quarta-feira, 19 de junho de 2019

Os 80 anos da Lira Operária Bonjesuense e os 139 anos da primeira Lira de Bom Jesus


Lira Operária Bonjesuense, comandada pelo Maestro Nilo Rodrigues de Oliveira, no pátio do ECLB (Espaço Cultural Luciano Bastos)

Falar nos 80 anos da Lira Bonjesuense exige que falemos também de todas as Liras que existiram em nosso município, desde 1880, quando formou-se a primeira agremiação, comandada pelo maestro Félix Joaquim de Souza Machado, tendo Carlos de Aquino Xavier Júnior como um de seus principais músicos.

As Liras sempre estiveram presentes em nosso município. Quando uma agremiação findava, logo era substituída por outra. A história das Liras em Bom Jesus do Itabapoana pode ser contada, portanto, por 139 anos!

Quem fez um trabalho magistral de pesquisa sobre as Liras bonjesuenses foi um dos maiores poetas do país, nosso conterrâneo, Elcio Xavier, que completou 99 anos de idade no dia 7 de maio deste ano.

Segue, portanto, seu memorável texto.




  Elcio Xavier e os filhos Rogério Loureiro Xavier, Rita de Cássia Loureiro Xavier Kisukuri, Regina Loureiro Xavier e Rosete Loureiro Xavier Nascimento,no ECLB


AS LIRAS BONJESUENSES

Elcio Xavier


            Era uma leve e tranquila tarde de agosto de 1950. Eu gozava merecidas férias em Bom Jesus.
            Em casual encontro de meu avô Samuel (músico na juventude), meu tio Levy (extraordinário trompetista, maestro e compositor) e o neto autor destas linhas, discutíamos banalidades quando o som longínquo de uma Banda deslizou sobre as águas do velho Itabapoana. Foi o estopim para se falar entusiasticamente sobre Liras Musicais.
            O avô emocionado lembrou da primeira Banda do Arraial e se fixou na segunda, de 1890, onde atuara com seu bombardino. E falou também sobre outras corporações musicais que surgiram ao longo dos anos. Levy, com o entusiasmo de um jovem, descreveu sobre as Bandas que encheram de alegria e desilusões sua vida de músico.
            Falou-se também das Bandas de cidades e vilas que circundam Bom Jesus, e das bandinhas de curta vida, montadas para abrilhantar as festas da Aldeia.
Dessa reunião programada pelo acaso saiu a relação abaixo que estava gravada na lembrança de cada um deles com detalhes que enriqueceram a grandeza dessas citações tão valiosas para a memória de nossa terra.
Eis a seguir, de forma sucinta, a relação das Bandas que despertavam a Vila em suas alvoradas, alegravam a Praça da Matriz e enchiam de orgulho o ordeiro povo bonjesuense.

1ª BANDA - criada em 1880, porém de curta duração.
Maestro: Feliz (Felix Joaquim de Souza Machado, um excepcional músico de grandes virtudes)
Componentes:
Candoca (Carlos de Aquino Xavier Júnior) grande pistonista. Tocava qualquer instrumento; Quincas Bastos(Joaquim Sérgio Bastos); Nhonho Fragoso (José Candido Fragoso); João Fragoso; João Reduzino; Eusébio Sales – Grande pistonista e outros nomes não lembrados.
             
2ª BANDA - organizada em 1889 (1889 - 1895) - BANDA DOS GAROTOS
Maestro: Feliz (Felix Joaquim de Souza Machado)
Componentes:
Samuel Xavier; Júlio Xavier; Adílio de Aquino; Aniz de Aquino; José Xavier Leite; Virgílio Xavier Bastos; Amado dos Santos; Roldão dos Santos; Aristides Reduzino; Francisco Bifano e outros nomes que a memória não reteve.
             
