Breve
Histórico da Igreja de Santo Eduardo
e
a devoção ao Santo Confessor!
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Embora não haja dados
precisos, acredita-se que a primitiva Igreja de Santo Eduardo tenha sido
fundada no mesmo ano que o 13" distrito, pela família Ramalho.
Por ocasião dos
ingleses, que aqui chegaram para construir a Ferrovia Leopoldina, foi escolhido
o último Rei da Inglaterra antes da conquista pelos normandos, não apenas corno
Patrono do local, mas como Padroeiro da capela também.
Na época da fundação a
edificação não passava de urna capelinha simples e tímida ladeada de matagais.
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2 festa da fundação
Entretanto, a devoção
ao Santo sempre foi forte e presente na história local, juntamente com a
vontade de construir um Santuário digno de um Rei, as pessoas encarregadas
desta eram Dona Darina Ramalho e Dona Graciliana Freire, sendo que o rezador da
Igreja era Adolfo Soares, nesta época ainda não havia Padre aqui.
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3 Pedra Fundamental
A boa vontade dos
moradores e principalmente do advogado Otacílio de Alcântara Ramalho, fez com
que a Capelinha se expandisse e desse lugar a urna Igreja maior e mais bonita.
Quem assumiu a
ampliação do templo, anos depois de sua construção, foi um influente
santoeduardense conhecido como "Seu ducho", O Manoel Cláudio Ribeiro.
A pedra fundamental da
primeira grande reforma da Igreja foi colocada no dia 13 de outubro de 1931,
ocasião em que o distrito comemorava 70 anos defundação. Nessa época, Padre
Antônio Marques da Silveira era responsável pela Capela, que pertencia a Paróquia
de Nossa Senhora da Penha de Morro do Côco. Foi unia ocasião de grande
comemoração e até a Banda da cidade, regida pelo Maestro Olário se fez presente.
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4 – Igreja de Santo Eduardo em 1937
Em 1937 a Igreja foi
reformada novamente. Anos depois, provavelmente na década de 40 sua torre foi
ampliada. A torre foi doada de presente á comunidade, pelo usineiro Jorge
Pereira Pinto e seuirmão José Carlos Pereira Pinto doou um belíssimo vitral da
Sagrada Família.
Um fazendeiro local,
Vicente Sarlo, doou o sino e o altar mor. O antigo altar era muito simples,
feito de madeira e não combinava com a Igreja após a reforma. Então foi
construído um altar de mármore de carrára legítimo.
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5 Altar de santo Eduardo
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6 – Igreja de Santo Eduardo em 1976
Antiga
Zeladora da Igreja e Propagadora
da
fé ao Santo Rei Eduardo!
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Dona Nila dos Santos
Nogueira (Antiga zeladora da Igreja de Santo Eduardo) ao lado do Padre Thomaz
de Jesus Beckman(Pároco da Nossa Igreja por mais de 14 anos.)
Dona Nila dos Santos
Nogueira, foi Zeladora da Igreja de Santo Eduardo por mais de 40 anos, foi
personagemmuito importante em seu desenvolvimento
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Dona Nila também foi
Presidente do Apostolado da Oração por muitos anos.
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Dona Nila e sua Filha
Zuleika Nogueira
Dona Nila faleceu no
ano de 1988 e com ela grande parte da história do templo e do distrito se foi.
Por intermédio dela a Igreja ganhou torre nova, o sino, o altar de mármore e um
luxuoso vitral que fica logo acima do altar principal. Foi ela que mandou construir
a atual imagem do Padroeiro que fica no altar.
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Também foram adquiridos
em seu tempo de zeladora, várias imagens que hoje ficam distribuídas pelos
altares do templo. A comunidade local ainda lembra com saudade da antiga
zeladora' .
A
Primeira Imagem de Santo Eduardo.
"O
Santo Chinês"
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Ainda na época dos
ingleses, a recém construída Capela precisava ser inaugurada, mas em nenhum
local foi encontrada uma imagem do Padroeiro para a veneração pois o
"Santo confessor", também como é chamado Santo Eduardo, ainda era
pouco conhecido no país. Até hoje ele não é muito venerado como outros Santos
mais populares.
Um integrante da
comitiva Inglesa, com seu empirismo, ficou incumbido de esculpir uma imagem em
madeira que retratasse o Rei Eduardo.
