terça-feira, 29 de setembro de 2015

O Clube do Livro em Bom Jesus do Itabapoana



Extraído do www.espacoculturallucianobastos.blogspot.com

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

O Clube do Livro e o prazer de uma boa leitura

Quando leio, deixo que o outro se aproxime de mim, com suas ambiguidades, suas verdades e mentiras. E vou me tornando mais livre, consciente de minhas próprias incertezas. Meu quintal cresce, e como aquele de Manoel de Barros, fica maior do que o mundo.

Já disse o historiador Leandro Karnal: "a ideia de estar na companhia de um livro é uma das ideias mais agradáveis que a nossa cultura inventou. Alguém que não lê terá uma infância muito solitária, uma juventude solitária, uma velhice muito solitária".

Pois de solidão não viverão os jovens que se reúnem em torno do Clube do Livro (Buchclub) em Bom Jesus, um grupo que tem em comum o amor à leitura e aos livros. E quando as pessoas se reúnem para comentar livros, isso só pode gerar boas ideias!



Como o bom leitor é generoso e gosta de compartilhar suas leituras, na última sexta-feira, membros do Clube do Livro foram ao ECLB apresentar proposta de realização de um evento literário, que com certeza será muito apreciado. A reunião, como não podia deixar de ser, ocorreu em nossa Biblioteca, é claro!


Anderson Fontes da Silva, Mayara Abreu Costa, Gabriel Ferreira, Diego Lemos, Luana Borges Scarpini, Heitor Pinheiro, administradores do Clube do Livro, e Paula Bastos, do ECLB.
Os preparativos do grupo já estão em andamento, e em breve esperamos divulgar a programação. Aguardem!

SUAVE MARI MAGNO



Lembra-me que, em certo dia, 
Na rua, ao sol de verão, 
Envenenado morria
Um pobre cão.

Arfava, espumava e ria,
De um riso espúrio e bufão,
Ventre e pernas sacudia
Na convulsão.

Nenhum, nenhum curioso
Passava, sem se deter,
Silencioso,

Junto ao cão que ia morrer,
Como se lhe desse gozo
Ver padecer. 


Machado de Assis

No dia seguinte...


“No dia seguinte, como eu estivesse a preparar-me para descer, entrou no meu quarto uma borboleta (...), depois de esvoaçar muito em torno de mim, pousou-me na testa. Sacudi-a, ela foi pousar na vidraça; e, porque eu a sacudisse de novo, saiu dali e veio parar em cima de um velho retrato de meu pai. Era negra como a noite. O gesto brando com que, uma vez posta, começou a mover as asas, tinha um certo ar escarninho, que me aborreceu muito. Dei de ombros, saí do quarto; mas tornando lá, minutos depois, e achando-a ainda no mesmo lugar, senti um repelão dos nervos, lancei mão de uma toalha, bati-lhe e ela caiu.

Não caiu morta; ainda torcia o corpo e movia as farpinhas da cabeça. Apiedei-me; tomei-a na palma da mão e fui depô-la no peitoril da janela. Era tarde; a infeliz expirou dentro de alguns segundos. Fiquei um pouco aborrecido, incomodado.

— Também por que diabo não era ela azul? disse comigo.
E esta reflexão, — uma das mais profundas que se tem feito, desde a invenção das borboletas, — me consolou do malefício, e me reconciliou comigo mesmo. Deixei-me estar a contemplar o cadáver, com alguma simpatia, confesso. Imaginei que ela saíra do mato, almoçada e feliz. A manhã era linda. Veio por ali fora, modesta e negra, espairecendo as suas borboletices, sob a vasta cúpula de um céu azul, que é sempre azul, para todas as asas. Passa pela minha janela, entra e dá comigo. Suponho que nunca teria visto um homem; não sabia, portanto, o que era o homem; descreveu infinitas voltas em torno do meu corpo, e viu que me movia, que tinha olhos, braços, pernas, um ar divino, uma estatura colossal. Então disse consigo: "Este é provavelmente o inventor das borboletas". A idéia subjugou-a, aterrou-a; mas o medo, que é também sugestivo, insinuou-lhe que o melhor modo de agradar ao seu criador era beijá-lo na testa, e beijou-me na testa. Quando enxotada por mim, foi pousar na vidraça, viu dali o retrato de meu pai, e não é impossível que descobrisse meia verdade, a saber, que estava ali o pai do inventor das borboletas, e voou a pedir-lhe misericórdia.


Pois um golpe de toalha rematou a aventura. Não lhe valeu a imensidade azul, nem a alegria das flores, nem a pompa das folhas verdes, contra uma toalha de rosto, dois palmos de linho cru. Vejam como é bom ser superior às borboletas! Porque, é justo dizê-lo, se ela fosse azul, ou cor de laranja, não teria mais segura a vida; não era impossível que eu a atravessasse com um alfinete, para recreio dos olhos. Não era. Esta última ideia restituiu-me a consolação; uni o dedo grande ao polegar, despedi um piparote e o cadáver caiu no jardim. Era tempo; aí vinham já as providas formigas... Não, volto à primeira ideia; creio que para ela era melhor ter nascido azul.”