3ª BANDA - (junho de 1911 até 1915 ou 1916) - LIRA DA MOCIDADE
Fundador: Padre Mello
Maestro: Alfredo Brasil (grande requintista)
Componentes:
Lauro Paranhos; Antenor Benigno; Roldão dos Santos; Amado dos Santos; Juvencio José Teixeira; Aristides da Silva; Euclides Xavier Bastos, Juvenal Xavier Bastos e José Xavier Bastos (filhos do Candoca); Lauro Pimentel; Mertídio Ginger e outros nomes que a memória não reteve.

4ª BANDA - (fim de 1911 / início de 1912 até 1914) - LIRA DEMOCRATA
Maestro: Júlio de Aquino Xavier (grande clarinetista - tocava qualquer instrumento)
Componentes:
Eustáquio da Silva (Taco); Nominato da Silva; Amado dos Santos; Euclides Xavier (filho do Candoca); Homero Xavier (filho de Samuel A. Xavier); Antenor de Oliveira; Aristides da Silva; Carolino Hanman; Horácio Elias de Moraes; Mertídio Ginger e outros nomes que a memória não reteve.

5ª BANDA - (1918 a 1919) - LIRA DO COMÉRCIO
            Esta Banda foi incorporada à BANDA DO TIRO 307.
Maestro: Peixoto
Componentes:
Amado dos Santos; Roldão dos Santos; José Bastos Xavier (Juca do Candoca); Homero Xavier (irmão de Levy); Lauro Paranhos; Florestan Alves de Freitas; Antenor de Oliveira; Nilo Constantino da Silva; Cornélio Teixeira; Pedro Borges e outros nomes que a memória não reteve.

6ª BANDA - (1920 a 1921) - BANDA DO TIRO 307
Talvez a melhor já fundada em Bom Jesus.
Maestros: Peixoto - melhor músico aparecido em Bom Jesus; tocava qualquer instrumento com perfeição; Benedito Marques e Leopoldo Muylart
Componentes:
Grupo de 28 músicos, entre os quais:
Homero Xavier; Gil Xavier; Levy Xavier; José Bastos Xavier; Oswaldo Santos; José Elias de Moraes; Roldão dos Santos; Amado dos Santos; Nilo Constantino da Silva; Lauro Paranhos; Cornélio Teixeira; Florestan Alves de Freitas; Antônio Oliveira; Manduca.

7ª BANDA - (1921 a 1922) - LIRA DOS OPERÁRIOS
Maestro: Leopoldo Muylart - que organizou em 1922, a primeira orquestra que tocava no Cinema Bom Jesus durante as sessões.
Componentes:
Esta Banda foi criada pelo Centro Operário, incorporando todos os
músicos da 307.

8ª BANDA - (1926 - 1931) - LIRA FUTURISTA
            Foi a melhor Banda, depois da BANDA DO TIRO 307.
Maestros:     Leopoldo Muylart  - de 1925 a 1926; Baêta Filho; Clóvis Brandão e Nilo Constantino da Silva.
Componentes:
José Bastos Xavier (Juca); Levy Xavier; Homero Xavier (irmão de Levy); Adalto Xavier (irmão de Levy); Walter Rosa; Hermogenio Rosa; João Soares Lucas; José Malaquias; Ludgero Costa; Manoel Sérvulo; Júlio Barreto; Roldão dos Santos; Nilo Constantino da Silva; Lauro Pimentel; Nelson Medina; Raymundo Gomes; Cornélio Teixeira e outros nomes que a memória não reteve.
             
9ª BANDA LIRA OPERÁRIA BONJESUENSE
            Fundada em 09/09/1939, com o nome de Sociedade Musical União Operária.
            Em agosto de 1941 passou a se chamar LIRA OPERÁRIA BONJESUENSE.
Maestros:     José Cirino Júnior; Alberto Peçanha; Levy Xavier; Nilo Constantino da Silva; Ramon Rodrigues; Áureo Nunes Fiori e Nilo Rodrigues de Oliveira.
                                   
