Passou,
as portas foram fechadas
o vento
não espera por ninguém
estrada, curvas,
retas, e lombadas
amigos
contentes, risadas
passos
apressados, curtos de alguém.
Na
serra cai neve, enorme pedregulho
alcateia de lobos famintos a
uivar
chuva, a
tormenta, barulho
cinema,
teatro, tenor a cantar
a
vassoira, a sujeira, entulho.
Poetas, os livros, campina produtiva
deserto, areia, ventania, camelos
mulher
elegante, perfumada, altiva
tantos cabeludos, tantos sem cabelo
correio,
cartas, telegramas sem selos.
Serrania
distante, inverno, brancura
chuva,
lagos, charcos, patos, peixinhos
hospital,
camas, médicos, fratura
floresta, árvores, pássaros, ninhos
leitos,
casais, transas, filhinhos.
Niterói, Brasil/15/01/2017 J.
Pais de Moura
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