domingo, 28 de julho de 2019

O Padroado Português: o grande agente da criação da Portugalidade

Em 1455, pela bula Romanus Pontifex, o Papa Nicolau II concedeu aos reis de Portugal o direito e a faculdade de fundarem e erigirem igrejas nos seus domínios ultramarinos, sem interferência da Cúria Pontifícia. Estruturado em bispados, o Padroado cresceu de forma impressionante, espraiando-se pelo norte de África (Ceuta, Tânger, Safim), pelas ilhas atlânticas (Madeira, Açores, Cabo-Verde), Brasil (Olinda, Rio de Janeiro, Maranhão, Pará, Mariana, S. Paulo, Cuiabá)), costa de África ocidental (Angola, Congo), costa oriental de África (Etiópia) e Oriente (Goa, Malaca, Cochim, Cranganor, Meliapor, Damão).

 Agente de conversão, ensino, difusão da língua e aportuguesamento de povos, para além de impressionante obra assistencial, foi certamente o elemento decisivo de inclusão que faltaria a outras nações europeias envolvidas no movimento da expansão europeia.

Sem o Padroado, o elemento comercial teria predominado, pelo que, passada a era da hegemonia portuguesa, pouco teria sobrevivido aos feitos do século XVI. O Padroado Português, privilégio oneroso, foi, afinal, o cimento que explica a irradiação de Portugal no mundo.



Enviado por Antonio Soares Borges

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