domingo, 27 de julho de 2014

O MOTORISTA DE ROBERTO SILVEIRA



Áureo Fiori foi motorista de Roberto Silveira em duas ocasiões


Quando Roberto Silveira foi candidato a deputado estadual, em 1950, Áureo Fiori foi seu motorista em duas oportunidades. O pai deste, Walter Fiori, residente no distrito de Rosal, determinou que ele levasse Roberto a vários locais no "fordeco", um Ford 1929. Deixemos que Áureo dê seu relato:

" Fui motorista de Roberto Silveira em duas oportunidades. Ele ia  de Bom Jesus até Rosal, onde eu morava. Como eu era motorista de meu pai, recebi a missão de levá-lo, a partir de Rosal, às localidades de Água Limpa e Arraial Novo. Em Arraial Novo, visitamos Quinca Bento. Na Água Limpa, fomos às casas das famílias de Privato Capaccia, Degli Esposti, Alípio Brasil,  Astrogildo de Paula, Guilherme Degli Esposti e Chico Nazaré. Na outra ocasião, fomos ao Monte Azul, Bálsamo, Piedade, Santa Rita do Prata, Cruz da Ana e Varre-Sai".

Roberto Silveira em uma fábrica de doces em Bom Jesus do Itabapoana, ao lado do prefeito Gauthier Figueiredo (D) (Acervo de Adilson Figueiredo)

Prossegue Áureo Fiori: "Roberto era uma pessoa carismática, muito simpática e carinhosa. Com ele não havia distinção de pessoas, rica ou pobre, branco ou negro. Era muito extrovertido. Ele puxou Boanerges, assim como Zequinha. Já Badger era mais reservado, como sua mãe, a Biluca", assinalou. 

Roberto Silveira  na Praça Governador Portela
 
Áureo se recorda que, na primeira visita de campanha, Roberto acabou almoçando cerca de 5 vezes: "Quando Roberto chegava nas casas, tudo era festa e as famílias faziam questão de prepararem um prato para ele. Assim é que Roberto acabou comendo taioba, torresmo, angu e feijão, além de tomar café de garapa, em cinco das casas visitadas. Após sairmos da residência de Chico Nazaré, a última casa percorrida, Roberto teve, contudo, uma diarréia. Eu tive de parar o carro na estrada para ele entrar no mato", conta, sorrindo.

Na outra viagem de campanha, Áureo se recorda de ter visitado, na região do Monte Azul, " Tião Gonçalves, o comércio de Manoel Motta, o Tutuca, filho do Sinhorinho Motta, a Fazenda do Farol, Fioravante, da família Guaris, Tiaguinho Vargas, Germano, da família Peroca, em Santa Fé, e Chico Gomes, da família de Loló Pimentel".

"Roberto Silveira só conversava coisa boa, tinha saída para todo o tipo de conversa. Era super comunicativo. Meia hora de conversa com ele, e a gente se afeiçoava. Importante lembrar que Roberto fazia a campanha sem qualquer recurso financeiro. Os carros em que ele fazia campanha, por exemplo, eram cedidos pelo Tito Nunes e por Vitalino, irmão de Neneco", salienta Fiori.

De acordo com Áureo, "naquela época, eleição era coisa séria e as pessoas tinham que escrever o nome do candidato escolhido, na hora de votar. Recordo-me que, quando votei para presidente da República, votei: Dr. Getúlio Dorneles Vargas, do PTB".

Walter Fiori, pai de Áureo Fiori, possuía dois veículos (Acervo de Áureo Fiori)


Áureo Nunes Fiori nasceu no dia 7/12/1933, em Rosal. Filho de Walter Fiori e Zenith Nunes Fiori, seus avós paternos são Elpídio Estêvão Fiori e Emília Fonseca Fiori, enquanto os avós maternos são Anselmo Nunes e Leopoldina Nunes. Os bisavós maternos são Francisco Nunes e Leopoldina, enquanto seu bisavô paterno veio da Itália. Posteriormente, tornou-se músico e maestro. Em 2012, O NORTE FLUMINENSE realizou entrevista com Áureo Fiori, que pode ser acessada em http://onortefluminense.blogspot.com.br/2012/01/o-trombone-de-rosal.html







 

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