Memórias Póstumas de Brás Cubas, Cap. XXXI, de Machado de Assis

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Um Siberiano no Nordeste Brasileiro


Ana Maria Silveira



     Sou muito agradecida ao Dr. Gino Martins Borges Bastos, querido amigo, diretor deste imprescindível e histórico Jornal, por ter me dado a oportunidade de compartilhar, com os leitores que o acompanham, algumas lembranças e coisas mais.


    Passeando pelo Rio Grande do Norte, conheci um cidadão siberiano.  Conversando com seu português quase sem sotaque, descreveu as belezas da Sibéria, suas riquezas como pedras preciosas e a natureza exuberante,os lobos lindíssimos, gigantescos. No momento cheguei a comentar com ele que nunca havia conhecido outro cidadão russo.

   Agora percebo meu equívoco. Tivemos o privilégio de conhecer uns cosmonautas soviéticos em visita ao Palácio do Ingá, em Niterói, quando foram condecorados pela participação no iniciante programa espacial, fantástico até os dias atuais...


  O mais conhecido, Iuri Gagarin, não compareceu, devido a outros compromissos. Chegaram quatro jovens muito simpáticos, com um falar tão embaralhado que por mais atenção que prestássemos nada compreendíamos. Um deles chamava-se Popovich. Gentilmente, prendeu na camisa de um dos meus irmãos - na época com oito anos - um “botton” dizendo algumas daquelas palavras incompreensíveis para nós, mas que fizeram brilhar os olhos do atento menino. Este logo foi cercado por todos, curiosos para verem o que era a foto de alguns dos astronautas.

Nossa mãe, discretamente, guardou a preciosidade.

Dali a pouco meu irmão voltou para a sala onde estavam sendo recepcionados os visitantes.

Popovich percebeu a falta do botton e apontando a blusa vazia enquanto falava muito, acredito que deve ter perguntado:

Гдеподарок, который я тебедал ?

Ao que, prontamente, o novo pequeno amigo respondeu: -A minha mãe guardou, para eu não perder!

(Agosto de 2015)






Ana Maria Silveira é filha do ex-governador Badger Silveira                                 

ADUBO ESPECIAL





 Norberto Seródio Boechat
                                     


Na década de 50, em Pirapetinga ainda se plantava café. Numa dessas plantações, na serra da Pirraça, assim denominada por sua desafiadora inclinação, uma turma enfrentava o sol do meio dia. Nenhum vento. Árvores paradas. Suor. Vivaldes de Antonio Germano, que participava do grupo, me contou este episódio. Os demais, Tigela, Eduardo (“Espírito Ruim”), Totonho, Zé Andreza e Zé Barbosa, todos famosospelo natural e cruel impulso paraatazanar  o próximo. Lento corria o dia, e quente como se na linha do equador. Trabalho bem organizado, verdadeira linha de produção, igual a uma fábrica. Decidiam por linha imaginária, “a mirada”, uma reta de baixo acima e a seguiam. Três ou quatro na frente, subindo e abrindo as covas. Zé Barbosa, por ser cuidadoso e detalhista, era o responsável pela mistura do adubo com terra e acomodar a mudinha. Acompanhava atrás.

Duas da tarde. Sol a pino. Almoço pesado, enriquecido com as sobras do dia anterior, domingo. Fato muito conhecido, o desagradável problema digestivo de Eduardo: crônica prisão de ventre, piorada por grande acúmulo de gases. Às vezes, passava cinco dias sem ir ao banheiro. Quando conseguia, o estrondo espantava as galinhas no terreiro. Dizia-se que nesses dias gritava aliviado: “Aleluia!”

 E na tarde quente, de maneira súbita ele é acometido por brutal dor de barriga, tão forte que o arrepiou. Pálido e sudoreico correu para a moita próxima. Mal teve tempo de descer a calça.  O odor exalado matou pássaros e insetos num raio de cem metros, e a explosão resultante chegou a parar por instantes o trabalho dos companheiros.Zé Barbosa foi o que mais se divertiu com a tragédia. O “Espírito Ruim”, que não era flor que se cheirasse,  decidiu, então, se vingar e em ato de puro sadismo recolheu com uma folha de inhame o produto da caganeira e o despejou numa das covas.

Zé Barbosa concentrado mantinha o ritmo,plantando.Não deu outra: na cova escolhida por Eduardo a mão sentiu algo mole e quente. No primeiro momento, não atinou. Olhou,apatetado, a mão. Não acreditou no que viu. Não era possível, parecia m., e fedorenta... Cheirou para confirmar.  Não teve mais dúvida. Estremeceu.Um relâmpago de ódio percorreu o corpo. A ira o tomou. “Eduuardoo!” O grito ressoou por toda a Pirraça e fez eco nos grotões vizinhos. “Eduardo, f.d.p., vou te matar”. Mas o produtor de adubo já estava longe, sabendo que não ficaria impune. Teve que deixar de trabalhar por vários dias, pois Zé o tocaiava com um punhal, adquirido especialmente para a vingança.

Necessários muitos conselhos e pedidos para que desistisse do intento. Afinal, fora apenas uma cova...

