preserva riquezas culturais, históricas e religiosas que também encantam quem o visita. As festas tradicionais, as manifestações de fé e o patrimônio histórico local são parte essencial dessa vocação turística que une emoção, devoção e memória.

Importante salientar que, além da empresa JoCa Aventuras, desde 2022, está em funcionamento a empresa USINA DE CULTURA, Produtora de Projetos Culturais e Artísticos, de Bob Flávio, que está promovendo viagens e passeios culturais no municipio, na região, no Brasil e até no exterior. 

Temos informação também da fixação da Quest Turismo e Aventura, de Fernando Xavier de Almeida, realizando tours guiados pelo município.

Todo esse quadro a nível nacional e local traz excelentes perspectivas de desenvolvimento do turismo no município nos segmentos do turismo de aventura e natureza, religioso ou espiritual e de cultura ou história.

Com iniciativas como essas, o município se prepara para um novo ciclo de desenvolvimento. Entre montanhas, rios, museus e igrejas, o turismo surge não apenas como atividade econômica, mas como ponte entre o homem, a natureza e a cultura, um convite à descoberta, à preservação e ao orgulho de pertencer a um território de beleza, fé e potencial únicos.

Imperdível! A Cultura não pode parar em Bom Jesus! Expo Comics 2025 e Roda de Conversa Literária

 


O evento Expo Comics 2025, que contará com uma importante Roda de Conversa Literária, será realizado no Cinemais, na praça Governador Portela, no dia 15 de novembro, das 9h às 18h, em Bom Jesus do Itabapoana.

Durante a programação, a escritora Alessandra Abreu participará da Roda de Conversa e apresentará obras de sua editora, Revidreams, incluindo o livro Quando a Noite Cai: A Profecia. Na ocasião, também será realizado o lançamento de dois livros de sua autoria: As Aventuras de Lico e Gustavo e Aventuras na Terra Interiorana: Contos em Bom Jesus do Itabapoana.

Imperdível!




domingo, 2 de novembro de 2025

Reflexão, por Rogério Loureiro Xavier

 


Olá 🖐 pessoa amiga e do bem. 


*"Reflexão:"*

Quando a vida te desafiar, arregace as mangas e manda ver.

O medo de um momento logo passa e a coragem surge como solução.

Enfrente o desconhecido com desenvoltura de ganhador.

Olhe sempre pra frente pois o que passou já foi.

Nunca lamente o que não conseguiu. Use sempre a frase: o que eu ainda não consegui vou conseguir.

Supere-se sempre. 

Desafie-se.

Queira sempre o melhor.

Não se contente com migalhas.

Seja seu maior fã. 

*"Que cada dia, sinta em seu coração a certeza de que a vida lhe espera de braços abertos, para receber suas expectativas e realizá-las uma a uma."*

*"✍️ ... Rogerio Loureiro Xavier"*

sábado, 1 de novembro de 2025

Adson do Amaral envia poema ao jornal O Norte Fluminense: 93 anos de poesia e luz

 


Adson do Amaral 

Às vésperas de completar 93 anos, o escritor e poeta Adson do Amaral, autor de doze livros e de uma vida inteira dedicada à palavra, residente em Vitória, ES, envia ao Jornal O Norte Fluminense o que chama, com modéstia e ternura, de “meu último poema”. Em sua mensagem ao editor, escreveu:

 “Estou enviando o meu último poema, às vésperas de comemorar 93 anos; se o achar conforme, peço a Vossa Excelência publicá-lo no excelente Jornal O Norte Fluminense. Abraços. Gentileza acusar recebimento. Seu admirador.”

O pedido, singelo e afetuoso, revela a elegância de um autor que, mesmo após quase um século de vida, conserva o brilho sereno da juventude espiritual.

Mas o que se pode dizer de Adson do Amaral, aos 92 anos, agora 93, autor da festejada obra Tributo a Brasília e de tantos outros títulos que enriquecem a literatura brasileira? Talvez que sua poesia seja o reflexo mais puro de uma alma que aprendeu a dialogar com o tempo e a transcendê-lo.

Seu novo poema, intitulado “ALMO”, chega como uma oferenda ao sol da vida e à eternidade da arte. Escrito em versos soltos decassílabos heróicos, sáficos e “adisoninos”, uma marca pessoal de seu estilo, o texto evoca as tradições clássicas de Tomás Antônio Gonzaga, em Cartas Chilenas, e de Olavo Bilac, que também celebraram o idioma e a pátria com fervor e métrica.

Nos primeiros versos, Adson invoca a luz primordial com a força de quem ainda vê beleza no amanhecer:

O ALMO SOL BRASILEIRO!

