Por Anselmo Jr Borges Nunes e Daniella Gonçalves de Moraes
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André Almeida dos Santos, de óculos escuros, o idealizador do projeto, Petrônio (de verde), que doou parte da terra, Joel Vargas e sua esposa Dona Alice |
O dia 10 de junho de 2017
marcou indelevelmente a memória de toda a comunidade rosalense. Sensibilizado
por questões de cunho ambiental e movido pelo grande amor que nutre por sua
terra natal, André Almeida dos Santos, segundo filho de Antônio André dos Santos
(in memorian) e Lusmar Almeida dos Santos (in memorian), irmão de
Paulo André de Almeida (in memorian) e de Durval André de Almeida, deu
início ao projeto de reflorestamento que será de muita valia para a comunidade
local, já deixando o seu legado para as gerações vindouras.
Como se sabe, o reflorestamento ou ato de replantar árvores,
resgata áreas devastadas e devolve vida ao local. O processo é muito importante
para o meio ambiente, uma vez que a floresta provê serviços ecológicos para
sociedade como, por exemplo: recuperação das nascentes; controle da erosão do solo (a vegetação dá
sustentabilidade a morros ajudando a evitar que estes desabem); prevenção do
assoreamento; amenização do clima, reduzindo a temperatura média; embelezamento
da paisagem; abrigo e alimentação para a fauna; extração/manejo de produtos florestais não madeiráveis (mel, plantas
medicinais, ornamentais, frutíferas silvestres).
Consoante André, o projeto
de reflorestamento surgiu no final de 2016 devido à drástica redução do volume
de água da mina de Rosal, ocasião em que se interessou pela compra da área que
faz limite com a de sua residência, na expectativa de que se houvesse o
reflorestamento, o lençol freático poderia ser recarregado e, desse modo, a
comunidade utilizar a preciosa água da mina por, ainda, longo tempo. Assim,
conseguiu comprar uma pequena parte do que desejava do Sr. Joel Vargas e,
depois, recebeu de Petrônio Figueiredo e Martha Ourique como doação outra
parte, que totalizou numa área com um pouco mais de 1 hectare. Nesse meio
tempo, através de Geraldo Roseira, contatou Mirian Valadão e Lilia William,
diretoras do Projeto de recuperação da mata ciliar no entorno das principais
nascentes do Rio Itabapoana (Instituto Federal Fluminense, Campus Bom Jesus do Itabapoana) e, a partir daí, seu projeto foi se
desenvolvendo de forma especializada, com a análise do solo, com a orientação
técnica acerca da distribuição das covas, com a escolha de mudas, que foram divididas em 3 grupos – pioneiras,
secundárias e clímax- e por fim, com o plantio. Além de todo apoio técnico, o
IFF lhe forneceu 500 mudas para a primeira etapa do plantio, entre elas, mudas
de acácia amarela, acácia imperial,
angico, araçá, aroeira, cerejeira, coité, figueira, ipê amarelo, ipê roxo, ipê
rosa, jacarandá mimoso, jamelão, paineira, pata de vaca branca, pau Brasil,
sapucaia e outras. Aliado a isso, foi contratado o Sr. Ismael que, desde o
primeiro momento, se empenhou na preparação do terreno, na erradicação das
formigas, na adubação e na irrigação, esta, por sinal, gentilmente cedida por
Maria Glória de Almeida, uma vez que cedeu água em abundância de sua
propriedade.
O projeto foi muito bem acolhido por
toda a comunidade rosalense, bem como pelo Colégio Estadual Luiz Tito de
Almeida e pela Escola Municipalizada Luiz Tito de Almeida, que enviaram parte
do corpo docente e discente. Os alunos que lá estiveram, puderam presenciar e
vivenciar o momento marcante para a comunidade, contribuindo no plantio das
mudas e assumindo a corresponsabilidade de zelaram e protegerem o “cinturão
verde” que iria se formar a partir daquele momento no atual morro do cruzeiro.
E para registrar tal momento, André
contou com a colaboração na filmagem e
na edição do vídeo de Daniel Ferreira e Lígia Martins (Stunt Drone). O link
abaixo relata a grandeza do evento que mobilizou a sociedade rosalense.
https://goo.gl/photos/fsxmLKmDdP7Qw2zZ8
Rosal, 20 de
junho de 2017.