O casal Pedro de Souza Braga e Maria Thereza Moraes Braga constitui um exemplo de sucesso na vida pessoal e financeira, admirado por todos. Enquanto Pedro é metódico, movido pela razão, Maria Thereza é ação, movida pelo coração.
Pedro Braga nasceu no Valão do Laje, distrito de Carabuçu, em 12/08/1933, filho de Sinfronino de Souza Braga e Maria Vitalina de Souza. Maria Thereza nasceu em luru, distrito de Apiacá, em 14/08/1937, filha de Sebastião Nunes de Moraes e Aladia de Almeida Moraes.
Deixemos que Pedro fale de si:
"Sinfronino, meu pai, era colono na propriedade dos irmãos libaneses Miguel e Rachid Feres no Valão do Laja. Depois, foi trabalhar na propriedade dos irmãos Heitor e Elpídio Azevedo. Posteriormente, prestou serviços na fazenda da Liberdade de Lauro Motta, que passou a ser propriedade de seu irmão Nelson Motta.
Quando Gauthier Figueiredo tornou-se prefeito pela primeira vez, convidou meu pai para vir a Bom Jesus com a função de ser fiscal de turma. Na época, a prefeitura só contava com um caminhão Chevrolet 1946 e uma Patrol Galvão. O resto do trabalho era exercido com enxada.
Gauthier criou uma fábrica de manilhas próxima onde hoje está localizada a atual Delegacia de Polícia.
Um detalhe interessante é que Gauthier e Zezé Borges eram adversários políticos. Quando Gauthier ganhava para prefeito, dispensava as pessoas ligadas a Zezé Borges e quando este ganhava, colocava para fora da prefeitura as pessoas ligadas a Gauthier.
Aos 18 anos, eu demonstrava facilidade em lidar com madeira, e para melhor desenvolver este talento fui trabalhar na marcenaria de Antônio Martins. Depois, trabalhei na marcenaria Sueth e, finalmente, na marcenaria do Ferraz. Em um dia chuvoso, saindo para trabalhar sofri um pequeno acidente que me fez chegar atrasado na oficina, e como esta já estava fechada para os funcionários, procurei fazer um biscate. Apanhei, então, umas cadeiras para consertar e fiz um serviço com perfeição. E, assim, muitos outros biscates foram surgindo, quando então decidi trabalhar por conta própria".
Durante toda a entrevista, pôde-se notar no casal entrevistado o constante sentimento de gratidão a tantos benfeitores.
Segundo Pedro Braga, "muitas foram as pessoas que, neste início, me ajudaram, entre as quais, menciono as seguintes.
Durante toda a entrevista, pôde-se notar no casal entrevistado o constante sentimento de gratidão a tantos benfeitores.
Segundo Pedro Braga, "muitas foram as pessoas que, neste início, me ajudaram, entre as quais, menciono as seguintes.
O senhor Luiz Teixeira Mello financiou as primeiras máquinas de marcenaria e um galpão para exercer os trabalhos.
O senhor Jorge Chequer, representante comercial de uma empresa fabricante de copas fórmicas e da Electrolux, enviou duas copas e vendo a minha preocupação, me tranquilizou dizendo: "se você não vender eu pago". O fato é que antes de montar a primeira copa, uma cliente a viu e a comprou. Em seguida, a segunda foi vendida para uma amiga desta. Daí, foi criando ânimo, o que gerou muitos outros pedidos".
(continua)
Construção do antigo prédio onde funcionou a Braga Móveis |
A antiga loja |
(continua)
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