quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Resta em mim uma esperança...

                             Joel Boechat

                   

 Cantinho das minhas esperanças


A mão Divina... com Seu Amor  desenterra
Tudo que há  de melhor  no solo
Da nossa  generosa terra...

Minhas mãos enrugadas,  calejadas e molhadas
de suor...
Unidas, em prece, agradecem  a bondade do Nosso Senhor

Choro... quando vejo o Meu Sertão
Sob um Sol escaldante, inclemente
Secando e rachando a terra
Do que vive e  depende tanta gente...
Faço uma súplica ao Senhor!

Senhor dos ceus infinitos
Somos pobres filhos Teus, tão aflitos
Pedimos-Te que o pêso da nossa divida
Seja menor que o pêso da luta desesperada
Que travamos pela vida...

Mas, meu Senhor ,quando ferimos a terra
Com rudes golpes de algumas  enxadas
Sentimos o  Teu Amor...
Ficam menos enferrujadas
Dispostas à novas jornadas.

Quem não conhece o nosso Sertão
E, nem sabe que as chuvas
São raras no nosso torrão...
Pode até imaginar, que somos indolentes
Nao sabe a dificuldade,
Que ele não tem, felizmente,
Para saciar a sede e para ganhar o Pão

Mas resta em mim uma Esperança
De que um dia há de chover bastante
No solo do nosso Sertão

Sufocaremos com amor as sementes
Debaixo de Sois ardentes, no duro e seco chão

Se tivermos sorte
Da semente que foi enterrada
Haverá fartura de grãos
Para sustentar e dar vida
Ao nosso querido irmão...
Seja do Sul, do Sudeste
Seja do Centro Sul  ou Nordeste...

As bênçãos da chuva na terra
A quem planta, diz  com amor,
Você que tem esperança, não erra
E a mão DIVINA desenterra
Aquilo que tu semeias
E te devolve a mancheias

Um comentário: