sábado, 30 de abril de 2022

Mostra de Filmes Documentários sobre Bom Jesus foi um sucesso!

Adilson Figueiredo e o público presente no Espaço Cultural Cafézin, para assistir à inédita Mostra de Filmes Documentários sobre Bom Jesus do Itabapoana

 

A inédita Mostra de Filmes Documentários sobre Bom Jesus do Itabapoana, no Espaço Cultural Cafézin, idealizada por Adilson Figueiredo, foi um grande êxito.

No dia 28 de abril, ocorreu a estreia 
com a apresentação do inédito "O Alferes", de Frederico Sueth, a respeito do Alferes Francisco da Silva Pinto, considerado o fundador de Bom Jesus.

No dia 29, houve a apresentação do documentário "Rosal, Utopia e Realidade em Harmonia", também de Frederico Sueth.

No dia 30 de abril, ocorreu o lançamento do inédito "A OUTRA MARGEM", dirigido por Philip Johnston e com Produção Executiva de Rocio Salazar, do Rio de Janeiro. Gino Martins Borges Bastos é o Produtor Associado e André Luiz de Oliveira o Assistente de Produção. As filmagens foram realizadas no distrito de Calheiros.  Ocorreu também a exibição do documentário sobre os "Carnavais de Bom Jesus", com a mesma direção.

A Mostra foi encerrada no dia 1o. de maio, às 17h, com chave de ouro, com a apresentação do documentário " I taba poana", de Frederico Sueth.

Deve-se assinalar a presença de jovens da SALT (Sociedade de Amparo ao Menor Luizinho Teixeira), dirigida por Jussara Miranda.

O Espaço Cultural Cafézin foi fundado pelo gênio de Adilson Figueiredo, e conta com Martha Salim como Gerente Cultural.

O público marcou presença durante todos os dias, indicando o sucesso deste grande evento, que teve o apoio do jornal O Norte Fluminense.

Frederico Sueth apresentou três importantes documentários que atraíram a atenção do público 






Rosal retornando ao seu esplendor.

 

Lira 14 de Julho comemorará 100 anos com programação de gala


                        Anselmo Junior Borges Nunes



Após longo tempo sem atividades, com a melhora na situação pandêmica na região, eventos religiosos e culturais retomam novo ânimo no distrito de Rosal. 

Os tradicionais leilões no mês de maio em prol da Capela Sant’Ana retornarão nesse próximo domingo, dia 01/05, após a Missa. E a Lira 14 de Julho tem realizado seus ensaios todos os finais de semana e embalado os corações rosalenses que vivem a expectativa do jubiloso centenário.

Tal comemoração acontecerá entre os dias 14/07 a 16/07, e terá uma programação bem extensa, com alvorada e café da manhã, missa e culto em ação de graças, retretas, exposição fotográfica e um grande encontro de bandas que será encerrado com a apresentação de um grupo musical muito  famoso.



Rafting do Trabalhador no Rio Life


 

quinta-feira, 28 de abril de 2022

ASSIM É TERESÓPOLIS



Wilma Martins Teixeira Coutinho


Teresópolis tem sua beleza

E a sua meninice

Por mais idade que tenha

Nunca aparece sua velhice!


Sua brisa que é constante

Refrigerando no Verão 

Nosso Inverno se junta

Numa doce união 


Suas Estações mui amigas

Que estão sempre unidas

Se faz calor não é muito

Trás charme á mulher bonita


Suas echarpes coloridas

Trás elegância constante

E no quentinho do agasalho

Despertam os amantes!

SEMANA DO LIVRO EM MIMOSO DO SUL

 A Academia MARIA ANTONIETA TATAGIBA - Artes - História - Letras, no Sítio Histórico de São Pedro do Itabapoana, em Mimoso do Sul/ES, parabeniza a Secretária Municipal de Cultura, Andréa Lima e sua Equipe, pela realização da SEMANA DO LIVRO EM MIMOSO DO SUL, de 25 a 29 de abril de 2022, na Biblioteca LEONOR PEREIRA CHEIBUB, no Municipal Lítero Clube.

