Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Iara Ladvig Budelon nasceu em 1965 em Porto Alegre (RS). Aos 16 anos escreveu o primeiro romance “Areias Escaldantes”, não publicado. Na escola de Ensino Fundamental Visconde de Pelotas participou de concursos literários promovidos pelo Grêmio Estudantil, onde foi incentivada pela orientadora educacional Vânia Mendes e a professora de língua portuguesa Maria Teresinha Sentinger.
Em 1982, participou deconcurso literário promovido pela LBA/Sul Brasileiro, no Ano Nacional do Idoso na categoria conto, obtendo menção honrosa. Graduada em Serviço Social (1994), com extensão em Gestão do Desenvolvimento Humano pela ULBRA-RS, trabalhou na Gestão de projetos governamentais em prefeituras do interior. Graduanda em Direito, blogueira e escritora freelance, Iaraescreve emtodos os gêneros: poesia, crônica, contos, romance e artigos de opinião. É autora do livro “Nós Desfeitos de Nós – Desafios”, no gênero autoajuda, em 2011 pela Editora Alcance.
“Por se tratar de um romance histórico, equilibrar na ficção a verossimilhança com a historiografia, criando um espaço de diálogo coeso entre realidade ficcional e empírica, buscando e despertando a interação crítica do leitor.”
Boa Leitura!
Escritora Iara Ladvig Budelon, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que a inspirou a escrever o romance “La Casa Amarilla”?
Iara Budelon - Primeiramente, agradeço a oportunidade de participação e divulgação do meu livro. A inspiração para escrever o romance “La Casa Amarilla” se deve a sonhos recorrentes entre a fase da adolescência e a idade adulta. Costumava sonhar com uma casa amarela, me sentindo íntima daquele ambiente, como se realmente morasse ali. O sonho gerava um déjà vu. Um dia, ouvindo a trilha sonora de Gypsy King, tive vontade de escrever um romance, e a casa amarela seria o cenário perfeito, envolvendo descendentes de espanhóis, um amor quase impossível pelos ditames morais impostos à época, uma mulher forte e destemida lutando para sobreviver em tempos difíceis marcados pelo jugo do coronelismo, a cultura machista segregadora de direitos, ganância e preconceitos de gênero, raça e social, revelando aspectos desumanos da história da humanidade;aspectos esses, que se prolongam no tempo, com uma acuidade deficitária da percepção do outro. Iniciei a escrever o romance em 2010, e terminei em 2011, quando fiz o registro da obra no Escritório de Direitos Autorais – EDA. Na época, encaminhei em arquivo Word para algumas editoras em São Paulo, para fins de avaliação da obra. Somente esse ano foi possível a publicação.
Como foi a escolha do título?
Iara Budelon - O título surgiu em decorrência do sonho com a casa amarela, ambientando o enredo em torno dela.
Apresente-nos a obra.
Iara Budelon - O romance histórico é ambientado em 1927, na cidade fictícia de Pinedos. Uma família de descendentes espanhóis, os Saavedra, é dizimada por doenças mortais, restando apenas mãe e filho, Teresa e Alejandro.Com pouco dinheiro e muitos hectares de terras férteis, recomeçam praticamente do zero. Com a escassez de recursos, reconstroem o casario amarelo, bastante desgastado pelas ações do tempo, e investem na cultura do café.
Em um passeio pela cidade, Teresa conheceu o vizinho lindeiro. E após anos de viuvez, entregou-se a uma paixão, entre uma série de encontros e desencontros amorosos. O bucólico se manifesta em cenas inquietantes, ou mesmo mornas, instigando o leitor a um quebra-cabeça de indagações.
Teresa, soberana em suas decisões, tornou-se a própria vilã ao entregar-se ao claustro dos ditames morais da época.
Quais os principais personagens que compõem a trama?
Iara Budelon -Teresa, protagonista; Esteban, fazendeiro de origem hispânica e lindeiro de Teresa; e Antônio, administrador da Fazenda Saavedra.
Quais os principais desafios para escrita do romance?
Iara Budelon - Por se tratar de um romance histórico, equilibrar na ficção a verossimilhança com a historiografia, criando um espaço de diálogo coeso entre realidade ficcional e empírica, buscando e despertando a interação crítica do leitor.
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