Ama com fé e orgulho, a terra em que nasceste!”, (Olavo Bilac, em A Pátria)

O SOL ALMO que a vida impulsiona

Em longínquas regiões insinua-se,

Vencendo trevas abissais das fossas

Do infinito entre pedaços de imagens

Geométricas, rútilas ou noturnas,

Que rolam entre colossos siderais

Arcada celeste além aos milhões

Em pelágios fossos do mar sem fim,

Negror do espaço/tempo... infinitos,

Evocando os guerreiros do deus Rá.

Todo o seu grande poema, que será publicado integralmente na edição de novembro do jornal, é uma verdadeira sagração da existência, onde o sol é mais que astro: é símbolo da persistência humana, metáfora da criação e centelha divina que move o verso.

Neste aniversário, celebramos não apenas a idade, mas o renascimento poético de Adson do Amaral, que segue transformando o tempo em arte e a vida em memória.

Que Deus continue o abençoando com os sonhos de poesias, e as poesias de sonhos, que sempre o acompanharam. Que venham novos anos, novas páginas, novos versos, junto à sua digna família, que é seu orgulho e o reflexo da serenidade que construiu com amor e sabedoria.

Parabéns, Adson do Amaral, o poeta que fez do sol o seu espelho. 

A loucura coletiva: a ruína e o caos na Europa e no Brasil

 


A necessidade de combater a loucura coletiva


“Após décadas, a Europa está mais uma vez mergulhada numa loucura coletiva que nos conduz à guerra, à decadência e ao caos”, afirmou Lubos Blaha, vice-presidente do Smer, partido governante na Eslováquia.

Segundo ele, Eslováquia, Hungria e República Tcheca poderiam opor-se conjuntamente às iniciativas da União Europeia em relação à Ucrânia.

“Ações conjuntas por parte daqueles que ainda conservam o bom senso na Europa não são apenas possíveis, mas também prováveis”, declarou o político em entrevista publicada neste sábado.

A questão que se impõe é se essa loucura coletiva, essa decadência e esse caos também não teriam chegado ao Brasil.

A Europa, outrora berço da civilização ocidental e símbolo do progresso humano, vive hoje um período de incertezas e fragmentação. O continente que ergueu impérios, moldou a ciência moderna e ditou o ritmo da cultura global encontra-se mergulhado em um labirinto de crises, econômicas, políticas, sociais e morais. O brilho de suas catedrais e universidades contrasta com o peso de suas contradições contemporâneas.

A decadência europeia não é apenas material, mas também espiritual. As guerras do século XX deixaram cicatrizes profundas que jamais se fecharam completamente, e a promessa de uma união estável, encarnada pela União Europeia, mostra-se cada vez mais frágil diante das tensões internas. A ascensão de nacionalismos, o colapso de valores comuns e o medo diante das ondas migratórias revelam um continente dividido entre a nostalgia do passado e a incapacidade de construir um futuro coeso.

Enquanto as ruas das grandes capitais se tornam palco de protestos e o desemprego corrói a juventude, o velho continente parece ter perdido o sentido de direção. A cultura, antes universalista e humanista, cede espaço à apatia e ao ceticismo. O caos europeu é, em parte, o resultado de sua própria grandeza: o peso da história sufoca a capacidade de renovação.

Entre o esplendor de suas ruínas e o eco de suas contradições, a Europa assiste, perplexa, ao declínio de uma era. Sua decadência talvez não represente o fim, mas sim o prenúncio de uma transformação necessária, uma travessia dolorosa entre a memória gloriosa e a urgência de reinventar-se em um mundo que já não gira ao seu redor.

Mas o alerta que vem da Europa não deve ser ignorado. O Brasil, embora jovem e cheio de potencial, repete muitos dos erros do velho continente: a polarização cega, a degradação moral, o desprezo pelo conhecimento e a erosão das instituições. A sociedade se acostuma ao caos, o ódio se disfarça de opinião, e a ignorância se traveste de virtude. Assim começa toda decadência, não com bombas ou revoluções, mas com o silêncio diante da desordem.

Enquanto a Europa tenta compreender sua própria ruína, o Brasil brinca à beira do mesmo abismo, acreditando que a instabilidade é apenas parte do jogo político. No entanto, a história é implacável com os povos que insistem em ignorar seus sinais. A decadência não acontece de um dia para o outro: ela se infiltra lentamente, nos discursos, nas instituições e nas consciências.

Se nada for feito, se não houver lucidez, coragem e compromisso com a verdade, corremos o risco de assistir, também por aqui, ao mesmo espetáculo de declínio que hoje assombra a Europa. E, quando o caos se instalar de vez, já não haverá culpados, apenas sobreviventes.