Na oportunidade, expressa sua confiança no sucesso da nova gestão da Cultura em Mimoso do Sul, município tão rico em suas manifestações culturais.

Dr Pedro Antônio de Souza

Presidente da Academia



 Escritor e Advogado Dr Jonathas Wandermuren, Ex Deputado Estadual e Ex Vice-governador do ES Dr Carlos Alberto Cunha, Prefeito Municipal de Mimoso do Sul Peter Costa, Secretaria Municipal de Cultura Andréa Lima e Vice-prefeito e Secretário Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e Econômico Paulinho Barros, presentes na Abertura da SEMANA DO LIVRO EM MIMOSO DO SUL.

quarta-feira, 27 de abril de 2022

A Festa do Divino. Época das colheitas. Nova era. Igualdade. Prosperidade. Abundância.

 


Origem com Dona Isabel de Aragão, por volta de 1320.

Essas celebrações aconteciam cinquenta dias após a Páscoa, comemorando o dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo desceu do céu sobre a Virgem Maria e os apóstolos de Cristo sob a forma de línguas como de fogo, segundo conta o Novo Testamento. Desde seus primórdios, os festejos do Divino, realizados na época das primeiras colheitas no calendário agrícola do hemisfério norte, são marcados pela esperança na chegada de uma nova era para o mundo dos homens, com igualdade, prosperidade e abundância para todos.

A devoção ao Divino encontrou um solo fértil para florescer nos territórios portugueses, especialmente no arquipélago dos Açores. De lá, espalhou-se para outras áreas colonizadas por açorianos, como a Nova Inglaterra, nos Estados Unidos da América, e diversas partes do Brasil.

"Berços e túmulos", por Octacilio de Aquino

 

Octacilio de Aquino 

Discurso de Octacílio de Aquino, discípulo de Padre Mello,por ocasião de sua morte em 13 de agosto de 1947.

"Mas a sua projeção na vida bonjesuense, foi, antes de tudo, a do sacerdote. Foi aí, à frente da Igreja Católica, que o Reverendo Padre Mello pode encontrar o caminho dos nossos corações. Foi ele o guia espiritual da nossa sociedade, influindo decisivamente na formação moral dos que aqui olharam pela primeira vez a luz do sol, ajudando-nos a enterrar os primeiros mortos queridos, no começo destes quase cinquenta anos que hoje se encerram, e ainda muito recentemente embalando, com as bênçãos da religião, através da pia batismal, os derradeiros berços, os berços da geração que ora desponta.


E neste dia de amarguras para todos nós, são as promessas risonhas destes berços e são as vozes imensas daqueles túmulos, as esperanças do presente e as sombras do passado, que se apresentam, juntando-se às vozes de todas as famílias, acompanhando conosco as homenagens de respeito, de admiração e de reconhecimento profundo ao vulto preclaro da nossa cristandade, que tanto fez pôr nossa terra e pôr nossa gente".

terça-feira, 26 de abril de 2022

Açores em Viana. 53 famílias em 1813

 O município de Viana foi fundado por imigrantes do arquipélago de Açores, conjunto de ilhas de Portugal, no ano de 1813. Há 209 anos, portanto!  Foram comandados por Paulo Fernandes Viana. Chegaram em 1812.

Foram 53 famílias.

Por essa relação tão próxima com o arquipélago, um projeto de intercâmbio cultural e histórico com parceria entre a Universidade de Açores, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes) e a Prefeitura de Viana será desenvolvido no município.

Viana foi o primeiro povoamento organizado de forma sistemática no Espírito Santo.

 Profª Fabiene Passamani Mariano 

Viana é fruto de um novo momento para o Brasil – período em que a Colônia teve sua posição elevada de Vice-Reino a Reino Autônomo. Isso se deu após a chegada da Família Real e da Corte ao Rio de Janeiro. A partir daí, adotou-se uma nova perspectiva para a ocupação: o povoamento

Infelizmente, não localizamos, nos acervos estaduais, documentos com informações mais detalhadas, como a procedência dos imigrantes em relação à Ilha de origem,[21] e a indicação dos navios[22] e portos pelos quais eles embarcaram ou desembarcaram, tanto nos Açores, quanto em outras capitanias do Brasil.

