![]() |
| Tuna Açoriana da Casa dos Açores do Rio de Janeiro |
Há datas que não se limitam ao calendário: tornam-se marcos de identidade. Assim foi 13 de dezembro, quando, na Casa dos Açores do Rio de Janeiro, nasceu a Tuna Açoriana, não apenas um grupo musical, mas um gesto de pertença, uma afirmação cultural que ecoa ilhas, memórias e afetos no coração da antiga capital do Brasil.
Meses antes, em 2 de agosto, outra semente havia sido lançada no interior fluminense. Em Bom Jesus do Itabapoana, foi fundada a Tuna Luso-Bonjesuense, vinculada à ABIJAL, Academia Bonjesuense Infantojuvenil de Artes e Letras. Ali, entre jovens vozes e instrumentos, a tradição encontrou futuro, mostrando que a açorianidade não se conserva apenas pela lembrança, mas pela transmissão viva.
A palavra “tuna” vem da tradição ibérica de agrupamentos musicais populares, formados para cantar, tocar e circular saberes culturais. No contexto açoriano, a tuna assume um caráter próprio: menos acadêmico e mais identitário, ligada à memória das ilhas e à vida comunitária.
As duas iniciativas, embora distantes no mapa, aproximam-se no espírito. Em ambas, há a marca discreta e decisiva de Francisco Amaro Borba Gonçalves, açoriano de fazeres silenciosos, desses que não erguem monumentos visíveis, mas constroem pontes humanas. Com persistência serena, ele tem unido comunidades, estimulado encontros e afinado identidades, como quem afina cordas para que a música aconteça.
Essas tunas são mais do que agrupamentos artísticos: são sinais de um movimento maior. A açorianidade fortalece-se no Brasil e no mundo, sustentada por políticas culturais que compreendem o valor da diáspora. Nesse caminho, é imprescindível o apoio do Dr. José Andrade, Diretor Regional das Comunidades do Governo dos Açores, cuja visão se resume numa frase já tornada lema: “o passado tem futuro”.
Entre o litoral do Rio de Janeiro e as serras de Bom Jesus do Itabapoana, duas tunas afinam a mesma herança. Cantam o ontem, vivem o hoje e anunciam o amanhã, provando que, quando a cultura encontra quem a cuide, o tempo deixa de ser limite e passa a ser continuidade.
Tuna Luso-Bonjesuense






























Sensacional!❤️A criação da Tuna Açoriana e da Tuna Luso-Bonjesuense é um testemunho do poder da cultura e da tradição em unir pessoas e criar algo duradouro. Parabéns a todos os envolvidos! A açorianidade está viva, graças a iniciativas como essas!👏👏👏
ResponderExcluir