segunda-feira, 4 de março de 2024

O SILÊNCIO ENSURDECEDOR DOS FORNOS INDÍGENAS DE BOM JESUS

Forno indígena, da época colonial, descoberto em 2021, próximo à Usina Santa  



Em Bom Jesus do Itabapoana, a primeira manifestação de cultura, que pode ser observada ainda hoje, é a da cerâmica relativa a três fornos indígenas da época colonial.

Em 1968, pesquisadores do PRONAPA (Programa Nacional de Pesquisas Arqueológica) estiveram em nosso município e localizaram dois deles em Calheiros. 

Um dos fornos de Calheiros restou danificado pelas máquinas que realizaram o asfaltamento, mas a Associação dos Amigos do Memorial Governadores Roberto e Badger Silveira adquiriu o terreno e mantém a memória do mesmo. O outro forno já testou localizado, mas não recebeu qualquer intervenção do poder público.

O mesmo se diga em relação ao terceiro forno Indígena descoberto em 2021, próximo à Usina Santa Isabel. 

Seria importante que a Secretaria de Cultura, Turismo e Urbanismo convocasse o Conselho Municipal do Patrimônio Cultural e deliberasse para articular a vinda de um profissional que visite os três fornos indígenas, e promova ações oficiais para a preservação dos mesmos.

Trata-se, em essência, de ouvir o silêncio ensurdecedor dos nossos fornos indígenas e preservar nossa história, que clama para ser estudada.


1º Forno Indígena de Calheiros, em 1982



2º Forno Indígena de Calheiros 





O texto "Notícias preliminares sobre o programa arqueológico do Norte Fluminense", de Alfredo A.C. Mendonça de Souza, do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural e do ISCB, e de César Augusto Lotufo, Joel Coelho de Souza e Murilo Osmar Coelho de Souza, do Centro de Estudos e Pesquisas em Arqueologia Analítica/ISCB-RJ emitiu, em 1982, um comunicado à "comunidade científica" sobre os "primeiros resultados colhidos".



 

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