Primeiros Componentes que a memória registra:
Criveland Araújo; José Elias de Moraes; Ronaldo Silveira Araújo; Samuel Cerqueira Xavier; José Marques; Walter Boechat; Walter Rosa; Antonio Raimundo; Arlindo Silva; Roldão dos Santos; Cornélio Teixeira; Itamar S. Xavier; José Pendé.

_______________________________________________________________

NOTA ESPECIAL DE 2018
Vale ressaltar, emocionado, a vitoriosa trajetória dessa briosa Lira Operária Bonjesuense, berço da formação de grandes músicos ao longo de sua quase centenária existência.
Meu fraterno abraço ao amigo Maestro Nilo, condutor atual da nossa querida “Furiosa”.
             



OS DOCUMENTOS OFICIAIS DA LIRA OPERÁRIA BONJESUENSE


Nilo Rodrigues de Oliveira comanda, com idealismo, a Lira Operária Bonjesuense

No dia 09 de julho de 1939, sob o comando de Osório Carneiro, e com secretaria de Esio Martins Bastos, foi constituída uma Junta Administrativa para dirigir a Sociedade Musical União Operário, posteriormente nominada de Lira Operária Bonjesuense, até a aprovação do regimento interno.

A Junta Administrativa ficou constituída de Antônio Gonçalves, Antônio Martins e Alcebíades Peixoto. A organização do regimento interno ficou a cargo de Arlindo Barbosa, Jair Silve e Ésio Martins Bastos.

Participaram da mesa Felipe Luiz, Olívio Bastos, Sebastião Alfeu da Silva e Antônio Gonçalves.
A fundação da Sociedade Musical União Operária ocorreu, contudo, no dia 02 de maio de 1940, sendo seu primeiro presidente Aníbal Pinheiro Guimarães.

No dia 12 de agosto de 1941, a Assembleia alterou, acolhendo sugestão de Antônio Tinoco de Oliveira, o nome da entidade para Lira Operária Bonjesuense.

O NORTE FLUMINENSE publica, a seguir, com exclusividade, o histórico da entidade, de acordo com documentos oficiais.
gino50017 gino50018 gino50019 gino50020 gino50021 gino50022 gino50023 gino50024 gino50025 gino50026 gino50027 gino50028 gino50029 gino50030 gino50031 gino50032 gino50033

A consagrada escritora Vera Maria Viana homenageou um dos grandes nomes da Lira Operária Bonjesuense, o Professor Bastião, responsável pela formação de gerações de músicos como os Maestros Nilo Rodrigues e Áureo Fiori e a própria Vera Viana.



Vera Viana também publicou um importante texto sobre as Liras existentes em nosso município, que segue abaixo.


Banda do Chico Gomes, fundada no dia 26 de julho de 1911, na Fazenda Barra Funda


BANDAS DA NOSSA HISTÓRIA
...........................................................Vera Maria Viana Borges


