Daniel Gonçalves |
Daniel Gonçalves é um carioca açoriano de 39 anos, pai da Maria Flor, à espera da segunda filha Ana Lua e esposo de Monique Vieira, sua eterna companheira e fonte de inspiração. É Historiador pela UFRJ, pós-graduado em História do Rio de Janeiro e em Gestão escolar, mestre em Tecnologia da Educação pela CEFET e doutorando em História Política e Cultural pela UERJ. Atua como professor, formador, contador de histórias, pesquisador e agente cultural há mais de 10 anos. À frente da Florescer Educação, empresa de projetos culturais e educacionais, trabalha acreditando ser possível compor o mundo por meio do acolhimento de ideias e de pessoas tendo como ferramenta a educação.
A história de Daniel com os Açores começa no berço familiar, pois foi criado num lar que respirava a cultura açoriana e sempre brincou nos salões da Casa dos Açores do Rio de Janeiro, onde seu pai foi Diretor e vice-Presidente e seu avô foi Presidente por longos mandatos. Porém as desventuras da adolescência o distanciaram da cultura açoriana até que recebeu o convite para cursar uma formação de viola da Terra na Ilha Terceira, realizado pelo Direção Regional das Comunidades do Governo dos Açores, quando tinha os seus áureos 18 anos.
Daniel topou o desafio e acabou se apaixonando não só pela música, mas pelo folclore e pela cultura de seus antepassados. Retornou não só com o compromisso de ingressar no mais antigo grupo de folclore açoriano no mundo fora dos Açores, o Grupo Folclórico Padre Tomáz Borba, da Casa dos Açores do Rio de Janeiro, mas trocou sua faculdade de Economia pela faculdade de História e enveredou no cominho acadêmico para redescobrir suas raízes e registrar a memória de sua comunidade.
Durante toda sua formação acadêmica, trabalhou com pesquisas na área de emigração açoriana e associativismo, principalmente para a sua cidade de origem, o Rio de Janeiro. Escreveu artigos, participou como autor e organizador de livros e produziu dois documentário, em parceria com a Casa dos Açores do Rio de Janeiro, sobre o tema. É pesquisador convidado do CHAM (Centro de Investigação da Universidade dos Açores) e, amante da história e da cultura açoriana que faz parte de sua vida desde a infância.
Essa experiência e o afeto pelos Açores o levaram ao cargo de Diretor Cultural da Casa dos Açores do Rio de Janeiro, que ocupa há mais de uma década. Por causa de sua atuação profissional, contribuiu para o início de uma linda história com a cidade de Bom Jesus do Itabapoana (RJ): ao promover uma tertúlia sobre as festas do Divino Espírito Santo na Casa dos Açores do Rio de Janeiro, recebeu a visita de Antônio Borges, ilustre pesquisador, morador e apaixonado pela história e cultura Bonjesuense, local que tem suas origens na ocupação e na colonização açoriana da cidade. Antônio ficou logo encantado com a proximidade da cultura de sua cidade natal com a apresentada na Casa dos Açores e tratou de fazer amizade com o açoriano Francisco Gonçalves, pai de Daniel, que demonstrou grande entusiasmo ao seu filho ao pedir que fossem feitas pontes e tratativas com o Governo dos Açores para que essa comunidade entrasse no mapa da diáspora açoriana. Daniel percebeu a importância da cidade de Bom Jesus para o mapa de açorianos no mundo, reconheceu a linda história de preservação cultural continuada por Padre Melo, que une a sociedade Bonjesuense aos Açores, e buscou, com o apoio de parcerias, divulgar a notícia e estabelecer o contato entre Bom Jesus de Itabapoana, a cidade de Viana (ES) e o Governo Regional dos Açores, para que fosse criada a Casa dos Açores do Espírito Santo, na qual exerce também o cargo de Diretor de Relações Institucionais.
Daniel Gonçalves também foi eleito Conselheiro da Diáspora Açoriana pelo Estado do Rio de Janeiro, em 2021, representando a comunidade açoriana de sua terra natal. Buscando uma vida mais tranquila e a realização de um sonho de infância, emigrou com sua família em maio de 2023 para a Ilha Terceira, terra de seu pai, Francisco Gonçalves e de seu avô materno Francisco Machado Evangelho.
Hoje, nos Açores, cria novas formações para o Centro de Qualificação dos Açores e é formador da Rede Valorizar, além de promover oficinas educativas para crianças, adolescentes e adultos em conjunto com sua esposa, que é pedagoga e mestre em Psicologia Social. Como família estão trilhando um bonito caminho de auxílio aos cidadãos açorianos, já reconhecido pela comunidade com visibilidade em diferentes mídias dos órgãos de comunicação do arquipélago, levando um pouco da alma carioca e do acolhimento e da humanidade nas relações pessoais e profissionais por meio de projetos educacionais.
Por conta dessa experiência, tanto acadêmica quanto de vida de relacionamento com os Açores, o historiador, o açordescendente e o amante da cultura das Ilhas de Bruma se dispôs a ser nosso correspondente internacional para nos trazer informações sobre temas históricos e atuais do arquipélago que deu origem aos primeiros habitantes de nossa cidade de Bom Jesus do Itabapoana e marcará presença mensalmente em nosso jornal.
Bandeira dos Açores |
Bandeira de Bom Jesus do Itabapoana |
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