Evandro Santana dos Anjos
Os poetas não morrem jamais,
Vão pro céu, em algum lugar,
E de lá cantam nas asas do vento,
De lá, choram com a chuva fria,
De lá vejam a noite
Com as estrelas, apaixonados pela lua.
Os poetas não morrem jamais...
São almas doces e puras,
Que no mundo dos sonhos
São reis. Reis ingênuos, loucos e amantes.
Os poetas são seres do outro mundo...
São seres eterrantes, que passam pela gente,
Como anjos sem asas,
E vão chorar sozinhos,
E vão sorrir chorando,
E vão amar alucinadamente a paixão de amar
No silêncio da noite,
Na solidão arredia, sem viço.
Os poetas não morrem jamais...
Os poetas são eternos,
São santos, loucos e magos...
São indigentes do amor, apaixonados,
São o perfume da rosa, o cume das montanhas,
São os condenados da poesia,
Os poetas não morrem,
Eles vão sonhar mais um pouco
Perto de Deus...
Eles vão voar com os passarinhos
Sobre as nuvens brancas do céu,
Vão declamar os seus poemas moribundos
Para a santa poesia,
Que de tão santa, faz a gente chorar...
Os poetas não morrem jamais.
Nota do jornal O Norte Fluminense: Evandro Santana dos Anjos ocupa a Cadeira nº 18 da Academia Bonjesuense de Letras, patronímica de Joaquim Padilha Vaz (Pádua Filho)
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