Beijo de línguas
saboroso Da
minha janela à tua
sabe tanto a pão de
ló pouco mais de palmo e meio
jamais serei
preguiçoso
o meu
olhar flutua
com meu amor, se, a
sós. sem
me veres vejo teu seio.
Sou
poeta, e não maroto Tanto, tanto ela canta
do versejar, sou
vaidoso não
quando, está à mesa
sou como Vinho do
Porto: canta, afina a garganta
quanto mais velho,
gostoso. cantando,
espanta tristeza!
Teus lábios, que
doces são
Contentes, brincam crianças
como sempre, não há
horas... seja qual seja o brinquedo
amargo o meu coração
nos balouços, como são mansas
por saber: outros,
namoras. outras não vão, têm medo.
Ventania desarvorada
De renda, uma cortina
leva tudo à sua
frente pano sujo, da poeira
não amizade aninhada sacola
não pequenina
seja a dita bem
recente.
e faço compras na feira.
Rapa o tacho, rapa o tacho
Padeiro
amassa o pão
rapa o tacho ó
José. para comer, pra vender. Na vinha, comi um cacho Corredor, se campeão
estou cansado, fui a pé.
na pista, sempre a correr.
Os rios têm correntes
Se tu pedires, mas, com jeito
do caudal regam o
solo
dou-te um doce beijinho
as trovas regam as
mentes
e quando noite, no leito
deste meu dom, me
consolo. não só
apenas, carinho!...
O Arunca quando passa
O cigarro é uma arma
suas águas são
ligeiras o fumante sabedor
a saudade, não
escassa
se vivo, não a desarma
das cochas das
lavadeiras.
só quando pra cova for.
Quando olho os teus
passos Do embarque, inda teu beijo
são os ditos
apressados és pra mim, sempre
queri não escassos os
abraços tão doce
nosso desejo
aos teus tantos
namorados. mas amarga a
despedida.
Sei que és prenda do
lar
Era muito inocente
é o dito, um primor a minha
prima Inez
tens prazer em
namorar por querer... e de repente
no teu leito, muito
amor. a terceira gravidez!
(Novembro/2016-José Pais de Moura)
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