Palavras
curtas compridas
Não
faladas com afeto
Faltando peso e medida
Não seguem
caminho certo.
Palavras
há, sem sentido
Palavras
sem expressão
Não soam
bem, no ouvido
Não tocam
no coração.
Palavras
boas ou más
Palavras,
que temos medo
Que dizem:
sabe-se lá!
Ao ouvido,
em segredo!
Palavras
apaixonadas
São as
ditas, cativantes
Nos
leitos, são adornadas
Expressivas, de
amantes.
Palavras
balbuciadas
São ditas
na meninice
Muita
candura, mimadas
Recheadas de meiguices.
As
palavras por sonantes
Palavras
pura amizade
Da
família, se distantes
São ternura, são saudade!
Palavras
seriam belas
De um amor
que muito quero
Há tanto
espero por elas
Mas jamais eu desespero.
Novembro -- José Pais de Moura
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