Durante toda sua vida, o Imperador voltou-se especialmente para o aprendizado de idiomas; estudou grego, latim, inglês, francês, italiano, provençal, alemão, tupi guarani, hebraico, sânscrito, árabe ...
Seu talento para tradução foi descoberto por seus netos Dom Luiz e Dom Pedro em 1889, que publicaram um livro de traduções e poesias de Dom Pedro II;
Encontra-se, além de suas poesias, as traduções de poemas de Victor Hugo, Leconte de Lisle, Félix Anvers, Henry Longfellow, John Whittier, Alessandro Manzoni, entre outros,
num total de 2176 poemas; traduções de 200 canções, 3 cantos do Inferno da Divina Comédia e 9 cantos religiosos.
Como a maioria dos intelectuais brasileiros do período, Pedro II tinha o francês como a língua de literatura e cultura. Isso se expressa na quantidade de poemas cuja tradução se deu a partir do francês.
Foi também o primeiro no mundo a traduzir “Mil e uma noites” diretamente do Árabe para o Português.
Também se dedicou por 4 anos a tradução da Obra “Odisseia” de Homero do Grego para o Francês e Português.
Dom Pedro não traduzia com o objetivo de fama literária, nem mesmo com a ambição de publicar livros. Traduzia por prazer, para treinar o conhecimento e a fluência nos vários idiomas que cultivava.
Embora sua atividade tradutória esteja inserida em um contexto mais pessoal do que político, as traduções que D. Pedro realizou a partir do hebraico adquiriram relevância perante historiadores da cultura judaica que reverenciam a atuação do imperador na preservação da memória do povo judeu.
Muitas de suas traduções podem ser encontradas na Biblioteca Nacional RJ, Acervo de pesquisa do Museu Imperial de Petrópolis RJ e na Biblioteca Nacional de Paris França .
.
.
.
...
...
...
...
...
...
Fonte: DOM PEDRO II: O IMPERADOR TRADUTOR, ROMEU PORTO DAROS
Enviado por Antonio Soares Borges
Nenhum comentário:
Postar um comentário