Passaram-se os dias. Vez por outra, Zé era surpreendido cheirando discretamente a mão direita impregnada, consequência do nefasto buraco. Conta-se que enquanto dormia a deixava mergulhada em água numa bacia ao lado da cama. Esperava, assim, diluir o perfume entranhado na pele. Eduardo nunca mais pôde trabalhar naquela turma.É claro que a muda daquela cova não foi plantada.Ali vicejou, não se sabe como, um imponente pé de mexerica. No entanto, era voz corrente que seus frutos jamais puderam ser apreciados, pois, ao invés do cheiro cítrico característico, exalava a essência do especial adubo.



Norberto Seródio Boechat é médico, escritor e bonjesuense/pirapetinguense

Jovem Cientista Bonjesuense é premiado no Reino Unido

Gabriel Bartholazi Lugão de Carvalho foi premiado no Reino Unido por sua pesquisa sobre a energia solar fotovoltaica de terceira geração



  
O bonjesuense Gabriel Bartholazzi Lugão de Carvalho, filho de Tarcisio Lugão, ex-proprietário do Bar Sport, e da professora universitária Rosane Bartholazzi, foi vencedor do prêmio Ciência Sem Fronteiras, no Reino Unido, através de sua pesquisa sobre a energia solar fotovoltaica de terceira geração. 

Vejam, a seguir, a matéria publicada no site (http://www.specific.eu.com/news/view/49):


Parabéns ao pesquisador estudante da SPECIFIC, Gabriel Bartholazzi Lugão de Carvalho, por vencer o prêmio poster do Ciência sem Fronteiras. Gabriel se juntou ao SPECIFIC como parte de um estágio de três meses com o Ciência sem Fronteiras. Ciência sem Fronteiras é um programa de bolsas do governo brasileiro que tem como objetivo enviar 100.000 estudantes e pesquisadores brasileiros em cursos de graduação, de doutorado e cursos e programas de PhD em universidades de todo o mundo. O esquema está sendo administrado pela CAPES e CNPq, em nome do governo brasileiro, e apoiado no Reino Unido pela Universities UK.


Cristina Monteiro-Mudresh, do Gabinete para o Desenvolvimento Internacional da Universidade de Swansea, que coordena o trabalho da universidade com estudantes internacionais, disse: "A Universidade de Swansea é muito orgulhosa de participar do Ciência sem Fronteiras. Este é um dos programas de mobilidade no Reino Unido, e estamos muito satisfeitos em fazer parte dele, fortalecendo os vínculos entre Swansea e o Brasil".
 
Gabriel tem feito grandes progressos em seu projeto no SPECIFIC, pesquisando energia fotovoltaica de 3ª geração e decidiu prolongar a sua estadia por dois meses, a fim de continuar a desenvolver o seu projeto.
 
Dr Matthew Davies, supervisor do projeto de Gabriel comentou: "Gabriel tem sido uma adição fantástica para a equipe, integrou bem e produziu trabalho de muito bom padrão. Ele é um grande endosso para o esquema e demonstrou uma paixão pela pesquisa científica, espero que ele tenha desfrutado de seu tempo em SPECIFIC / Universidade de Swansea e desejo-lhe todo o sucesso no futuro. Ele será sempre bem-vindo para voltar a trabalhar com a gente”.





21 September 2015

Science without Borders


Congratulations to SPECIFIC student researcher Gabriel Bartholazzi Lugao De Carvalho for winning the Science without Borders poster prize. Gabriel joined SPECIFIC as part of a three month placement with the Science without Borders scheme. Science Without Borders is a Brazilian Government scholarship programme which aims to send 100,000 Brazilian students and researchers on undergraduate sandwich courses, PhD sandwich courses and full PhD programmes at universities across the world. The scheme is being administered by CAPES and CNPq on behalf of the Brazilian government, and supported in the UK by Universities UK.
Cristina Monteiro-Mudresh from the International Development Office at Swansea University, which co-ordinates the University's work with international students, said: "Swansea University is very proud to take part in the Science without Borders scheme. This is one of the largest scale student mobility programmes in the UK, and we are delighted to be part of it, strengthening the links between Swansea and Brazil."
Gabriel has made great progress on his project at SPECIFIC researching 3rd generation photovoltaics and has decided to extend his stay by two months in order to further develop his project. Dr Matthew Davies, Gabriel’s project supervisor commented, “Gabriel has been a fantastic addition to the team, has integrated well and has produced work of a very good standard. He is a great endorsement for the scheme and demonstrated a passion for scientific research, I hope he has enjoyed his time at SPECIFIC/Swansea University and wish him every success in the future. He will always be welcome to return to work with us in the future”.


domingo, 27 de setembro de 2015

ANIMAÇÃO COM O TEATRO CINEMA CONCHITA DE MORAES





Membros da Associação dos Moradores da Usina Santa Maria e apoiadores da restauração do Teatro Cinema Conchita de Moraes


A segunda reunião organizada pela Associação dos Moradores da Usina Santa Maria com os apoiadores do restabelecimento do Teatro Cinema Conchita de Moraes foi realizada hoje, na Escola Municipal José Epifânio de Oliveira, permeada de grande animação.




Telhas de zinco doadas pela empresária Rosane Brandão e por André Luís de Oliveira

A empresária Rosane Brandão doou três telhas de zinco para o levantamento do telhado, enquanto o líder comunitário André Luís de Oliveira cedeu outra.

