Jornal fundado por Ésio Martins Bastos em 25 de dezembro de 1946 e dirigido por Luciano Augusto Bastos no período 2003-2011. E-mail: onortefluminense@hotmail.com
quarta-feira, 2 de dezembro de 2020
A 2a. Emancipação de Bom Jesus do Itabapoana
terça-feira, 1 de dezembro de 2020
Busto de Elcio Xavier é fixado no ECLB
Um busto de Elcio Xavier, em comemoração aos seus 100 anos, foi fixado no ECLB.
A obra é do escultor carioca Valdieri Martin e foi custeada por Rogério Loureiro Xavier, filho do consagrado poeta.
Agradecimento de Natal & Fim de Ano, por Rogério Loureiro Xavier
Olá pessoa amiga e do bem.
Agradecimento de Natal & Fim de Ano.
Desejo a vocês um maravilhoso Natal e um ano novo cheio de saúde, paz e harmonia e realizações. Que Deus abençõe seu lar e suas vidas. Que o menino Jesus esteja sempre em seus corações.
É tempo de Natal! É tempo de encontros. É tempo de perdoar e estender as mãos. É tempo de refletir e agradecer. É tempo de amar e respeitar o próximo. E tempo de rezar e agradecer a Deus por sermos capazes de ensinar e de aprender. É tempo de construir um mundo em que o amor prevaleça e a paz acalente corações. Enfim, é tempo de voltar-se para o presépio e nele reencontrar a centralidade da Vida.
A melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio de nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada pela vida...
Senhor, meu Deus, quero dar graças por todos os dias que vivi neste ano que já está terminando. Em muitos momentos pude sentir sua presença muito próxima de mim, eu pude ver suas mãos me conduzindo, seus olhos me observando e sou muito grato por tudo isso. Dou graças pela família, pelos amigos, belas bênçãos que trouxe para minha vida. Com tua presença o Natal será feliz e o próximo ano muito próspero. Obrigado Senhor.
“Chega de velhas desculpas e velhas atitudes! Que o ano novo traga vida nova, como o rio que sai lavando e levando tudo por onde passa.”
Feliz Natal abençoado e um Próspero Ano Novo!
Roger LX
Centenário de Elcio Xavier (continuação)
O BAILE DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA Elcio Xavier Bom Jesus era um pequeno Arraial com forte espírito republicano, razão pela qual a Proclamação da República em 1889 foi motivo de grande júbilo para a população local, comemorada de maneira muito especial: forte agitação cívica, grande queima de fogos de artifício e um estrondoso baile, realizado na bela residência do Tenente José Teixeira e sua esposa Dona Roza Alves Teixeira, em prédio construído na Praça Governador Portela, no ano de 1875 (atualmente ocupado pelo Big Hotel). Para esse baile foram abertos três salões do imponente solar, onde recebeu as famílias dos habitantes do Arraial e das fazendas do Vale do Itabapoana, que dançaram até o raiar do dia ao som de valsas, polcas (“2 de março” – “Uma coisa que rói”), tangos brasileiros (“Quem comeu da vaca...” – “Partindo para Mato Grosso”), executados pelo Conjunto Musical organizado pelo competente professor de música do Arraial, Maestro Feliz (Feliz Joaquim de Souza). É de se ressaltar que as moças usavam graciosos vestidos azuis com enfeites vermelhos ou vestidos brancos com adornos vermelhos ou azuis. Os jovens, bem aprumados, levavam sobre o paletó um cuidadoso laço de fita vermelho ou azul, dentre os quais se destacavam Dr. Abreu Lima, Coronel Pedroca, Arthur Vitorino, os irmãos Vieira de Rezende – Luiz, Pedro e Oscar, Francisco Bifano, Carlos Xavier, seu filho Carlos Xavier Júnior e seus genros os irmãos Joaquim e José Bastos. |
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Prédio do Big Hotel foi construído em 1875, pelo Tenente José Teixeira, proprietário de uma área, no entorno, muito religioso, e pai de numerosa prole |
Histórias de Bom Jesus - A primeira emancipação de Bom Jesus do Itabapoana
(Do blog espacoculturallucianobastos)
Esse rico material está a disposição para consulta local, e é uma ótima oportunidade para se conhecer um pouco mais sobre a história de Bom Jesus e região.