Paulo Fernandes Viana. Governador Rubim.

1813. Fundação de Viana. 53 famílias de imigrantes açorianos.

Profª Fabiene Passamani Mariano


Festa do Divino. Identidade cultural dos Açorianos.

segunda-feira, 25 de abril de 2022

“Canta tua aldeia e cantarás o mundo”

 

Leon Tolstoi

“Canta tua aldeia e cantarás o mundo" 

Leon Tolstói

Vitorino Nemésio, açorianidade e Manuel Ignácio da Silveira

 

Vitorino Nemésio

Manuel Ignácio da Silveira nasceu na freguesia da Candelária, ilha do Pico, no dia 1o. de outubro de 1811. Chegou ao Rio, por volta de 1834. Se estabeleceu na região de Piraí.

Casa Vitorino Nemésio localiza-se na freguesia de Santa Cruz, concelho da Praia da Vitória, na ilha Terceira, nos Açores, onde nasceu.


Praia da Vitória é uma cidade portuguesa localizada na parte leste da ilha Terceira


poeta, romancista, cronista, académico e intelectual português 


Três tipos fundamentais entre seus conterrâneos:

" O de São Miguel é o que levanta a enxada mais alto e a crava mais fundo na terra".

O habitante da ilha Terceira, que recebeu influência francesa e dos espanhóis, entre 1580 e 1640, é o mais amável e festeiro.

Segundo Vitorino Nemésio, "o picoense trabalha na vinha e na horta, mas está sempre pronto para saltar à canoa, à caça da baleia" (Vitorino Nemésio).

O conceito de Açorianidade

O conceito de "açorianidade" foi definido por Nemésio em 1932 e, desde então, foi amplamente divulgado em contextos bem diferenciados, desde estudos de âmbito literário a intervenções de ordem política. Naquele ano, por ocasião do V Centenário do Descobrimento dos Açores, afirmou:

"(...) Quisera poder enfeixar nesta página emotiva o essencial da minha consciência de ilhéu. Em primeiro lugar o apego à terra, este amor elementar que não conhece razões, mas impulsos; e logo o sentimento de uma herança étnica que se relaciona intimamente com a grandeza do mar.
Um espírito nada tradicionalista, mas humaníssimo nas suas contradições, com um temperamento e uma forma literária cépticos, - o basco Baroja, - escreveu um livro chamado Juventud, Egolatria 'O ter nascido junto do mar agrada-me, parece-me como um augúrio de liberdade e de câmbio'. Escreveu a verdade. E muito mais quando se nasce mais do que junto do mar, no próprio seio e infinitude do mar, como as medusas e os peixes (...)
Uma espécie de embriaguez do isolamento impregna a alma e os actos de todo o ilhéu, estrutura-lhe o espírito e procura uma fórmula quási religiosa de convívio com quem não teve a fortuna de nascer, como o logos, na água (...)
(...) Meio milénio de existência sobre tufos vulcânicos, por baixo de nuvens que são asas e bicharocos que são nuvens, é já uma carga respeitável de tempo - e o tempo é espírito em fieri (...)
Como homens, estamos soldados historicamente ao povo de onde viemos e enraizados pelo habitat a uns montes de lava que soltam da própria entranha uma substância que nos penetra. A geografia, para nós, vale outro tanto como a história, e não é debalde que as nossas recordações escritas inserem uns cinquenta por cento de relatos de sismos e enchentes. Como as sereias temos uma dupla natureza: somos de carne e pedra. Os nossos ossos mergulham no mar.
Um dia, se me puder fechar nas minhas quatro paredes da Terceira, sem obrigações para com o mundo e com a vida civil já cumprida, tentarei um ensaio sobre a minha açorianidade subjacente que o desterro afina e exacerba."[14]

Posteriormente, em 1975, em quatro novos textos[15] publicados no Diário Insular, o mesmo foi retomado e aprofundado. É o próprio Nemésio que recorda:

