Gino Martins Borges Bastos
Certo dia, meu pai comentou: " Se eu vendesse o
imóvel do Colégio Rio Branco, receberia milhares de reais, mas certamente o imóvel seria demolido,
perdendo-se grande parte da história de Bom Jesus do Itabapoana. Meu
desejo não é ganhar dinheiro, mas preservar este patrimônio que
pertence a toda a sociedade bonjesuense".
Em outra oportunidade, sabendo do intuito de minhas irmãs Paula e
Claudia na manutenção da memória do Colégio Rio Branco através de um
Espaço Cultural, confidenciou: " algo muito importante é que sei
que vocês têm o apoio de duas pessoas idealistas: Pedrinho (Pedro
Salim) e Martinha (Martha Salim)".
Luciano Bastos era, sem dúvida, um sonhador e se sentia portador de uma missão.
Nós, seus filhos, cumpriremos o desejo do nosso pai. Mas não só isso: também nos sentimos prosseguidores de sua missão e eternizaremos seu nome através do ESPAÇO
CULTURAL LUCIANO BASTOS, que será constituído, por exemplo, do Museu da
Imprensa, que contará com a máquina francesa do século XIX que imprimiu O NORTE
FLUMINENSE por décadas, assim como os primeiros exemplares dos jornais
do município, a partir de 1906, como O ITABAPOANA e A CIDADE, entre
outros, entregues a ele pelo professor Pedro Dutra que, por sua vez,
preservou o acervo de seu pai, o historiador Antonio de Souza Dutra.
Neste ESPAÇO, haverá a Sala de Bom Jesus do Itabapoana, a Sala
para Exposições de Obras de Arte, Biblioteca, a Sala da América Latina,
Auditório para Conferências e apresentação de Teatro e Dança, entre outras.
O ESPAÇO CULTURAL LUCIANO BASTOS pretende, portanto, ser um lugar destinado ao desenvolvimento cultural de Bom Jesus do Itabapoana, mas com uma visão integradora do país e do mundo, gerando as condições para a criação, para os debates de ideias e de sonhos. Um prolongamento, portanto, do que foi o Colégio Rio Branco durante os seus noventa anos de existência, e do que foi a vida de LUCIANO BASTOS.
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