Estado atual do Teatro Cinema Conchita de Moraes

Logo em seguida, catorze telhas foram prometidas por associados, que se comprometeram, ainda, em se articularem para conseguirem o total de 70 (setenta), número necessário para o restabelecimento do telhado do Teatro Cinema. Doze treliças serão, ainda, necessárias para o soerguimento do telhado.



Confraternização recheada de esperança de dias melhores para a Usina Santa Maria

Todos os que apoiarem na reforma do prédio terão seus nomes lembrados por ocasião da reinauguração do Teatro Cinema, prevista para o dia 06 de agosto de 2016.


Teatro Cinema Conchita de Moraes

sábado, 26 de setembro de 2015

Maestro Áureo Fiori doa instrumentos à Lira 14 de Julho




Maestro Áureo Fiori: uma vida dedicada à música


Maestro da Lira Operária por mais de 22 anos, Áureo Fiori, aos 81 anos de idade, doou instrumentos para a Lira 14 de Julho, de Rosal, entidade na qual aprendeu a tocar os primeiros acordes. 


Áureo Fiori foi maestro da Lira Operária Bonjesuense, em seus áureos tempos

Segundo Áureo, "recebi  lições na Lira 14 de Julho, com meu tio Luís Tito de Almeida, o Tuca, casado com minha tia Anita, quando tinha cerca de 07 anos de idade. Sou de família de músicos. O meu pai Walter Fiori tocava flauta transversa. Recordo-me que ele chegou a tocar com Gauthier Figueiredo e Panni, que tocavam violino.

Quando fui tocar na Lira 14 de Julho pela primeira vez, em uma alvorada do dia 14/07/1940, ao romper na rua Francisco Diniz, o tambor que tocava apoiado no meu cinto acabou arriando o calção, deixando as minhas partes baixas à mostra. Foi um riso geral e a banda teve de suspender a apresentação até eu me recompor com as vestes", lembra, com humor.

Áureo Fiori e Orlando Silva, no Big Hotel


Áureo e a Lira Operária
 

Sobre a "Furiosa", disse: "ingressei na Lira Operária quando, certa vez, Amaro Rodrigues lançou meu nome para ser presidente da entidade. O maestro Raul Lopes havia se retirado da regência e eu, como presidente, fui atrás, primeiramente, do maestro José Carlos Ligiero, em Itaperuna, que não aceitou a função. Dirigi-me, então, a Ourânia, distrito de Natividade, onde convidei o maestro Zequinha do Bambu, que também não aceitou o convite, mas disse que estaria disposto a ajudar-me. Desloquei-me, então, a Varre-Sai, e estive com o maestro Lourival Tupini, que se dispôs, também, a auxiliar-me. O músico Ventura, por sua vez, disse-me: 'pega a partitura de regência, e toca'. Passei, então, a frequentar a casa do maestro Sebastião Ferreira, conhecido como professor Bastião, casado com Ataliba, e que residia no meio da rua da Igualdade, que dá para o cemitério. Se sou o que sou, devo tudo ao professor Bastião. Ele me deu aula de leitura musical e me doou o seu arquivo", salienta.



Áureo Fiori e banda na réplica da Usina Hidrelétrica, na Praça Governador Portela


Áureo continua: "Recentemente, fiquei sabendo que a Lira 14 de Julho, de Rosal, está se articulando para retomar as atividades e necessitando de instrumentos. Por este motivo, doei para a entidade um contrabaixo, um bombardino e um trombone. Foi ali, afinal, que comecei a aprender música. Recordo-me, aliás, que, na 1ª vez que a Lira 14 de Julho tentou se erguer, recebeu instrumentos da Banda do Colégio Rio Branco, doados por Luciano Bastos".

Áureo Fiori e a Banda do antigo Colégio Rio Branco


A necessidade de renovação das Liras 

Todas as Liras necessitam de ter, internamente, um processo de renovação, caso o contrário, estarão condenadas a deixarem de existir. É o que aconteceu, por exemplo em Itaperuna.

Segundo Áureo Fiori, os pais deveriam colocar os filhos para estudarem música: "músico é como um poeta. Quem estuda música não tem tempo para pensar em coisas ruins. A música mexe com os sentimentos nobres", finaliza.

Áureo Fiori em memorável momento à frente da Lira Operária Bonjesuense
















            


sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Em Bom Jesus do Itabapoana, paralisação da prefeitura é redundância


A prefeita Branca Motta determinou a paralisação dos serviços não essenciais mantidos pela prefeitura, no próximo dia 28 de setembro, dentro do movimento capitaneado pela Associação Estadual dos Municípios do Rio de Janeiro.

O documento salienta que o momento econômico difícil pelo qual passam os municípios, ocorre "por conta da crise e de equivocadas medidas econômicas e de gestão do Governo Federal"e que " cada prefeitura já esta fazendo o dever de casa, há tempos".

O documento proclama, ainda: "Pelos direitos do povo do nosso município, vamos parar toda a Prefeitura em 28 de setembro!!!”

De acordo com a mandataria "Vamos parar um dia para chamar a atenção e evitar que sejamos obrigados a tomar medidas mais drásticas, finalizou a Prefeita Branca".