"Outro sintoma linguístico da impulsividade afirmativa dos Açores como etnia ou espaço geográfico originais está no emprego da palavra 'açorianidade'. Quem escreve estas linhas passa por inventor desse vocábulo, há bons quarenta anos. Luís Ribeiro, o insigne etnógrafo e jurisconsulto açoriano de 'Os Açores de Portugal' - opúsculo de grande valia, pela posição de contraste, para o emancipalismo de hoje - foi um dos que generosamente me 'patentearam' por tão pobre criação vocabular. Porque lia então muitos ensaístas espanhóis, incluindo o clássico Pi y Margall de 'Las nacionalidades', decalquei sobre 'hispanidade e argentinidade' (Unamuno) o meu 'açorianidade' ".[16]

domingo, 24 de abril de 2022

*"Integrante da Sociedade Musical Lira da Esperança - Laje de Muriaé."*, por Rogério Loureiro Xavier

 Olá 👋 pessoa amiga e do bem. 


*"ARTHUR"*


Arthur Pinto Gabetto, filho de minha prima Maria Francisca Xavier Pinto Gabetto. Mais um Xavier se destacando no campo musical de nossa família Xavier. 






Dessa vez Arthur está tocando o Bombardão. Seu instrumento musical é o trompete (pistão/pistom). A banda estava sem o tocador do bombardão e foi pedido a ele pra tocar até a formação de outro músico.


A Tuba/Bombardão Michael WBBM40N é um instrumento de graves firmes, robustos e imponentes, além de ótima qualidade na pulsação musical.


O trompete ou trombeta é um instrumento musical de sopro, da família das percussões,dos metais (o trompete é o que produz o som mais agudo da família), caracterizado por instrumentos de bocal, geralmente fabricados de metal. É também conhecido como pistão (pistom, por metonímia).


✍ ... amigo Roger LX

O AMOR

 


Wilma Martins Teixeira Coutinho


Cada beijo que te dou

Aquece meu coração 

De tanto beijo roubado 

Ele entrou em erupção 


O amor é um Vulcão 

Que só o carinho ameniza

É uma ternura sem fim

Sem ele o coração agoniza


Já diz o Poeta em versos

Em noites de serenata:

Meu amor minha amada 

Me ama não seja ingrata!

sábado, 23 de abril de 2022

Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal!

 

Fernando Pessoa


Ó mar salgado, quanto do teu sal

São lágrimas de Portugal!

(Mar Português)

Sobre a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia

 

Eca de Queiroz

"Sobre a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia" -

Antero de Quental a Castilho


 Diferença de 42 anos.
Nascimento18 de abril de 1842
Ponta Delgada, ilha de São Miguel, Açores

Cesse tudo o que a Musa antiga canta, Que outro valor mais alto se alevanta



Camões

"Cesse tudo o que a Musa antiga canta, 

Que outro valor mais alto se alevanta.“ 

Luís Vaz de Camões, Os Lusíadas


Fonte: https://citacoes.in/citacoes/1949873-luis-vaz-de-camoes-cesse-tudo-o-que-a-musa-antiga-canta-que-outro-v/

quinta-feira, 21 de abril de 2022

Mostra inédita de documentários agitará Bom Jesus

Filme inédito, produzido por Philip Johnston e Rocio Salazar, do Rio de Janeiro, será apresentado no Espaço Cultural Cafézin, no dia 30 de abril, às 19h, dentro da Mostra de Documentários Bonjesuenses

 
Terá início no dia 28 de abril, a partir das 19h, no Espaço Cultural Cafézin, uma inédita Mostra de Documentários sobre Bom Jesus que prosseguirá até o dia 1o. de maio.

A apresentação de estreia será "O Alferes", de Frederico Sueth, a respeito do Alferes Francisco da Silva Pinto, considerado o fundador de Bom Jesus.

No dia 29, no mesmo horário, será a vez do documentário "Rosal, Utopia e Realidade em Harmonia", também de Frederico Sueth.