A Noite em que Getúlio Vargas Filho Dançou em Bom Jesus

 Quando o Filho do Presidente Veio ao Interior: a visita de Getúlio Vargas Filho a Bom Jesus

Getúlio Vargas Filho, com o filho Getúlio Vargas da Costa Gama no colo, e o pai Getúlio Vargas, em Petrópolis, 8 de março de 1941


                                   O Primeiro Baile

Era noite de São João em Bom Jesus do Itabapoana, em 1940, e o relógio marcava dez horas quando o Palacete do Malvino Rangel se abriu em luz e som. Os salões, já repletos de elegância e perfumes, acolhiam a sociedade bonjesuense em sua mais fina apresentação. Um conjunto musical, reunindo talentos de Campos e da própria terra, embalava a festa com valsas e marchas, enquanto os pares chegavam, envoltos em murmúrios e sorrisos.

                                      A Chegada

O doutor Octacílio de Aquino, sempre cortês, tomou a palavra. Apresentou à distinta plateia o ilustre visitante, o Dr. Getúlio Vargas Filho, que recebeu, entre aplausos e vivas, o calor de uma gente hospitaleira. Então, como que obedecendo ao compasso de um destino solene, formou-se o primeiro par da noite: o jovem doutor e a gentil senhorita Letícia Freitas. Quando começaram a dançar, parecia que o salão inteiro os acompanhava, movido pela cadência da música e pelo encanto daquele instante inaugural.

                                 O Encanto da Festa

O salão principal, adornado com folhagens, respirava o espírito do sertão e do São João. Havia ali um contraste encantador entre a simplicidade rústica da decoração e o requinte dos trajes. As damas, em chitas coloridas que giravam como flores ao vento, e os cavalheiros, de trajes de passeio e gravatas bem postas, davam vida a um quadro de rara harmonia.

Do lado de fora, uma fogueira ardia diante do palacete, lançando fagulhas que dançavam no ar noturno. E, enquanto a música ecoava pelas ruas, parecia que toda a cidade festejava não apenas um visitante ilustre, mas também a própria alegria de viver.

Getúlio Vargas Filho ladeado pelo prefeito José de Oliveira Borges e comitiva, em Bom Jesus do Itabapoana, 24 de junho de 1940

Getúlio Vargas Filho, centro, em 1939, no Rio de Janeiro, ladeado da mãe Darcy Sarmanho Vargas e Alzira Vargas do Amaral Peixoto 

Palacete do Malvino Rangel recepcionou festivamente Getúlio Vargas Filho em 1940


sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Getúlio Vargas: O Filho dos Açores e da Terra Gaúcha

                       As Raízes Açorianas de Getúlio Vargas

Getúlio Vargas com seu filho Getúlio Dornelles Vargas Filho, conhecido como Getulinho, que esteve em Bom Jesus do Itabapoana em 1940, segurando a criança 


Foi o açoriano Francisco Amaro Borba Gonçalves, colaborador do jornal O Norte Fluminense, quem lançou luz sobre um elo esquecido na biografia de Getúlio Vargas: suas raízes açorianas.

A mãe de Getúlio, Cândida Francisca Dornelles, era filha de Serafim Dornelles e Umbelina Dornelles. A família Dornelles era tradicional e descendente de imigrantes dos Açores.

Por outro lado, o sobrenome Vargas, vindo da família de seu pai, Manuel do Nascimento Vargas, também tem origem em antepassados açorianos que imigraram para o Brasil. Um dos primeiros ancestrais da família Vargas no país, Antônio de Vargas, nasceu na ilha do Faial, Açores, em 1737, e emigrou para o Rio Grande do Sul, onde se casou e deixou numerosa descendência.

A migração de açorianos para o Rio Grande do Sul, estado onde Getúlio nasceu, foi um fenômeno marcante no século XVIII. Esses imigrantes compuseram grande parte da população local, e sua cultura deixou marcas profundas na identidade gaúcha.

De um arquipélago moldado por ventos e mares vieram os antepassados que, com fé e coragem, ajudaram a semear nas terras do sul do Brasil um modo de ser que unia devoção, trabalho e senso de comunidade. Desses valores nasceria, muitas décadas depois, um homem que marcaria a história do país.

Getúlio Dornelles Vargas, nascido em São Borja, em 19 de abril de 1882, e morto no Rio de Janeiro, em 24 de agosto de 1954, foi militar, advogado e político. Presidiu o Brasil em dois períodos decisivos: de 1930 a 1945, na chamada Era Vargas, e novamente de 1951 até seu trágico desfecho em 1954.

Entre o poder e o povo, entre a austeridade e o afeto, escreveu um dos capítulos mais intensos da história nacional.

Seu legado é vasto e controverso. Fundou a Companhia Siderúrgica Nacional, a Vale do Rio Doce, a Petrobras e a Eletrobras, pilares da industrialização que transformaria o Brasil rural em uma nação moderna. Criou também o IBGE e o IPHAN, instituições que moldaram a consciência do território e da memória nacional.

Mas, além do estadista, havia o homem. E nesse homem palpitava a herança dos Açores, silenciosa, mas viva, guiando sua conduta, seu senso de dever e sua relação quase paternal com o povo.