Os moradores mais
antigos contam que o escultor era chinês e por isso, entalhou o Santo com
traços fisionômicos orientais. Mesmo sem fazer jus ao Rei da Inglaterra, a
Imagem foi para o altar e lá permaneceu por quase um século. Com o passar dos
anos, a imagem sofreu várias restaurações e perdeu um pouco de suas
características originais. A imagem carregava uma Igrejinha nas mãos, como se
fosse o guardião do templo. Essa Igrejinha se perdeu e nunca mais ninguém a
viu.
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Na década de 40 a
comunidade não estava mais satisfeita com a imagem esculpida pelo chinês, urna
vez que ela era muito pequena e desentoava com as reformas sofridas pela
Igreja.
Dona Nila encaminhou para uma famosa casa de
Santos na cidade do Rio de Janeiro, A Santa Cruz, uma fotografia do Santo de
madeira e pediu que dela fosse feita urna imagem de 1,20cm de altura, que não
fosse muito diferente da antiga, para que a comunidade não estranhasse o novo
Santo. Foi pedido que conservassem algumas características da imagem, mas que
não tivesse os traços orientais. Embora o novo Santo tivesse ficado bastante
diferente, a comunidade do distrito não o estranhou e tampouco deixou de
acreditar em sua intercessão.
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Imagem de Santo Eduardo
venerada no altar principal da Igreja 14
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Em 24 de novembro de
1969 começava um novo capítulo da história da Igreja de Santo Eduardo.
Nessa data as Capelas
de Santa Maria de Campos e de Santo Eduardo se desmembraram da Paróquia de
Nossa Senhora da Penha de Morro do Coco, havendo então a ereção da Paróquia de
Santa Maria e o Santuário do 13° distrito passou automaticamente a pertencer á
recém criada Paróquia. Por certos períodos essas comunidades receberam
assistência de Párocos de Bom Jesus do Itabapoana/RJ.
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Igreja Matriz de Santa
Maria em 1970
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Oração á Santo Eduardo
Óh Deus que coroastes com a glória eterna, o Santo Rei Eduardo, vosso
confessor, Concedei, nós vos suplicamos que o veneremos de tal sorte na terra,
que possamos Reinar com ele nos céus. Amém.
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Houve um rei, na
Inglaterra, que trabalhou constantemente para manter a paz e a comunhão com a
Igreja. Nascido por volta do ano 1003, Santo Eduardo, o Confessor, mereceu a
fama de santo por três qualidades em especial: ele foi um rei muito fervoroso
espiritualmente, muito afável com as pessoas e um grande defensor da paz.
Um antigo texto do seu
tempo conta a seu respeito: Era um
verdadeiro homem de Deus. Vivia como um anjo em meio a tantas ocupações
materiais e era notável queDeus o ajudava em tudo.
Era
tão bondoso que jamais humilhou com palavras nem o último de seus servidores;
era especialmente generoso com os pobres e com os emigrantes e ajudava muito os
monges.
Mesmo
de férias ou caçando, não deixava um dia sequer de assistir à Santa Missa.Era
alto, majestoso, de rosto rosado e cabelos brancos.Sua simples presença
inspirava carinho e apreço.
SUA
VIDA
Eduardo era filho do
rei Etelredo, "o Indeciso", com a princesa Ema da Normandia. Em 1015,
o rei Canuto, da Dinamarca, invadiu a Inglaterra. Ema partiu com Eduardo e seu
irmão Alfred para a Normandia.
Depois da morte do
marido, Ema voltou à Inglaterra e, em segundo matrimônio, se tornou esposa de
Canuto durante o governo dinamarquês da Inglaterra.
Eduardo herdou o trono
em 1042, quando tinha aproximadamente 40 anos de idade.
MODELO
DE REI
Para evitar o
ressentimento da nobreza anglossaxônica, Eduardo se casou em 1045 com Edith,
filha do Conde Godwino. A tradição nos conta que Eduardo e sua esposa eram tão
ascéticos que decidiram viver como irmão e irmã, conservando-se castos.
O rei, altamente
popular entre os súbditos, se tornou modelo para os reis futuros. Sua primeira medida
foi suprimir o imposto de guerra, que arruinava muita gente.
Durante seu longo
reinado, Eduardo procurou viver na maior harmonia com as câmaras legislativas:
a dos lordes e a dos comuns.