No dia 30 de abril, às 19h, ocorrerá, o lançamento do inédito "A OUTRA MARGEM", dirigido por Philip Johnston e com Produção Executiva de Rocio Salazar, do Rio de Janeiro. Gino Martins Borges Bastos é o Produtor Associado e André Luiz de Oliveira o Assistente de Produção. As filmagens ocorreram no distrito de Calheiros. Em seguida, ocorrerá a apresentação do documentário sobre os "Carnavais de Bom Jesus", com a mesma direção.

No dia 1o. de maio, às 17h, a Mostra será encerrada  com a apresentação do documentário " I taba poana", de Frederico Sueth.

O evento possui o apoio do jornal O Norte Fluminense.

O Espaço Cultural Cafézin, onde funciona a Escola de Artes e a Biblioteca de Arte e Cultura Profa. Alcione Junger Vieira Figueiredo, foi idealizado pelo gênio bonjesuense Adilson Figueiredo, e conta como Gerente Cultural, Martha Salim.

Trata-se de um ambiente precioso, que está revolucionando a cultura da região.


TIRADENTES NO VALE DO RIO NOVO: _a Liberdade passou por aqui

 

Tela memorável da artista Fânia Ramos,  de Rio Novo (MG)


"Em 19 de julho de 1781, oito anos antes de sua prisão, Tiradentes recebeu do governador da Capitania de Minas Gerais, D. Rodrigues José de Menezes, a incumbência de construir um caminho 'que cortasse a capitania para leste, atravessando o sertão bruto, onde alguns moradores já se estavam instalando'.


Aberta a picada para Rio Novo, Tiradentes aqui esteve cumprindo sua missão de comandar e fiscalizar as ocorrências próximas ao Caminho Novo, elaborando relatórios ao governador da Capitania.


O novo governador da Capitania, Luiz da Cunha Menezes, pela Portaria de 16 de abril de 1784 determinou que Tiradentes acompanhasse o sargento-mor Pedro Afonso Galvão de São Martinho aos 'sertões da parte leste da Capitania, denominados áreas proibidas'. Galvão de São Martinho foi o chefe da expedição, mas como o governador queria conhecer os aspectos da região determinou que também seguisse o alferes Joaquim José da Silva Xavier em razão da sua 'inteligência mineralógica'. Desejava o governador ter 'um conhecimento físico da sua verdadeira situação e da sinuosidade do terreno'."


*Fonte:* Fundação João Pinheiro. Plano Diretor de Uso e Ocupação do Solo do Município de Rio Novo. Belo Horizonte: outubro de 2002.

quarta-feira, 20 de abril de 2022

QUANDO EMIGRAR É PRECISO!



Francisco Amaro Borba Gonçalves


Tornou-se-me muito curioso o fato de ter conhecido vários e importantes detalhes sobre a história da cidade fluminense de Bom Jesus do Itabapoana.

Como imigrante português das ilhas do Arquipélagos dos Açores, fiquei surpreso na referida cidade com os minuciosos registros, salientando muitos relevantes "colonos" de origem açoriana que ali desenvolveram suas vidas, assim como o desempenho de seus descendentes que, nos dias de hoje, estão fazendo um trabalho sério de pesquisa, para resgatar a história maravilhosa da cidade e do Vale do Itabapoana. São estes pertencentes às famílias de nome Borges, Seródio, Rezende, Silveira, Dutra, e, provavelmente, algumas mais. 

Algo surpreendente foi conhecer uma grande parte do estupendo legado de um imigrante especial, de nome Antônio Francisco de Mello, nascido nos Açores, na ilha de São Miguel. Sua passagem por Bom Jesus do Itabapoana foi marcada por grandes feitos, durante os 47 anos em que exerceu a notável missão de Pároco na Igreja Matriz de Bom Jesus, sendo reconhecido e merecedor da maior reverência. Além de ter cumprido seus propósitos, ajudando as pessoas espiritualmente, ele ainda teve uma colaboração muito importante, exercendo o trabalho de topógrafo ou agrimensor; de professor; compositor; músico, etc. Há que se destacar sua capacidade de poeta e escritor.

