As incansáveis mãos do mestre artesão Daniel de Lima, calejadas de criação e poesia, hoje se abrem em gesto de oferta no Sítio El Shaday, em Casimiro de Abreu.
Dona Ivanilda acolhe, com seu sorriso de casa aberta, aqueles que chegam para aprender, mas acabam descobrindo muito mais do que técnicas: encontram retorno à própria essência.
As oficinas são arte e terapia.
São encontros de corpos, de almas e de sonhos que se moldam como o barro úmido entre os dedos.
Cada peça nasce do silêncio, da respiração, do toque, e, ao mesmo tempo, do riso que ecoa leve pelo terreiro.
Enquanto isso, no fogão a lenha, a comida se prepara lentamente, como a vida deveria ser: sem pressa, sem protocolos, destinada a ser partilhada.
O cheiro da lenha queimando mistura-se ao aroma da terra molhada, criando um perfume de memória.
Entre galinhas que ciscam, o porco que grunhe curioso, o cavalo que observa com olhos antigos e sábios, dona Ivanilda, o esposo, filhos e netos constroem um espaço onde o tempo caminha descalço.
Aqui, a vida encontra seu passo natural, sem atropelos, sem ruídos desnecessários.
O cheiro da mata.
O toque do barro.
As mãos que moldam e são moldadas.
Ali, semeia-se alegria e esperança.
Porque onde há barro, há criação.
E onde há partilha, há futuro.
No Sítio El Shaday, sob a batuta do Mestre Artesão Daniel de Lima, o mundo se reinventa, peça por peça, gesto por gesto, como se a própria terra respirasse poesia.
Que maravilha, parabéns para o mestre, e todos que aprendem e ensinam!
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