O Ministério da
Cultura, o Iphan e o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular convidam para
a exposição da Sala do Artista Popular no âmbito do Promoart
DO FIO À REDE: TECELAGEM DE POÇO VERDE
O município de Poço Verde está localizado no
semiárido sergipano, no extremo sudoeste do estado, a 145 km da capital Aracaju.
Em tempo de chuva, seus moradores dedicam-se às plantações de milho e feijão,
de girassol e palma, e à criação de gado bovino. Chegada a seca, resta-lhes
buscar outra ocupação que ajude a ir tocando a vida.
A tecelagem em tear de pedais teve início em
Poço Verde há algo em torno de cinquenta anos, quando Maria Filha de Jesus se mudou
com a família para residir no povoado Amargosa II. Dona Fiinha, como é
conhecida por todos, deu continuidade ali à atividade a que se dedicava desde
menina. A tecelagem foi se disseminando, e os moradores dos arredores
aprendendo o fiar do algodão, a fabricação de teares, dos tecidos e cada uma
das etapas de produção e acabamento.
A Associação de Cultura Artesanal de Poço
Verde – Tecelagem Amargosa foi formada em 2001 e está em
funcionamento desde então. Resultado dos ensinamentos de dona Fiinha, a
tecelagem pode ser observada, em unidades de produção de base familiar, nos
municípios de Poço Verde, Tobias Barreto, Lagarto e em Aracaju. No povoado
Malhadinha, um núcleo bem estruturado envolve atualmente o trabalho de
diferentes famílias.
A tecelagem em Poço Verde utiliza teares rústicos de dois pedais, sistema
pelo qual se obtém infinitas composições de listrados e xadrezes ou, ainda,
efeito rajado. Embora não a utilizem normalmente, os tecelões de
Amargosa e Malhadinha dominam também a técnica de tecelagem em tear vertical, e
adaptaram seu princípio, passando a introduzir manualmente, na trama tecida no
tear de dois pedais, motivos gráficos e figurativos, nomes e dizeres. Alguns artesãos do município utilizam ainda o tear de
quatro pedais, em que é possível obter tecidos com composições geométricas
complexas e variadas.
Os tecelões de Poço Verde se orgulham
da qualidade de seus produtos, percebida na trama sem nós de emenda; na
regularidade dos padrões; nos punhos feitos nos fios do próprio urdume,
possibilitando que as redes suportem grande peso, e nos mamucabos bem feitos,
que impedem que se fechem sobre o corpo.
Nesta Sala do Artista Popular, redes, tapetes e
mantas compõem um panorama da singularidade dessa produção.
Serviço
de 27 de outubro
a 11 de dezembro de 2016
Centro Nacional
de Folclore e Cultura Popular
Rua do Catete,
179 – Catete, Rio de Janeiro, RJ
de terça a
sexta, de 11 às 18h
sábados,
domingos e feriados, de 15 às 18h
Parceria
institucional
Vale
Realização
Programa de Promoção do Artesanato de
Tradição Cultural – Promoart
Centro Nacional de Folclore e Cultura
Popular/Iphan/MinC
Visite www.cnfcp.gov.br e conheça a instituição.
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