Além de outras particularidades, ele foi um grande entusiasta em ver e ajudar no desenvolvimento daquela região e do país brasileiro, do qual demonstrou grande afeto. Parece que fez tudo com muita "firmeza" e sem esquecer sua terra açoriana, uma das nove ilhas do Arquipélago, a ilha de São Miguel, sua terra natal, da qual emigrou para o Brasil nos anos 90 do século XIX.

Padre Mello pode ser considerado um emigrante especial, porque, ao contrário da maioria dos emigrantes, ele emigrou por uma vocação ou missão diferente. Ele veio para ser e foi um grande Missionário, tendo em vista os relatos de sua boa influência na sociedade bonjesuense.

O emigrante, em geral, sente uma vocação motivada pela expectativa de conhecer uma nova terra que lhe dê oportunidade de vencer na vida, ou seja, conseguir um "pé de meia" e, então, voltar à sua terra com economias necessárias para ser considerado "alguém na vida". Quase todos os emigrantes açorianos levam em sua "bagagem" uma forte devoção à Nossa Senhora e à Santíssima Trindade, em que se realça o Divino Espírito Santo. Há, também, o fato de que muitos emigrantes açorianos procuravam ir para outro país para "fugir" às guerras que existiram no Ultramar, quando em colônias, ora portuguesas, em África.

São esses os dois principais motivos, os quais não estão relacionados ao nobre e ilustre Padre Mello, que, tudo indica, era iluminado por Deus e continha a humildade de um ser de muita bondade, pois, há muito, poderia ter sido reconhecida a sua personalidade a nível nacional, tanto nos Açores/Portugal, como no seu país imigratório, o grande Brasil.

Naturalmente, Padre Mello deve ter consultado grandes escritores, como, por exemplo, o escritor insigne em letras e virtudes, o grande Gaspar Frutuoso (1552-1591), que era também açoriano da ilha de São Miguel. Outro escritor que marcou época foi Antero de Quental (1842-1891), também da ilha de São Miguel. Outro escritor famoso foi Teófilo Braga (1842-1942), igualmente da ilha de São Miguel. Passo a listar alguns escritores e poetas conterrâneos de Padre Mello, e também contemporâneos: João Jacinto Tavares de Medeiros(1844-1903), Vila do Nordeste; Padre João de Souza (1836-1929), Rabo de Peixe; Prudêncio Quintino Garcia, estudou teologia em Coimbra, formou-se em 1870; Gabriel d'Almeida, escreveu sobre a cultura do chá, do ananás, da fabricação do açúcar; sobre a crise das doenças da cana de açúcar, impresso em 1892; escreveu também sobre Cristóvão Colombo; Padre Manuel José Pires - 1843 - Vila Franca, fez enaltecer o Espírito Santo em seus sermões; Francisco de Assis Furtado - São Miguel - publicações nos anos 80 do século XIX; Francisco Afonso Chaves - 1857 - escreveu sobre as festas do Espírito Santo e sobre Meteorologia; Manuel Duarte - 1867 - Vila do Nordeste; Manuel de Medeiros Franco - 1836/1864 - nascido em Achada.

Padre Mello trazia, talvez, em sua bagagem intelectual, alguns desses escritores e outros mais que deixei de mencionar, pois me alongaria muito.

Portanto, pondo a termo a esta explanação, coloco o açoriano, mui nobre e ilustre Padre Mello, ao lado de bons escritores, ao lado dos imigrantes e ao lado dos bons bonjesuenses, firmes e constantes no propósito de fazer, com firmeza, tudo o que podem em prol de sua história, principalmente às suas raízes açorianas ali existentes na cidade e Vale do Itabapoana. A eles, aos seus antepassados imigrantes, dedico esta minha composição, fruto  de um sentimento verdadeiro, por sê-lo imigrante também:

Nem sempre foi a sorrir
Que tivemos de partir
Da nossa saudosa terra
Nem sempre foi a sorrir
Que tivemos de fugir
De uma maldita guerra


Emigrar foi solução
Para um país irmão
Pra poder sobreviver
Emigrar foi solução
Pra onde nos deram mão:
Brasil! País pra valer.