Leiam a a matéria em
http://www.bomjesus.rj.gov.br/site/noticia-592



Prefeitura de Bom Jesus protesta contra estrangulamento econômico dos municípios

Galeria de imagens da notícia Prefeitura de Bom Jesus protesta contra estrangulamento econômico dos municípios A Prefeitura de Bom Jesus do Itabapoana fará um protesto contra estrangulamento econômico dos municípios. A Prefeita Branca Motta assinou um decreto (n° 1.349, leia na íntegra na ilustração) determinando a paralisação dos serviços não essenciais no próximo dia 28 (segunda-feira). A ação envolve as prefeituras que participantes da Associação Estadual de Municípios do Rio de Janeiro (AEMERJ).
Essa semana a entidade publicou um manifesto. Leia na íntegra:
“MANIFESTO DAS PREFEITURAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO A AEMERJ – Associação Estadual de Municípios do Rio de Janeiro, e os Prefeitos dos Municípios do Estado vêm através do presente MANIFESTO PÚBLICO, dizer à população de nossas comunidades que a crise econômica por que passa o país vem afetando, de forma aguda, sistemática e não prevista, os entes municipais em geral. Por conta da crise e de equivocadas medidas econômicas e de gestão do Governo Federal, foi reduzido consideravelmente o volume de repasses de recursos aos municípios, o que está levando as cidades a uma situação econômica e financeira insustentável. Os municípios estão na ponta da linha do atendimento à população, em praticamente todos os serviços públicos. É nas portas da prefeitura ou das secretarias municipais que a população vai bater, quando precisa de todo tipo de atendimento. Com toda a certeza, as prefeituras se esforçam para prestar tais serviços da melhor maneira possível. Ocorre que está inviável manter a qualidade de tais serviços, com a brutal queda de arrecadação que estamos enfrentando. Uma economia estagnada, ou pior, em recessão, junto com um quadro de gestão equivocada da administração federal, forma um cenário nada animador para os próximos meses e anos. Já adotamos as medidas de cortes pontuais e sistemáticos que poderíamos ter adotado. Cada prefeitura já esta fazendo o dever de casa, há tempos. Mas só isso não está resolvendo o problema, uma vez que a queda de arrecadação tem sido mesmo brutal. As alternativas, que não desejamos de modo algum, seriam fazer cortes ainda maiores no mais significativo item de gastos do município, que é a folha de pagamentos, com demissões em massa. Uma medida drástica como essa seria ruinosa para os trabalhadores e para as cidades, que já sofrem com a crise econômica, que leva ao fechamento de empresas e elimina postos de trabalho na iniciativa privada. Sendo assim, os prefeitos dos municípios do Estado do Rio de Janeiro, diante de tão grave e aguda situação, decidiram determinar a PARALISAÇÃO de todos os serviços municipais considerados não essenciais, por um dia, em 28 de setembro de 2015, como forma de protestar de modo pacífico, mas veemente, contra o estrangulamento econômico que nossas comunidades municipais estão enfrentando! Não queremos que faltem remédios, exames ou cirurgias, nem merenda de qualidade; não queremos deixar de limpar as ruas nem de conservar as estradas; não queremos deixar de pagar os salários de nossos servidores! Porém, se o Governo Federal não atentar JÁ para a necessidade de ajudar os municípios URGENTEMENTE, tudo isso corre o sério, real e iminente risco de acontecer! Por isso, vamos parar! Pelos direitos do povo do nosso município, vamos parar toda a Prefeitura em 28 de setembro!!!”
- Mais uma vez unimos forças para enfrentar a situação gravíssima pela qual passam os municípios. Vamos parar um dia para chamar a atenção e evitar que sejamos obrigados a tomar medidas mais drásticas, finalizou a Prefeita Branca.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

ENCONTRO DA FAMÍLIA BORGES


                                                                                         Maria Cristina Borges


Aconteceu no dia 19 de setembro passado, o 3º Café Com Parentes, da Família Borges. Dessa vez, o encontro ocorreu  na Fazenda Bom Será, no distrito de Pirapetinga de Bom Jesus, de propriedade de Robério de Souza e Gilma Borges de Souza.
Foram momentos de muita confraternização, com música ao vivo e sorteio de brindes, em um local belíssimo e muito agradável.
Parabéns ao casal pela bela recepção.






Gino Martins Borges Bastos, Antonio Soares Borges, Maria Cristina Borges e os anfitriões Gilma Borges de Souza e Robério de Souza 

Sentadas: Mª Teresa de Medeiros, Teresinha Borges de Almeida, Mª Teresinha Borges e Madalena Borges. No segundo plano: Vera Lúcia Borges Campos, Karla Almeida, João Borges Almeida e Gilma Borges de Souza

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

O FIM DO FESTIVAL DE CHORINHO E SANFONA



FIRJAN DIZ QUE FECHARÁ SENAI E SESI NO RIO DE JANEIRO

domingo, 20 de setembro de 2015

Emoção na Homenagem a Mehige Hanna Saad


Merhige Hanna Saad foi homenageado no dia 18 de setembro, por ocasião da Festa da Providência, na Praça Governador Portela




O libanês Merhige Hanna Saad foi homenageado, juntamente com Padre Mello, no dia 18 de setembro passado, por ocasião da Feira da Providência, organizada por Raul Travassos, na Praça Governador Portela, em favor das obras da Igreja.