...................................“A música é celeste, de natureza divina e de tal beleza que encanta a alma e a eleva acima da sua condição” (Aristóteles). Uma boa música nos transforma, nos eleva, nos acalma, nos toca profundamente e nos leva a um estágio de paz. É arte, sendo a linguagem da alma que se expressa através da voz, de instrumentos musicais e outros artifícios. Aqui no Vale do Itabapoana ela floresceu abundantemente.
...................................Segundo registro garimpado pela historiadora Maria Cristina Borges, no ano de 1900 já existia na Barra do Pirapetinga uma banda musical, fundada e regida pelo Professor Joaquim Teixeira Magalhães (Quinca Magalhães). A Banda era formada por seus filhos Josino Teixeira Magalhães, José Teixeira Magalhães, Sebastião Teixeira Magalhães (Tatão Magalhães, um dos fundadores da Lira 14 de Julho, de Rosal) e outros membros de sua família, somando 14 músicos. A Banda era mantida pelos Teixeira Borges e o principal incentivador foi Antônio José Borges, o Borginho. Por volta de 1926 seus componentes eram: Sebastião Teixeira Magalhães, Joaquim Teixeira Borges, Elias Moraes Borges, Antônio Teixeira Borges (Antoninho), Adolfo Moraes Borges, Rui Borges de Moraes, Leny Xavier Borges, Alcebíades Justino, Alcides Lima, João Justino, Aristides Nobre e Pedro Roza. Em reconhecimento ao trabalho dos Teixeira Borges, Tatão Magalhães compôs o dobrado intitulado “TEIXEIRA BORGES”.
...................................Feliciano de Sá Viana e Ambrosina de Sá Viana, meus bisavós, chegaram à Fazenda da Prata, oriundos das Minas Gerais em 1862. Apaixonados por música, decidiram adquirir um piano, o primeiro do Vale do Itabapoana, a princípio tocado por um escravo vindo de Diamantina, pianista dos bons. Forte foi a emoção aos primeiros acordes que quebraram o silêncio daquelas matas e daqueles cafezais. Passaram os Sá Viana a organizar saraus, atraindo pessoas da vizinhança e alegrando sobremaneira a todos os que vinham dançar e apreciar as bem executadas valsas da época. Contratou-se a seguir o Professor “João Lino”, iniciou-se assim a realização do sonho do fazendeiro. Os filhos, Romualdo, Eulália, Aureliano, Adélia (Sinhazinha), Elpídio, Henrique, Malvina, Adolfina (minha avó), Mulata, Adelaide, Diana, Abílio e Julinho se entusiasmaram e logo formaram conjunto com clarinetas, trombones, contrabaixos, Sax Horn, requinta e piano.
...................................Mudando-se para a Fazenda União, mais próxima de Rosal, ficou mais próximo de seu amigo e compadre Luís Tito de Almeida (Lulu), sogro de seu filho Elpídio que desposara Elzira. Lulu já se contagiara com a música e se tornara músico ardoroso, o que transmitiu também à sua descendência. Era presença constante em suas festas. Tocavam em ladainhas, casamentos e festas em geral, até que um dia reuniram-se Lulu (Luís Tito de Almeida), Elpídio de Sá Viana, Durval Tito de Almeida, Custódio Soares de Oliveira, Sebastião Magalhães e Elias Borges, iniciando o trabalho de formação da Corporação Musical 14 de Julho, que tem como data oficial de sua fundação, 14 de julho de 1922. Continua firme e vibrante com retretas nas praças, espalhando vida e alegria por onde passa, com suas marchas, dobrados e peças do cancioneiro popular.
...................................Chico Gomes também veio de Minas, casou-se com Ana Alves Pimentel, oriunda do “SACRAMENTO” e do matrimônio advieram dez filhos, Júlio, José, Sebastião, Francisco (Quiquito), Amélia, Itelvina, Mário (pai do Dr. Antônio Bendia), Cecílio, Honorelino e Álvaro, criados na Fazenda Barra Funda no distrito de Rosal. Já trouxe de sua terra a paixão pela música e em especial pelo bombardino que executava com maestria. Convivendo com os Sá Viana que já haviam feito repercutir o gosto musical naquela região, os filhos cresceram com a hereditariedade dos dons musicais e com a influência do meio. Então pai, filhos, sobrinhos, afilhados e vizinhos mais um compadre de Varre-Sai que além de tocar clarineta era maestro (Maestro Ernestino), formaram para os festejos de SANTANA em sua Fazenda, no ano de 1911, a Banda que marcou época, a Banda do Chico Gomes: Mário e Honorelino tocavam sax, Júlio batia o bumbo, José Gomes e José Pimenta tocavam contrabaixo, Sebastião tocava trombone, Quiquito e o maestro tocavam clarineta, Álvaro e seu pai que era o próprio Chico, o dono da Banda tocavam bombardino, João Laurindo tocava barítono, enquanto seu sobrinho Dionísio e Antônio Laurindo tocavam piston. Constantemente havia encontro das Bandas. Chico Gomes era avô do Dr. Antônio Bendia de Oliveira, nosso confrade da Academia Bonjesuense de Letras, tio-avô do emérito Professor Héliton Dias Pimentel, avô do Ilustre Professor Anízio Gomes Pimentel e bisavô da ANÍZIA MARIA AGUIAR PIMENTEL, da Escola de Música JEMAJ MUSICAL. Elemento de uma Banda tocava também na outra; foram se casando e misturando as famílias e finalmente todos se tornaram parentes, acabando praticamente numa só família.
...................................Reinava paz e muita harmonia entre os laboriosos incentivadores da música de nossa amada terra, as famílias se entralaçaram com os casamentos dos filhos e as almas se uniram na fraternidade, no amor e no idealismo. Tudo era motivo para festejar. Não tocavam somente em festas, tocavam também apenas para eles próprios, para o enlevo da alma, cultivando das artes, a mais bela e nobre, e enchendo de alegria aquele sertão.
...................................Elpídio de Sá Viana (meu tio-avô) organizou na década de 40 uma filarmônica em São José do Calçado. Inicialmente contou com cinco de seus filhos: Luís, Antônio, Feliciano (Nenem), Hélio e Geraldo, todos excelentes músicos e procurou completar o grupo com elementos da localidade a quem ministrava aulas. A filarmônica recebeu o nome de “Euterpe São José”, mais tarde passou a “Lira 19 de Março”, apresentando-se impecavelmente uniformizada e executando sempre com perfeição o vasto e riquíssimo repertório.
...................................A Lira Operária Bonjesuense nossa amada, aplaudida e admirada “Furiosa” foi fundada e registrada no dia 12 de dezembro de 1940.
Música é saúde, música é vida. Quem canta seus males espanta. Já dizia William James: “O pássaro não canta porque está feliz, mas sim está feliz porque canta”. Vamos à VIDA!
 