1. A Família como Porto Seguro

Desde menino, Getúlio aprendeu que a família é o primeiro e o último abrigo, lição típica das casas açorianas, onde o lar era fortaleza moral e escola de valores.

Cândida Dornelles e Manuel Vargas ensinaram-lhe o respeito à autoridade e à tradição, a disciplina e a palavra empenhada. Mesmo presidente, manteve o costume de buscar o conselho dos irmãos e o afeto dos filhos.

Nos tempos de poder, recordava a simplicidade da infância, como se as vozes do lar ainda ecoassem no Palácio do Catete.

2. O Espírito Comunitário

A alma açoriana é coletiva. Nas festas do Divino, nos mutirões de colheita, nas orações partilhadas, o “nós” sempre falou mais alto que o “eu”.

Essa mentalidade moldou o estadista. Getúlio criou a Consolidação das Leis do Trabalho, o salário mínimo e a Justiça do Trabalho não apenas como políticas, mas como um pacto de solidariedade entre Estado e povo.

Era a velha ética das ilhas: ninguém prospera sozinho.

3. A Fé que Move Montanhas

Nos Açores, a religiosidade é o fio que costura o cotidiano. Getúlio herdou essa fé contida, quase introspectiva, mas firme.

Em seus discursos, evocava Deus, a Nação e o Povo como uma trindade cívica.

Via na moral cristã um eixo de equilíbrio, não apenas para o homem, mas para a nação.

Sua crença não se traduzia em dogmas, mas em uma ética espiritual herdada de gerações que viram no sagrado um norte diante das tormentas.

4. A Terra como Raiz

Filho do interior gaúcho, Getúlio jamais se desligou da terra que o viu nascer.

Em São Borja, entre o cheiro de erva-mate e o vento do pampa, encontrava refúgio e sentido. Retornava sempre que podia ao sítio do Itu, onde o poder dava lugar ao silêncio e à memória.

Era o açoriano reencontrando o chão, o mesmo apego que moveu seus antepassados a cultivar a terra, mesmo quando o mar ainda lhes chamava de volta.

5. O Patriarca e o Povo

A liderança de Vargas tinha algo de paternal, não o pai autoritário, mas o protetor que vela pelos seus.

O título “Pai dos Pobres”, que o acompanhou durante o Estado Novo, nasceu desse sentimento mútuo de dependência e cuidado.

Na sua figura, muitos brasileiros enxergavam o chefe da grande família nacional, herança direta da cultura açoriana, onde a autoridade é também afeto e responsabilidade.

6. Raízes no Atlântico

Mais do que traços biográficos, os gestos e escolhas de Getúlio Vargas revelam uma herança cultural profunda.

Religiosidade, apego à terra, amor à família, senso de justiça e espírito comunitário, valores vindos das ilhas de pedra e vento que se perderam no tempo, mas deixaram marcas no destino de um país continental.

A herança açoriana, discreta e persistente, atravessou oceanos e séculos para se manifestar no homem que buscou unir o Brasil moderno à alma de seu povo.

Seu filho, Getúlio Vargas Filho, esteve em Bom Jesus do Itabapoana em junho de 1940, onde foi recebido festivamente no Palacete do Malvino Rangel por outro açordescendente: o prefeito José de Oliveira Borges.

Assim, a história se entrelaça, pois Bom Jesus do Itabapoana também tem suas origens formadas por açordescendentes.

Getúlio, o gaúcho de São Borja, foi também, de certo modo, um açoriano, moldado pelas ondas, pela fé e pelo desejo de fazer da pátria uma casa comum.

O açordescendente Getúlio Vargas Filho esteve em Bom Jesus do Itabapoana em junho 1940, onde foi recebido por  outro açordescendente, José de Oliveira Borges, prefeito municipal: a casa comum.

Getúlio Vargas Filho foi recebido festivamente no Palacete do Malvino Rangel, em Bom Jesus do Itabapoana 

Vem aí o 10 Encontro das ROSASLINDAS

                                    Por Anselmo Júnior Borges 


A ideia do grupo ROSASLINDAS surgiu de Fernanda Muniz, uma apaixonada por Rosal que os rumos da vida levaram-na para o Centro-Oeste do país. Então, para que o vínculo com a terra permanecesse, criou o grupo de amigas para manter os laços e raízes criados na vila, que foram aprofundados com o comprometimento de cada ROSALINDA, abraçando causas em prol da comunidade rosalense.

Hoje, o grupo possui 14 mulheres empenhadíssimas nesse abraço a Rosal!

Já foram feitas campanhas de alimentos, tendo sido arrecadados mais de 1 tonelada. Em outro momento, no segundo encontro, a campanha foi de arrecadação de agasalhos e cobertores, que também foi um sucesso. E, nos últimos anos, com o grupo cada vez mais forte e unido, a campanha tem sido em prol da centenária Lira 14 de Julho.