Michel Saad, Maria Cristina, Patrícia, Ismélia, Maura, Eunice e Marian Saad Sauma vieram a Bom Jesus para a homenagem a Merhige Hanna Saad

Estiveram presentes ao evento as filhas Ismélia, viúva do governador Roberto Silveira, Marian e Maria Cristina, além de Michel Saad, ex-deputado estadual e diretor do jornal A Voz do Povo, Eunice e Patrícia Saad.


Preciosidade arquitetônica da Praça Governador Portela foi preservada por Merhige Hanna Saad



Ismélia Silveira afirmou ao O Norte Fluminense, na residência de seus pais, localizada na Praça Governador Portela, que chegou a ser sede do Governo do Estado do Rio de Janeiro por ocasião das Festas de Agosto nos anos de 1959 e 1960, quando Roberto Silveira foi governador: "Agradeço a Raul Travassos pela homenagem. Todos ficamos emocionados com a lembrança de meu pai, porque com ele aprendemos a ter o amor à família de uma forma sólida. Ao nosso pai, só temos palavras de agradecimento por tudo o que ele foi para nós".


Edifício Monte Líbano foi inaugurado por Merhige no dia 14 de agosto de 1950, com cinema com capacidade para mil pessoas


De acordo com Marian Saad,  "meu pai era um homem idealista e sonhador, que lutava pelo desenvolvimento de Bom Jesus do Itabapoana. Por isso, sempre luto para que o prédio do edifício Monte Líbano seja destinado a um fim útil para a comunidade. Recordo-me que minha mãe recusou a proposta de uma igreja que desejava comprar o prédio, pois ela também desejava que o imóvel tivesse uma finalidade pública, conforme o desejo de meu pai".

Prossegue Marian: "Recentemente, ao desfazer-me de livros para um sebo, observei um que me chamou a atenção: tratava-se de uma obra sobre  'Stonehenge', que é uma estrutura de pedras gigantes dispostas em círculos concêntricos e que foram encontradas nas Ilhas Britânicas. Estas pedras são, até hoje, alvo de estudos sobre sua origem. Este livro chamou-me atenção e decidi lê-lo. Ao folheá-lo, contudo, encontrei, para minha surpresa, um papel contendo uma "Prece Árabe", que eu desconhecia. Ao lê-la, observei que ela retratava tudo o que meu pai foi em vida. E me emocionei muito.

Prece Árabe







"Deus, não consintas que eu seja o carrasco que sangra as ovelhas, nem uma ovelha nas mãos dos algozes.

Ajuda-me a dizer sempre a verdade na presença dos fortes, e jamais dizer mentiras para ganhar os aplausos dos fracos.

Meu Deus, se me deres a fortuna, não me tires a felicidade; se me deres a força, não me tires a sensatez; se me for dado prosperar, não permita que eu perca a modéstia, conservando apenas o orgulho da dignidade.

Ajuda-me a apreciar o outro lado das coisas, para não acusar meus adversários com mais severidade do que a mim mesmo.

Não me deixes ser atingido pela ilusão da glória, quando bem sucedido, e nem pelo desespero, quando derrotado. Lembra-me que a experiência de uma queda poderá proporcionar uma visão diferente do mundo.

Ó Deus! Faça-me sentir que o perdão demonstra força, e que a vingança é prova de fraqueza.

Se me tirares a fortuna, deixe-me a esperança. Se me faltar a saúde, conforta-me com a graça da fé. E, quando me ferirem a ingratidão e a incompreensão dos meus semelhantes, cria em minha alma a força da desculpa e do perdão.

Finalmente Senhor, se eu Te esquecer,  Te rogo que nunca Te esqueças de mim".





Maria Cristina assentou, por sua vez: " Nosso pai nos deu exemplo de vida, de amor à família. E essa é uma preciosidade que levamos a cada momento em nossas vidas".


Michel Saad, ex-deputado estadual e diretor de A Voz do Povo


Segundo Michel Saad, " quando propuseram a Merhige investir seus lucros em Niterói, ele respondeu: - Vou investir em Bom Jesus o que ganhei em Bom Jesus. Isso revela o amor que ele tinha pela cidade. Na época, ele poderia ter comprado cerca de 9 (nove) apartamentos em Niterói, mas preferiu construir o edifício Monte Líbano em Bom Jesus. Ele era um homem desprendido e exemplo de dignidade ", salientou.



Para Maura Saad, "a palavra principal que tenho de utilizar, quando me recordo de Merhige, é 'gratidão'. Merhige esteve sempre presente em nossas vidas, apoiando-nos em todas as circunstâncias, sempre com um gesto de proteção e de amor, que incluiu meu saudoso marido Antônio Merhige. Isso é muito raro, hoje em dia".