No mês em que completaria 92 anos, destacamos aqui o livro de autoria de Luciano Augusto Bastos "De Município a Distrito: primeira emancipação de Bom Jesus do Itabapoana (1890-1892)".
No livro, que é uma coletânea de artigos publicados por Luciano Bastos no jornal "O Norte Fluminense" quando do centenário dessa primeira emancipação, encontram-se trechos das atas da Intendência desse período, bem como considerações do autor sobre os acontecimentos de então.
Destacamos, abaixo, alguns trechos do livro:
A emancipação:
A instalação do município de Itabapoana ocorreu no dia 25 de dezembro de 1890, em decorrência do Decreto nº 150 de 24 de novembro de 1890, assinado pelo Governador Francisco Portela.
É bom lembrar aos leitores que estávamos apenas a um ano da República, implantada pelo Marechal Deodoro da Fonseca, chefe do Governo Provisório, instalado pelo golpe que derrubou a Monarquia. Não havia uma Constituição Republicana. (p.15)
Estamos trazendo para conhecimento da comunidade, fatos históricos da maior relevância, quase que desconhecidos de nossa gente, referentes a primeira emancipação de Bom Jesus, efetivada em 24/11/1890. (p.23)
Esses bravos que há cem anos lutaram e conseguiram a emancipação, plantaram novas ideias. Essas germinaram, pois nossa gente, mesmo com o revés da cassação de 1892, não se entregou ao desânimo, e a luta continuou, incorporando novos idealistas, até chegar à emancipação definitiva de 1938. (p. 36)
Como se sabe, posteriormente, em 1892, foi cassada a emancipação por motivos políticos decorrentes da renúncia do Marechal Deodoro da Fonseca ao poder presidencial e como consequência também a renúncia do Governador Francisco Portela, em solidariedade ao Marechal. (p. 37)
A epidemia de cólera:
No expediente foi lido ofício do Governador Portela, autorizando a Intendência a promover despesas que fossem necessárias para o tratamento dos indigentes acometidos de "febres de mau caráter", que grassam no município, pedindo, entretanto, a maior economia nos gastos. (p. 39)
Doação da cópia das atas da Intendência:
Devo dizer aos leitores que nossas pesquisas e publicações visam perpetuar fatos históricos da maior importância para nossa comunidade. Devo confessar que de certo modo estou desobrigando-me do compromisso feito comigo mesmo, quando meu velho amigo Professor Pedro Gonçalves Dutra confiou-me o valioso acervo histórico deixado pelo seu pai, historiador Antonio de Souza Dutra. (p.77)
A importância da preservação da história:
Essas histórias dos que lutaram pela emancipação primeira não pode ser relegada e é necessário que se evidenciem os fatos, os nomes, tudo que representa o elo do passado com o presente, preservando a memória do nosso povo. (p. 24)
Os 74 anos de O Norte Fluminense
Os irmãos Esio e Luciano Bastos |
O primeiro jornal de nosso município chamou-se "Itabapoana", e foi fundado no dia 1º de agosto de 1906, tendo Sylvio Fontoura como redator, Pedro Gonçalves da Silva como secretário e Francisco Teixeira de Oliveira como gerente.
Pedro Gonçalves da Silva Jr. foi o 1º prefeito de Bom Jesus do Itabapoana, quando de sua 1ª emancipação ocorrida em 25 de dezembro de 1890. O nome da gazeta invocava a luta pela nova autonomia de nosso município, uma vez que se referia à denominação anterior à emancipação suprimida em 08 de maio de 1892.