Vale destacar que o encontro das Rosaslindas já faz parte do calendário cultural da vila e tem atraído, cada vez mais, visitantes, pois o ambiente é de música de qualidade, comida gostosa e farta, alegria, fraternidade e respeito.


quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Angel Gaia, Luz de Rio das Ostras: a Jovem que Foi Coroada pelas Palavras

 Angel Gaia, a Coroada do Saber

Angel Gaia Alves da Silva Campos Guimarães, 14, a irmã Maya Gaia, 9, e a mãe Dawany Gaia 

A jovem Angel Gaia Alves da Silva Campos Guimarães, de apenas 14 anos, tem um nome extenso, digno de princesas e rainhas.

Aluna da Escola Municipal Agrícola Carlos Maurício Franco, em Rio das Ostras, foi coroada com o Prêmio Literário do Ensino Fundamental – Rio das Ostras, 2ª edição (2025).

Seu texto, “O amor da minha família”, foi publicado em um livro coletivo cujo tema é: “Amor que cuida... Amor que não se esquece.”

Angel escreveu:

 “Minha família tem de tudo um pouquinho. São engraçados, carinhosos, excêntricos, inteligentes, intensos, magníficos e, o mais importante, eles são amorosos, entre outras coisas que não me recordo.”

Logo em seguida, fala da saudade da bisavó, da avó e da mãe, com a doçura de quem compreende que o afeto é o verdadeiro alicerce da vida.

A alegria se instalou no seio da família com essa bela conquista.

O orgulho da mãe, Dawany Gaia, é imenso. Ela entende o valor da cultura na vida da filha e sabe que, num tempo em que tantos jovens se afastam da leitura e da escrita, Angel é uma exceção: é apaixonada por livros, vive cercada por palavras e sonha em ser uma grande escritora.

“Estou feliz por ver minha filha com ideias tão claras, isso será importante para toda a sua vida”, diz Dawany, emocionada.

A alegria é de Angel, de sua mãe, da família inteira, e também das professoras e da escola que a formou.

A Escola Municipal Agrícola Carlos Maurício Franco é exemplo de educação transformadora: aquela que desperta talentos, constrói sonhos e faz florescer o que há de melhor no ser humano.

A educação, afinal, é o motor das grandes mudanças, o alicerce de toda sociedade justa e luminosa.

E, no centro dessa história, brilha Angel, com sua coroa feita não de ouro, mas de palavras, ternura e sabedoria precoce.














A glória da Banda da Usina Santa Maria: a música que uniu operários e administradores em 1962

A única Banda Mista do Brasil em 1962

Em 1962, o Brasil vivia um período de transformações sociais e culturais. No interior fluminense, a Sociedade Musical da Usina Santa Maria destacava-se como um símbolo singular dessa época. Formada por operários e administradores, era, segundo registro do jornal O Norte Fluminense, a única corporação musical mista do país naquele momento.

A notícia, publicada em 30 de setembro de 1962, relata que o desfile da Banda na parada de 7 de setembro, em Campos dos Goytacazes, foi o ponto alto das comemorações da Independência. A corporação também se apresentou em Calheiros, Rosal e Carabuçu, levando sua música a diferentes localidades e reforçando o prestígio da Usina Santa Maria na região. Além disso, foi convidada a se apresentar em São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Guanabara.

A iniciativa partiu do industrial Jorge Pereira Pinto, movido por um notável espírito público e pelo desejo de integrar a comunidade de trabalhadores e dirigentes da usina. Sob a regência do Maestro José Primo, a banda consolidou-se como expressão de harmonia social e cultural, reflexo de uma época em que o trabalho e a arte podiam caminhar juntos.

O registro do O Norte Fluminense, jornal fundado por Ésio Bastos em 25 de dezembro de 1946, revela não apenas a relevância da Banda, mas também o papel histórico do próprio periódico. Há quase oito décadas, o jornal cumpre a função de documentar a vida política, social e cultural de Bom Jesus e região, tornando-se fonte indispensável para pesquisadores e cidadãos interessados em compreender a formação histórica local.

O exemplar que traz essa notícia integra o acervo do Espaço Cultural Luciano Bastos, instituição que preserva e disponibiliza a memória impressa da região. Graças a esse trabalho de guarda e pesquisa, é possível revisitar momentos marcantes como o da Sociedade Musical da Usina Santa Maria, cuja existência simboliza a união entre o progresso industrial e a sensibilidade artística.

A trajetória dessa banda e o registro do jornal reafirmam a importância da preservação documental como forma de manter viva a consciência histórica e crítica de uma sociedade.

Mais do que lembrar um fato, a notícia de 1962 nos recorda que cada som, cada gesto e cada palavra impressa têm o poder de atravessar o tempo, transformando o passado em memória e a memória em patrimônio.

