A vida de Maria Apparecida Viestel, célebre historiadora, coincide com a de Bom Jesus do Itabapoana |
Pedro Gonçalves da Silva Jr., o nosso 1o. prefeito por ocasião de nossa 1a. emancipação, ocorrida em 25/12/1890, trouxe o primeiro cinema a Bom Jesus do Itabapoana, no início do século XX.
Segundo sua neta, a célebre historiadora Maria Apparecida Viestel, "meu avô instalou o CINE BOM JESUS, vinculado ao Centro Operário, objetivando trazer cultura para nossa região.
O cinema ficava localizado na esquina entre a rua Tte José Teixeira e Expedicionário Paulo Moreira, subindo para a rodoviária. Ele funcionou até o início da década de 1940", assinalou.
CINE ÍRIS
Em 1924, o jornal A CIDADE, do acervo do ECLB (Espaço Cultural Luciano Bastos) anunciava a programação de outro cinema: o CINEMA ÍRIS.
CINE TEATRO CONCHITA DE MORAES
CINE ÍRIS
Em 1924, o jornal A CIDADE, do acervo do ECLB (Espaço Cultural Luciano Bastos) anunciava a programação de outro cinema: o CINEMA ÍRIS.
Acervo do ECLB (Espaço Cultural Luciano Bastos) |
CINE TEATRO CONCHITA DE MORAES
Bob Flávio, relevante ativista cultural de nosso município, e uma relíquia de Bom Jesus: o projetor do antigo Cine Teatro Conchita de Moraes, na Usina Santa Maria |
O jornal O Norte Fluminense está custeando a fixação do teto metálico no Cine Teatro Conchita de Moraes, na Usina Santa Maria, para devolvê-lo à comunidade |
CINE EM ROSAL
(por Sandra Nunes)
Sandra Nunes
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(por Sandra Nunes)
No final dos anos 20, um
jovem rosalense chamado Francisco Nunes, mais conhecido como Chiquinho Nunes, com
o apoio de seu pai Capitão Anselmo Nunes, resolveu fundar um cinema em Rosal.
Seu pai lhe deu o terreno, na praça principal da Vila e, assim, construíram um
grande salão com assentos para 150 pessoas.
Seu primeiro projetor era tocado a manivela e com a ajuda da Banda do Sr. Chico Gomes (Monte Azul) fazia a trilha
sonora das comédias de Harold Loyd, pois naquela época os filmes eram mudos. Já
no final da década de 40, o cinema foi transferido para o salão de festas, nos
Altos da Casa Brasil, que pertencia a um comerciante chamado Coronel João Alt.
Já na década de 50, Sr. Chiquinho associou-se com o Sr. Caetano Fittaroni e o
cinema veio para o centro da Vila. Era a maior diversão na região. Nessa época,
já com um projetor 16mm e filmes sonorizados, o Cine Rosal encantava a todos
com Bang Bangs, Tarzan, O Gordo e o Magro, Os Três Patetas, Jerry Lewis, os
grandes dramas como Sissi a Imperatriz, La Violetera, e comédias de Mazzaropi e
Grande Otelo, etc.
Com a chegada do cinema
Ascopi, Sr.Chiqunho, sua filha Sandra e o amigo João Carlos Alt, tiveram que
construir uma nova tela, pois a antiga não mais os servia.
Nos anos 70, lá estava o
Cine Rosal a todo vapor, no estilo cinemascope, com filmes coloridos e a 7ª
Arte trazendo Bruce Lee e lutas marciais, vindas do oriente.
Com a chegada da TV, final
dos anos 70 e início de 80, o cinema foi perdendo espaço para a mesma. Assim,
Sr Chiquinho adaptou uma sala para 70 pessoas na antiga sede da Lira 14 de
Julho, que funcionou por pouco tempo. E, hoje, só resta a saudade do Cine
Paradiso de Rosal e a grande contribuição deixada por Chiquinho Nunes, da 7ª
Arte, que encantou várias gerações da Vila Rosalense.
Francisco Nunes, com sua esposa Amélia, estabeleceu um cinema no distrito de Rosal, entre o final de 1920 e fim de 1970 |
CINE SÃO GERALDO
Segundo Maria Apparecida Viestel, "no período da 2ª Guerra Mundial, o alemão Carlos Hirsch, que veio para Bom Jesus com o objetivo de instalar uma padaria, acabou estabelecendo o CINE SÃO GERALDO, em Bom Jesus do Norte (ES), próximo à ponte, no prédio que está intacto até os dias de hoje.
Recordo-me que ele trouxe um piano para o cinema. Carlos Hirsch tocava piano e violino e mantinha outro piano em sua casa, localizada ao lado do cinema. Sua filha, Elba Hirsch, também tocava piano. Cheguei a estudar piano com ela. O alemão costumava alugar a parte de cima do prédio para festas. Seu filho, Otto Hirsch estabeleceu, por sua vez, na esquina da Praça Governador Portela com a rua dos Mineiros, um conceituado bar. Padre Mello costumava frequentá-lo para tomar vinho. Esse cinema funcionou até o início da década e 1950".
O Cine Monte Líbano foi inaugurado pelo libanês Merhige Hanna Saad no dia 14 de agosto de 1950, com capacidade para mil pessoas, nada devendo aos melhores teatros da capital. O local recebeu os maiores nomes do teatro e da música brasileira.
Cine Monte Líbano |
O Cine Monte Líbano foi inaugurado pelo libanês Merhige Hanna Saad no dia 14 de agosto de 1950, com capacidade para mil pessoas, nada devendo aos melhores teatros da capital. O local recebeu os maiores nomes do teatro e da música brasileira.
O Cine Monte Líbano fechou suas portas em 1989. No dia 19 de novembro de 2002, o Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro publicou o tombamento provisório pelo INEPAC (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural).
CINE + |
Jorge Ferreira da Silva, proprietário do Cine+ |
O Cine + foi fundado no ano de 2000. É o que diz Jorge Ferreira da Silva, o atual proprietário da empresa.
Segundo ele, "foi Maermes Devidor Justus, do município de Alegre (ES), quem estabeleceu o cinema". O filho dele passou a estudar em Itaperuna (RJ) e Maermes resolveu estabelecer um negócio para que ele pudesse administrar.
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