quarta-feira, 28 de agosto de 2019

F o h a s    d e    O u t o n o
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                             Joel Boechat


Cantinho
    de minhas poesias


          Cãs prateadas
          Ocaso da Vida
          Poético? Sim
          Verdade? Não

Chegou o Outono e as
frondosas árvores,
de espécies e cores
Multifárias,
Velhas e Centenárias

Deixam cair ao sabor das
Ondas do vento
Folhas secas, de vermelho
Douradas
Vagens e sementes de
espécie  várias...

Serviram um dia de bom
alimento...
Antecedendo a flor...
Formigas, vespas e 
abelhas  levam para as
suas colônias...
O sustento...
E geraram sazonados
frutos de agradável e
delicioso sabor

Simbolizam o Outono
Que é, para mim,
Uma das estações do
Amor

Numa simbiose divina
Seiva/madeira/resina
Folha/terra,  Morte/vida
Pelo solo requerida
Também terra/semente
perdida...

Semente querida;
porque precisas morrer,
ser enterrada,
para ganhar nova vida,
se amanhã serás uma
Árvore também?

Oferecendo tua sombra
Ao lavrador suarento e
tão cansado...
De cuidar de ti,  com gosto
E cuidado
Te oferecendo, da poda,
o seu carinho...

Ao velho, ofereces um
cajado.
E, aos canoros pássaros,
os galhos para construir
seus ninhos...

Para as fontes, os Rios e
Matas
Vergéis densos e as
Cascatas...

E o pobre homem, oh!
Coitado...
Que ostenta as cãs já
Prateadas...
Às vezes, tem palavra
Tão  angustiada...

Na dúvida que persiste...
Pois
Não sabe que a morte
Não mais existe...
Que ainda está na sua
Infância querida...

Na casa do Pai, a sua
Nova Vida!
De paz, luz e esplendor

Relembram Outonos
Folhas secas de dourada
cor...

Simbolizam... assim
Caídas  no solo...
Ao sabor do vento
A estação de muito
Amor...

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