Jornal O Norte Fluminense. 30 de setembro de 1962 (acervo do Espaço Cultural Luciano Bastos)


quarta-feira, 29 de outubro de 2025

GOTTA é destaque na XII Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

 



Celebramos uma conquista especial: o grupo teatral infantil de Campos dos Goytacazes GOTTA, Grupo de Textos Terra de Alegria, foi reconhecido como um dos melhores projetos do primeiro segmento do Ensino Fundamental I, durante a XII Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de Campos dos Goytacazes.

A iniciativa foi apresentada a convite da presidente da Academia Brasileira de Belas Artes e da Sociedade da Cultura Latina do Estado do Rio de Janeiro, Zélia Maria Fernandes da Silva, em um encontro que uniu arte, literatura e o poder transformador da educação.

O projeto nasceu do desejo de incentivar a leitura e a expressão artística das crianças, por meio da contação de histórias e da poesia. A proposta culminou no lançamento do livro Antologia Poética, em que 17 crianças do Projeto GOTTA deram vida às palavras, e nove delas tomaram posse como membros ativos dessa jornada literária.

O lançamento do livro é, para o grupo GOTTA, um sopro de encantamento e realização. É ver as histórias e poesias ganhando asas, saindo das rodas de contação e voando rumo ao coração de novos leitores. Cada página lançada é um pedaço de um sonho coletivo: um mundo onde ler é encantar-se, onde o livro é portal e não apenas objeto, onde a palavra é ponte que liga infância e imaginação.

Nesse universo, contar histórias e declamar poesias é mais que atividade, é descoberta. É o instante em que cada criança percebe que sua voz, seu olhar e seu canto têm o poder de transformar.

Parabéns, Simone Jardim, notável diretora do  grupo  GOTTA, por levar a cultura a tantas crianças e jovens, construindo novas gerações cultas, sensíveis e humanizadas.






 


29 DE OUTUBRO: DIA NACIONAL DO LIVRO


 

(dia da fundação da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, em 29/10/1810)

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DO ESTÍMULO DE ESCREVER AO ESTILO DE IMPRIMIR

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“O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado.” (MÁRIO QUINTANA, poeta brasileiro)

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O mundo ainda vai demorar bastante tempo para descobrir um outro suporte tão mágico e encantador quanto o livro. Se descobrir.

Falam em livro eletrônico (“e-book”) -- mas ele não substitui o prazer do toque, do tato, contato. Observe no leitor, nas livrarias e bibliotecas, bancos de praça ou escolares, os gestos comedidos ou relaxados, soltos ou estudados, ao pegar, ao abrir, ao folhear o livro. Repare o declinar dos olhos, o menear da cabeça... Bosquejo de ritual. Rascunho de rito. Esboço de liturgia.

Falam em livros na Internet, mas isso não é o mesmo que um livro na rede -- na rede de embalar, de balançar e balouçar, estirada na varanda na fazenda, pendurada próxima à janela no apartamento.

Na soleira do casebre, no jardim da mansão, uma pessoa com um livro é quase igual àquela outra pessoa com um livro: ambos frequentam o mesmo mundo -- o mundo da leitura, onde se dá a leitura do mundo e, quem sabe, sua (re)construção. Literária/mente e, vezes muitas, literal/mente.

Todos escrevem. Se não com a pena no papel, com os olhos, com o coração, imprimindo na infinita tela da mente o que foi gravado no imensurável da imaginação.

Todos escrevemos. O estudante que escreve é também um escritor -- ou escrevente -- que estuda.

Parabéns a todos que, do estímulo de escrever ao estilo de imprimir, pilotam voos de imaginação e andam pelos caminhos da realização.

EDMILSON SANCHES

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CURSOS - PALESTRAS – CONSULTORIA

Administração – Biografias - Comunicação - Desenvolvimento - História – Literatura - Motivação

ENTRE EM CONTATO: edmilsonsanches@uol.com.br

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terça-feira, 28 de outubro de 2025

Os Ipês de Jardim da Praça Amaral Peixoto

 



Os Ipês de Jardim floresceram novamente na Praça Amaral Peixoto. E merecem um destaque só deles, por tudo o que são, pela alegria, o colorido e a beleza que emprestam à praça. Juntos, compõem um belo quadro com a fachada amarelada do Espaço Cultural Luciano Bastos, o antigo Colégio Rio Branco.

O Ipê de Jardim está sempre florido, às vezes com mais intensidade, às vezes com menos, mas sempre florido. Tornou-se um emblema da praça, que mesmo após tempos difíceis, reencontrou seu encanto. É também um símbolo do velho Colégio Rio Branco, transformado hoje no florido Espaço Cultural Luciano Bastos.

Luciano Bastos, saudoso, tinha um carinho especial por aquele espaço. No Dia da Árvore de 1979, fez questão de celebrar a data plantando uma muda, gesto simples e poético, que hoje parece ter florescido junto com os ipês.