Patrícia Saad: neta de Merhige e Alzira Saad
 
A neta Patrícia Saad, filha dos saudosos José Saad, ex-deputado estadual, e Olga Saad, esteve em Bom Jesus para a homenagem a seu avô. São 3 irmãos: Elizabeth, magistrada, e os empresários José (Zeca) e Ricardo, com 8 bisnetos de Merhige e Alzira. Ela assinalou ao O Norte Fluminense:  "meus avós eram discretos, carinhosos e honrados. Vejo em nossas famílias uma imagem de continuidade do que foram nossos pais e avós. A união de nossa família é fruto do legado de nossos avós".




UM POUCO DA HISTÓRIA DE MERHIGE HANNA SAAD

Da Série Famílias Tradicionais

Merhige Hanna Saad e Alzira Sauma Saad




Merhige Hanna Saad nasceu nas montanhas do Líbano, na localidade de Remahala em 18 de março de 1985, filho de Hanna Merhige Saad e Bader Saad. Casou-se em 24 de janeiro de 1927, na cidade de Tombos, MG, com Alzira Sauma, nascida em Santa Clara do Carangola, RJ, em 17 de setembro de 1908, filha de José Sauma e Marian Feres Sauma.


Em 1912, aos 17 anos, e já estando seus irmãos mais velhos Jarim Hanna Saad, no Brasil, e Salim Hanna Saad, na Argentina, embarca para o Rio de Janeiro em um navio de bandeira italiana. Aqui chegando, após passar poucos dias na capital segue com Karim para o lugarejo chamado "Matinada", na "Encruzilhada dos Turcos", como era conhecida a pequena casa misto de residência e loja comercial naquela área cafeeira, onde atualmente encontra-se a fazenda do Dr. Francelino França, em Natividade.


Porém, o jovem Merhige, ou "Jorge" como era conhecido, não sabia nenhuma palavra em português e tinha pouca instrução em árabe. Entretanto, com uma determinação surpreendente e ajudado por um carreiro que ali passava regularmente, aprende a ler e a escrever em português.


Em 1914, transfere-se para Bom Jesus do Itabapoana (RJ) e, já em 1916, abre com seu irmão Karim (ou Quirino como era conhecido) a firma "Quirino Antônio e Irmão", uma loja de armarinhos e tecidos localizada na Rua Buarque de Nazareth. Nesta época, mascateia pelo interior da região montado em um burrinho, levando um baú com as amostras das mercadorias da loja para encomendas, que eram entregues na viagem seguinte.


Em sua primeira viagem, é acolhido pelo casal Amélia e Joaquim Teixeira de Oliveira em um episódio que ficou-lhe na lembrança com demonstração da generosidade brasileira: chegando à tardinha na fazenda e pedindo pouso, é convidado para o jantar. Com vergonha, agradece e diz que já tinha jantado, mas é repreendido pela mentira e por fim levado à mesa do jantar, já que a dona da casa sabia que não havia por ali lugar onde se pudesse comer.


Por volta de 1926, os irmãos começam a negociar com café, comprando e vendendo a mercadoria pois parte do que recebiam ao mascatear tecidos era pago em café à época de safra.


De seu casamento com Alzira, em 1927, nascem seus 6 filhos: Marian Bader, que casou-se com Edmundo Sauma: Ismélia, que casou-se com Roberto Silveira; José Antônio, casado com Olga Borges Saad; Antônio Merhige, o "Pico", falecido em 1991, casou-se com Maura Mury Saad; Geraldo, falecido ainda criança; e Maria Cristina, casada co Luis Roldão de Freitas Gomes.


Com a grande crise econômica de 1929, os negócios com o café sofreram uma queda brutal obrigando-o novamente a mascatear montado em seu burrinho até que a situação se estabilizasse. Em pouco tempo, com trabalho árduo, os irmãos conseguiram construir na vizinha Bom Jesus do Norte, perto da antiga linha do trem, um grande armazém para estocagem do café, negociando já em 1939 mais de 40 mil sacas por ano. Começam também a plantar café em suas fazendas Estrela, São Benedito, e Boa-Fé, em Itaperuna.


Na década de 1940, os irmãos passam a fazer negócios separadamente, quando Merhige passa a investir em novas áreas como as salas de cinema, chegando a ser proprietário de 7 salas de projeção em Bom Jesus, Bom Jesus do Norte (ES), Vila Velha (ES), Colatina (ES) e Baixo Guandu (ES).


Em 14 de agosto de 1950, durante o banquete comemorativo de inauguração do Cine-Teatro Monte Líbano, recebe o título de cidadão bonjesuense do qual sentia grande orgulho. Marco na arquitetura da cidade, foi o primeiro edifício da região, contando com dois andares de salas comerciais e uma construção impecável que nada devia aos melhores teatros da capital. Por ali se apresentaram os maiores nomes do teatro e da música brasileira, que passaram a incluir Bom Jesus em suas turnês. Sete anos mais tarde, instala no segundo andar a Rádio Bom Jesus de sua propriedade que abrigava grande acervo musical.


Em 1951, sua filha Ismélia casa-se com a grande promessa política do Estado do Rio, o então secretário de Justiça e futuro Governador Roberto Silveira. Nesta época, a família se transfere para a casa ao lado do Cinema, em frente à praça Governador Portela, onde recebem grandes personagens da política brasileira.


Em 25 de abril de 1973, morre vítima de um infarto do miocárdio em sua casa em Bom Jesus, cidade que não gostava de sair porque dizia que era ali que queria morrer.