O Norte Fluminense, por sua vez, foi fundado no dia 25 de dezembro de 1946, por Esio Bastos, com apoio de Lao Monteiro, Delton de Mattos e outros idealistas, após os ventos da democracia que varreram o mundo após o fim da 2ª Guerra Mundial. O nome da publicação, não obstante indicasse a luta pelo desenvolvimento regional, apontava para a célebre frase de Leon Tolstoi: "canta a tua aldeia e serás universal".
Por durante 57 anos, Esio Bastos foi seu diretor e redator, até seu falecimento no dia 24 de agosto de 2003, quando assumiu seu irmão Luciano Augusto Bastos, que dirigiu nosso jornal até o dia 08 de fevereiro de 2011, data de seu falecimento.
Já disse um leitor, certa vez: "quem lê jornal sabe mais; quem lê O Norte Fluminense sabe muito mais". A responsabilidade com a nossa história e os articulistas qualificados que escrevem em nosso informativo acabam tornando o jornal um ator social.
Por ocasião de mais um nosso aniversário, procuramos dar continuidade aos passos libertários de nosso primeiro jornal, assim como dos irmãos Esio Bastos e Luciano Augusto Bastos que, nas páginas de O Norte Fluminense, sempre lutaram pela construção de uma sociedade liberta, consciente de si e da possibilidade concreta de ser agente de seu próprio destino.
Agradecemos aos assinantes, anunciantes, articulistas e diversos colaboradores que têm apoiado nossa publicação, desejando a todos um Natal de muita Paz e um Ano Novo de redobradas esperanças em dias melhores.
Os 44 anos da Academia Bonjesuense de Letras
No dia 4 de dezembro de 1976, o dr. Ayrthon Borges Seródio, juntamente com outros letrados, fundou a Academia Bonjesuense de Letras.
LIVROS ESCRITOS POR DR. AYRTHON BORGES SERÓDIO
1. Os Problemas Médico-Sanitários da Infância - 1958;
2. Anemias Ferroprivas da Infância - 1967;
3. Contribuição ao Estudo da Etiopatogenia e do Tratamento da Distrofia da Infância - 1962;
4. Antologia dos Poetas Bonjesuenses - Sonetos, 1976;
5. A Seara do Vento - Sonetos, 1977;
6. O Sacrifício Inútil - Sonetos, 1994;
7. A Figueira Assombrada - Sonetos, 1997;
8. O Estouro da Boiada - Sonetos, 1997;
9. À Sombra dos Ipês - Sonetos, 1998;
10. A Volta ao Passado - Sonetos, 1998;
11. A Festa de São João - Sonetos, 1999;
12. Menino de Rua - Sonetos, 1999;
13. O Filho Pródigo - Sonetos, 2000;
14. O Flagelo da Seca - Sonetos, 2000;
15. O Último Zumbi - Sonetos, 2001;
16. O Cheiro da Terra - Sonetos, 2001;
17. O Parque de Diversões - Sonetos, 2002;
18. O Último Adeus - Sonetos, 2003;
19. A Imagem do Inverno - Sonetos, 2003;
20. A Curva do Caminho - Sonetos, 2004;
21. A Eterna Primavera - Sonetos, 2004;
22. A Saga do Verão - Sonetos, 2005;
23. Eu e Tu (poesias);
24. Eu Estava Perdido (poesias).
SONETO
Academia Bonjesuense de Letras
No jubileu de prata a nossa Academia,
Que desde a fundação sempre foi atuante,
Revela com fervor, de forma relevante,
Nossa intensa criação na prosa ou na poesia.
No encontro semanal, presente a fidalguia,
Onde sempre a cultura é tema dominante,
Cada colega exibe a mostra edificante
De nova produção a toda a confraria.
Numa sessão solene empossando alguns membros,
A música e a poesia, em recital, relembro,
Bem como a saudação num discurso erudito.
E sendo um fundador, vinte anos presidente,
Orgulho que eu sinto é constante e crescente,
E exulto por nascer neste torrão bendito.
(do livro "O Cheiro da Terra")