sábado, 2 de agosto de 2025

Entre Palavras e Afetos

 

Altair José de Oliveira e Catiane D’Áura


Chegaram como quem já faz parte da paisagem: Altair José de Oliveira e Catiane D’Áura, rostos conhecidos dos que vivem os encantos das letras em Bom Jesus do Itabapoana. Vieram, mais uma vez, com os bolsos cheios de palavras e o coração aberto — feito página em branco pronta para ser preenchida de afeto.

É a III FLICbonjê (Feira Literária e Cultural de Bom Jesus do Itabapoana) que os acolhe, mas, verdade seja dita, é a cidade inteira que os recebe como velhos amigos. Altair, vindo de Porciúncula, carrega nos olhos a leveza dos poemas que escreve. Catiane, lá de Coração de Jesus — nome que já anuncia a ternura —, vem com aquele jeito de quem costura memórias com fios de saudade.

Eles não apenas participam dos eventos — eles os tornam mais vivos. Estão ali, entre o público e o palco, entre os livros e os olhares curiosos, como pontes feitas de poesia. Unem a simplicidade do ser com a grandeza da escrita. É raro ver alguém assim: gente que caminha devagar para não perder nenhum detalhe da vida. Gente que escreve o que sente e sente o que escreve.

Altair, com seu "Poemeiro Encantado", colhe sentimentos como quem colhe flores no campo. Seus livros são estações do ano transformadas em verso. Catiane, com sua "Saudadice", transforma ausência em presença, memória em mulher. “Elas sou eu”, ela diz, e a frase ecoa como um espelho na alma de quem lê.

Na FLICbonjê, eles não são apenas autores. São presenças. São abraços literários. São a lembrança de que, mesmo em tempos tão apressados, ainda há quem pare para escutar o que o silêncio tem a dizer.

E quando partirem, deixarão no ar um perfume de papel e sentimento. Porque a literatura que eles fazem não se guarda só nos livros — ela mora também nas pessoas que tiveram a sorte de cruzar seus caminhos.







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