quarta-feira, 11 de setembro de 2019

T e n h o   C i ú m e s 
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                             Joel Boechat
     

Cantinho de
       devaneios

       Tributo a Orlando Dias


Em sonhos e devaneios
de lábios selados,  em
meu leito Estiveste.
Te amei demais...
Agora, sinto ciúmes de
tudo...


Ciúmes do amanhecer
Da cor do luzir  do Sol
Nos matizes do arrebol
Teu corpo, o Sol ilumina
e aquece
Invejo o  resplendor da
matizada  aurora
Pois ele bronzeia, te quer
E te adora...

Oh, Sol!
Conserve na minha querida,
somente o estradiol
Dê teu colorido ao mundo,
às plantas e, às flores, os
suaves perfumes
A elas, faça  as tuas juras
De Amor
Assim, de ti, não terei mais
Ciúmes
Que só nos causam a dor...

Tenho ciúmes da Lua em
Plenilúnio
Nas noites claras da Luz
Do luar

Receio venha enluarar
Meus queixumes e, entre
as minhas paixões, amor
E Ciúmes
A luz de teus verdes olhos
Roubar

Tenho ciúmes do mar, das
águas que banham  todo
Teu corpo
Medo de que as ondas te 
Carreguem para  longe...
onde  eu não possa mais
Te alcançar...

Num dia de ardente Sol
Numa noite de luar...
Numa praia nua deserta
Onde a ânsia do amor
nosso desejo  desperta

Senti ciúme do lençol
em desalinho, roçando
teu corpo em alvinitentes
tramas de linho
Paixão de amor que em
Sonho me deste...
Por isso tenho ciúmes
Até das roupas que te
Vestem

Tenho ciúmes de tudo...
Até das verdes ondas do
mar
Só não sinto ciúmes
Quando juntos estamos
Com nossos lábios
Colados...
Conjugando  o verbo
Amar...

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