O pacato distrito de Rosal está sendo alvo de criminosos |
A partir dos Festivais de Chorinho e Sanfona, com sua programação de alto nível, que visa o retorno econômico, segundo as manifestações do SESI (Serviço Social da Indústria) - entidade patrocinadora do evento - e a prefeitura de Bom Jesus do Itabapoana, o distrito de Rosal passou a ter visibilidade nacional.
Por coincidência, ou não, a tranquilidade e a segurança do povo culto rosalense passou, nos últimos anos, a ser severamente afrontada.
Crimes se avolumaram, no dia a dia, tirando a tranquilidade do pacato distrito.
Lamentavelmente, a preocupação com a segurança, por parte das autoridades municipais tem sido observada apenas quanto aos dias da realização do Festival de Chorinho e Sanfona.
O fato é que a comunidade rosalense já não mais suporta conviver com a perturbação ao sossego, vez que são frequentes os carros estacionados ou em movimento com abuso de instrumentos sonoros a qualquer hora do dia e da noite ao longo da vila.
Também está aflita com o rotineiro tráfego de carros e motocicletas em velocidade incompatível com o perímetro urbano, colocando em risco a integridade dos moradores.
Além disso, a comunidade está muito preocupada com o aumento do comércio ilícito de entorpecentes.
Assim, em razão desses acontecimentos, a comunidade rosalense clama por providências permanentes às autoridades públicas.
O Norte Fluminense recebeu e-mail de um leitor irresignado com a matéria. Admite a poluição sonora em Rosal, mas assinala que o tráfico de entorpecentes não existe só em Rosal, mas em todos os municípios. Registra, ainda, que em Rosal não há nenhum registro de assaltos e assassinatos. Assinala, outrossim, que haveria uma intenção de denegrir o Festival de Sanfona e Chorinho. Indaga, ainda, se esta seria mais uma matéria da imprensa do "contra" e não de oposição. Após lamentar a matéria, o leitor argumenta que quando se fala em autoridades municipais procuram sempre jogar a culpa na Prefeitura. Esquecem que existem várias outras autoridades. Por que não fazer a denúncia ao Ministério Público? Finaliza o texto asseverando o desagrado com a matéria.
ResponderExcluirO Norte Fluminense esclarece que recebeu as informações mencionadas na matéria a partir do relato de moradores. Não se vislumbra tentativa de denegrir o Festival, mas alertar para o fato de que a segurança pleiteada pelos moradores de Rosal deve ocorrer permanentemente.
NOTA DE O NORTE FLUMINENSE: A edição escrita de O Norte Fluminense traz o e-mail abaixo, enviado por Anselmo Borges Nunes.
ResponderExcluirPor um equívoco, contudo, da empresa que imprime o jornal, foi acrescentado no final do referido e-mail, e não no final da resposta do jornal, como havia sido indicado - como complemento ao que consta neste blog - a pergunta: "Ou a prefeitura entende que é tarefa dela requerer policiamento apenas para os dias de festejos, deixando para o cidadão comum a incumbência desse pleito junto às autoridades"?
Desde já realizamos este registro, consignando que a correção será realizada também na próxima edição escrita de O Norte Fluminense.
Respeito a opinião de todos e concordo plenamente que a manchete da reportagem esteja um pouco exagerada, dando a impressão de que os problemas enumerados no texto advieram do Festival de Chorinho e Sanfona. Todavia, não está retratando inverdades, nem mesmo acredito ser “politicagem”. É fato! Infelizmente, Rosal não é uma ilha, daí estamos sujeitos a vários problemas sociais, até mesmo dos grandes centros urbanos, como as drogas ilícitas.
A perturbação ao sossego por meio de carros com som desmedido desfilando ou estacionados pelas ruas, a qualquer hora do dia e da noite, tem sido uma constante e nada se tem feito. Recentemente, às 4h da manhã, todos os bares da praça fechados, um carro estacionou e colocou músicas em volume tão acima que levou um morador a procurar a DPO. Chegando lá, o policial disse que estava escutando o som também – vejam que ele escutava da DPO! -, mas que, por ordem superior, não podia fazer nada. Sugeriu que se ligasse para o nº 190 e aguardasse a viatura. Ou seja, nada foi feito.
E os veículos e motocicletas que estão andando acima do limite permitido para vias públicas? Será que só eu que estou vendo isso? Vamos aguardar o atropelamento de uma criança ou de um idoso para tomarmos providências?
Por fim, fazer “vista grossa” com o incipiente tráfico de drogas que está se instaurando é temerário. O mal deve ser combatido na raiz se quisermos nossa juventude e comunidade livre dessa chaga social. A droga leva ao vício e quem consome, precisa comprá-la, obviamente. Se não tem dinheiro, vai furtar, sejam casas ou pessoas (a primeira hipótese mais comum de se acontecer em Rosal). Em Calheiros já se tem notícias de problemas com drogas, em Varre-Sai, nem se fala, pois sabemos que lá, sempre houve problemas nesse sentido. Em Bom Jesus, recentemente, pelo que se ouviu, o juiz responsável pela infância e juventude implantou toque de recolher para adolescentes devido aos vários problemas advindos do consumo de drogas e bebidas alcoólicas. Vamos continuar fingindo que nada está acontecendo em Rosal? Infelizmente, temos relatos de alguns alunos do turno da noite com esse problema, aparentando estar drogados e, por vezes, em atitudes suspeitas. Já existe até um bairro da comunidade com alusão à facção criminosa, alguém já reparou? E, vale dizer, traficante não é só aquele que empunha uma arma de fogo na mão e mora no “morro”, como a gente tem visto rotineiramente nos jornais, mas sim, aquele que vende, oferece, transporta, guarda, etc.
Mais uma vez digo, não foi o Festival de Chorinho e Sanfona que proporcionou tais problemas. É a falta de autoridade, afinal, onde o Estado não chega, é possível acontecer tais tipos de problemas. Independente de "politicagem", nós, rosalenses, temos que nos posicionar em face desses problemas se quisermos continuar vivendo em nosso, ainda, paraíso, Rosal. Contudo, o momento é pra sermos mais realistas e menos bairristas!
Anselmo Júnior Borges Nunes