Preocupou-se também em
garantir que a grande quantidade de impostos arrecadados fosse usada em favor
dos mais necessitados.
O
DESTERRO E A PROMESSA
Quando ainda estava
desterrado na Normandia, Eduardo prometeu a Deus que, se pudesse voltar à
Inglaterra, faria uma peregrinação a Roma e uma doação ao Papa. Depois que
conseguiu não só voltar à sua terra, mas ainda tornar-se rei, Eduardo contou
aos seus colaboradores o juramento que tinha feito, mas eles observaram:
"O reino está em paz porque todos lhe obedecem com prazer. Mas se Vossa
Majestade fizer urna viagem tão longa, explodirá a guerra civil e o país se
arruinará". Santo Eduardo decidiu então enviar embaixadores ao Papa São
Leão IX, que lhe concedeu mudar a promessa por outra: dar aos pobres o que iria
gastar na viagem e construir um convento. Promessa cumprida, o rei construiu
assim a famosa Abadia de Westminster, em cuja catedral são sepultados os reis
da Inglaterra.
MORTE
E VENERAÇÃO
A solene inauguração do
famoso coro do mosteiro de Westminster aconteceu em 28 de dezembro de 1065, mas
o rei, já gravemente enfermo, não pôde assistir à cerimônia.
Santo Eduardo morreu em
1066 e foi enterrado na igreja da abadia. Como não tinha filhos, a luta pela
sucessão foi um dos estopins da invasão normanda de outubro de 1066.
As muitas peregrinações
ao seu túmulo começaram logo. No reconhecimento de 1102, seu corpo foi achado
incorrupto. Em 17 de fevereiro de 1161, o Papa Alexandre III o incluiu na lista
dos santos. Os restos do rei foram transferidos à Abadia de Westminster em
solene cerimônia oficiada pelo arcebispo São Thomas Becket. A Igreja o recorda
com alegria, no dia 13 lie outubro, como padroeiro dos reis, dos casamentos
difíceis e dos cônjuges separados.
Depois do reinado de
Henrique II, Eduardo foi considerado o santo padroeiro da Inglaterra até que,
em 1348, foi substituído por São Jorge, cujo culto entre os soldados chegou do
país durante as Cruzadas.
Santo Eduardo continua
sendo, no entanto, o padroeiro da família real britânica.
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"Santo
Eduardo bem se preparou para herdar o Reino dos céus pelo desapego das coisas
da terra. Para o seu povo ele era rei, com eles era Cristão verdadeiro, cheio
de amor a Deus, ao próximo e a si mesmo. Sabia viver a sua dignidade de Filho
de Deus, colocando sua felicidade não nas riquezas de um reino temporal, mas na
renúncia a tudo, para garantir um tesouro nos céus, onde tinha o coração. Sua
grande ambição era possuir a Deus, a verdadeira riqueza. Para esse fim,
trabalhou por mais de vinte anos como rei católico, servindo com generosidade o
povo que lhe foi confiado. Cheio de merecimento entrou na glória dos céus e há
séculos a Igreja lhe presta a homenagem devida."
Pe. Thomaz de
Jesus Beckman.
Festas
do Padroeiro - Recordações!
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19 página 22 até 30 (fotos de festejos – não foram digitalizadas.
Pag
31:
Neste livro queremos
destacar a santoeduardenseZuleika Nogueira de Oliveira, que muito trabalhou
para a nossa capela e que nos deixou um grande legado de fé e amor ao nosso
querido padroeiro Santo Eduardo. Assim como sua mãe, ela também foi uma personagem importante para o desenvolvimento da nossa
Igreja. Foi incansável em buscar o crescimento para a nossa comunidade e na
propagação da devoção a Santo Eduardo. A ela, nossa eterna gratidão.
Fotos
da Igreja de Santo Eduardo
"Santo Eduardo é uma jóiaprimomsa, entre o amor
a serenata e o luar..." (Azevedo Cruz)
Nossos Agradecimentos especiais a todos que
colaboraram para o desenvolvimento deste projeto:
Frederico
Andrade
Zely Dei Esposti
Mauro Ramos
Penha Pacheco
Zuleica Nogueira
Pe Thomaz de
Jesus Backman
Pe. David Jose
Bastos ( Nosso Pároco)
2017