VÍDEOS DA LIRA OPERÁRIA BONJESUENSE


O pesquisador Antonio Soares Borges, conhecido como o "Embaixador Bonjesuense", é um apaixonado por nossa Lira. Ele postou dois vídeos sobre a "Furiosa", que postamos a seguir.





MAESTRO ÁUREO FIORI, UM ÍCONE DA LIRA OPERÁRIA BONJESUENSE

Áureo Fiori, um patrimônio da cultura bonjesuense

Áureo Nunes Fiori nasceu no distrito de Rosal, em Bom Jesus do Itabapoana (RJ), no dia 07 de dezembro de 1933, filho de Walter Fiori e Zenith Nunes Fiori.

De família de avós e tios músicos, desde cedo desenvolveu sua habilidade para esta arte, principalmente a partir da Lira 14 de Julho, onde iniciou o aprendizado de tambor e tarol.



Áureo Fiori se recorda de que quando tinha 7 anos de idade, trocou "pela primeira vez o suspensório por cinto. E quando participava da  alvorada no dia 14/07/1940, ao romper na rua Francisco Diniz, o tambor que tocava apoiado no cinto acabou arriando o calção", deixando a parte as partes baixas de Áureo à mostra de todos. "Foi um riso geral e a banda teve de suspender a apresentação" até o jovem instrumentista se recompor com suas vestes.

Áureo teve três professores de música, destacando o professor Sebastião Gomes Filho,conhecido como "Fio Bernardo". O segundo professor de música foi o "negro Sebastião Ferreira" e o terceiro, Ezequiel Tito de Almeida, seu tio "Tuca".

Recorda-se que tinha de estudar a cartilha musical "Alex Garudet", de Carlos Gomes, e se por ocasião da prova acontecesse de tocar alguma nota errada, seu professor o "convidava" a retornar a fazer a prova na semana seguinte.

Na escola regular,estudou na Escola Isolada de Rosal até a 4a.série,tendo como professoras Altiva Alti, Rosinha e Guiomar,esposa de Gauthier. Devido à sua estatura (conta com mais de 1,80 m), Áureo foi também requisitado a atuar como goleiro nos tempos de juventude.

