terça-feira, 22 de maio de 2018

O Norte Fluminense recebe pedidos de informação sobre nossa história


O Norte Fluminense tem recebido solicitações de informação sobre fatos e personagens históricos de nosso município.
A última postulação teve final feliz. Vejam o e-mail recebido e a nota da redação.

Prezado
Sou universitário de história profundando uma pesquisa a respeito da Usina Santa Maria. Acompanhando O Norte Fluminense vejo uma fonte crucial para minha pesquisa, porem não é de fácil encontro, denominado  De Libertas, de Porphirio Henriques Filho, 1939.
Se possível, pediria encarecidamente o contato com a referida obra da maneira possivel.

Atenciosamente
Bruno Souza 

NOTA DA REDAÇÃO:
O Norte Fluminense possui a rara publicação procurada pelo universitário e encaminhou a ele a postagem que segue, realizada em 28 de dezembro de 2015, baseada na obra procurada.

http://onortefluminense.blogspot.com.br/2015/12/frances-impulsionou-usina-santa-maria.html



segunda-feira, 28 de dezembro de 2015


Francês impulsionou a Usina Santa Maria


Usina Santa Maria, em 1939



Foi o francês André Richer quem impulsionou a Usina Santa Maria no final do século XIX.

A área, de cerca de 625 alqueires, pertencia a Virgílio Basílio dos Santos e Leônidas de Abreu Lima e contava, em 1895, com um engenho de açúcar. Nessa época, André Richer assumiu a função de auxiliar da propriedade e, cinco anos depois, instituiu a firma Santos & Richer, ocasião em que Leônidas de Abreu Lima se retirou da parceria com o antigo sócio.

Posteriormente, capital francês foi investido na região e Richer fundou a Societé Sucrerie Santo Eduardo, fazendo com que a Usina Santa Maria se desenvolvesse com a importação de máquinas modernas.

Uma crise no setor fez com que a empresa Farah & Irmãos se estabelecessem na Usina, se tornando os principais fornecedores e credores da firma francesa.

Cinco anos mais tarde, uma disputa judicial  fez com que a Usina passasse às mãos de Farah & Irmãos.

Em 1915, a empresa foi adquirida por Coelho Fernandes & Cia.


José Carlos Pereira Pinto


Jorge Pereira Pinto

Nelson Rezende Chaves

Em 1917, José Carlos Pereira Pinto assume a empresa e dá-lhe extraordinário desenvolvimento, fazendo com que a mesma produzisse, além de açúcar, álcool,  café, arroz, milho e feijão.

Paralelo a isso, foi estabelecida uma escola, uma instituição hospitalar, um gabinete dentário, um cinema, uma banda de música e uma praça de esportes.


Escola da Usina Santa Maria


Instituição hospitalar na Usina Santa Maria



Quando Bom Jesus do Itabapoana emancipou-se no dia 1º de janeiro de 1939, José Carlos Pereira Pinto era o Diretor-presidente, Jorge Pereira Pinto era o Diretor-gerente, enquanto Nelson Rezende Chaves era o Diretor-secretário.

O lema da Usina era "labor omnia vincit", máxima do poeta romano Virgílio, segundo o qual, "o trabalho vence tudo". 



 (Fotos e informações extraídas da publicação Libertas, de Porphirio Henriques Filho, em março de 1939)

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