Sua viúva, Alzira Saad, falece em Niterói em 1992.

Em 1999, a família construída por Merhige e Alzira conta ainda com 17 netos e 17 bisnetos. 

Do livro "RESGATANDO O PASSADO, IMPORTANTE DOCUMENTÁRIO DE BOM JESUS - LEMBRANÇAS E RECORDAÇÕES", de Heliton de Oliveira Almeida e João Batista Ferreira Borges, Almeida Artes Gráficas, 2000. Republicado na edição de outubro de 2014, de O Norte Fluminense. 



OS ÚLTIMOS MOMENTOS DE MERHIGE HANNA SAAD

Quarto de Merhige e Alzira permanece intacto há mais de 60 anos



No dia 19 de abril de 2014, Marian Saad Sauma relatou ao O Norte Fluminense sobre os momentos que antecederam a morte de seu pai:


"Meu pai, certa vez, estava passando mal de saúde e resolvemos trazer um médico de avião do Rio de Janeiro. Esse médico recomendou a ida dele a Niterói. Recuperou-se na casa de Ismélia. Papai ficou cerca de 3 (três) meses até receber alta. Quando retornou a Bom Jesus, fez questão de ir ao Cine Monte Líbano e cumprimentar seus funcionários. Em seguida, foi até a sua casa e entregou um chinelo que trouxera de presente para a mamãe. Segurou-a, então, pela mão, e andou com ela em cada canto da casa. Ao final, ele disse à mamãe com emoção: '- É aqui que temos de ficar!'. Em seguida, minha mãe foi preparar uma canja para ele. Papai foi tomar banho e, como de costume, não trancou a porta do banheiro. Passado algum tempo, mamãe chamou por ele, que não respondeu. Mamãe resolveu então entrar no banheiro e viu papai caído no chão, envolvido na toalha: ele teve um colapso cardíaco e faleceu"


BONJESUENSE QUER HOMENAGEM OFICIAL A MERHIGE HANNA SAAD

No dia 25 de junho de 2014, o cidadão André Luiz de Oliveira encaminhou ofício à Câmara Municipal de Bom Jesus do Itabapoana indicando o nome de Merhige Hanna Saad para ser homenageado com o nome de via pública.

André Luiz de Oliveira quer homenagem oficial a Merhige Hanna Saad


Segue o teor de seu ofício.


Bom Jesus do Itabapoana, 25 de junho de 2014


Ilmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Bom Jesus do Itabapoana, Dr. Luciano Nunes,


ANDRÉ LUIZ DE OLIVEIRA, brasileiro, casado, residente à rua Itaperuna, n. 175, Bairro Lia Márcia, nesta cidade, vem respeitosamente indicar a Vossa Excelência, que, consultando seus pares, realize necessárias homenagens, através de nomes de ruas, às seguintes personalidades:

Merhige Hanna Saad, libanês que aqui se radicou e colaborou para o grande desenvolvimento de nosso município. Foi ele quem construiu com sua capacidade visionária, por exemplo, o prédio Monte Líbano, localizado na Praça Governador Portela, com cinema com capacidade para mil pessoas. Certa vez, quando lhe sugeriram que aplicasse os seus lucros na cidade do Rio de Janeiro, ele replicou: - aplicarei em Bom Jesus do Itabapoana, o que aqui eu ganhei. Deve ser mencionado, ainda, que, ao retornar de Niterói (RJ) onde fora para um tratamento de saúde, dirigiu-se ao cinema, cumprimentou os funcionários; em seguida, entrou em sua casa e, em companhia da mulher, Alzira, percorreu cada cômodo da residência, dizendo à mesma: - aqui é o nosso lugar. Momentos depois, faleceu.

Manoel Araújo dos Santos, conhecido como Neneco, ex-vereador pelo distrito de Calheiros. Foi amigo, desde infância, dos governadores Roberto e Badger Silveira. Quando crianças, todos se deslocavam até a escola da Barra do Pirapetinga, onde estudavam com a professora Olga Ebendinger.

Indica, ainda, que sejam conferidos títulos de cidadãos bonjesuenses a

Faustino Ruiz Fernandez, espanhol radicado em Bom Jesus do Itabapoana há vários anos. Seu pai e tio, oriundos da Espanha, construíram a porta e os bancos da majestosa Igreja Matriz. Casado com a bonjesuense Maria Aparecida Baptista, é pai do famoso jornalista esportivo Tino Marcos. Certa vez, em entrevista a um jornal local, afirmou: “Sempre vou a Madri, rever os parentes. Quando chego lá é tudo uma grande emoção por revê-los e aos amigos mas, passado um mês, já fico com vontade de retornar a Bom Jesus do Itabapoana, ao meu cantinho, onde vivo com tranqüilidade e paz. Aqui é o lugar que adotei para viver” e

Tino Marcos, filho de Faustino Ruiz Fernandez, com a bonjesuense Maria Aparecida Baptista, constitui uma personalidade nacional. Foi criado em Bom Jesus do Itabapoana e é casado com a bonjesuense Virgínia Maria Baptista. Está sempre em nossa cidade, por quem nutre carinho e consideração.

Atenciosamente

ANDRÉ LUIZ DE OLIVEIRA