Elcio Xavier: um dos grandes poetas do país participou de um Bate-papo histórico |
Se uma tenda pode ser entendida como uma barraca desmontável, a Tenda Cultural Elcio Xavier, estabelecida na Praça Governador Portela, por ocasião da Festa de Agosto, pode ser compreendida, pelas dimensões de sua repercussão, como uma uma Tenda Imortalizada.
A escolha do Secretário de Cultura, Turismo e Urbanismo, Bob Flávio, e do prefeito Roberto Tatu do nome do prestigioso poeta, com 99 anos de idade, não poderia ter sido mais adequada. Com efeito, Elcio Xavier é um bonjesuense considerado um dos grandes poetas do país.
Viúvo da saudosa professora Gedália Loureiro, filha de Mário Loureiro, coletor estadual de Bom Jesus do Norte (ES) e Maria da Conceição Loureiro, teve cinco filhos: Regina, psicóloga, Rogerio, funcionário da Petrobrás, Raquel, jornalista, Rosete, arquiteta, e Rita de Cássia, médica, com inúmeros netos e bisnetos.
No Bate-papo com Elaine Borges, Antonio Soares Borges e Gino Martins Borges Bastos, às 14h do dia 17/08, Elcio discorreu sobre a chegada da família Xavier à nossa região, no final do século XIX, e falou sobre o início da formação de Bom Jesus do Norte.
Segundo Elcio, o seu bisavô, Carlos de Aquino Xavier, mineiro de Mar da Espanha, se instalou em 1872 à margem esquerda do rio Itabapoana, em Bom Jesus do Norte (ES), estabelecendo a fazenda Jardim. Carlos teve 15 filhos, entre os quais a sua avó Baldina, que se casou com o seu primo Samuel, avô e filho de Júlio Aquino Xavier.
Elcio recordou que, em 1885, foi inaugurada a ponte de madeira sobre o rio Itabapoana, em que parte da mão de obra e todo o madeirame foi fornecido por Carlos Xavier.
Lembrou do tempo em que residiu na Serra do Tardin, com recordação especial do seu cavalo Ventania, perenizado em uma de suas poesias.
Recordou-se, ainda, da época em que estudou no Instituto Euclides da Cunha, em Bom Jesus, do professor Orlando Azevedo, ocasião em que aprendeu a manusear um prelo manual.
Sua saída de Bom Jesus ocorreu para prestar o serviço militar no Rio de Janeiro, aos 18 anos de idade, no Forte de Copacabana, ocasião em que despertou para o gosto pela literatura, sendo apresentado a escritores como Adonias Filho, Otávio de Faria e Lúcio Cardoso, entre outros. Não obstante isso, seu coração por aqui ficou, apaixonado pela "mais bela mulher que conheci", a sua futura esposa: Gedália.
Recordou-se de Delton de Mattos, outro grande escritor bonjesuense, e falou sobre as qualidades para se tornar um poeta.
Elcio se disse emocionado por duas ocasiões. Uma, quando observou a apresentação das crianças da Escola de Música JEMAJ Musical, comandadas por Anízia Maria Pimentel: "foi uma apresentação digna, que emociona, com as crianças apresentadas como elas são". A outra foi quando conheceu o Memorial do Imigrante, uma obra "de primeiro mundo".
O público também participou ativamente do Bate-papo, interrompendo o mestre com comentários e perguntas.
As inúmeras atividades culturais qualificadas, que ocorreram na Tenda Cultural Elcio Xavier, durante a Festa de Agosto, constituíram um todo harmônico, como se fosse uma grandiosa sinfonia de Beethoven.
Com Elcio Xavier, o ser incomum é descoberto, pelo público, com o brilho que sua própria imagem revela.
Elcio Xavier é um convite ao mundo para que também sejamos incomuns, como ele.
Bate-papo com Elcio Xavier foi concorrido Elaine Borges, Antonio Soares Borges e Gino Martins Borges Bastos participaram do Bate-papo com Elcio Xavier |
BANDA REIVAX
Após o Bate-papo, a Banda Reivax (Xavier ao contrário), da família Xavier, apresentou um grande show, que encantou a todos.
Deve ser ressaltada a música "Canção para o Pai Élcio", que contagiou o público. Ela foi composta pelo seu genro Valter Kisukuri, médico de São Paulo, casado com Rita de Cássia Loureiro Xavier, quando Elcio completou 97 anos.
O compositor assinalou, na época: "música composta em comemoração aos 97 anos do nosso amado pai Élcio, pelo seu genro Valter Kisukuri e família".
Deve ser ressaltada a música "Canção para o Pai Élcio", que contagiou o público. Ela foi composta pelo seu genro Valter Kisukuri, médico de São Paulo, casado com Rita de Cássia Loureiro Xavier, quando Elcio completou 97 anos.
O compositor assinalou, na época: "música composta em comemoração aos 97 anos do nosso amado pai Élcio, pelo seu genro Valter Kisukuri e família".
Ficamos muito honrados com a homenagem prestada ao papai, que teve seu nome na Tenda Cultural.
ResponderExcluirAgradecemos o carinho e a atenção de todos, em especial ao Dr. Gino Bastos.
Foi emocionante essa homenagem. Fiquei muito feliz por estar presente nessa homenagem ao meu tio Élcio.
ResponderExcluirParabéns! Merecido! Família muito querida!
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