Decisão judicial mantém oxigênio. Fornecimento fora paralisado por dívida de R$400.000,00
A esperança que tomou conta da sociedade com as novas diretrizes anunciadas pelo presidente do Hospital, dr. CELSO RIBEIRO, em abril passado, foram pouco a pouco, dando espaço à desilusão, que se iniciou com o anúncio da terceirização dos serviços do tomógrafo do Hospital, em que dois funcionários do nosocômio tornaram-se empresários, repassando para o HSVP apenas 20% dos valores obtidos com a prestação do serviço.
Por outro lado, segundo o presidente do Sindicato dos funcionários do Hospital, WALDIR BATISTA MOTTA, os trabalhadores "estão revoltados e anunciam paralisação. Embora tenhamos recebido o salário do mês de abril, estamos sem receber os meses de maio e junho. Considerando que até o momento não há produtividade para o SUS, será impossível recebermos os salários futuros, e do jeito que as coisas caminham, vamos voltar a ficar com seis meses de salários atrasados, novamente".
O dirigente sindical assinalou ainda que "o presidente do Hospital anunciou a chegada de 14 médicos para o mês de junho, mas isso não ocorreu. Solicitamos uma conversa com a direção para evitar o movimento paredista, mas até agora a direção do Hospital não nos recebeu. A greve no Hospital está por um fio", salientou.
O dirigente sindical assinalou ainda que "o presidente do Hospital anunciou a chegada de 14 médicos para o mês de junho, mas isso não ocorreu. Solicitamos uma conversa com a direção para evitar o movimento paredista, mas até agora a direção do Hospital não nos recebeu. A greve no Hospital está por um fio", salientou.
SINDICATO: " POR QUE NÃO SE PUNE UM RÉU CONFESSO?"
WALDIR BATISTA aproveitou para questionar o fato de um ex-funcionário do Hospital ser réu confesso em crime contra o nosocômio e, passados quase dois anos, não ter sido ainda punido: " É muito triste a situação. Crimes como esse quase fizeram fechar o Hospital, afetando toda a sociedade e atingindo os funcionários, mas até hoje não há nenhuma punição. Como pode ser isso?", indagou o sindicalista.
Não se tem notícia, outrossim, de qualquer ação civil aforada pelo Hospital para reparar o dano causado pelo ex-funcionário ao nosocômio.
De acordo com uma fonte do Hospital, a empresa White Martins cortou o fornecimento de oxigênio para o Hospital e não pretende voltar a fazê-lo. A dívida do Hospital com a empresa giraria em torno de R$400.000,00. Segundo ainda esta fonte, a empresa continuará a fornecer oxigênio para o Hospital por 4 meses, devido a medida judicial.
Na esteira da crise do Hospital, o fato de o nosocômio possuir 2 certidões negativas junto ao INSS impossibilitou que o tradicional Instituto de Menores Roberto Silveira renovasse convênio com a FIA (Fundação da Infância e Juventude), fazendo com que fossem demitidos no final de junho 10 funcionários, entre os quais uma psicóloga, uma assistente social, professora de dança e professora de reforço. É o que relatou ao O NORTE FLUMINENSE a professora NEYDE DE SOUZA. Professora de coral, ela informou que, apesar disso, pretende continuar a fazer seu trabalho no Instituto, de forma voluntária, "colaborando para que os jovens possam ter dias melhores em suas vidas".
NOVAS INSTALAÇÕES DO POSTO DE URGÊNCIA
Posto de Urgência retornou ao local onde funcionava anteriormente
No dia seis de julho a Prefeitura Municipal e o Hospital São Vicente de Paulo festejaram as novas instalações do PU (Posto de Urgência), que retornou ao local onde funcionava anteriormente.
Na oportunidade, o Secretário Municipal de Saúde, dr. FRANCISCO ASSIS, informou que a mudança do PU ocorreu a partir da exigência da vigilância sanitária estadual em relação ao espaço do laboratório. Salientou, ainda, que a Prefeitura está repassando "R$100.000,00 (cem mil reais) mensalmente ao Hospital" e assumindo o "pagamento de obstetra 24 horas por dia e contratando anestesistas para os casos necessários".
O Secretário assinalou, outrossim, que "a sala de estabilização, onde ficam os pacientes graves, já está montada, mas terá, em breve, funcionamento pleno".
O administrador do Hospital, ALEXANDRE CARDOSO, que representou o presidente do nosocômio, disse que "a caminhada é difícil", mas possui esperança de que "o Hospital volte a ser referência na região".
PERGUNTAS AINDA SEM RESPOSTAS
O associado André Luis aguarda respostas aos requerimentos
Dois meses se passaram do requerimento feito por ANDRÉ LUIS DE OLIVEIRA ao presidente do Hospital, dr. CELSO RIBEIRTO, solicitando ao mesmo três informações, e até o fechamento desta edição, continua sem respostas.
ANDRÉ LUIS é associado do Centro Popular Pró-Melhoramentos, entidade responsável pelo Hospital São Vicente de Paulo e pelo Instituto de Menores Roberto Silveira, tendo protocolado no dia 30 de abril passado três requerimentos solicitando: a) "cópia da Prestação de Contas do período de março e abril de 2012"; b) "esclarecimentos a respeito da liberação por parte do Conselho Deliberativo no sentido de tomar empréstimo de 1 milhão de reais junto ao Banco Itaú. O que foi feito com tal dinheiro?"; c) "informações acerca da contribuição ao INSS dos servidores. Está sendo feita?"
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