Walter Siqueira |
Por tuas ruas de árvores antigas,
O orvalho alvíssimo as manhãs acolhem
E abrem-se, a cada instante, mãos amigas
Que, em velhas conchas, velhas lágrimas recolhem.
Ouvindo, no arrebol, tuas cantigas,
Talvez ipês e acácias se desfolhem.
O céu azul é o pálio em que te abrigas
Quando as tormentas teus olhos tolhem.
Cidade sem muralhas montanhosas,
De clima tropical, plana, virente,
Revejo-te num círculo de rosas.
De longe, uma saudade que me prende
- Faz rebrilhar o claro olhar da gente,
- No coração novo fervor acende.
Nota do jornal O Norte Fluminense: Walter Siqueira ocupou a Cadeira nº 34 da Academia Bonjesuense de Letras, patronímica de Raymundo José de Araújo
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