 Áureo Fiori e Orlando Silva, no Big Hotel


Foi prestar o exame de admissão em Campos dos Goytacazes,no Colégio Batista,quando contava com 13 anos, mas não obteve êxito. Posteriormente, seu pai o matriculou na Escola Mercês Garcia Vieira, em São José do Calçado (ES). Em seguida, mudou-se para Cachoeiro de Itapemirim (ES),onde estudou no "Ateneu Cachoeirense", ligado à Igreja Presbiteriana. Tratava-se de um colégio industrial onde estudava em troca do trabalho realizado para a construção do prédio do educandário. Foi ali que aprendeu a respeito de 7 profissões.

Quando completou 18 anos de idade, tentou servir o Exército no Espírito Santo e no Rio de Janeiro,mas só conseguindo se alistar no Tiro de Guerra de Rosal, que estava sob o comando do "Sargento Raul".

Áureo possui quatro filhos:Sueli,professora aposentada,Walter e Walder, funcionários da Embratel no Rio de Janeiro e Suelena, professora em Bom Jesus do Norte(ES). Possui quatro netos.

Casou cedo, com cerca de 22 anos de idade, com Virgínia Capacia, que morva na na região de Água Limpa, em Rosal.

Seu pai era farmacêutico e proprietário da Farmácia Confiança,em Rosal.

Áureo diz que nunca gostou de ser maestro, porque "não tocava instrumentos". Seus instrumentos prediletos são o trombone e a clarineta.

     Áureo Fiori e a Lira Operária


Foi maestro da Lira Operária,em Bom Jesus do Itabapoana (RJ),por cerca de 22 anos.

Depois da Lira Operária, Áureo Fiori foi maestro da Lira 26 de Julho, de Apiacá (ES),onde atuou por cerca de 8 anos, durante o último ano da gestão da prefeita Hilda Bastos e durante os mandatos do prefeito Aladir Chierici. Na ocasião, recebeu o título de cidadão apiacaense. Foi maestro também da Banda do Colégio Ari Parreira, de Laje do Muriaé (RJ).

Atuou ainda na Lira 19 de março, de São José do Calçado (ES), até 2010, quando, devido a uma queda, fraturou o fêmur, o que o impossibilitou de continuar seu trabalho.

Colaborou na fundação da Banda de Música do Colégio Padre Mello, de Bom Jesus do Itabapoana, da Banda Marcial Terezinha Juliana,em são José do Calçado, da Banda do Colégio Zélia Gisner e da Banda do Colégio Antonio Honório.

     Áureo Fiori no comando da Banda do Colégio Rio Branco


Na década de 1960, foi maestro da Banda de Música do Colégio Rio Branco. "O Dr.Luciano Bastos me convidou para organizar uma Banda nos moldes da Lira Operária. A Banda do Colégio Rio Branco se apresentou no Clube Caio Martins em Niterói e no tradicional educandário daquele município, o São Vicente de Paulo".

          Áureo Fiori e banda na réplica da Usina Hidrelétrica, na Praça Governador Portela


Com a paralisação da Banda do Colégio Rio Branco, "o dr.Luciano Bastos resolveu doar os instrumentos para a Lira 14 de Julho, de Rosal,permitindo que esta tradicional Lira se reerguesse novamente".

Em 1970, houve um encontro histórico com o consagrado cantor Orlando Silva, nas dependências do Big Hotel. No ano de 1979, encontrou-se em Niterói(RJ) com o famoso maestro bonjesuense Walter Rosa, que trabalhava para a TV Globo, ocasião em que recebeu de presente por parte do mesmo um saxofone e uma clarineta.




Atualmente, com espírito juvenil, leva adiante o projeto da Lira Calheirense Maestro Áureo Fiori, desenvolvido em parceria com a Associação dos Amigos do Memorial Governadores Roberto e Badger Silveira. Ele leciona música gratuitamente para jovens, dando de si para a construção de um mundo melhor.


Áureo Fiori deu aulas gratuitamente para os jovens da Escola Municipalizada Cel. Luiz Vieira de Rezende

PARABÉNS, LIRA OPERÁRIA BONJESUENSE! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário