terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Parte da nossa história pouco enfatizada


Há 127 anos, no dia 5  de  dezembro de 1891,  falecia  no  exílio,  em um  quarto  de um hotel  barato  de Paris, o Imperador  Dom Pedro II.

Suas últimas palavras antes de partir: "Deus, que  me  conceda  estes  últimos  desejos: Paz e   prosperidade   para   o   Brasil." 

Mais   tarde, enquanto  preparavam  seu corpo, encontraram em  seu  quarto  uma  fronha  cheia  de  terra  e o seguinte bilhete: "É terra de meu país. Desejo que  seja  posta  em  meu  caixão  se eu morrer fora  de  minha  pátria." 

Pedro  morreu  sozinho e  infeliz,   sem  a  esposa  e  apartado  do  país que tanto amou e pelo qual sacrificou toda sua vida.  Odiava  ser  imperador. Seu sonho era ter sido  professor.

Mas  o  dever  e  o patriotismo foram  maiores,  fazendo-o  abrir  mão  de  tudo aquilo   que    um    homem    comum   prezava. Morreu  com  apenas  66  anos  de  idade,  mas com  aparência  de  90,  esmagado  pelo  dever que  nunca  saiu  de  seus ombros.

Seu funeral foi   belíssimo,   na  França  republicana,   com todas   as   pompas   e  honras  dignas   de  um grande chefe de estado. O mundo se comoveu naquela data, enquanto  a embaixada brasileira em Paris, vergonhosamente, protestava contra o governo francês.

O governo brasileiro queria, por óbvias razões, deixar o episódio passar em branco. E infelizmente conseguiu.

Enquanto os brasileiros  sequer  ficaram  sabendo  da morte de    seu   soberano,   o    mundo   civilizado  se despedia  do  líder  mais sábio e respeitado do século XIX.

Nenhum comentário:

Postar um comentário