E que novo espetáculo será quando o chão ficar coberto de amarelo! As pétalas espalhadas pelo piso formarão um tapete luminoso, encantando os olhos de quem sabe contemplar a essência da natureza.

O Ipê de Jardim floresce quase o ano inteiro. Ilumina, alegra, colore o caminho de quem passa. Há quem diga que é a árvore mais linda que existe, e talvez seja mesmo.

É uma alegria ver as árvores da Praça Amaral Peixoto sendo cuidadas com tanto zelo. Pequenas joias vivas que transformam o espaço público em poesia. 

A Praça Amaral Peixoto é como o jardim de nossa casa. Inspira-nos a amar a vida, a amar as flores, e a manter, dentro de nós, o nosso próprio jardim sempre florido.

 
Luciano Bastos plantou árvore na praça Amaral Peixoto em 1979 (arquivo: Espaço Cultural Luciano Bastos)

 


 




"Verdadeiros Amigos", por Rogério Loureiro Xavier

 


Olá 🖐 pessoa amiga e do bem. 


*"Verdadeiros Amigos"*

A vida é como uma festa. Você convida um monte de gente, alguns saem cedo, alguns ficam a noite toda, alguns riem com você, alguns riem de você, e alguns chegam muito tarde, mas no final, depois da diversão, alguns ficam para te ajudar a limpar a bagunça. E na maioria das vezes, nem são eles que fazem a bagunça. Essas pessoas são seus verdadeiros amigos na vida.

*"AMIGOS, DEIXO PRA VOCÊS O MELHOR DE MIM." *"RLX"*

*"✍️ ... Rogerio Loureiro Xavier"*

segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Oficina de Criação Literária

 


O Fascismo da Virtude: à Direita e à Esquerda


Influenciadora Aline Bardy Dutra Reprodução/Instagram

Segundo noticiam os jornais, a influenciadora Aline Bardy Dutra, conhecida nas redes como Esquerdogata, foi presa em Ribeirão Preto, acusada de injúria racial contra policiais militares.

As imagens que circularam na internet mostram uma cena que, à primeira vista, parece apenas mais um confronto entre autoridade e cidadão. No entanto, há nela um símbolo do tempo em que vivemos.

Enquanto grava a abordagem policial, a mulher ergue o celular como se fosse um cetro, o emblema moderno do poder. Pergunta quantos seguidores os policiais têm, ostenta o número de um milhão e os chama de fascistinhas. Ocorre que os policiais também realizam a filmagem, como prova da correção da ação.

Logo em seguida, a influenciadora é algemada, colocada no camburão e levada à delegacia. Autuada por desacato, resistência e preconceito, foi libertada após audiência de custódia.

Mais tarde, em nota, o advogado afirmou que ela se sente constrangida, quer pedir desculpas e reconhece os excessos. E a história segue seu curso, mas não sem deixar marcas.

Vivemos um tempo em que o número de seguidores é confundido com o peso da verdade, e a popularidade com poder.

A figura do influencer, esse personagem da era digital, acredita, por vezes, poder moldar o mundo pela força do próprio reflexo. A câmera vira espelho, e o espelho se transforma em trono.

Mas há uma fronteira que a vaidade não enxerga: a do respeito.

E a realidade, sempre irônica, insiste em desafiar as teorias.

Neste caso, não foi a instituição militar o alvo mais ferido, e sim a própria imagem da influenciadora.

Diante da câmera, ela se viu refletida, e o reflexo revelou um paradoxo.

Em nome de uma história de luta por igualdade, respeito humano e social, cometeu o mesmo tipo de ofensa que dizia combater.

A própria influenciadora afirmou que os policiais militares não possuem consciência de classe. Foram suas palavras:

“Você não tem consciência de classe, você não tem o direito de me prender.

"Minha sandália vale o carro de vocês"

'Vai tomar no seu ... "

"Você não tem ensino superior completo"

"Você nasceu no Quintino?"

No calor da autoconfiança digital, profetiza:

 “Isso vai me fazer deputada federal, você sabia disso, né?” "Militante presa vai virar deputada federal.”

O episódio escancara uma verdade incômoda: se existe um fascismo de direita, há também um fascismo de esquerda, aquele que, travestido de justiça, recorre à mesma intolerância, à mesma soberba, ao mesmo impulso de humilhar.

Ambos brotam da mesma semente: a incapacidade de reconhecer o outro como igual.

A verdadeira disputa do nosso tempo não está entre direita e esquerda, nem entre fascistas e antifascistas autoproclamados.

Está entre os que, diariamente, agem com autoritarismo sob a máscara da virtude, e os que querem uma transformação verdadeira da sociedade, e que constroem essa mudança especialmente com a vida que levam: uma vida com simplicidade, sem precisar de palcos ou curtidas, apenas buscando ser inteiramente o que são.