E, com grande sacrifício
Exercemos nosso ofício
Tentando a nossa sorte
Mas, quando a saudade vem,
A vontade vem também
De querer gritar bem forte:

É a cantar, é a sorrir
Que a nossa vida tem beleza;
Pelos Açores, que é nossa terra
Tudo faremos com firmeza.

De um lugar tão pequenino
Com a força do Divino
E fé na Virgem Maria
De um lugar tão pequenino
Seguimos nosso destino
Enfrentando o dia a dia.

Nesta terra tão imensa
Devotamos nossa crença
Na Santíssima Trindade
Nesta terra tão imensa
Pedimos para que vença
A nossa felicidade

Se o Imigrante é feliz
Foi aqui neste País
Que ele encontrou seu norte
Mas, quando a saudade vem
A vontade vem também
De querer gritar bem forte:

É a cantar, é a sorrir
Que a nossa vida tem beleza
Pelos Açores que é nossa terra
Tudo faremos com firmeza!


(Refrão do cancioneiro popular)




 












20 de abril: Delton de Mattos completaria 97 anos

  

Delton de Mattos, um dos gênios de nossa literatura
Foi no dia 20 de abril que nasceu o escritor Delton de Mattos, na Serra do Tardin, em 1925, um dos gênios de nossa literatura.Faleceu, no sábado (22/06/2019), aos 94 anos de idade.

Filho de Mário Nunes da Silva e Pautilha Nunes de Mattos. Seus avós paternos foram Elias Nunes da Silva e Maria da Silveira Nunes. Os avós maternos, por sua vez, foram Porphirio Franca de Mattos e Etelvina de Mattos Picança.

Aos 12 anos, ingressou no Colégio Rio Branco, onde cursou o exame de Admissão.

Foi colaborador do jornal O Norte Fluminense, fundado por Ésio Bastos, no dia 25 de dezembro de 1946, desde o início das atividades deste.

Foi um dos grandes intelectuais do Brasil, tendo sido o pioneiro nos estudos da Tradutologia.

Autor de vários livros, editou ainda obras preciosas de autores bonjesuenses e bonjesuístas, como Padre Mello, Octacílio de Aquino, Romeu Couto e Athos Fernandes.

Delton de Mattos é um dos orgulhos dos bonjesuenses!

Delton de Mattos vive!

25 de abril: aniversário de Ana Maria Teixeira Baptista

  




Aniversaria, hoje, dia 25 de abril, a renomada musicista bonjesuense Ana Maria Teixeira Baptista.

Autora do clássico "Rio de Minha Terra", juntamente com seus pais, Oliveiro Teixeira e Tertuliana Simão Teixeira, ela é fundadora do consagrado Grupo Musical Amantes da Arte.

De família tradicional bonjesuense, Ana Maria se destaca também como exemplo de vida para as novas gerações!

O Norte Fluminense parabeniza, com orgulho, Dona Ana Maria, com votos de muitos anos de vida!

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Ana Maria Teixeira Baptista e o Grupo Musical Amantes da Arte




24 de abril: aniversário de Adilson Figueiredo

  

Adilson Figueiredo, um dos gênios de nossa cultura

Foi no dia 24 de abril de 1953 que nasceu o historiador de arte, restaurador, artista plástico e poeta Adilson Figueiredo,  membro da Academia Bonjesuense de Letras, e um dos gênios de nossa cultura.

Fundou em Bom Jesus do Itabapoana o Espaço Cultural Cafézin, Ateliê Adilson Figueiredo, no dia 16 de setembro de 2021.

No dia  31 de março deste ano, fundou, dentro das instalações do Cafézin, a Biblioteca de Arte e Literatura Profa. Alcione Junger Vieira Figueiredo em homenagem a sua mãe.

Adilson Figueiredo tem, portanto, revolucionado a cultura em nossa região.

Parabenizamos Adilson pela data natalícia, com votos de muitos anos de vida!