domingo, 4 de março de 2018

OS 82 ANOS DA MATRIARCA DA ADEGA ITALIANA DE VARRE-SAI (RJ)


Geraldina Ridolphi Rodolphi, matriarca da família, aniversaria hoje

Geraldina Ridolphi Rodolphi, conhecida como Dona Geralda, nasceu no dia 4/3/1936, na localidade de Varjão do Cotia, em Alegre (ES).

Dona Geralda com dez meses de idade, no Varjão do Cutia (Alegre/ES)

Filha de José Ridolphi e Maria Casadine, os avós paternos e maternos vieram da Itália: "Carlo Ridolphi e Pacífica Aniceti são meus avós paternos. Quando chegaram da Itália, se fixaram na região de Capoeirão, em Natividade (RJ). Já meus avós maternos, Júlia Liverani e Adolpho Casadine, se estabeleceram em Varjão do Cotia, em Alegre (ES). Um dos filhos, que foram trazidos,  morreu no navio", assinala.



Um ford dirigido por José Ridolphi, pai de Geralda Ridolphi, na década de 1930


Ela possui quatro irmãos biológicos e um de criação: Amélia, Carlito (+), José Maria, Sebastião e Hélio, respectivamente. "Dois irmãos se casaram com duas irmãs. Hélio foi criado em decorrência do falecimento de uma de minhas tias".

Geraldina se casou quando completou 18 anos, com Ângelo Rodolphi Neto, conhecido como Julinho, e que possuía 27 anos, na época. Os pais deste eram Ferdinando Ridolphi e Prudência Cappaci. Os avós eram Ângelo Ridolphi e Antônia Delceti.



                                                                                      Prudência Capacci e Ferdinando Ridolphi


Deste casamento tiveram 7 filhos: Ângela, Filomena, José, Maria Aparecida, Maria Bernadete, Terezinha Helena e Beatriz. Possui 7 netos e 2 bisnetos.



                                                     Dona Geralda e Ângelo Rodolphi

Após o casamento, foi morar em casa localizada próxima ao vetusto Seminário de Varre-Sai, com  Antônia Delceti (avó do marido, viúva de Ângelo Ridolphi) e os irmãos desta, Pedro e Assunta Ridolphi.


Dona Geralda e família moraram por 4 anos, em casa próxima ao Seminário de Varre-Sai (RJ)


Ali, morou por 4 anos. Depois, mudou-se para outra casa próxima, e, finalmente, para a residência onde mora, atualmente, na rua Octávio Monnerat.

Dona Geraldina conta sobre esse período: "eu e meu marido construímos nosso patrimônio vendendo doces. Trabalhei muito na vida, a partir de meu casamento. Eu preparava doce em tachos de 160 kg. Goiabada, pessegada, laranjada, doces de figo, inclusive cristalizados. Eu descascava tudo, e meu marido ia vender em Natividade, Itaperuna (RJ) e Guaçuí (ES)".



Geralda e Ângelo Rodolphi (Julinho)


E continua: "Após a morte de meu marido, fui trabalhar na prefeitura, com 55 anos de idade. Trabalhei no Jardim de Infância e no Posto de Saúde, onde me aposentei".




Em relação ao famoso vinho de jabuticaba, Dona Geralda esclareceu: "Antõnia Delceti, avó de meu marido, preparava vinho de uva na Itália. Quando ela veio para o Brasil, no final do século XIX, fez testes com a jabuticaba e constatou que deu certo. Os italianos chegaram na região em 1897, se fixando primeiramente na Fazenda Bela  Vista". 

 
    Italianos chegaram ao Brasil em 1897 e se fixaram, inicialmente, na Fazenda Bela Vista, que fora adquirida pelo Coronel Balbino Rodrigues França, no dia 28/4/1892, por 60 contos de reis




                                              Um aspecto da Fazenda Boa Vista



 Prossegue ela: "O vinho da centenária Adega Ridolphi  passou a ser produzido quando  Antônia se estabeleceu na residência próxima ao Seminário.  Com o falecimento de Antônia, o filho desta, meu marido Ângelo, prosseguiu na produção de vinho de jabuticaba. Após a morte de Ângelo, nosso filho José  Ridolphi assumiu o ofício e produz o vinho que é procurado por pessoas do município e da região".

Dona Geralda produz, por sua vez, licores, que têm tido boa receptividade no mercado. "O  vinho de jabuticaba costuma ser mais vendido por ocasião da Festa Italiana, que ocorre no final do mês de julho", salienta. Juntamente com a Adega Bendia, a Adega Ridolphi são as mais tradicionais. Outras Adegas, contudo, têm sido estabelecidas em Varre-Sai, ultimamente.

A fama da Adega Ridolphi pode ser conferida pela clientela que possui. Dejair Rogério e Marco Aurélio, do Rio de Janeiro, estiveram na Adega, por ocasião da reportagem, e disseram que "viemos buscar licor de jabuticaba para um amigo do Rio de Janeiro, que é freguês da Adega Ridoplhi".


Dejair Rogério e Marco Aurélio, do Rio de Janeiro, na Adega Ridolphi

Devota de São Miguel Arcanjo, Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora de Fátima, Dona Geralda tem sonho de conhecer Fátima, em Portugal. Pessoa querida na comunidade, todos que passam diante da varanda onde fica, fazem questão de cumprimentá-la. Atualmente, apresenta problemas de coluna, e diz que se sente sofrida pela carga de trabalho que teve durante toda a sua vida, mas carrega dentro de si um coração generoso, sempre preocupado com os mais pobres. Apesar de ver o mundo atual cheio de "violência, droga e desobediência", Dona Geralda dá um conselho para as novas gerações: "Honestidade, obediência e oração".


Dona Geralda e sua filha Filomena comemoram aniversário no dia 4 de março



Família Ridolphi em Varjão do Cotia, Alegre (ES), em 2013


O NORTE FLUMINENSE PARABENIZA DONA GERALDA, DESEJANDO-LHE MUITOS ANOS DE VIDA!























2 comentários:

  1. Sou filho do Tarcísio, seu primo. Deve ter uns 10 anos que estivemos aí..saudades.

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  2. Que fofa... Carinho grande por ela e toda família!!! S2

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