O espelho, afinal, nunca mente.

Ele apenas devolve o que está diante dele.


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Alexander Dugin: O conflito ucraniano foi provocado pelos globalistas; a Rússia é um obstáculo para eles como civilização.

 

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Aleksandr Dugin

Segundo o filósofo e cientista político russo Alexander Dugin, o Ocidente trava uma guerra sempre que sente o avanço de polos soberanos, mas essa resistência é a agonia de um mundo unipolar. Neste episódio de "Conversando com Correa", discutimos por que a Ucrânia é um instrumento no jogo globalista, quão possível é um tratado de paz entre a Rússia e a Ucrânia e se isso dependeria de Trump. Também discutimos a Quarta Teoria Política e se ela seria apropriada para a civilização latino-americana.

No novo episódio de "Conversando com Correa", o ex-presidente equatoriano entrevista o filósofo e cientista político Alexander Dugin, conhecido por sua visão eurasiana e quarta teoria política . O pensador russo afirma que o mundo ocidental deve ser privado do direito de impor um modelo universal de teoria política e acredita que o povo latino-americano, assim como os russos, deve buscar seu próprio modelo de visão política.

Dugin compartilhou com o ex-presidente equatoriano suas observações sobre o conflito russo-ucraniano, que ele considera um "confronto entre a Rússia e o Ocidente coletivo", provocado por nações ocidentais devido a diferenças ideológicas com Moscou. "O Ocidente não aceitou a Rússia em sua civilização porque via uma diferença em relação à civilização ocidental", explica.

Ele argumenta que a expansão da OTAN e a integração de algumas antigas repúblicas soviéticas ao " sistema ocidental hostil à Rússia " desencadearam o conflito, que, em sua opinião, "é simplesmente impossível de parar" enquanto houver um país na Eurásia — onde vivam pessoas com cultura e tradições russas — que seja "radicalmente" oposto à Rússia.

Sobre a ideia de encerrar o conflito partindo do princípio de que Kiev promete nunca aderir à União Europeia ou à OTAN, o pensador russo ressalta que não se pode confiar na Ucrânia e no Ocidente , pois eles já quebraram suas promessas e violaram acordos.

"Enquanto houver potencial para a Ucrânia se tornar o que é hoje — ou seja, uma formação antirrussa e radicalmente nacionalista — as dúvidas permanecerão", argumenta Dugin, explicando a necessidade da Rússia de garantir que a Ucrânia não seja uma ameaça "até que haja um presidente pró-Rússia ou um presidente neutro" com quem possa construir e manter relações. "É por isso que, infelizmente, acredito que não há confiança na Ucrânia."

Um mundo multipolar

Correa lembra que, após a queda do Muro de Berlim, o acadêmico Francis Fukuyama declarou o "fim da história ", afirmando que o mundo caminharia em direção a um "estado homogêneo universal ". Esse conceito, introduzido anteriormente pelo filósofo Alexandre Kojève, era "basicamente um sistema de democracia liberal e capitalismo liberal de consumo", observa o ex-presidente.

Duguin explica que Kojève se baseou em Hegel para desenvolver seu conceito, mas ressalta que para o filósofo alemão o "fim da história" era o Estado, enquanto para Kojève e Fukuyama era a criação de uma sociedade civil e "esse é certamente o problema" , já que Hegel "entendeu perfeitamente" que uma sociedade civil é uma "fase temporária" a ser seguida pela criação de mega-Estados com uma ideia e visão de mundo específicas, que " competiriam entre si para ver qual ideia é mais fundamental, mais universal".

O acadêmico russo acredita que o que está acontecendo hoje no "mundo multipolar", como o surgimento dos BRICS, é uma evidência de que "os Estados-civilização serão os verdadeiros polos do mundo multipolar ". Segundo ele, esses "novos atores nas relações internacionais", que não são mais Estados-nação como eram antes, mas "civilizações emergentes ", são a prova de que "a previsão de Fukuyama de que o mundo se moveria em direção a um Estado universalmente homogêneo falhou ".

Nesse sentido, Dugin nos exorta a " negar ao Ocidente , especialmente ao Ocidente liberal, ao Ocidente como tal, o direito ao universalismo ". Para o filósofo russo, em um mundo multipolar, todas as civilizações devem compartilhar "o direito de ter seus próprios valores " e "seguir seu próprio caminho". O professor enfatiza que valores universais atualmente não existem e que "o que hoje é um exemplo de valores universais é um modelo colonial de expansão da cultura ocidental".

Do ponto de vista de Dugin, a civilização latino-americana , semelhante à da Rússia, China e Índia, também deve desenvolver "sua própria teoria política ", que advém de sua cultura. Tal teoria "certamente não coincidirá com a da Rússia, China ou Islã", mas sim "será um produto da livre imaginação política ", constituindo "seu próprio modelo de visão de mundo", conclui o pensador russo.